Único bistrô do Jardim Botânico, o Le Petit Bistrot (rua Serafim Terra, 66, próximo da ESEF) está no bairro desde o ano de 2001 - a data, inclusive, está afixada em sua fachada.
Localizado no térreo de um pequeno prédio residencial, funciona sempre a partir das 18h30min e vai até a meia-noite - nessa hora as portas são cerradas. Isso de segunda a sábado (o dia todo), quando é frequentado por uma clientela que gosta de jazz, blues, bossa nova e MPB - o som da casa.
"Muitos músicos gostam daqui", informa o proprietário Eduardo Majewski, um engenheiro mecânico que deixou de lado a profissão para abrir um pequeno bar que lhe desse prazer no que faz, além de lucro, é claro. Ao lado da esposa, Rosana, arquiteta e funcionária pública, ele administra um ambiente pequeno, discreto, aconchegante e intimista, com música baixa. As paredes são decoradas com reproduções de obras de pintores impressionistas franceses - Monet, Van Gogh - que trouxeram de uma viagem a Paris.
Eduardo pertencia à confraria de gourmets União Cook, do Grêmio Náutico União. De posse dessa habilidade, e querendo ter um negócio seu, fez um estudo de mercado e abriu o Le Petit Bistrot no dia 14 de novembro de 2001. Para atrair a clientela do bairro, passou a distribuir panfletos - que não deram o efeito desejado. "Aí comecei a trazer meus amigos de outros bairros, e hoje eles, e os amigos deles, são metade da minha clientela". Clientela cativa, que já se conhece entre si.
Com a modificação do perfil do Jardim Botânico - que está se sofisticando e ganhando mais moradores - surgem novos fregueses, e essa tendência sinaliza favoravelmente.
Morador do bairro desde 1996, quando veio da Santana, Eduardo foi descobrindo seu público aos poucos. "É um pessoal na faixa de 30 a 40 anos, não é gurizada. De início até tentei trazê-los, mas descobri que esse não é meu público", informa.
De início não houve lucro (até porque paga aluguel), o que só aconteceu "passados uns 10 meses, um ano." Sem empregados (já teve um e viu que não havia necessidade), ele controla perfeitamente o local, não cobra a taxa de 10% ("até porque não tem garçon) e oferece uma boa área em frente para estacionamento, além de segurança - há dois vigilantes naquele trecho da rua. A capacidade é para 30 pessoas, sentadas.
Se de início abria durante o dia e aos domingos, logo descobriu que o melhor mesmo é trabalhar sempre à noite, nas atuais características: serve bebidas destiladas (uísques, vodkas, martini, conhaques, steinhager etc), cerveja, absinto, vinhos, petiscos e acompanhamentos: baguettes, quiches, salsinhas, fritas, casquinha de siri e "lanchinhos para o happy hour". Todo o dia 29 tem nhoques, além de sopas. Não há restrições quanto ao cigarro - pode-se fumar à vontade e há marcas de cigarros à venda.
"Também faço muitos eventos, comemorações de pequenas empresas, aniversários, festas de família", afirma. Na calçada em frente há quatro mesas para quem prefere o ar livre.
O dia de maior movimento continua sendo a sexta-feira, e o inverno - a exceção deste agora - o melhor período. Ambiente intimista, seus preços não são populares e tampouco elevados - estão na média dos demais estabelecimentos do mesmo gênero.
Serviço:
Le Petit Bistrot
* Rua Serafim Terra, 66 (perto da Escola Superior de Educação Física)
Tel.: 9977-0217
Aberto de segunda a sábado, a partir das 18h30min, até a meia-noite.
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