Como fazer uma boa escola?
Em uma típica manhã Porto Alegrense,aqueeelas dignas de um pleno inverno gaúcho, nublada e chuvosa ao chegar na escola, visualizei um grupo de crianças entrando animadamente...E isso me fez pensar!
Como, conseguir que nossos professores, voltem a se apaixonar novamente pela educação?
Porque, observando aquelas crianças, cheias de vida, com a inocência que lhes é peculiar, entrando na escola que trabalho desde 1978,essas não poderiam pagar o ônus do que vejo acontecer dentro da EDUCAÇÃO E DAS FAMILIAS, o desmembramento dos valores morais, éticos ,sociais a desvalorização da educação pública e dos profissionais que nesta área atuam.
O dinamismo daquelas crianças, que ali adentravam, poderia certamente ajudar no incentivo ao trabalho diário da professora que acrescentaria para manter uma atitude alegre e esperançosa frente à vida. Exemplos disso pode ser a relação professor-aluno,que podemos encontrar nas seguintes situações:
quando nos acomodamos, a criança nos oferece o espetáculo de sua flexibilidade.
quando somos dogmáticos, a criança nos lembra a necessidade do movimento, de se renovar cada vez mais.
quando somos autoritários, a criança com sua crítica nos ajuda a rever nossas posições..
Não será isso sabedoria necessária para a vida?
Mas, será que somente o envolvimento e o comprometimento de nossos educadores fazem a diferença no ato de educar e de aprender?
E a família?
A família também mudou. Mudou porque os valores mudaram. É preciso enxergarmos isso e aceitar com honestidade e humildade. Entretanto, não podemos deixar que se percam os valores que fortalecem a família: o altruísmo, o diálogo, o respeito mútuo, a convivência, a responsabilidade de cada membro e o trabalho no interior do lar. É fundamental que a família tenha consciência de qual é o lugar da criança no mundo e na sociedade, que projeto de vida construir para esta criança.
Portanto, a responsabilidade da escola nos tempos atuais é preparar o aluno para uma visão ordenada do universo, onde o educando possa encontrar seu lugar no mundo. Sabemos que a juventude é o tempo de uma descoberta intensa do próprio eu e do próprio projeto de vida. Atualmente, quando falamos em projeto, pensamos logo em: busca de algo para se realizar. O mundo mudou e continua em processo de mudança. Observe os valores políticos, estéticos, éticos, religiosos, econômicos, de antes e de agora. Você irá perceber que esses valores ganharam nova hierarquia na escala de valores na sociedade em que vivemos.
E como fica minha consciência?
Como educadora, tenho consciência de qual é o "meu lugar no mundo". É nessa passagem, às vezes confusa, que a criança e o jovem se descobrem incompletos, inseguros e necessitados de modelos que tenham como característica básica e coerência de vida. Aqui, entram os exemplos de união e respeito da família e a competência da escola para que essa criança, possa encontrar-se com um conjunto de convicções e de uma experiência de vida fundamental em seu processo educativo.
Mas, o que pode fazer minha escola ser boa?
Ahhhhh...Passar no vestibular, ter boas notas nos boletins dos alunos? Uma escola onde a maioria dos alunos fica para exames ou reprova? (Parece incrível, mas conheço alguns professores que ainda acham que são excelentes profissionais porque reprovam, em séries mais avançadas, grande parte da turma.)
Será que uma boa escola é aquela que considera uma turma pequena, com um professor medíocre, melhor do que uma turma grande com professores líderes inspiradores? Podemos pensar na frase, “professores entusiasmados, alunos encantados”.(Dr.Francisco Fialho-Professor da Universidade Federal de Santa Catarina).
Então, uma boa escola é uma comunidade de pais, professores, funcionários e gestores que, em uma maioria muito mais significativa do que pensamos – apesar de sobrecarregada com uma variedade de tarefas pedagógicas e não-pedagógicas, e um rendimento financeiro medíocre –, executa um trabalho em busca do crescimento próprio e dos educandos sob sua responsabilidade.
Uma boa escola nesse mundo globalizado necessita, possuir um bom programa, que desperte o interesse, curiosidade e motivação dos alunos, parceiros e outros professores, pode acrescentar um resultado bastante significativo. Estabelecer parcerias com fontes da comunidade também é um excelente diferencial, principalmente quando atinge o sucesso.
