Em janeiro de 1979, trinta anos depois que a China se tornou comunista à força das armas, o mais populoso país do mundo virava notícia pelo fato de estar consumindo Coca-Cola. O símbolo maior do capitalismo e do consumismo ocidental passou a frequentar os bares, mercados e restaurantes chineses graças ao início da liberalização econômica do país de Mao-Tsé-Tung, falecido em 1975. Os chineses, porém, já conheciam o refrigerante antes de 1949, quando viviam uma confusa época de lutas que opôs os nacionalistas de Xian-Kai-Shek, de visão capitalista, aos revolucionários marxistas liderados por Mao - e estes, como se sabem, venceram.
A abertura da China à Coca-Cola foi muito comentada naquela época, final dos anos setenta, embora ninguém pudesse prever que o grande país asiático avançasse no rumo que hoje tomou e que o comunismo, tal como existia em muitas nações, especialmente a União Soviética, praticamente acabasse no início dos anos noventa. A matéria é uma reprodução do Correio do Povo, de Porto Alegre, coleção do Arquivo Histórico Moyses Vellinho de Porto Alegre.
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