Em setembro de 1979 (ano do final do AI-5 e da volta dos exilados) Olívio Dutra era presidente do Sindicato dos Bancários e havia sido um dos organizadores da greve geral da categoria no Estado, paralisando as agências por duas semanas. O regime militar agonizava, mas não tanto, e a repressão à greve incluiu muitas prisões, inclusive a de Olívio, que ficou em uma cela da Polícia Federal, onde, segundo disse, foi bem tratado. Note-se que o Partido dos Trabalhadores estava sendo organizado a partir de São Paulo, e que Olívio - já então uma das mais respeitadas lideranças de esquerda no Rio Grande do Sul - seria um dos seus filiados de primeira ordem. Depois de solto, ele e seus companheiros foram ao tradicional restaurante Dona Maria, no centro, festejar - por assim dizer - a liberdade reconquistada. Naquele momento o líder bancário, funcionário da agência Banrisul na avenida Assis Brasil, onde também morava, certamente estava longe de imaginar a sua trajetória política de grande sucesso e que inclui as funções de prefeito de Porto Alegre e, mais tarde, governador do Estado. A reprodução é do Correio do Povo, coleção do Arquivo Histórico de Porto Alegre, na avenida Bento Gonçalves.
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