A hoje tão liberal Itália não era bem assim naquela metade dos anos setenta, época espantosamente conservadora pelos atuais padrões de comportamento da sociedade ocidental. Vivendo uma complicada situação política e econômica, em uma tempo de forte radicalização ideológica e de defesa de uma moral que se esboroava em todo o mundo, o governo italiano, pressionado pela direita, não tinha maiores pudores em censurar até mesmo a obra de um ícone da cultura da península - Pier Paolo Pasolini, aliás assassinado. 120 Dias de Sodoma era o último filme do genial diretor, A película tinha cenas de sexo e falava do fascismo - tudo o que o governo não queria ouvir falar, sob alegação de que a população não estava madura para tratar de tais assuntos.
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