Durango Kid só existe no gibi, garantia Raul Seixas, em uma referência aos pretensos e patéticos heróis e um elogio ao homem comum. Não só existia nos gibis como na série de TV que levava seu nome e que passava, aqui, pela TV Gaúcha, hoje RBS. Foi uma das personagens da minha infância, no tempo dos televisores a válvulas - as quais seguidamente queimavam e cujos aparelhos tinham botões de vertical, horizontal, brilho, etc, todas entremeadas de chuviscos. Encontrei fotos e imagens suas no tio Gugle, todas com a indefectível máscara preta, semelhantes a essas que usamos hoje em tempos de peste. Descobri que era estrelada por Charles Starret, que morreu em 86, com 83 anos de ideade. Pois, nos tempos sombrios em que vivemos, com todo mundo mascarado, às vezes me sinto como o Durango Kid, não o do seriado mas o do Raul Seixas, aquele personagem comum e frágil que só existe no gibi. Mas como dizia o velho Ibrahim Sued, ademã que vamos em frente e cavalo não desce escadas.
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