Mentir, no meio acadêmico, não é nenhuma novidade. Mentir, claro, sempre em benefício próprio, para arvorar-se a ser o que não é e nunca será, como foi o caso do novo Ministro da Educação, Carlos Alberto Dacotelli, que verdadeiramente não é o que é. Tirando o fato de que o sujeito é um burro primário, daqueles de babar a gravata, como diria Nelson Rodrigues - no caso, imaginar que não iriam checar as informações do seu currículo - não há, como disse, nenhuma novidade nisso. A novidade é que é isso é feito agora por uma das mais altas autoridades palacianas, algo que não acontecia com os seus predecessores. Igualzinho um modesto candidato a emprego que entrega na agência de empregos um curriculo inflado ou totalmente falso.
Nas faculdades brasileiras - que formam pessoas despreparadas, para dizer o mínimo, e lhes dão diploma superior quando não sabem sequer redigir cinco linhas sem cometer os mais crassos erros de ortografia, incluíndo aí o básico uso do ponto e da vírgula - o procedimento é habitual. Grande parte das teses dos formandos são forjadas, encomendadas a mercenários coitados, um pouco mais esclarecidos, em busca de grana, que pesquisam e redigem tais trabalhos: aquele que defende a tese ou coisa semelhante apenas assina, às vezes sem ler o que o outro escreveu. Alguns até são aprovados com louvor. A maioria é filhinho de papai, que tem dinheiro e não quer fazer nenhum esforço mental, se é que têm mente.
Digo isso porque há uma grande empresa mundial especializada nisso, e que recruta pessoas para elaborar tais teses, geralmente a preços módicos, já que cada aspirante faz a sua oferta, jogando o preço para baixo em função da grande concorrência.
Um deles - que conheço bem, pois entrei no site - está localizado na ilha de Chipre, no meio do mar Mediterrâneo. É uma espécie de central da fraude intelectual e serve ao mundo todo, na maior cara de pau, tem milhares de "colaboradores". Localizar sua sede (?) em Chipre não é à toa, pois lá é uma espécie de paraíso para as mais variadas ilegalidades - assim, protegidos pelas leis daquele país (nem sei se é mesmo um país), não são responsabilizados e fogem das possíveis penalidades da Justiça.
O ministro de Bolsonaro, que ainda não assumiu oficialmente, é só mais um nesta horda. Substitui aquele outro maluco (maluco?) e ignorante que escreveu, se não me engano, impressionante com C, ou uma palavra com C usando dois ésses. Sem falar na "paralização" om Z e no uso do verbo haver. É essa gente que agora está no poder, e talvez ainda possa piorar.
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