sábado, setembro 24, 2016

Clayton, O Povo, Ceará. A Charge Online.


Hoje Pedro Almodóvar faz 67 anos, Juliano Cazarré 36 e André Marques 37.

Mais de 2 mil novas doenças contagiosas somente em Porto Alegre: janeiro a agosto de 1954

Podemos sentir saudades de muitas coisas, do passado próximo ou remoto. Porém, decididamente, não temos muita coisa boa a recordar no tocante à saúde pública, cujo nível em todo o mundo melhorou grandemente ao longo das últimas décadas, graças sobretudo à evolução da ciência e da tecnologia médica. Em Porto Alegre, importante capital brasileira do século 20 (ainda o é, diga-se de passagem), os anos de 1950 ainda eram um constante desafio à sobrevivência de qualquer um: morria-se muito - muito mesmo - em decorrência de variadas e estranhas doenças contagiosas, hoje superadas e debeladas. Em uma de suas edições do mês de agosto de 1954 - aquele em que Getúlio Vargas deu um tiro no peito - o Correio do Povo noticiou, com base no boletim do Departamento Estadual de Saúde, que somente em Porto Alegre (então com cerca de 400 mil habitantes) haviam sido registrados 2029 casos de moléstias contagiosas ao longo dos últimos oito meses - de janeiro ao final de agosto. Entre elas estavam 22 novos casos de varíola, 846 casos de tuberculose, 171 de sífilis, 41 de febre tifoide, 43 de poliomielite,  e 14 de lepra.

sexta-feira, setembro 23, 2016

Grêmio chega ao pentacampeonato gaúcho em jogo contra o Pelotas: 7 a 0

Em 8 de fevereiro de 1961 o Grêmio e o Pelotas, de Pelotas, fizeram a final do campeonato gaúcho de futebol do ano de 1960, que, naquela época, era disputado por regiões, com quatro finalistas - o Grêmio, primeiro da Região Metropolitana, o 14 de Julho, de Santana do Livramento, classificado pela região da Fronteira, o Nacional, de Cruz Alta, da região da Serra, e o Pelotas, representando o Litoral. No dia 8 de fevereiro, no estádio Olímpico, o time da capital aplicou a implacável goleada de 7 a 0 no Pelotas, sagrando-se campeão do Estado. Gessy fez três gols, Juarez dois, Élton um e Cardoso também um. O tricolor formou com Henrique, Sérgio, Airton Pavilhão e Ortunho; Élton e Enio Rodrigues; Cardoso, gessy, Juarez; Milton Kuelle e Vieira. O técnico era Osvaldo Rolla. Airton, que faleceu em 3 de abril de 2012, foi considerado por Pelé o maior zagueiro que ele viu jogar em todos os tempos. 

Amarildo, em A Gazeta, Vitória, ES. A Charge Online.




Hoje Michel Temer faz 76 anos, Júlio Iglesias 73, Hortência 57 e Paulo Bonamigo 56. E no dia de hoje, em 1939, falecia Sigmund Freud.

quinta-feira, setembro 22, 2016

Tacho, no jornal NH, de Novo Hamburgo, Es. A Charge Online.

A última visita de Getúlio Vargas a Porto Alegre: 1952


A morte de Getúlio Vargas em 24 de agosto de 1954 foi um dos mais traumáticos acontecimentos da história política brasileira. Acuado por todos os lados, sem apoio nas forças armadas, envelhecido e decepcionado com os falsos amigos e auxiliares mais próximos, Vargas deu um tiro no peito e, como escreveu em sua Carta Testamento, saiu da vida para ficar na eternidade. Revoltas, depredações, saques, ataques contra empresas de nome estrangeiro, mortos, confrontos, choros, multidões nas ruas, toque de recolher, prédios ardendo - isso tudo faz parte do cenário daquele dia fatídico. Em sua edição diário, o jornal Correio do Povo, de Porto Alegre, relatou o que foram aqueles dias de caos na capital gaúcha, tomada por um frenesi de vingança. E também reportou à última vez em que GG esteve em Porto Alegre, dois anos antes da sua morte, como se vê nas reproduções acima. 

quarta-feira, setembro 21, 2016

Raul Seixas grava Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás: abril de 1976

Em abril de 1976, aos 30 anos, Raul Seixas gravava uma das suas músicas mais conhecidas - Eu Nasci Há Dez Mil Anos Atrás, que ainda hoje toca em todas as rádios brasileiras, um dos seus maiores sucessos fonográficos. Naquele mesmo ano nascia sua filha, Scarlett. Como era costume então, um compacto simples (uma música de cada lado) precedia o Long Play, este com 12 canções . A volta de Raul aos estúdios da gravadora era noticiada pelo jornal Folha da Manhã, de Porto Alegre, em um nota de rodapé nas páginas de cultura e entretenimento. Raul morreu em 21 de agosto de 1989, com 44 anos, muito precocemente para quem tinha tanto a dar em letras, rebeldia e melodias.  
Tacho, jornal NH (Novo Hamburgo, RS). A Charge Online.

Em 2004 Raul Pont venceu no primeiro turno e perdeu no segundo

Raul Pont venceu Fogaça no primeiro turno.



REPUBLICAÇÃO


Você lembra em quem votou nas últimas eleições para prefeito de Porto Alegre? Como o brasileiro tem memória curta, reproduzimos aqui os resultados do primeiro turno, que aconteceu no dia 4 de outubro de 2004. Observe-se que Fogaça não venceu no primeiro turno - perdeu para Raul Pont mas se elegeu no segundo turno. Sebstião Melo elegeu-se então vereador, com quase 16 mil votos. Hoje é candidato a prefeito.

PORTO ALEGRE - RS
Apuração para Prefeito - 1º Turno
Urnas totalizadas: 2.311 (100,00%)
Eleitores: 1.005.998
Total de urnas: 2.311
Comparecimento: 868.835 (86,37%)

HAVERÁ 2º TURNO
Nome

Partido
Votos
% de votos válidos

RAUL PONT
13
PT
Votos - 304.135
37,62%

FOGAÇA

23
PPS
Votos - 229.113
28,34%

ONYX
25
PFL
votos - 80.633
9,97%

VIEIRA DA CUNHA
12
PDT
votos - 78.919
9,76%

MENDES RIBEIRO FILHO
15
PMDB
votos - 47.621
5,89%

JAIR SOARES
11
PP
Votos - 35.501
4,39%

BETO ALBUQUERQUE
40
PSB
votos - 24.588
3,04%

VERA GUASSO
16
PSTU
Votos - 6.603
0,82%

GUILHERME GIORDANO29
PCO
votos - 1.309
0,16%


Total de votos válidos
808.422
93,05%

Brancos
30.638
3,53%


Apuração para Vereador - 1º Turno Apuração finalizadaÚltima atualização às 02h21min de 04/10/2004
Urnas totalizadas: 2.311 (100,00%)
Eleitores: 1.005.998
Total de urnas: 2.311
Comparecimento: 868.835 (86,37%)
Nome

