sábado, agosto 02, 2008

Condomínio inaugurado junto com São Lucas

Estava lá, na contracapa da edição de sábado, 30 de outubro de 1976 do jornal Correio do Povo, sob o título “Inaugurados Hospital da PUC e Bloco de 944 Apartamentos”:
“O Presidente da República presidiu, na manhã de ontem, os atos de inauguração do Núcleo Habitacional Felizardo Furtado, com 944 apartamentos, e o Hospital Universitário da PUC. Acompanhado pelo governador Sinval Guazzelli, pelo chefe do gabinete militar da Presidência da República, general Hugo de Abreu, e pelos ministros Rangel dos Reis e Arnaldo da Costa Prietto, o presidente chegou ao bairro Jardim Botânico, onde foi construído o núcleo habitacional, às 9 horas e 30 minutos, sendo aguardado pelo prefeito Guilherme Socias Villella, pelo diretor-superintendente do INOCOOP, Renato Eickstaed, e demais autoridades. Estudantes de todo o bairro e bandas marciais saudaram o chefe da Nação em sua chegada ao Núcleo Habitacional Felizardo Furtado. No local, o presidente Ernesto Geisel solicitou amplas informações sobre a obra que custou 130 milhões de cruzeiros, interrogando principalmente o diretor-superintendente da INOCOOP. A seguir entregou a chave de um apartamento a Eduardo Araújo, o primeiro morador do Núcleo”.

Na verdade o presidente Geisel havia chegado ao Estado na quinta-feira, seguindo imediatamente a Santo Ângelo, onde abriu oficialmente a colheita do trigo. Em seguida foi a Caxias do Sul e lá inaugurou o Centro de Tecnologia e Pesquisa da Universidade de Caxias do Sul, UCS.
Era, em essência, uma agenda política, pois estava-se às vésperas das eleições municipais (as únicas permitidas para cargos executivos) e Geisel queria dar “um empurrãozinho” no seu partido, a Aliança Renovadora Nacional, Arena. Ele também esteve em Estrela, sua terra natal, e em Bom Retiro, onde inaugurou outras obras e fez um discurso sobre a importância de “se votar bem”.
No Conjunto Felizardo Furtado, Geisel e comitiva descerraram a placa de inauguração, conheceram um apartamento e depois seguiram para o Hospital da PUC.
Durante a inauguração do conjunto habitacional, o Presidente da República foi saudado pelo presidente da Cooperativa Habitacional que construiu o “núcleo” (INOCOOP), Gilberto Rodrigues. Segundo transcreveu o Correio do Povo, Rodrigues, ao se referir à obra e ao presidente Geisel, falou em “libertação” dos trabalhadores:
“Esse momento, consagrado com a presença de Vossa Excelência, significa a libertação de 944 famílias de trabalhadores que passam da condição de inquilinos e peregrinos de tetos alheios, a proprietários da casa própria”.
Na verdade o Conjunto de 944 unidades, 8 prédios, 62 mil metros quadrados de obras (iniciadas em fevereiro de 1974), beneficiava famílias com renda mensal de cinco a oito salários mínimos – ou seja, era um condomínio para a classe média baixa. As prestações eram relativamente suaves (menores que o aluguel correspondente) e longas, o que atraiu um grande número de interessados.
A maioria dos apartamentos, de um, dois e três dormitórios (poucos), havia sido vendida na planta, antecipadamente. Um empreendimento desssa magnitude, é claro, atraiu a atenção do mercado imobiliário e de muitos especuladores que viram uma boa oportunidade de lucrar com a revenda dos imóveis, como se pode ver pelos anúncios classificados do Correio do Povo (o maior jornal da época). No domingo, 31 de outubro, lia-se no CP:
“Transfere-se vários apartamentos com um, dois e três dormitórios, living, banho social, cozinha e área de serviços. Conjunto novo com play-graud, estacionamento e área verde. Conj. Residencial Felizardo Furtado. Chaves em nosso poder. Diversos preços e condições. Tratar Riachuelo, 1513, s/loja, f.244471.” Outro anúncio, na mesma edição, dizia: “Preciso urgente de um apto no parque residencial FF. Negócio direto. Tratar f. 255004”. Dezenas de anúncios desse tipo – bem antes da data oficial da inauguração – saíam regularmente na imprensa.

Toniolo: "Sou o maior pichador do mundo".

Escrivão de polícia, ele queria ser Presidente do Brasil pelo "Partido Anarquista".

