No final de 1941 o Brasil ainda não havia declarado guerra ao Eixo, mas já se alinhava irreversivelmente com os aliados (que em breve teriam a seu lado na guerra os soldados norte-americanos) que cortejavam Getúlio Vargas e forneciam-lhe os recursos para construir a Siderúrgica de Volta Redonda, o passo inicial para a industrialização de um país que tinha no café o seu grande item de exportação. Navios brasileiros, torpedeados por submarinos alemães, ajudavam a criar um clina contra o nazismo na população do Rio Grande do Sul - excetuando naturalmente as regiões de imigração. Em agosto o governo do Estado Novo havia baixado uma série de decretos contra alemães, italianos e japoneses no Brasil, inclusive proibindo-os de falar em sua língua natal e apreendendo material de propaganda. Plínio Brasil Milano, o chefe do DOPS gaúcho, empenhou-se pessoalmente nessa tarefa, o mesmo acontecendo com o Interventor federal, Osvaldo Cordeiro de Farias, nomeado por Vargas. Temia-se a espionagem por parte de cidadãos de origem, e o Rio Grande era especialmente visado. Nesta reprodução do Correio do Povo, em novembro de 1941, tal fato aparece em destaque. Daí para diante quem era alemão, italiano ou japonês viveu dias difíceis. Coleção do Arquivo Histórico de Porto Alegre.
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