Partido
Votos
% de votos válidos

IBSEN PINHEIRO (eleito)
15115
PMDB
22.994
2,89%

DIB (eleito)
11626
PP
13.292
1,67%

TODESCHINI (eleito)
13001
PT
12.402
1,56%

RAUL CARRION (eleito)
65123
PC do B
11.651
1,46%

BETO MOESCH (eleito)
11234
PP
11.215
1,41%

VALDIR CAETANO (eleito)
22777
PL
10.138
1,27%

DR. GOULART (eleito)
12220
PDT
9.660
1,21%

MARIA CELESTE (eleito)
13699
PT
9.498
1,19%

MANUELA (eleito)
65656
PC do B
9.498
1,19%

PUJOL (eleito)
25625
PFL
9.454
1,19%

SEBASTIÃO MELO (eleito)
15686
PMDB
8.525
1,07%

ADELI SELL (eleito)
13601
PT
8.264
1,04%

PAULO ODONE (eleito)
23123
PPS
8.137
1,02%

SOFIA CAVEDON (eleito)
13113
PT
8.112
1,02%

ISAAC AINHORN (eleito)
12620
PDT
8.002
1,00%

CASSIÁ CARPES (eleito)
14620
PTB
7.883
0,99%

MAURO ZACHER (eleito)
12180
PDT
7.703
0,97%

JOÃO BOSCO VAZ (eleito)
12123
PDT
7.589
0,95%

MARGARETE MORAES (eleito)
13500
PT
7.389
0,93%

MARISTELA MAFFEI (eleito)
13680
PT
7.122
0,89%

OLIBONI (eleito)
13580
PT
7.051
0,89%

JOÃO CARLOS NEDEL (eleito)
11633
PP
6.787
0,85%

HAROLDO DE SOUZA (eleito)
15111
PMDB
6.522
0,82%

ERVINO BESSON (eleito)
12642
PDT
6.462
0,81%

COMASSETTO (eleito)
13013
PT
6.441
0,81%

ALMERINDO FILHO (eleito)
17632
PSL
6.342
0,80%

MAURÍCIO DZIEDRICKI (eleito)
14234
PTB
5.996
0,75%

PROFESSOR GARCIA (eleito)
40200
PSB
5.848
0,73%

CLÊNIA MARANHÃO (eleito)
23789
PPS
5.791
0,73%

JULIO FLORES
16600
PSTU
5.610
0,70%

MARCELO DANÉRIS
13137
PT
5.561
0,70%

ELIAS VIDAL (eleito)
14700
PTB
5.541
0,70%

GUILHERME BARBOSA
13670
PT
5.540
0,70%

GERSON ALMEIDA
13662
PT
5.519
0,69%

LUIZ BRAZ (eleito)
45678
PSDB
5.486
0,69%

MAURO PINHEIRO
13007
PT
5.469
0,69%

KEVIN KRIEGER
11011
PP
5.462
0,69%

NEREU D'AVILA (eleito)
12601
PDT
5.449
0,68%

ELÓI GUIMARÃES (eleito)
14999
PTB
5.430
0,68%

NEUZA CANABARRO
12012
PDT
5.339
0,67%

ZÉ VALDIR
13666
PT
5.262
0,66%

HELENA BONUMÁ
13613
PT
5.104
0,64%

MARIO FRAGA
12600
PDT
5.001
0,63%

BRASINHA
14118
PTB
4.883
0,61%

CLÁUDIO SEBENELO (eleito)
45622
PSDB
4.810
0,60%

MARISTELA MENEGHETTI (eleito)
25025
PFL
4.693
0,59%

ISMAEL
45690
PSDB
4.646
0,58%

RENATO GUIMARÃES
13663
PT
4.595
0,58%

NILO SANTOS
14120
PTB
4.482
0,56%

MARCIO BINS ELY
12345
PDT
4.475
0,56%

PESTANA
13333
PT
4.456
0,56%

MARIA LUIZA
14144
PTB
4.376
0,55%

JUAREZ PINHEIRO
13614
PT
4.342
0,55%

WILTON ARAÚJO
23000
PPS
4.181
0,52%

AURO CAMPANI
13800
PT
3.999
0,50%

BERNARDINO VENDRUSCOLO (eleito)
15815
PMDB
3.780
0,47%

DJ DO FUNK
12612
PDT
3.780
0,47%

FABINHO
13000
PT
3.779
0,47%

DR. PINTO
45688
PSDB
3.615
0,45%

CLÁUDIO CONCEIÇÃO
45677
PSDB
3.588
0,45%

MÔNICA LEAL
11602
PP
3.550
0,45%

PAULINHO RUBEM BERTA
23444
PPS
3.309
0,42%

ELISEU SABINO
14660
PTB
3.239
0,41%

LUIZ NEGRINHO
22456
PL
3.195
0,40%

TARCISO
12007
PDT
3.187
0,40%

JUVENAL FERREIRA
14555
PTB
2.922
0,37%

ALEX DA BANCA
12640
PDT
2.891
0,36%

GILBERTO BATISTA
14200
PTB
2.835
0,36%

PROF. MARILI
25222
PFL
2.805
0,35%

PROFESSORA NEIVA LAZZAROTTO
13130
PT
2.773
0,35%

MARIA CONCEIÇÃO
13117
PT
2.761
0,35%

LUCIANO MARCANTONIO
12112
PDT
2.680
0,34%

ALDO VÍDEO
14800
PTB
2.655
0,33%

DR RAUL
15555
PMDB
2.629
0,33%

ZÉ REIS
13789
PT
2.609
0,33%

GUSTAVO
15323
PMDB
2.566
0,32%

JORGE RIBEIRO
14214
PTB
2.541
0,32%

PAULO TOMASI
13900
PT
2.504
0,31%

DR.THIAGO PEREIRA DUARTE
12122
PDT
2.495
0,31%

JOSÉ BRIZOLLA - BRIZOLLINHA
13300
PT
2.492
0,31%

JOÃO PAULO FAGUNDES
45000
PSDB
2.443
0,31%

REJANE RODRIGUES
13639
PT
2.436
0,31%

FABRÍCIO KLEIN
15123
PMDB
2.427
0,30%

NEWTON BRAGA ROSA
11222
PP
2.422
0,30%

FERRONATO
40540
PSB
2.416
0,30%

GERSON ASSIS
14727
PTB
2.408
0,30%

JOAO BATISTA PIRULITO
40678
PSB
2.400
0,30%

MÁRIO MANFRO
45321
PSDB
2.380
0,30%

LEANDRO SOARES
11456
PP
2.380
0,30%

PAULÃO DO POLÍCIA EM AÇÃO
14190
PTB
2.370
0,30%

RODRIGO LEAL
12212
PDT
2.347
0,29%

PAULO MACHADO - MACHADÃO
13011
PT
2.290
0,29%

OSCAR PLENTZ
23500
PPS
2.270
0,28%

