quinta-feira, julho 24, 2008

Jardim Botânico: para alguns, um desconhecido
















O nome do bairro é Jardim Botânico - por causa do Jardim Botânico de Porto Alegre, criado no final dos anos cinquenta e uma das áreas mais conhecidas da Capital. Porém, mesmo estando ali, muitas pessoas - talvez até a maioria - não o conhecem, não o visitaram, assim como muitos cariocas nunca foram ao Cristo Redentor. Fizemos uma pequena enquente a respeito. A pergunta é: você já foi ao Jardim Botânico? (Na foto, por ordem, em escadinha: Erci, Sérgio, Jorge, Paulo e Flávio).


Erci Lopes Gomes, 89 anos, comerciante, moradora da avenida Bento Gonçalves, Partenon (menos de dois km do Jardim Botânico).
"Não, nunca fui. Moro em Porto Alegre desde 1947 e nunca fui lá, não tenho tempo. Nem sei bem o que tem. O que tem, mesmo?"
Paulo Amarante, 36 anos, vigilante, morador do Partenon.
"Realmente, nunca fui. Passei pela frente, até senti vontade de entrar, mas pensei que aquilo era propriedade particular. A fachada não atrai. Imagino que tenha muitas variedades de plantas, e eu gosto disso. Morro no Partenon, na Bento, mas acho que aquela fachada deles não atrai. Vou muito ao Saint Hilaire. Pelo que eu sei, no Jardim Botânico só tem plantas, não tem lanchonete. Sinceramente, eu não quero ir lá só para olhar plantas. Se eu vou com a minha família, tenho que comprar lanches. Tem isso lá? No Saint Hilaire tem."
Jorge Carada, 54 anos, bancário aposentado.
"Já fui, sim. Há uns cinco anos. Já fui várias vezes. Gosto da flora. Mas não é um programa comum, para mim.
Valmor Chagas de Souza, 53 anos, comerciante, aposentado, morador do bairro Jardim Botânico.
"Só passei na rua. Moro no Botânico há 14 anos. Não fui porque não fui, não tenho tempo, trabalho muito. Nem sei o porquê. Acho também que falta divulgação, eles nos procurarem mais, a gente precisa ser estimulado".
Sérgio Schaedler, 69 anos, funcionário público aposentado, morador do JB.
"Já fui ao Jardim Botânico, faz um eito, muito tempo. Acho que as pessoas não vão por falta de hábito e também por falta de divulgação da parte deles.
Flávio Cambruzzi, 62 anos, comerciante, aposentado, morador do JB.
"Já fui. Há uns seis ou oito anos, com os filhos. Fui por causa deles, eles pediram. Achei bacana. Acho que uma lanchonete lá faz falta. Também falta uma maior divulgação. E acho que eles deveriam fazer um relacionamento maior com o bairro, com os colégios daqui."

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