segunda-feira, maio 04, 2009
35 CTG está no bairro desde os anos setenta
Luiz Carlos Maffei, patrão do "pai do tradicionalismo gaúcho". (2009)
REPUBLICAÇÃO
Pai dos Centros de Tradições Gaúchas, berço do movimento tradicionalista, o 35 CTG está no Jardim Botânico desde 1975, em um terreno próprio ao lado do Bourbon Shopping, na avenida Ipiranga. E, na Semana Farroupilha, ocupa local de honra, no Parque da Harmonia, próximo à Chama Crioula. Nada mais justo para uma instituição que deu origem a tudo o que hoje aí está.Ponto de referência no bairro, com sua churrascaria, seus eventos culturais, sua domingueira, o 35 atrai não só a gauchada costumeira - dos quais a maioria são crianças e jovens - como também turistas dos mais diferentes locais - visitantes e curiosos que desejam conhecer um pouco da vivência, da história e dos costumes e hábitos gauchescos."Somos uma sociedade cultural e recreativa, aberta a todos, com regras próprias", informa Luiz Clóvis Fernandes, durante seis anos patrão da entidade e que hoje é uma espécie de faz-tudo do local. Com cerca de 5 mil sócios, o 35 mantem departamento cultural, artísticos e a culinária típica campeira, do qual a churrascaria Roda de Carreta (que existe há 25 anos) é uma espécie de mostruário, muito embora sirva também buffet normal diariamente. Funcionando diariamente, a Roda de Carreta, com seu espeto corrido (é um dos poucos locais do JB que tem chopp), só não abre aos domingos à noite.
ATIVIDADES - O 35 CTG não pára nunca, com suas atividades diárias, aluguel de espaço (são 2.100 metros quadrados de área construída) a terceiros, além de venda de souvenires gaúchos - camisetas, bottons, etc. Isso garante a renda (a mais expressiva vem das domingueiras) que permite a manutenção da entidade, algo que nem sempre é fácil, como diz Clóvis. Além das atividades internas, há ainda as campeiras, como cavalgadas e rodeios. "Temos cerca de 300 pessoas que participam das mais diferentes atividades, como grupos de dança, e a participação dos jovens é expressiva", afirma Clóvis, para quem "o tradicionalismo é estável, se mantem".O Movimento Tradicionalista Gaúcho foi fundado, oficialmente, em 1948, pelo chamado "grupo dos oito", uma iniciativa que buscava resgatar e valorizar a cultura gaúcha no pós-guerra, quando a influência norte-americana se propagava pelo mundo. O 35 foi fundado em 24 de abril de 1948 - completou 60 anos recentemente. Do "Grupo dos oito", restam dois vivos - dos quais um é o ícone Paixão Cortes, um dos mais destacados folcloristas brasileiros.
TCHÊ MUSIC - Quando se fala em tradições gaúchas, se fala no 35. Não faz muito, a atriz e apresentadora Regina Casé esteve aqui, gravando um programa televisivo que foi para o ar em rede nacional, pela Globo.Guardiã dos hábitos e costumes culturais do Rio Grande do Sul, a entidade, entretanto, não parou no tempo e convive harmonicamente com algumas novidades, como o chamado "Tchê Music", um movimento musical híbrido que mesclou ritmos gaúchos com outras influências.O Tchê Music faz muito sucesso comercial nos Estados do Sul e Centro-Oeste, e gerou algumas irritadas manifestações dos tradicionalistas. Mas Clóvis diz que o 35 não tem nada contra esta novidade, que eles não aceitam como música gaúcha, mas dizem respeitar."É algo válido, até porque eles precisam sobreviver, ganham um bom dinheiro com isso, fazem sucesso comercial, abriram uma nova frente. Não temos nada contra, e vou lhe dizer que a maioria deles nasceu aqui dentro. E, quando tocavam músicas gaúchas, eram excelentes."Conhecido por suas domingueiras, o 35, no próximo sábado, terá o seu "Baile de Candeeiro", evento que acontece há vários anos. "É um baile à moda antiga, sem luz elétrica, com candeeiros iluminando, e tem café campeiro", informa Clóvis Fernandes.Conservador por natureza, o CTG - ao contrário do que muitos pensam - não existe pilcha (o traje gaúcho típico) para quem vai frequentá-lo. "À exceção dos fandangos, quando a pilcha é obrigatório, a pessoa pode se apresentar com traje esportivo discreto", esclarece o tradicionalista. "O tênis também é permitido, até porque é da vestimenta dos jovens", diz Clóvis Fernandes, um empresário natural de Santana do Livramento, sócio do 35 há 44 anos e que reside no bairro Partenon.