JORGE SODRÉ
15500
PMDB
2.257
0,28%

ANINHA COMAS
15400
PMDB
2.211
0,28%

ANGELICA KONZEN
15222
PMDB
2.197
0,28%

STÊNIO
13004
PT
2.107
0,26%

PETERSEN - CARLOS ALBERTO
12626
PDT
2.102
0,26%

JOCELIN AZAMBUJA
15200
PMDB
2.094
0,26%

LEO MEIRA
45745
PSDB
2.086
0,26%

RAQUEL BORGES
25000
PFL
2.069
0,26%

JORGE FERREIRA
12211
PDT
2.065
0,26%

MARCELLO CHIODO
14000
PTB
2.032
0,26%

JORGE VERARDI
12812
PDT
2.014
0,25%

NERY MÜLLER
45888
PSDB
1.992
0,25%

ALEXANDRE RAMBO
12800
PDT
1.956
0,25%

CARMEN SANTOS
45011
PSDB
1.865
0,23%

EMERSON CORREA
12222
PDT
1.837
0,23%

SIMON
15011
PMDB
1.795
0,23%

ALBERTO TERRES
13100
PT
1.761
0,22%

RAFAEL DO HIP HOP
23333
PPS
1.758
0,22%

CYRO MARTINI
13633
PT
1.732
0,22%

BETO RIGOTTI
11017
PP
1.732
0,22%

MARILENA ASSIS
13131
PT
1.675
0,21%

PROFESSOR DANIEL
14567
PTB
1.675
0,21%

IARA LOPES
14777
PTB
1.668
0,21%

PAULO ELISEU
45645
PSDB
1.665
0,21%

CORREA
40114
PSB
1.636
0,21%

JOSÉ ALDAIR
14222
PTB
1.622
0,20%

RICARDO VERDI
15515
PMDB
1.620
0,20%

ARTHUR BLOISE
65007
PC do B
1.606
0,20%

BETH CAUDURO
14514
PTB
1.604
0,20%

BERNADETE VIDAL
25611
PFL
1.529
0,19%

MARGARETE DAPPER
14580
PTB
1.475
0,19%

IVAN BRUXEL
11555
PP
1.471
0,18%

LEANDRO DUARTE
12355
PDT
1.428
0,18%

DARIO BERTOI
45369
PSDB
1.412
0,18%

RAUL ROCHA
23222
PPS
1.411
0,18%

ODILON SOUZA
45945
PSDB
1.384
0,17%

SILVIO RIBEIRO
12333
PDT
1.384
0,17%

FLAVIO CASAL
15456
PMDB
1.383
0,17%

CLÁUDIO LANCHES
15655
PMDB
1.320
0,17%

MOISÉS BARBOZA
45900
PSDB
1.313
0,16%

FERNANDA MACHADO
45777
PSDB
1.298
0,16%

ALEXANDRE DIAS ABREU
21021
PCB
1.296
0,16%

BUCHECHA
12555
PDT
1.294
0,16%

CARMEM STEINERT
14007
PTB
1.292
0,16%

MOACIR ALAN KARDEC
40000
PSB
1.270
0,16%

SARGENTO GOI
15020
PMDB
1.239
0,16%

LISIANE PRATINI DE MORAES
11411
PP
1.234
0,15%

PINTO SOBRINHO
25001
PFL
1.229
0,15%

FERNANDO ALBINO
12777
PDT
1.225
0,15%

DANILO CAÇAPAVA
13607
PT
1.224
0,15%

OSCAR LEHENBAUER
25122
PFL
1.210
0,15%

DR. JOSE ANTONIO BRIZOLA
12613
PDT
1.202
0,15%

RONALDO BERETTA
45007
PSDB
1.188
0,15%

ROBERTO KOPP
14560
PTB
1.180
0,15%

CARLOS BREIK
40640
PSB
1.166
0,15%

BETI REIS
14444
PTB
1.152
0,14%

NEY PEREIRA
14123
PTB
1.149
0,14%

JORGE CRUZ
13621
PT
1.133
0,14%

LUIZ MACHADO BANANA
15685
PMDB
1.093
0,14%

CAIO GRACO
11777
PP
1.089
0,14%

PROF. BRANDI
13947
PT
1.088
0,14%

MARIA DA GRAÇA PAIVA
15002
PMDB
1.076
0,14%

JOÃO PANCINHA
15640
PMDB
1.064
0,13%

CORDEIRO
23100
PPS
1.028
0,13%

ANINHA
40789
PSB
1.022
0,13%

HERNANDI MELLO
11668
PP
995
0,12%

LIBÓRIO KUMMER
11444
PP
986
0,12%

WILSON SANTOS
15678
PMDB
977
0,12%

LUIZ CORREIA (LATINHA)
40090
PSB
970
0,12%

LEDA SALVI
45122
PSDB
970
0,12%

PAULO CURTINAZ
13313
PT
944
0,12%

SEVERO
23632
PPS
942
0,12%

DR. VALLANDRO
25333
PFL
941
0,12%

LUIZ CARLOS MACHADO
11747
PP
938
0,12%

LOBISOMEM
12016
PDT
906
0,11%

ZÉ DO BELO
43500
PV
894
0,11%

LUÍS ALBERTO DA SILVA
13669
PT
892
0,11%

PROFESSOR BETO FRAGA
15100
PMDB
884
0,11%

CATARINO
13005
PT
879
0,11%

CARLOS SILVA
45445
PSDB
874
0,11%

ANDRÉ GONÇALVES
14500
PTB
869
0,11%

SERGINHO DA PRAIANA
15021
PMDB
866
0,11%

ROGÉRIO MENDES
15190
PMDB
864
0,11%

CARIBONI
15006
PMDB
856
0,11%

JERONIMO
40004
PSB
847
0,11%

PROFESSOR CASSIANO LEAL
15602
PMDB
846
0,11%

ADÃO JOSÉ
26026
PAN
841
0,11%

NARA VIDAL
15433
PMDB
823
0,10%

LEOPOLDINO DA FONSECA
14789
PTB
822
0,10%

VALTER KAIPPER
12052
PDT
820
0,10%

OSÓRIO QUEIROZ JR.
23023
PPS
816
0,10%

MARCO AURÉLIO - MARQUINHO
12653
PDT
811
0,10%

CANHOTINHO - LUIZ OMAR AMARAL
12111
PDT
810
0,10%

ARGEU BRUM
45045
PSDB
798
0,10%

PEDRO DIAS
65165
PC do B
796
0,10%

GETULIO FEIX
45456
PSDB
792
0,10%

PAULO PACHECO
12245
PDT
778
0,10%

ALESSANDRO BARRETO
25125
PFL
772
0,10%

DR. JACÓ
45105
PSDB
754
0,09%

IVANO CASAGRANDE
25500
PFL
745
0,09%

PANASUK
14114
PTB
739
0,09%

LAURO SANTOS
14193
PTB
725
0,09%

JUSSARA GAUTO
11999
PP
710
0,09%