Incrementar e desenvolver a competência profissional das pessoas que fazem parte de nossa escola deve ser uma preocupação constante da EQUIPE DIRETIVA da escola. Não quero dizer com isso, que devamos bancar esse desenvolvimento, mas sim possibilitar. Muitas escolas, não permitem que seus professores realizem palestras ou desempenhem outras tarefas em organizações que não pertençam ao mesmo sistema. Isso é coisa do século passado! Só realizando um desenvolvimento harmonioso de nossos profissionais, teremos uma instituição que olha para dentro de si mesma e sabe que é mais gratificante e prazeroso ser melhor “com” do que melhor “de”.
Todos gostariam de classes com poucos alunos. Porém, muitas vezes a realidade é outra. Para cada série existe um número ideal, nem sempre pequeno, considerado mais ou menos um “ponto ótimo”, o qual ajuda – não só no gerenciamento da papelada de correção e burocracia – no preparo das aulas com um tempo significativo para isso e também para o desenvolvimento social, possibilitando opções de relacionamentos de amizade e coleguismo no grupo.
E,uma escola para ser boa, necessita de professores realizadores, que chamem a atenção pelo seu diferencial, que possam ser um exemplo pessoal para seu aluno.Um exemplo pessoal: minha professora da primeira série do ensino fundamental, foi na realidade quem me despertou para o gosto da leitura. Quando eu dizia “Isso eu não sei“, ela repetia em seguida: “Você não sabe ainda.” Essa atitude me despertou uma autoconfiança de que eu poderia aprender o que quisesse e que nada era tão difícil. Sentia-me motivada para descobrir por conta própria e ler sobre qualquer assunto.
Aos Diretores,Vices e coordenadores pedagógicos de cada escola desse meu País, vamos incentivar nossos professores a serem diferentes, a tentar e a ousar. Assim,juntos, construiremos uma boa escola!
Finalmente:
Uma boa escola,necessita do encontro:
Escola - aluno – família
Assim, construiremos uma relação de troca, de complementaridade, que possibilita a todos educar e serem educados. Quando isso acontece, o aluno que está sendo educado também passa a ser educador.
(Professora Lira-Diretora do colégio Estadual professor Otávio de Souza).
Em uma típica manhã Porto Alegrense,aqueeelas dignas de um pleno inverno gaúcho, nublada e chuvosa ao chegar na escola, visualizei um grupo de crianças entrando animadamente...E isso me fez pensar!
Como, conseguir que nossos professores, voltem a se apaixonar novamente pela educação?
Porque, observando aquelas crianças, cheias de vida, com a inocência que lhes é peculiar, entrando na escola que trabalho desde 1978,essas não poderiam pagar o ônus do que vejo acontecer dentro da EDUCAÇÃO E DAS FAMILIAS, o desmembramento dos valores morais, éticos ,sociais a desvalorização da educação pública e dos profissionais que nesta área atuam.
O dinamismo daquelas crianças, que ali adentravam, poderia certamente ajudar no incentivo ao trabalho diário da professora que acrescentaria para manter uma atitude alegre e esperançosa frente à vida. Exemplos disso pode ser a relação professor-aluno,que podemos encontrar nas seguintes situações:
quando nos acomodamos, a criança nos oferece o espetáculo de sua flexibilidade.
quando somos dogmáticos, a criança nos lembra a necessidade do movimento, de se renovar cada vez mais.
quando somos autoritários, a criança com sua crítica nos ajuda a rever nossas posições..
Não será isso sabedoria necessária para a vida?
Mas, será que somente o envolvimento e o comprometimento de nossos educadores fazem a diferença no ato de educar e de aprender?
E a família?
A família também mudou. Mudou porque os valores mudaram. É preciso enxergarmos isso e aceitar com honestidade e humildade. Entretanto, não podemos deixar que se percam os valores que fortalecem a família: o altruísmo, o diálogo, o respeito mútuo, a convivência, a responsabilidade de cada membro e o trabalho no interior do lar. É fundamental que a família tenha consciência de qual é o lugar da criança no mundo e na sociedade, que projeto de vida construir para esta criança.