REPUBLICAÇÃO
Pai dos Centros de Tradições Gaúchas, berço do movimento tradicionalista, o 35 CTG está no Jardim Botânico desde 1975, em um terreno próprio ao lado do Bourbon Shopping, na avenida Ipiranga. E, na Semana Farroupilha, ocupa local de honra, no Parque da Harmonia, próximo à Chama Crioula. Nada mais justo para uma instituição que deu origem a tudo o que hoje aí está.Ponto de referência no bairro, com sua churrascaria, seus eventos culturais, sua domingueira, o 35 atrai não só a gauchada costumeira - dos quais a maioria são crianças e jovens - como também turistas dos mais diferentes locais - visitantes e curiosos que desejam conhecer um pouco da vivência, da história e dos costumes e hábitos gauchescos."Somos uma sociedade cultural e recreativa, aberta a todos, com regras próprias", informa Luiz Clóvis Fernandes, durante seis anos patrão da entidade e que hoje é uma espécie de faz-tudo do local. Com cerca de 5 mil sócios, o 35 mantem departamento cultural, artísticos e a culinária típica campeira, do qual a churrascaria Roda de Carreta (que existe há 25 anos) é uma espécie de mostruário, muito embora sirva também buffet normal diariamente. Funcionando diariamente, a Roda de Carreta, com seu espeto corrido (é um dos poucos locais do JB que tem chopp), só não abre aos domingos à noite.
ATIVIDADES - O 35 CTG não pára nunca, com suas atividades diárias, aluguel de espaço (são 2.100 metros quadrados de área construída) a terceiros, além de venda de souvenires gaúchos - camisetas, bottons, etc. Isso garante a renda (a mais expressiva vem das domingueiras) que permite a manutenção da entidade, algo que nem sempre é fácil, como diz Clóvis. Além das atividades internas, há ainda as campeiras, como cavalgadas e rodeios. "Temos cerca de 300 pessoas que participam das mais diferentes atividades, como grupos de dança, e a participação dos jovens é expressiva", afirma Clóvis, para quem "o tradicionalismo é estável, se mantem".O Movimento Tradicionalista Gaúcho foi fundado, oficialmente, em 1948, pelo chamado "grupo dos oito", uma iniciativa que buscava resgatar e valorizar a cultura gaúcha no pós-guerra, quando a influência norte-americana se propagava pelo mundo. O 35 foi fundado em 24 de abril de 1948 - completou 60 anos recentemente. Do "Grupo dos oito", restam dois vivos - dos quais um é o ícone Paixão Cortes, um dos mais destacados folcloristas brasileiros.
TCHÊ MUSIC - Quando se fala em tradições gaúchas, se fala no 35. Não faz muito, a atriz e apresentadora Regina Casé esteve aqui, gravando um programa televisivo que foi para o ar em rede nacional, pela Globo.Guardiã dos hábitos e costumes culturais do Rio Grande do Sul, a entidade, entretanto, não parou no tempo e convive harmonicamente com algumas novidades, como o chamado "Tchê Music", um movimento musical híbrido que mesclou ritmos gaúchos com outras influências.O Tchê Music faz muito sucesso comercial nos Estados do Sul e Centro-Oeste, e gerou algumas irritadas manifestações dos tradicionalistas. Mas Clóvis diz que o 35 não tem nada contra esta novidade, que eles não aceitam como música gaúcha, mas dizem respeitar."É algo válido, até porque eles precisam sobreviver, ganham um bom dinheiro com isso, fazem sucesso comercial, abriram uma nova frente. Não temos nada contra, e vou lhe dizer que a maioria deles nasceu aqui dentro. E, quando tocavam músicas gaúchas, eram excelentes."Conhecido por suas domingueiras, o 35, no próximo sábado, terá o seu "Baile de Candeeiro", evento que acontece há vários anos. "É um baile à moda antiga, sem luz elétrica, com candeeiros iluminando, e tem café campeiro", informa Clóvis Fernandes.Conservador por natureza, o CTG - ao contrário do que muitos pensam - não existe pilcha (o traje gaúcho típico) para quem vai frequentá-lo. "À exceção dos fandangos, quando a pilcha é obrigatório, a pessoa pode se apresentar com traje esportivo discreto", esclarece o tradicionalista. "O tênis também é permitido, até porque é da vestimenta dos jovens", diz Clóvis Fernandes, um empresário natural de Santana do Livramento, sócio do 35 há 44 anos e que reside no bairro Partenon.
Nenhum comentário:
Postar um comentário