DRA. VANILUCE
45444
PSDB
704
0,09%

ISAÍAS MORAES
11000
PP
700
0,09%

PROF. NICOLAU
45613
PSDB
694
0,09%

ELEANDRO FEIJÓ
43210
PV
694
0,09%

TOMÁS SERPA
45450
PSDB
679
0,09%

PROFESSORA ALDA
12100
PDT
678
0,09%

PROFESSOR CARDOSO
40501
PSB
673
0,08%

REGINA CONZATTI
45025
PSDB
673
0,08%

GAUDÉRIO MOTOS
14014
PTB
673
0,08%

JORGE MARDINI
11113
PP
666
0,08%

PICOLÉ / NENÊ - NORI RAMOS
15234
PMDB
662
0,08%

MAURO QUADROS
23013
PPS
662
0,08%

REGINALDO S. MALHEIROS
13456
PT
639
0,08%

FLAVIO BERNEIRA JUNIOR
40240
PSB
630
0,08%

ROSE
14111
PTB
627
0,08%

CLÓVIS CORRÊA BOCA
14314
PTB
624
0,08%

VERA SOARES
13713
PT
623
0,08%

NAOR
12500
PDT
623
0,08%

IRACEMA BOFF
25444
PFL
621
0,08%

KUKA PEREIRA
13033
PT
620
0,08%

NEI JUNQUEIRA
40040
PSB
620
0,08%

SOLDADO ADRIANO
11645
PP
618
0,08%

ANDRÉ LUIZ
11888
PP
616
0,08%

GIBA- GIBA
43777
PV
616
0,08%

LAURO ROBERTO HAGEMANN
15315
PMDB
614
0,08%

JULIANO VASCONCELOS
43043
PV
603
0,08%

CACA NEDEL
40500
PSB
595
0,07%

GILBERTO LISBOA
14262
PTB
590
0,07%

AMÁLIA DA OLAVO BILAC
14270
PTB
589
0,07%

ANA PAULA LACERDA
15321
PMDB
587
0,07%

ASSIS AYMONE
15666
PMDB
585
0,07%

PAULO STÖLBEN
31031
PHS
584
0,07%

RUI CABELEIREIRO
12040
PDT
582
0,07%

GRACE DE LA ROCHA
11060
PP
580
0,07%

PAULO ANTÃO
45621
PSDB
579
0,07%

PARADEDA
23456
PPS
578
0,07%

PEDRO MARCHIORI
40222
PSB
574
0,07%

PASTOR LAIR
26000
PAN
574
0,07%

CARLOS ALBERTO MACHADO
43000
PV
568
0,07%

JORGE ANDRADE
15004
PMDB
565
0,07%

FLÁVIO ROZA
11111
PP
564
0,07%

PAULO SITÓ
45455
PSDB
562
0,07%

PROF. SANCHEZ
11666
PP
559
0,07%

GILBERTO FONTOURA
23448
PPS
555
0,07%

ALEXANDRE WEINDORFER
12888
PDT
554
0,07%

GREGOL
15712
PMDB
547
0,07%

ÉDIO ONOFRE - QUEIXINHO
45222
PSDB
544
0,07%

PARDAL
43999
PV
541
0,07%

JAIRES MACIEL
20001
PSC
537
0,07%

JOAO HELBIO
40567
PSB
533
0,07%

AIRTON PAVILHÃO
15003
PMDB
531
0,07%

JOSE LUIS CURÇO
27017
PSDC
530
0,07%

EDUARDO NUNES ROCA
12200
PDT
529
0,07%

GIOVANI CARMINATTI
43123
PV
522
0,07%

RUI LARROSSA
14353
PTB
517
0,06%

JOSÉ SIMÕES
25678
PFL
508
0,06%

ARTHUR SACRAMENTO
45669
PSDB
507
0,06%

EDUARDO MACHADO
26010
PAN
505
0,06%

PÉRICLES - SARARÁ
25555
PFL
502
0,06%

PROFESSOR RAIMUNDO
19199
PTN
501
0,06%

JORGE FARIAS
19509
PTN
500
0,06%

DUTRA
11613
PP
497
0,06%

TEREZINHA MARQUES
14333
PTB
496
0,06%

JOSE EUGENIO
40601
PSB
489
0,06%

SIDNEI DORFMANN
14027
PTB
483
0,06%

MAURO MOTTA
14655
PTB
473
0,06%

EUNICE RIBEIRO
12013
PDT
470
0,06%

FREDERICO GAEVERSEN
12223
PDT
467
0,06%

BAIANA
12213
PDT
461
0,06%

SOLDADO DUTRA
25234
PFL
458
0,06%

TARSO HELDT
11051
PP
457
0,06%

ENOITA EBERHARDT
15777
PMDB
453
0,06%

SÉRGIO MASTER GERCHMANN
11225
PP
448
0,06%

MARILIA BARRETO
14663
PTB
446
0,06%

JOÃO CARLOS LOPES
11737
PP
446
0,06%

PAULO RICARDO SANTOS
40190
PSB
439
0,06%

LEANDRO SANTAGADA
23030
PPS
432
0,05%

DJ RONI DO HIP HOP
22009
PL
431
0,05%

ANTONIO DE CARVALHO
14600
PTB
422
0,05%

CLEVERSON FRAGA
31123
PHS
420
0,05%

PROFESSOR PAULINHO
11122
PP
418
0,05%

CARMEN PASSOS
14292
PTB
416
0,05%

ROSANE RODRIGUES
11211
PP
413
0,05%

VANDERLEI CABRAL
40444
PSB
412
0,05%

PAULO BARELA
16116
PSTU
412
0,05%

DORNELES
15333
PMDB
410
0,05%

ZAIDA BERNARDES
25155
PFL
406
0,05%

IVAM MACHADO
14300
PTB
401
0,05%

JOSÉ ARTIGAS
12541
PDT
395
0,05%

NELSON NEVES
22123
PL
391
0,05%

PAULO RODRIGUES
15015
PMDB
387
0,05%
LITRAN
11610
PP
386
0,05%

TÉLVIO
25601
PFL
380
0,05%

PROFESSORA CRISTINA RENSI
40140
PSB
374
0,05%

NARCIZO
12240
PDT
374
0,05%

PASTOR ADÃO MACEDO
12077
PDT
373
0,05%

ENI CANARIM
12346
PDT
369
0,05%

LUIZ DELVAIR
29529
PCO
369
0,05%

CASAGRANDE
11223
PP
366
0,05%

CRISTIANO CAMARGO
11123
PP
365
0,05%

EDUARDO ROSA - DUDU
25664
PFL
359
0,05%

PAULO AMARAL
40840
PSB
355
0,04%

ENÉIAS
11100
PP
351
0,04%

GONÇALVES CLAUDIO GONÇALVES
31007
PHS
350
0,04%

DR. ELIAS GIANNAKOS
14441
PTB
346
0,04%

GILERIAN VARGAS
43333
PV
345
0,04%

