Trinta e cinco anos atrás o jovem militante político esquerdista e ex-deputado Flávio Koutzi vivia momentos difíceis: ele estava preso na Argentina havia anos e notícias a respeito do seu paradeiro eram difíceis naquele momento de radicalização e repressão política em quase toda a América do Sul. Mas, em janeiro de 1979 - o mágico ano da anistia e da volta dos banidos políticos, entre eles Leonel Brizola - Koutzi foi localizado e virou notícia no jornal Correio do Povo. Sofrido pela longa prisão, a esperança sua, de seus familiares e amigos, era retornar ao Brasil, que naquele momento vivia os ventos liberalizantes da posse do novo presidente, o general João Batista Figueiredo e sua promessa de "fazer deste país uma democracia". Assim como Flávio Koutzi, a imprensa, naquele momento, se ocupava do caso do sequestro dos uruguaios que ocorrera no final de 1975 em Porto Alegre (Universindo Dias e Lilian Celiberti) e da libertação de Flávia Schilling. A matéria foi encontrada no jornal Correio do Povo de 25 de janeiro de 1979, quinta-feira.
Koutzi, que depois ingressou no Partido dos Trabalhadores, onde se tornou uma das principais lideranças estaduais. Recentemente, com 70 anos, externou seu desencanto pelos rumos da política brasileira, sobretudo no concernente ao seu próprio partido, preferindo não candidatar-se a nenhum cargo eletivo nas últimas eleições. Também enfrentou sérios problemas de saúde.
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