sexta-feira, março 21, 2014

Carmen Miranda em Porto Alegre no dia 20 de junho de 1935, cantou na Rádio Difusora

No dia 20 de junho de 1935, uma quinta-feira, Carmen Miranda, que ainda não era a grande artista internacional que depois se tornou, passava por Porto Alegre, vinda de Buenos Aires, onde realizou uma série de shows. Bem disposta, sempre muito simpática, foi recebida no aeroporto da Panair, em Gravataí, por artistas locais e pelo pessoal da Rádio Difusora, que entregou-lhe flores e onde ele deu uma canja, cantando. Carmen dormiu na cidade, no Novo Hotel Yung, antes de seguir de volta ao Rio a bordo do avião da Panair. Clique na matéria do Correio do Povo para tentar ler a notícia.

Odair José foi preso no interior do Rio Grande do Sul

Trinta e cinco, quase trinta e seis anos atrás, o cantor e compositor Odair José - que, na época, fazia um tremendo sucesso como cantor brega e estava longe de ser o "cult" de hoje - foi preso na cidade de Ijuí, no interior do Rio Grande do Sul. O motivo da sua prisão teria sido o fato de estar depredando placas de sinalização de trânsito, conforme se vê nesta notícia do Correio do Povo de 26 de outubro de 1978. Odair estava fazendo um show na cidade, na boate Las Vegas.
Miguel, no Jornal do Commercio, Recife.
Hoje Ayrton Senna faria 54 anos.

Borregaard causa noite infernal na Porto Alegre de 1978

Já nem mais se fala, e muitos nunca ouviram falar na Borregaard, uma empresa norueguesa que se instalou na cidade de Guaíba, vizinha a Porto Alegre, no início dos anos setenta, contando com generosos incentivos oficiais do governo brasileiro. Vista, de início, como um empreendimento capitalista benéfico para a economia gaúcha, saudada pela imprensa, a fábrica de celulose que veio da terra dos Vikings logo mostrou que não dava a mínima para os nativos e que, contando com apoios poderosos, faria o que queria e, de forma alguma, investiria em equipamentos contra a poluição horrorosa que logo passou a gerar - algoque fazia em terras do Primeiro Mundo.
O episódio da Borregarad, por outro lado, teve o mérito de motivar a consciência ecológica sulina e de mobilizar grandes nomes, como José Lutzenberger, presidente da Associação gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural, AGAPAN, entidade que liderou a luta contra a indústria que se tornou um verdadeiro acinte à população da Capital e imediações.
Durante anos, a Borregaard, com seu horrível fedor de ovo podre, foi um tormento sem fim que constrangeu autoridades e políticos de todos os partidos e mostrou que o regime militar da época tinha, sim, seus esquemas vergonhosos de proteção e acolhimento do grande capital. Mais tarde, quando foi "nacionalizada", a empresa nórdica foi comprada pelo Montepio da Família Militar, e presidida por um general - Breno Borges Fortes. Somente nos anos oitenta é que se conseguiu dar um fim à poluição olfativa e das águas do Guaíba e da Lagoa dos Patos.
O Correio do Povo, nos anos setenta, moveu uma campanha contra a Borregaard, como se vê em inúmeras notas e matérias publicadas no jornal, entre as quais esta que reproduzo, datada de agosto de 1978.