MARIA DA CONCEIÇÃO FAGUNDES
14523
PTB
343
0,04%

MEXICANO - JOÃO INÁCIO
45333
PSDB
340
0,04%

JESSE JAMES
43007
PV
340
0,04%

DERCI
33835
PMN
339
0,04%

MARCIO FREITAS
31331
PHS
338
0,04%

JOSUÉ STELKO
14100
PTB
337
0,04%

SERGIO SELISTER
22345
PL
333
0,04%

JANETE LOUREGA
12005
PDT
316
0,04%

MANO ROCHA
43434
PV
315
0,04%

VANISE
40111
PSB
313
0,04%

TAXISTA MELLO
23001
PPS
310
0,04%

EDUARDO ROCHA
19777
PTN
308
0,04%

NOVEMBRINO SILVEIRA
15944
PMDB
302
0,04%

DELEGADO CHICÃO
25013
PFL
301
0,04%

ÉBERLI RIELLA
14345
PTB
299
0,04%

CÉSAR WEBER
12312
PDT
299
0,04%

ODETTE
27227
PSDC
295
0,04%

KATIA MANZI
15051
PMDB
291
0,04%

DI MARTINO
56500
PRONA
291
0,04%

PARAGUASSU
15010
PMDB
290
0,04%

DÓROTI DO PARTENON
14533
PTB
288
0,04%
ANTONIO VIGNE
12221
PDT
286
0,04%

ROCHELLE FRAGA
11333
PP
286
0,04%

NEGUINHO JUAREZ
11063
PP
286
0,04%

PATRÍCIO DE CASTILHOS
19999
PTN
283
0,04%

GENECI AGUETE
15551
PMDB
282
0,04%

ALEXANDRE MATTOS
40999
PSB
275
0,03%

DIORGE
15638
PMDB
274
0,03%

REMO VALIM
40333
PSB
273
0,03%

IBÁ
45051
PSDB
271
0,03%

MARQUINHOS
25100
PFL
268
0,03%

ELOCI OLIVEIRA
27357
PSDC
268
0,03%

DARA OLIVEIRA
11678
PP
266
0,03%

GASPARZINHO
14466
PTB
265
0,03%

CASTELLO
11811
PP
264
0,03%

JOAO CARLOS
40911
PSB
263
0,03%

EVANDRO BATISTA
25060
PFL
262
0,03%

ILZA DE OLIVEIRA
45123
PSDB
262
0,03%
PAULO CÉSAR PC
15620
PMDB
260
0,03%

PROFESSORA ERMINDA MIRAGEM
15368
PMDB
257
0,03%

CARMEN LOPES
11743
PP
257
0,03%

TAINHA
20000
PSC
254
0,03%

CAETANO
20777
PSC
254
0,03%

DRA. LUCI BAZILA
14914
PTB
252
0,03%

PROFESSORA TERESINHA CAMPANEL
23046
PPS
250
0,03%

PROFESSORA ADRIANA
12412
PDT
250
0,03%

RUDILVAM
11978
PP
247
0,03%

LUCA RISI
40193
PSB
237
0,03%

PASQUALINI
26666
PAN
237
0,03%

ARAGUAIA
40900
PSB
230
0,03%

GISELE
43444
PV
229
0,03%

ALEMÃO
26400
PAN
227
0,03%

PAULO ADIR
45999
PSDB
225
0,03%

TIA MARIA
27027
PSDC
225
0,03%

MARIZA SEVERO
25424
PFL
220
0,03%

PAULO MÜLLER JUNIOR
43003
PV
219
0,03%

ZENO DE OLIVEIRA
33033
PMN
216
0,03%

SADOSKI
25134
PFL
214
0,03%

ANTONIO CLIPES
19299
PTN
213
0,03%

HELENA MELLO
11787
PP
208
0,03%

VERA LIMA
14227
PTB
202
0,03%

MARIA ELISA
15078
PMDB
198
0,02%

CLÁUDIO CEZAR FREITAS SILVA
11420
PP
197
0,02%

ALBERTO MIRANDA
13105
PT
196
0,02%

PEDRO JACOBS
13222
PT
196
0,02%

VERA PERES
19623
PTN
195
0,02%

SANDRA PETERS
12650
PDT
190
0,02%

GAÚCHO DO BEIRA-RIO
15913
PMDB
188
0,02%

PATRICIA POMBO
15007
PMDB
186
0,02%

BERNARDO
11311
PP
186
0,02%

GUILHERME KIELING
43143
PV
186
0,02%

RAUL SELVA
43321
PV
185
0,02%

MARCO AYALA
31013
PHS
184
0,02%

JOÃO BATISTA FRAGA BRAGA
19888
PTN
183
0,02%
ANTONIO LIMA
40007
PSB
182
0,02%

MARISA MEDEIROS
56561
PRONA
180
0,02%

LUIS FONTOURA
14166
PTB
175
0,02%

MOACIR DIAS - O DETETIVE
11657
PP
173
0,02%

PLP JANE PINHEIRO
40199
PSB
171
0,02%

RONALD SCHWANKE
27123
PSDC
168
0,02%

BEATRIZ PACHECO PAIM
12232
PDT
168
0,02%

ROSANA MENEGHETTI
12369
PDT
165
0,02%

GAUTAMA
15120
PMDB
164
0,02%

CLÁUDIO DERLI
25325
PFL
163
0,02%

BELONI RITZEL
14900
PTB
158
0,02%

HÉRCULES BENHUR FAN DOS REIS
15159
PMDB
154
0,02%

PROFESSOR MAURO SALVO
45345
PSDB
153
0,02%

ANA FINCO
15077
PMDB
153
0,02%

ROMEU FERREIRA
25103
PFL
145
0,02%

VERA VALERIO CIGANA
12121
PDT
143
0,02%

CLEBER PRAÇA
40440
PSB
137
0,02%

FERNANDO AGUERO
15600
PMDB
137
0,02%

LAÍS
43010
PV
136
0,02%

ARY BRENOL
12022
PDT
135
0,02%

RICARDO BEATRICI
45044
PSDB
133
0,02%

NARA VERLAINE
12488
PDT
133
0,02%

PAULO MORESCO
26458
PAN
132
0,02%

JOSÉ CIMIRRO
11615
PP
130
0,02%

LAURECI DE FRANCISCO
40120
PSB
127
0,02%

ZULU DA TINGA
40234
PSB
124
0,02%

BAIANO
40013
PSB
123
0,02%

ANTÔNIO OPPELT
11099
PP
121
0,02%

ADRIAN
43223
PV
120
0,02%

NEY NAVARRO
15674
PMDB
118
0,01%

IZABEL DO PDT
12268
PDT
117
0,01%

MARCAO
40123
PSB
116
0,01%

YOLANDA DE ANTONI
43013
PV
115
0,01%

MARI UTO
22222
PL
114
0,01%

MARCO AURELIO SOUSA
45555
PSDB
113
