*O gato-do-mato-pequeno (Leopardus tigrinus) e o gato-do-mato-grande (Leopardus geoffroyi) se cruzam e geram descendentes férteis. Os pesquisadores buscavam respostas sobre a distribuição das duas espécies quando depararam com animais que não se encaixavam em nenhuma, tinham uma pelagem mais parecida com os L. tigrinus e o tamanho dos L. geoffroyi. A equipe do Laboratório de Biologia Genômica e Molecular, liderada por Eduardo Eizirik, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular da PUCRS, constatou tratar-se de híbridos ao analisar o seu DNA. O estudo foi publicado no periódico norte-americano Molecular Ecology.
Não se sabe quando a miscigenação começou, mas ocorre há várias gerações, pois esses carnívoros têm heranças diferentes (se fosse recente, as informações genéticas seriam de 50% de cada espécie). A grande questão, segundo Eizirik, é se o fenômeno ocorre naturalmente, a partir de uma expansão demográfica de um ou dos dois grupos no Rio Grande do Sul, ou se resulta do impacto do desmatamento e agropecuária. Os dois gatos-do-mato descendem de um ancestral comum e se separaram evolutivamente há cerca de um milhão de anos. O gato-do-mato-grande ocupa da Bolívia ao Sul do continente, e o pequeno ocorre do Norte da Argentina e o Sul do Brasil até o Sul da Costa Rica (com aparente descontinuidade na Bacia Amazônica). As duas espécies coincidem no Estado na estreita faixa central, onde aparecem os híbridos. Na Metade Norte está o grande e na Sul, o pequeno. "Os híbridos ficam numa zona de interfaces, de encontro de faunas e floras, no Centro do Estado", explica Eizirik. Especula-se que eles cruzam entre si e com as outras duas espécies originais.
O resultado se baseou em amostras de animais coletadas por 15 anos. Foram identificados como L. tigrinus 119 e L. geoffroyi, 78. Os híbridos somaram 60% do total. Os materiais são de animais em cativeiro com procedência geográfica estabelecida e outros capturados por pesquisadores colaboradores. O trabalho teve participação do professor Sandro Bonatto. Tatiane Trigo, colaboradora do laboratório da PUCRS, realizou mestrado e doutorado no tema pela UFRGS, coorientada por Eizirik. Por suas análises de DNA, foi possível diferenciar um indivíduo do outro e associá-lo à população a que pertence. Alexsandra Schneider conclui dissertação no mestrado em Zoologia na PUCRS, investigando esse processo de hibridação usando sequências de DNA de vários genes com características distintas. A maioria dos animais identificados como puros ou híbridos na tese de Tatiane foi confirmada na dissertação. O estudo de Alexsandra consegue distinguir melhor as duas espécies. Isso não é tão simples porque estão relacionadas devido à ancestralidade comum.
Não se sabe quando a miscigenação começou, mas ocorre há várias gerações, pois esses carnívoros têm heranças diferentes (se fosse recente, as informações genéticas seriam de 50% de cada espécie). A grande questão, segundo Eizirik, é se o fenômeno ocorre naturalmente, a partir de uma expansão demográfica de um ou dos dois grupos no Rio Grande do Sul, ou se resulta do impacto do desmatamento e agropecuária. Os dois gatos-do-mato descendem de um ancestral comum e se separaram evolutivamente há cerca de um milhão de anos. O gato-do-mato-grande ocupa da Bolívia ao Sul do continente, e o pequeno ocorre do Norte da Argentina e o Sul do Brasil até o Sul da Costa Rica (com aparente descontinuidade na Bacia Amazônica). As duas espécies coincidem no Estado na estreita faixa central, onde aparecem os híbridos. Na Metade Norte está o grande e na Sul, o pequeno. "Os híbridos ficam numa zona de interfaces, de encontro de faunas e floras, no Centro do Estado", explica Eizirik. Especula-se que eles cruzam entre si e com as outras duas espécies originais.
O resultado se baseou em amostras de animais coletadas por 15 anos. Foram identificados como L. tigrinus 119 e L. geoffroyi, 78. Os híbridos somaram 60% do total. Os materiais são de animais em cativeiro com procedência geográfica estabelecida e outros capturados por pesquisadores colaboradores. O trabalho teve participação do professor Sandro Bonatto. Tatiane Trigo, colaboradora do laboratório da PUCRS, realizou mestrado e doutorado no tema pela UFRGS, coorientada por Eizirik. Por suas análises de DNA, foi possível diferenciar um indivíduo do outro e associá-lo à população a que pertence. Alexsandra Schneider conclui dissertação no mestrado em Zoologia na PUCRS, investigando esse processo de hibridação usando sequências de DNA de vários genes com características distintas. A maioria dos animais identificados como puros ou híbridos na tese de Tatiane foi confirmada na dissertação. O estudo de Alexsandra consegue distinguir melhor as duas espécies. Isso não é tão simples porque estão relacionadas devido à ancestralidade comum.
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