Seu Pedro Ceratti chegou ao bairro em 1959, ano em que a então Vila São Luís passou a se chamar Jardim Botânico ( como parte do novo Plano Diretor Municipal). Aos 68 anos, natural de Júlio de Castilhos, "de família humilde", tinha então menos de 20 anos.
Seu Pedro conheceu um outro JB, "cheio de plantações de agrião", com ruas de terra batida, muitas casas de madeira, chácaras, carroças. Ele fez compras no antigo Armazém do Caboclo, na Barão do Amazonas, na Dona Versa, na Valparaíso, viu times como o Universal e o Leal Santos jogarem, participou das festas no Americano e foi assistir filmes em preto-e-branco no antigo cinema Miramar, na Coronel Aparício Borges.
"Lembro que a avenida Ipiranga só vinha até a Salvador França, e que esta não subia até Petrópolis, ali era mato", recorda seu Pedro, que também tomou banhos e pescou no riacho Dilúvio e jogou bola onde hoje está no Bourbon Shopping - havia lá vários campos de futebol. "Era uma vida bem diferente", garante ele, que, mesmo com a violência dos dias atuais, continua a andar pelas ruas do JB à noite e a conversar com todo mundo.
Ardoroso torcedor do Internacional, fez questão de posar para a foto junto ao escudo do seu time.
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