Uma idéia na cabeça – divulgar o seu próprio nome – e um spray na mão. Autodenominado-se o “Rei Mundial da Pichação”, Sérgio José Toniolo levou isso às últimas conseqüências e tornou-se quase uma lenda viva em Porto Alegre: quem, com mais de 30 anos, alguma vez não viu a palavra “Toniolo” escrita em algum muro, algum prédio, alguma passarela, algum monumento ou até mesmo alguma calçada ou asfalto?

CELEBRIDADE - Um rei cujo reinado não é nada recente – iniciou, mais exatamente, no final dos anos setenta e ganhou força nos anos 80, quando, de fato, se tornou uma celebridade incontestável, foi preso, ameaçado de morte, algemado, internado e até levou alguns tiros.Nada disso, naqueles anos, tirou a disposição desse homem calvo, hoje com 60 anos, escrivão de polícia aposentado, solteiro, segundo grau completo, sem filhos e morador do vizinho bairro de Petrópolis – mais exatamente na avenida Taquara, onde reside na parte baixa de um edifício. Hoje Toniolo está mais sossegado, não freqüenta mais as manchetes de jornais, não é notícia. Está, por assim dizer, apagado, ou em recesso. Talvez seja a idade, o tempo, o cansaço, a saúde. Sem reposição, seu nome, antes tão onipresente, foi se apagando dos edifícios, dos muros e vias públicas, por força do tempo, da limpeza, da chuva. É a fase do crepúsculo.Mas a lenda urbana chamada Toniolo persiste – o Pai e o Rei dos Pichadores, ou, como ele dizia, “o único pichador que não faz símbolos incompreensíveis e assina o seu próprio nome”.Louco ou não, Toniolo entrou para a História por suas próprias mãos. Literalmente. Em um tempo em que a pichação se tornou uma praga, obra de gangues sem rosto e muitas vezes violentas, de pessoas semi-alfabetizadas e toscas, Sérgio José Toniolo distingue-se por ter pertencido a uma outra espécie: inteligente, esse homem que os médicos apontaram como “esquizofrênico paranóide” (aposentou-se por força da doença), e que foi interditado e preso, julgava-se um “anarquista”. Isso, é claro, depois de ter sido impedido de se candidatar a deputado estadual pelo PMDB no início dos anos 80. Depois, em sua própria cabeça, tornou-se várias vezes candidato pelo inexistente Partido Anarquista Brasileiro – foi inclusive, em sua cabeça, candidato à Presidente da República, usando, em todas as vezes, o seu número cabalístico 1543.
"BRASILEIRO É ACOMODADO" – Segundo a Medicina, quem sofre de esquizofrenia paranóide tem, geralmente, mania de grandeza e de perseguição. As duas coisas não faltaram a Toniolo: foi, nos anos setenta, o recordista brasileiro em colaborações às seções de “Cartas do Leitor” de todos os jornais possíveis – escreveu mais de mil, sobre todos os assuntos, da sujeira das ruas, das fezes dos caos à cretinice dos políticos. E vivia fugindo da polícia e dos donos de imóveis.Quanto às pichações, garante que fez bem mais de 70 mil delas, gastando, pelos seus cálculos, mais de 100 mil reais ao longo de tantos anos, tudo do seu próprio bolso. Gastou em sprays (às vezes mais de um por noite), tintas, pincéis. Mandou fazer pandorgas com seu nome escrito para lançá-las ao ar. Defendeu o voto nulo, o anarquismo. Costumava dizer que o brasileiro é “frouxo e acomodado” – o que ele, de fato, não era: grão-mestre da autopromoção e da publicidade-artesanal-em-série-ininterrupta, apanhou, desafiou deliciosamente, experta e inocentemente o Poder com seu spray, divertiu os cidadãos da cidade e demonstrou o poder de fogo de um homem só – maluco, com certeza, mas, vá lá, incrivelmente e determinado como só estes podem ser. E divertido. Palhaço. Cavaleiro solitário. Carlitos com mania de grandeza.
