24/01/2008 da Folha Online
Precursora de windsurf em ondas para mulheres no Brasil, Dora Bria, que morreu na terça-feira, aos 49 anos, vítima de um acidente de carros, nasceu no bairro do Botafogo, no Rio de Janeiro.
Filha de pai romeno, Vasile Bria, com ascendência alemã, e mãe brasileira, Dora cresceu nos bairros Méier e Tijuca. Desde criança, sempre se interessou por esportes e praia.
No Colégio Marista São José no Alto da Boa Vista, onde estudou, ela se aproximou do vôlei, primeiro esporte que "levaria a sério", participando de várias competições intercolegias.
Formada em engenharia química pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), a ex-atleta começou a jogar vôlei na praia devido às dificuldades de sua vida acadêmica. Influenciada por seu namorado, Eduardo Cestari Campos, uma antiga paixão platônica de infância, Bria começou a velejar.
As primeiras experiências vieram em barcos das classes Laser e Hobbie Cat 14, na Lagoa de Araruama. Mais tarde, ela conheceria o windsurf, esporte que ela ajudaria a mudar e que a tornaria famosa.
Na década de 1980, Dora tornou-se a única mulher no Brasil a velejar em ondas com pranchas de windsurf. As primeiras competições e patrocínios também vieram nessa época, assim como o título de musa dos esportes radiciais no país. Ela posou nua duas vezes. A primeira, na revista Playboy, em fevereiro de 1993. Em abril de 1998, foi capa da Sexy.
Em janeiro de 1991, foi a primeira brasileira a participar do PWA (circuito mundial profissional nas ondas). Logo em sua estréia, ela venceu a etapa de Barbados. Também foi tricampeã sul-americana na categoria slalom e construiu uma hegemonia no Nacional de ondas --foi hexa.
Em 2000, encerrou a carreira profissional no windsurf defendendo as cores do Vasco da Gama, clube pelo qual torcia.
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