0,01%

VERANICE NETO
11117
PP
111
0,01%

RICARDO GIL
25252
PFL
104
0,01%



ADRIANO RYBA
40321
PSB
101
0,01%

PAULINA ANDRADE
14707
PTB
95
0,01%

ANTONIO JOIA
26007
PAN
94
0,01%

ANGEL DE OXUM
40032
PSB
93
0,01%

ROMERO
11931
PP
92
0,01%

NILTON PEDROZO
40956
PSB
82
0,01%

VALDOCIR DOS SANTOS
19233
PTN
76
0,01%

HELENA DO BRIQUE DA REDENÇÃO
15999
PMDB
76
0,01%

EDUARDO CZUBINSKI
56200
PRONA
75
0,01%

ZUZA MOSER
12580
PDT
71
0,01%

MARIA RITA
31234
PHS
65
0,01%

ANDRE BEHLE
16680
PSTU
59
0,01%

SUELY PAIM
40366
PSB
57
0,01%

GIANE CRISTINA
26250
PAN
54
0,01%

DAVID
16123
PSTU
49
0,01%

MARIA JACOBSEN
15567
PMDB
45
0,01%
ATTILIO DOS SANTOS OLIVEIRA
40700
PSB
42
0,01%

LILIA MENEZES
11133
PP
39
0,00%

TRÓIA
15789
PMDB
38
0,00%

ALTEMIR COZER
16016
PSTU
34
0,00%

CRISTINA SORRENTINO
25888
PFL
32
0,00%

MÁRCIA PIRES
23700
PPS
31
0,00%

JAIRO FLORES
40235
PSB
28
0,00%

PROFESSOR PRESTES
25789
PFL
22
0,00%

ZÉLIA MOTTA
11013
PP
8
0,00%

FÁBIO VALENTTE
17137
PSL
2
0,00%

RUTH D´AMORIM
15005
PMDB
0
0,00%


Total de votos nominais
704.011
88,38%

Total de votos na legenda
92.556
11,62%

Total de votos válidos
796.567
91,68%

Brancos
49.491l5,70%

Nulos
22.777
2,62%

terça-feira, setembro 20, 2016

Tacho, no jornal NH (RS). A Charge Online.

Prefeito diz que jovens cabeludos "têm desgosto de ser homem": Alagoas, 1975.

O projeto Rondon marcou época no tempo do Brasil comandado por militares; o objetivo de tal iniciativa, de âmbito federal, era dar assistência às populações pobres e desassistidas dos grotões tupiniquins e, ao mesmo tempo, propiciar uma nova visão de vida e nacionalidade aos estudantes brasileiros, ainda em formação. Moças e rapazes de diferentes Estados eram, assim, enviados às mais remotas regiões brasileiras, para conhecer in loco a realidade nacional, o que, muitas vezes, produzia incontornáveis choques culturais - gente das grandes cidades, com seus costumes modernos, e moradores de localidades remotas e paradas no tempo. Em fevereiro de 1975 - 41 anos atrás, portanto - o prefeito de um município chamado Campo Grande, a 200 km de Maceió, capital de Alagoas, simplesmente proibiu a presença de estudantes de cabelos longos que integravam o Rondon no território que governava. "O homem só tem duas desculpas para ser cabeludo; ou quer mudar de fisionomia para assassinar alguém ou está com desgosto de ser homem", justificou ele. Imaginem o que diria tal veneranda figura hoje, quando grande parte dos jovens tem tatuagens no corpo, usam brincos e cabelos à moicano...

domingo, setembro 18, 2016

Amanhã a baiana e eterna Miss Martha Rocha completa seus 80 anos de vida

Amanhã, 18 de setembro, segunda-feira, a eterna Miss Brasil Martha Rocha completa 80 anos de vida. Nascida em Salvador, em 1936, Maria Martha Hacker Rocha foi miss Brasil em 1954 e depois, nos Estados Unidos, ficou em segundo lugar no concurso Miss Universo - o que até hoje nós brasileiros consideramos uma injustiça impagável e prova de que tais certames nem sempre primam pela justiça. Martha, então com 21 anos, perdeu para a norte-americana Miriam Stevenson, por sinal a primeira ianque a conquistar o título máximo da beleza universal e que depois faria carreira como apresentadora de tevê e modelo. No alto, Martha, depois do concurso, aparece fazendo compras em um supermercado, uma novidade então e que mal chegava ao Brasil - só havia no Rio e em Porto Alegre. Abaixo, a miss vencedora de 1954, Miriam Stevenson - sem dúvida também uma bela mulher.
Clayton, em O Povo, Ceará. A Charge Online.

O domingo de 1954 em que Porto Alegre quase esteve nas mãos de mil presidiários em fuga



Revista do Globo: dando eco ao que pensavam os porto-alegrenses, lembrou que o local era uma "chaga no centro da cidade." O Cadeião foi desativado no início dos anos sessenta, com a construção do atual Presídio Central.