ENGANANDO A BRIGADA - Matéria de reportagens e notícias em jornais, sua história foi ao ar no programa Fantástico, da Rede Globo, em 1981. Em 1984, quando Jair Soares era o Governador do Rio Grande do Sul, anunciou a todos – telefonava às redações – garantindo que iria pichar seu nome na fachada do Palácio Piratini.
A segurança foi alertada e reforçada. Não contavam eles, porém, com a astúcia do Rei Mundial da Pichação: para identificá-lo e barrá-lo, tinham apenas uma foto sua, antiga, em que aparecia com cabelos. Toniolo, contudo, já era careca àquelas alturas. Caminhando, saiu tranquilamente da vizinha Catedral Metropolitana e, passando pelos brigadianos, chamou-os angelicamente de “meu irmãos”. Quando se deram conta, já havia pichado a quase totalidade do seu nome (faltaram duas letras) na imponente sede do Governo do Estado. Mandado então ao Hospital Psiquiátrico São Pedro, aplicou outro golpe digno dos melhores filmes de Hollywood.
Conhecido dos plantonistas, disse a estes que os dois policiais civis que o escoltavam eram colegas seus, “com mania de polícia”. Desconcertados, os plantonistas foram para cima dos homens da lei – e Toniolo, sorrateiramente, fugiu pelos fundos do prédio. Mais tarde, anunciou que iria pichar o Palácio do Planalto, mas essa parada ele perdeu – foi detido dentro do ônibus que seguia para Brasília. “Mas consegui o que queria”, disse o mestre da Publicidade. “Não tenho medo de ser preso: é uma propaganda”, alardeava ele, com toda a razão.
Quanto ao conteúdo do seu discurso, as suas “propostas”, bom, deixa pra lá: ele não é diferente da grande maioria dos políticos brasileiros.CACHÊ – Toniolo sempre disse que ninguém nunca contou, verdadeiramente, a sua história, e por isso ele cobrava, mais recentemente, 10 mil reais por entrevista a qualquer veículo de comunicação e 100 mil para estrelar comerciais, onde apareceria, inclusive, com seu célebre spray. Obviamente, nenhum jornal, revista ou tevê pagou o que ele pediu e nenhuma agência o convidou para ser garoto-propaganda, nem mesmo da Casa das Tintas. Talvez tenha sido um talento não aproveitado da propaganda gaúcha.
O dinheiro, que nunca veio, serviria, afirmava, para ressarci-lo das despesas com o material de pichação, desde quando iniciou na atividade para realizar a missão que, afinal, conseguiu: firmar no mercado a “marca Toniolo”. Firmar uma marca custa muito dinheiro. Quanto vale a marca Toniolo? Rei da publicidade artesanal, Dom Quixote, da idéia na cabeça e do spray na mão, Toniolo é, dizem, um homem solitário que não dá entrevistas e não permite fotos. Há quem diga que está com problemas de saúde. A pessoa que ligar para sua residência (como fez este blog) ouvirá a indefectível gravação: “Mensagem gratuita: este telefone temporariamente fora de serviço. A Brasil Telecon agradece.”Nesta campanha eleitoral que se avizinha Toniolo estará fora e não será candidato, nem mesmo pelo seu imaginário Partido Anarquista.
Um dia, talvez, a lenda viva da propaganda pessoal vire tema de filme ou documentário, do tipo “Contador de Histórias”. Quem sabe. (Conselheiro X.)