Portanto, a responsabilidade da escola nos tempos atuais é preparar o aluno para uma visão ordenada do universo, onde o educando possa encontrar seu lugar no mundo. Sabemos que a juventude é o tempo de uma descoberta intensa do próprio eu e do próprio projeto de vida. Atualmente, quando falamos em projeto, pensamos logo em: busca de algo para se realizar. O mundo mudou e continua em processo de mudança. Observe os valores políticos, estéticos, éticos, religiosos, econômicos, de antes e de agora. Você irá perceber que esses valores ganharam nova hierarquia na escala de valores na sociedade em que vivemos.
E como fica minha consciência?
Como educadora, tenho consciência de qual é o "meu lugar no mundo". É nessa passagem, às vezes confusa, que a criança e o jovem se descobrem incompletos, inseguros e necessitados de modelos que tenham como característica básica e coerência de vida. Aqui, entram os exemplos de união e respeito da família e a competência da escola para que essa criança, possa encontrar-se com um conjunto de convicções e de uma experiência de vida fundamental em seu processo educativo.
Mas, o que pode fazer minha escola ser boa?
Ahhhhh...Passar no vestibular, ter boas notas nos boletins dos alunos? Uma escola onde a maioria dos alunos fica para exames ou reprova? (Parece incrível, mas conheço alguns professores que ainda acham que são excelentes profissionais porque reprovam, em séries mais avançadas, grande parte da turma.)
Será que uma boa escola é aquela que considera uma turma pequena, com um professor medíocre, melhor do que uma turma grande com professores líderes inspiradores? Podemos pensar na frase, “professores entusiasmados, alunos encantados”.(Dr.Francisco Fialho-Professor da Universidade Federal de Santa Catarina).
Então, uma boa escola é uma comunidade de pais, professores, funcionários e gestores que, em uma maioria muito mais significativa do que pensamos – apesar de sobrecarregada com uma variedade de tarefas pedagógicas e não-pedagógicas, e um rendimento financeiro medíocre –, executa um trabalho em busca do crescimento próprio e dos educandos sob sua responsabilidade.
Uma boa escola nesse mundo globalizado necessita, possuir um bom programa, que desperte o interesse, curiosidade e motivação dos alunos, parceiros e outros professores, pode acrescentar um resultado bastante significativo. Estabelecer parcerias com fontes da comunidade também é um excelente diferencial, principalmente quando atinge o sucesso.
Incrementar e desenvolver a competência profissional das pessoas que fazem parte de nossa escola deve ser uma preocupação constante da EQUIPE DIRETIVA da escola. Não quero dizer com isso, que devamos bancar esse desenvolvimento, mas sim possibilitar. Muitas escolas, não permitem que seus professores realizem palestras ou desempenhem outras tarefas em organizações que não pertençam ao mesmo sistema. Isso é coisa do século passado! Só realizando um desenvolvimento harmonioso de nossos profissionais, teremos uma instituição que olha para dentro de si mesma e sabe que é mais gratificante e prazeroso ser melhor “com” do que melhor “de”.
Todos gostariam de classes com poucos alunos. Porém, muitas vezes a realidade é outra. Para cada série existe um número ideal, nem sempre pequeno, considerado mais ou menos um “ponto ótimo”, o qual ajuda – não só no gerenciamento da papelada de correção e burocracia – no preparo das aulas com um tempo significativo para isso e também para o desenvolvimento social, possibilitando opções de relacionamentos de amizade e coleguismo no grupo.
E,uma escola para ser boa, necessita de professores realizadores, que chamem a atenção pelo seu diferencial, que possam ser um exemplo pessoal para seu aluno.Um exemplo pessoal: minha professora da primeira série do ensino fundamental, foi na realidade quem me despertou para o gosto da leitura. Quando eu dizia “Isso eu não sei“, ela repetia em seguida: “Você não sabe ainda.” Essa atitude me despertou uma autoconfiança de que eu poderia aprender o que quisesse e que nada era tão difícil. Sentia-me motivada para descobrir por conta própria e ler sobre qualquer assunto.
Aos Diretores,Vices e coordenadores pedagógicos de cada escola desse meu País, vamos incentivar nossos professores a serem diferentes, a tentar e a ousar. Assim,juntos, construiremos uma boa escola!
Finalmente:
Uma boa escola,necessita do encontro:
Escola - aluno – família
Assim, construiremos uma relação de troca, de complementaridade, que possibilita a todos educar e serem educados. Quando isso acontece, o aluno que está sendo educado também passa a ser educador.
(Professora Lira-Diretora do colégio Estadual professor Otávio de Souza).
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