Pesquisa e Texto: Vitor Minas
   Um “plano diabólico” para a fuga em massa de mais de mil detentos, “celerados da pior espécie” – assim os jornais resumiram um dos fatos mais marcantes na história de Porto Alegre, o incêndio na Casa de Correção, o “horrendo cadeião da Ponta do Gasômetro”, a “casa do inferno”, a “casa dos horrores”, o “tétrico casarão”, ocorrido três meses depois do quebra-quebra pela morte de Getúlio Vargas e mais um episódio no capítulo dos grandes sinistros em prédios públicos registrados na década de cinquenta na capital gaúcha.
    Era o dia 28, último domingo do mês de novembro de 1954, nem haviam transcorridas duas semanas da eleição de Ildo Meneghetti como novo governador rio-grandense e dois meses da inauguração oficial do Estádio Olímpico quando o complexo prisional às margens do Guaíba ardeu em chamas durante quase 20 horas, expelindo rolos de fumaça que podiam ser avistados dos quatro cantos da cidade. Cidade que temeu seriamente pela própria sorte: caso tal tentativa de fuga tivesse dado certo as consequências seriam imprevisíveis para os seus 500 mil habitantes.
    Tudo começou às 18h30min, logo após o encerramento do horário das visitas na rebatizada “Penitenciária Industrial”, já então considerada uma das piores do Brasil, uma “masmorra medieval” com capacidade para 300 presos, porém superlotada por mais de mil.
   O fogo irrompeu na cela 72, no segundo andar, na parte dos fundos da construção, e se propagou com uma rapidez incrível, atingindo também a padaria e a tipografia – até porque tudo havia sido planejado por um grupo de presidiários, os quais praticamente controlavam o funcionamento interno da instituição, tal como hoje dividida em facções criminosas. Desde o mês de agosto daquele ano nada menos do que três princípios de incêndios e de motins já haviam ocorrido ali e a deflagração e outro parecia simples questão de tempo. No dia anterior os agentes penitenciários haviam encontrado no forro de uma das celas um colchão, um monte de palhas e oito litros de gasolina. O clima entre os detentos era, mais do que nunca, de extraordinária tensão – os nervos estavam à flor da pele.
    No entardecer daquele domingo, encerrado o horário de visitas, depois da conferência, um grupo recusou-se a voltar às celas – prenunciando o que viria a seguir, eles só concordaram com isto sob a promessa dos agentes de que estas permaneceriam abertas. Com o início repentino das chamas outro agrupamento passou a percorrer as demais celas: armados de facas, facões, adagas e porretes, obrigaram os outros detentos a também incendiar tudo.
   Em seguida, em “estrondo”, todos começaram a correr pelos corredores em direção à parte térrea e ao portão, forçando a saída. Segundo a direção, havia 1.093 apenados no local, contra não mais do que 40 brigadianos e agentes penitenciários para contê-los. Os bombeiros chegaram em poucos minutos, vindos da estação central, na Praça Rui Barbosa, enquanto homens da brigada e um grupo de socorro da Guarda Municipal (ex-polícia de choque), comandados pelo delegado José Henrique Mariante, detinham os revoltosos a golpes de cassetete e bombas de gás lacrimogêneo, a muito custo impedindo que chegassem à rouparia: se isso acontecesse eles teriam acesso a roupas civis e poderiam se misturar até mesmo às autoridades e fugir às ruas.
   Estabeleceu-se no pátio um “cinturão” de segurança, com duas linhas de praças da Brigada armados com fuzis-metralhadoras e soldados com baionetas caladas, que “calçavam” e imobilizavam os presos contra as paredes. Nesse trabalho destacou-se o tenente Cantalício Camargo, comandante do destacamento local. Com poucos recursos, e dando apenas três rajadas de metralhadora para o alto, ele e seus homens enfrentaram a maré humana de mais de 500 presos, conseguindo fazer – oficialmente sem vítimas fatais – que recuassem.
    A raivosa determinação de destruir de vez o velho cadeião, queimando-o inteiramente, e a certeza de que o plano havia sido elaborado com a participação de gente de fora das grades, fora, evidenciadas pelo fato de que, no mesmo instante em que as chamas se propagavam às margens do Guaíba, os bombeiros haviam se deslocado para combater outra ocorrência em um matagal do morro de Teresópolis, adiante do final da linha dos bondes. Segundo os repórteres, de lá divisava-se perfeitamente o interior do presídio, o que levantava a suspeita de que a pessoa que ateou fogo no terreno pudesse ser comandada à distância pelos detentos, quem sabe através de um jogo de espelhos. Do mesmo modo estes poderiam, das janelas da Casa, avistar a chegada dos caminhões. Outro fato sintomático foi a depredação antecipada da bomba de água do Cadeião.
PÂNICO NA CIDADE – A possibilidade de que cerca de mil homens conseguissem fugir e se espalhassem pelas ruas da cidade, tomando a população de refém, a visão dos rolos de fumaça, o cair da noite, bem como a péssima fama da instituição prisional, a promiscuidade, o histórico de fugas e os fatos bárbaros que lá ocorriam geraram um evidente clima de medo entre os moradores da capital, os quais, naquele entardecer de domingo, encerravam o seu pacato e modorrento final de semana.
     Falava-se inicialmente em muitos mortos e em sangrentas cenas de ajuste de contas entre os próprios presos, com inúmeros esfaqueamentos e até degolas. Um preso disse aos repórteres tem visto uma cabeça jogada dentro de um vaso sanitário. Todavia, pelas versões oficiais, não só nenhum sentenciado teria conseguido se evadir como ninguém, fosse apenado, policial ou funcionário, morreu durante ou depois do episódio. Aos poucos, em contrapartida, surgiam relatos de alguns funcionários que enfrentaram o perigo das chamas e da violência para retirar detentos que ficaram presos em suas celas e outros, doentes (a maioria com tuberculose) hospedados na enfermaria e mesmo os inválidos ou com dificuldades de locomoção.
     Na edição de terça-feira, 30, jornal Folha da Tarde, na matéria “A Trama Sinistra dos Presidiários”, relatou o clima depois do incêndio, quando a situação já havia sido dominada, algo que revela o inferno humano que caracterizava o local: “Em todas as fisionomias dos presos notava-se intensa satisfação. Riam e pilheriavam já que, para eles, qualquer situação será melhor do que a da Casa de Correção. Um presidiário adiantou-nos que há muito vinha entrando gasolina no presídio, em pequenas quantidades, e que em todas as celas havia um foco preparado ao qual foi ateado fogo quando deram alarme na primeira, a 72”. Já o Correio do Povo lembrou que “foi um sinistro dos mais terríveis de que se tem notícia” e que se o plano desse certo “Porto Alegre estaria até agora em pânico, com suas ruas invadidas por homens para quem os conceitos de vida e de respeito ao próximo pouco ou nada significam.”
