sábado, julho 04, 2015

Margot Fonteyn em Porto Alegre: agosto de 1975

No próximo mês de agosto a capital dos gaúchos terá uma data a ser lembrada - os 40 anos em que a expressão máxima do balé mundial esteve aqui. Embora já contasse com mais de 50 anos de idade, Margot Fontein esteve em Porto Alegre, onde, aliás, foi agraciada com o título de cidadã porto-alegrense. Com fortes raízes brasileiras, Fontein - a maior bailarina do mundo - aproveitou a estadia na cidade sorriso para conhecer Imbituba, na vizinha Santa Catarina, berço de fortes recordações. (CP, Arquivo  Histórico de Porto Alegre)


quinta-feira, julho 02, 2015

Stan Getz, em única apresentação em Porto Alegre: 1976.


Porto Alegre sempre foi - depois do Rio e São Paulo - a capital brasileira que mais atraiu artistas do exterior, grandes nomes da música, especialmente, que vinham aqui cantar para um público acostumado com bons espetáculos havia décadas. Em 1976 quem esteve na capital gaúcha foi um dos maiores e mais conhecidos nomes do jazz - Stan Getz, cujos vínculos com o Brasil eram sobejamente conhecidos desde a época da Bossa Nova e dos discos que gravou com Jobim e João Gilberto. Ele se apresentou no salão da Reitoria da Universidade Federal, em uma única apresentação. Quem assistiu tal show deve estar hoje na faixa dos cinquenta e tantos ou sessenta anos.

quarta-feira, julho 01, 2015

O tal de Zeca, a Globo e o sertanejo acidentado

O fato desse apresentador chamado Zeca Camargo ter se revoltado com a cobertura e o auê feitos em torno desse músico sertanejo  que morreu em um recente acidente de carro me espanta um pouco, até porque acho que ele se esqueceu que a sua própria emissora, a Globo, é quem foi a maior estimuladora do fenômeno que transformou um quase desconhecido cantor de gosto duvidoso em um Frank Sinatra brasileiro, um Nelson Gonçalves do século vinte e um. Afinal, foi a Globo que prontamente cancelou um filme da sua tradicional sessão da tarde para dar "flashes" do acontecimento, com repórteres e apresentadores de plantão permanente no ar, algo que, sinceramente, não me lembro de ter acontecido faz tempo. As outras emissoras fizeram o mesmo, ou talvez até pior. Acho que a Globo está certa, por coerência, em dar um puxão de orelha no rapaz (não tão rapaz assim, já tem mais de 50), que esqueceu que não se deve falar mal do patrão que lhe dá emprego, ainda por cima usando o veículo de comunicação do próprio patrão. Se ele não está satisfeito com as coisas que a globo faz, que funde a sua própria emissora de tevê, o seu jornal, revista, sei lá o quê, ou cale-se para sempre. Onde se viu falar em "indigência cultural brasileira", quando a indigência, na verdade, é da mídia brasileira, sendo que todas as redes estão descendo ladeira abaixo com uma velocidade supersônica, e sem exibir nenhum pudor ou sentimento de culpa por isso.  (Vitor Minas) 

O "angustiante flagelo das enchentes" aterroriza Porto Alegre novamente: 1937.

Há muitos anos que Porto Alegre não sabe o que é uma enchente, de fato. O Guaíba, domesticado e praticamente isolado da cidade, já não mete medo e é mais conhecido por sua beleza de por do sol e pela sujeira das suas águas. Mas o que nem todos sabem é que, até a primeira metade deste século, a capital dos gaúchos era uma das cidades mais problemáticas no tocante às inundações em todo o mundo. Um problema tão sério que parecia não haver solução. A grande enchente de 1941, a maior de todas, colocou mais de 2 metros de lençol de água no centro de Porto Alegre e paralisou a cidade por semanas, gerando um prejuízo incalculável. Mas, antes deles, inúmeras outras cheias geraram destruição e desespero entre a população porto-alegrense, como as de 1928 e 1936. Praticamente todos os anos, no período de inverno e no início da primavera, a cidade se via às voltas com tal flagelo. Não foi diferente em 1937, quando - no mês de agosto - o leito do Guaíba subiu novamente inundou grandes áreas da capital, como se vê nesta página do jornal Correio do Povo. A propósito: neste blog há uma matéria do autor a respeito da enchente de 1941, que pode ser acessada digitando a frase "enchente de 1941".

segunda-feira, junho 29, 2015

No tempo do Estado Nolvo de Getúlio Vargas os esportes - sobretudo o atletismo - eram bastante estimulados e os vencedores recebiam homenagens públicas. Em 1950, quando Porto Alegre talvez não tivesse 400 mil habitantes, o CP publicou matéria com a relação dos melhores atletas de 1949. Estão lá nomes de famílias conhecidas e tradicionais, especialmente as de origem alemã, como os Gerdau, por exemplo.

domingo, junho 28, 2015

No tempo dos orelhões e do divórcio: 1975.

É, o tempo passou mesmo. No tempo em que este blogueiro tinha apenas 14 anos e morava no interior, as preocupações maiores diziam respeito a coisas hoje plenamente resolvidas: a legalização do divórcio (só existia o desquite) e o problema dos agricultores envenenados com agrotóxicos - que frequentemente morriam ou sofriam graves sequelas físicas e psicológicas. Também a telefonia era, por assim dizer, jurássica, tanto que a inauguração festiva de um telefone público tornava-se objeto de matéria jornalística, como vemos nesta publicações do Correio do Povo. Movidos a ficha, os orelhões geralmente funcionavam mal ou estavam depredados. Nada parecido com os dias de hoje, quando até carroceiro tem aparelho celular e pode falar com quem bem quiser.