TRANSFERENCIA PARA MARIANTE – Em grandes operações de segurança os detentos foram sendo realocados em diferentes locais – quartéis da brigada, delegacias de polícia, no Instituto Psiquiátrico Forense (manicômio judiciário) e, principalmente, na Colônia Penal Daltro Filho, na localidade de Mariante, município de Venâncio Aires, para onde cerca de 300 deles foram conduzidos em barcaças do DAER – a viagem pelo Jacuí demorava cerca de quatro horas, com os revoltosos vigiados por soldados armados de metralhadoras. O policiamento na colônia agrícola já havia sido fortemente reforçado por uma companhia do Primeiro Batalhão de Caçadores.  
   Na Casa de Detenção permaneceram 550 homens, abrigados em barracas, em pavilhões não totalmente queimados ou recolhidos aos fétidos e úmidos porões, o “buraco”, enquanto os mais colaborativos voltavam às suas funções habituais. Para a Oitava Delegacia de Polícia, em Petrópolis, seguiram os elementos mais perigosos, entre os quais aqueles apontados como os líderes da rebelião. O chefe do Departamento de Institutos Penais do Estado, Neu Reinert, ordenou o isolamento total do presídio, proibindo qualquer tipo de visitas. O desespero maior, no entanto, provinha dos familiares dos presos, concentrados em frente e que imploravam por notícias.
    Em depoimento oficial um preso chamado Vavá – ou Gaspar Ávila da Silva, líder de quadrilha - afirmou ter sido ele o principal líder do movimento, junto com Washington Aires, o Paulistinha, e Nelson Bassani, os três agora recolhidos aos xadrezes da Oitava DP. As declarações de Vavá surpreenderam as autoridades – até mesmo ao secretário do Interior e Justiça, Theobaldo Neumann, e o diretor do presídio, Aires Rodrigues da Cunha - já que era um preso considerado de bom comportamento. Outro detento chamado Veríssimo Caduri Leal também assumiu a liderança.
ESCOLA DOS VÍCIOS – Em maio de 1971, quando o antigo Cadeião já tinha vindo abaixo, o repórter Isaías Valiatti, durante anos setorista policial da Caldas Júnior e nome reconhecido da imprensa gaúcha, escreveu um interessante artigo intitulado “Casa de Perversão”:
   “Felizmente nem sequer o portão da medonha masmorra que tinha o nome de Casa de Correção ficou de pé para lembrar um passado indescritível. Vamos e venhamos, para que conservar a memória de coisas horríveis? O mundo talvez não se torne ideal com a supressão de imagens nefandas, mas pelo menos a nova geração não terá de perguntar: “O que é aquilo ali?” E a resposta, para ser correta, seria longa, chocante e incompreensível. Não tenho engenho e arte para descrever o que vi e ouvi na medieval cadeia ao longo de tristes anos de reportagem policial para o Correio do Povo e, em certa época, para a Folha da Tarde. Espetáculos que superavam a imaginação de Hitchcock e cenas que nem Dante conseguiu traçar em seu Inferno repetiam-se de tempos em tempos, entre um motim e um incêndio provocados pelos próprios detentos. Paradoxalmente, a Casa de Correção era, em verdade, a escola dos vícios e das anomalias que só uma Casa de Perversão seria capaz de “ensinar” e praticar.
   “Por mais de uma vez, através das colunas deste jornal, chamei, juntamente com outras vozes que terminaram ecoando, contra o claustro imundo e revoltante que era a Casa de Correção. Inadequada sob todos os aspectos, contrariando os mais elementares princípios consagrados pela moderna penalogia, e sempre superlotada – chegou a ter quase 1.500 presos, quando sua capacidade real era para 300 – foi preciso um grande incêndio com um motim sem precedentes, que me coube documentar à época, para chegar-se à conclusão acaciana de que a velha cadeia deveria ser demolida para começar da estaca zero.
   “A penitenciária estadual, localizada no Partenon, pode ter falhas gritantes ou deficiências que devem ser eliminadas, mas jamais chegará a ser o que foi a Casa de Correção. Há problemas de estrutura de funcionamento, de vigilância e de métodos de recuperação que estão sendo encarados em seu devido tempo, mas, creio eu, jamais se encontrará naquele presídio as cenas e as ocorrências tão comuns e freqüentes na famigerada Casa de Correção.
   “Vibrei quando, em 1955, o então governador do Estado presidiu a cerimônia que assinalou a demolição simbólica do vergonhoso presídio. Era o primeiro passo decisivo para riscá-lo definitivamente do mapa da cidade. Era o princípio do fim das celas permanentemente inundadas, pois se localizavam abaixo do nível do Guaíba. Os chamados “republicano” e “democrata”, que num período não muito recuado da nossa história política serviram para castigar os “rebeldes”, iriam desaparecer, juntamente com as amoralidades, os assassinatos com requintes de barbarismo, as negociatas entre presos e funcionários, o tráfico de tóxicos e de álcool, enfim, as bestialidades entre seres que cada vez mais se degradavam num processo crescente de sordidez humana, típico do submundo que era a Casa de Correção.
   “A despeito de tudo isso, surgiram opiniões em favor da manutenção de algo que lembrasse o cárcere e as muralhas que o cercavam. Serviria – argumentavam – como motivação histórica ou turística.
   “Mas eu não estava só. O venerando e bondoso padre Pio, por longos e tenebrosos anos o capelão do extinto presídio, também admitia uma única saída: a destruição total, o arrasamento da Casa de Correção. As razões, como vemos, dispensam maiores comentários.
    “Conservar a imagem da Casa de Correção – respeitadas as opiniões em contrário – seria o mesmo que guardar as imagens de atrocidades que fazem a humanidade recuar no tempo e no espaço. Seria a negação, a antítese do próprio homem.”
    Na realidade o problema prisional gaúcho era crônico e vinha desde o século XIX, e a Casa de Correção tão somente simbolizava os horrores e as iniquidades de tal sistema.
   Quando a primeira parte da sua construção foi concluída, em 1855, era chamada de Cadeia Civil e abrigou inicialmente cerca de 200 presos. Construída pelos braços de escravos, suas paredes, formadas pela junção de grandes pedras, chegavam a ter mais de um metro de espessura.  A localização à beira do Guaíba se explicava pelo fácil acesso à água, pela questão da higiene – os dejetos seriam jogados no rio – pelo solo rochoso para assentar firmemente as suas fundações e também pelas características geográficas do local, uma “quina” da cidade e que então passou a ser chamada de Ponta da Cadeia. Em 1897, nos primórdios da República, segundo os historiadores, ganhou o nome oficial de Casa de Correção. A partir daí, de ano a ano, a sua população carcerária só foi aumentando, incluindo presos políticos dos vários movimentos de revolta que caracterizaram o Rio Grande.

    A Casa de Correção teve sua demolição concluída oficialmente no dia 11 de maio de 1967, uma quinta-feira. Uma equipe de funcionários da Prefeitura (Célio Marques Fernandes era o prefeito de Porto Alegre), sob a coordenação do engenheiro João Antonio Dib, dava fim a uma era de horrores que no entanto se repetiria com o não menos infame Presídio Estadual da Chácara das Bananeiras (bairro Partenon), inaugurado em 1963 e bem mais distante dos olhos da imprensa.