AMMPA, associativismo nascido no Botânico

Odir: "O pequeno empresário não pode pensar que o seu vizinho é o seu inimigo."


A primeira luta, a que levou eles a se unirem, foi perdida. Paradoxalmente, essa derrota serviu ainda mais para uni-los e levá-los à frente. Hoje, a AMMPA - Associação dos Mini-Mercados de Porto Alegre - é uma entidade associativa consolidada, com 52 membros na Grande Porto Alegre, patrimônio próprio, e uma representatividade que não pode ser ignorada. E tudo isso tem a ver com o Jardim botânico, onde a AMMPA nasceu. Mais exatamente: a rua Barão do Amazonas, 856 (esquina com a Itaboraí), no Mercado Guarani - empresa que existe há 38 anos no bairro.
É lá que está o empresário Odir Otto Fetzer, fundador, ex-presidente e patrono da Associação, surgida no ano de 2001, como um canal de luta dos pequenos comerciantes contra o que lhes parecia (e de fato, se tornou) a grande ameaça aos seus negócios - a abertura dos supermercados, especialmente das grandes redes, aos domingos. Para quem não se lembra, não faz muito o comércio de Porto Alegre era proibido de abrir aos domingos. Se, de um lado, isso parece arbitrário, de outro parte beneficiava os micro e pequenos comerciantes, os donos de mercados, mercearias e açougues, que tinham no domingo o seu melhor dia de faturamento.
BATALHA PERDIDA? - A batalha foi perdida - as grandes redes, hoje, funcionam aos domingos - mas isso não impediu que a Associação fosse adiante e se consolidasse como uma rede associativa e se tornasse uma marca conhecida do grande público.
"Procuramos, de início, nos unir para termos força. Mas logo vimos que, pela lei, não dava para proibir ninguém de trabalhar aos domingos", recorda Odir. "Queríamos que aquela lei continuasse, mas não deu".
Metendo a mão na massa, procurando os comerciantes, um a um, Odir foi convocando-os para reuniões e discussões, que aconteciam, então, na antiga sede da Associação dos Moradores do Jardim Botânico, na rua La Plata. "Chegamos a ter 180 pessoas lá, de toda a Porto Alegre", afirma. Quando descobriram que a lei não poderia ser alterada, procuraram outras formas de luta e aí surgiu a questão: se formassem uma associação, esta seria uma cooperativa ou uma rede (há distinções jurídicas entre as duas formas)? Como se fossem cooperativa teriam um sistema centralizado, em que a diretoria se responsabilizaria por todos, optaram por ser uma rede, na qual cada qual responde por si - tal como é hoje.
A Prefeitura Municipal (final do governo de João Verle) lhes deu apoio, contratando consultores da FEEVALE - Faculdade do Vale do Rio dos Sinos, os quais prestaram serviços à Associação durante dois anos.
"Era necessário, nós não conhecíamos nada nessa área", informa Odir. A AMMPA passou a congregar proprietários de mini-mercados, açougues e padarias, com estatuto, diretoria e obrigações: o estabelecimento associado deve ter de 100 a 400 metros quadrados de área e nome limpo na praça (não pode ter títulos protestados, por exemplo), além de uma fachada igual e o mesmo lay-out interno.
A idéia da união em uma rede não só reduziu custos como serviu - o que é mais importante - para integrar e dar respeito aos pequenos comerciantes.
LONGO PRAZO - "O mais importante, porém, não é a questão imediata da redução de custos e sim a mudança de mentalidade", diz Odir. "O pequeno comerciante sempre pensa que o seu concorrente é o outro pequeno que está perto dele, quando na verdade o concorrente é o grandão. Ele precisa mudar essa mentalidade, ser parceiro e não concorrente".
Ainda mais importante, afirma Odir, é a troca de informações entre eles. Hoje isso é uma realidade, e se consolida ainda mais nas reuniões semanais que fazem em sua sede própria (600 metros quadrados), no interior da CEASA, no Porto Seco. A sede foi adquirida com recursos próprios e é lá que as coisas acontecem: as negociações com os fornecedores, a compra, a estocagem.
"Mas pra fazer isso tudo, nós tivemos muitas dificuldades, é um trabalho a longo prazo", informa o patrono. A sede conta com uma câmara fria, que serve para estocagem de carne. Comprando coletivamente, conseguem melhores preços - o que se reflete em menores preços ao consumidor. "Temos contratos com 30 empresas fornecedoras, distribuidoras, indústrias, e compramos mais de 100 itens, carne, arroz, feijão, carne, tudo". Logo surgiram as parcerias - com a Blue Ville, por exemplo, indústria sediada em Camaquã, além de mídia gratuita na Rádio Farroupilha. Mais: mediante a cobrança de 300 reais mensais do associado, a Rede fornece a eles cartazes e embalagens e divulga seus nomes.
"Temos promoções, sempre em cada um associado diferente, cinco vezes por semana". Hoje, a AMMPA compra entre 80 a 100 toneladas mensais de produtos, que são repassados aos 52 associados.
LADO SOCIAL - "Também não descuidamos da parte social, fazemos festas e eventos. A gente trabalha a parte social, fizemos a Campanha do Agasalho, da Alimentação, coisas assim", esclarece o ex-presidente. "Todos os meses temos promoções. O consumidor encontra os mesmos produtos pelo mesmo preço em qualquer um dos nossos associados". A carne, por exemplo, é distribuída coletivamente por um caminhão contratado para isso. Comprar melhor significa, obviamente, vender melhor - e assim enfrentar a concorrência dos grande supermercados e redes. Uma prova cabal do poder de força surgiu no dia em que a AMBEV - uma das maiores fabricantes mundiais de cerveja, e que responde pela marca Pepsi-Cola no Brasil, resolveu esnobá-los. Sem querer conceder desconto, dizendo que, para eles, "essa associação não existia", levaram o troco de uma forma contundente. Sentindo-se menosprezados, os integrantes da AMMPA resolveram, durante um final de semana, fazer uma promoção: duplicaram o preço da Pepsi litro e baixaram levemente o da Coca - só para mostra o poderio da Associação. Comunicaram isso à AMBEV: "Nos dias seguintes eles vieram nos procurar, dizendo que a coisa não era bem assim, que eles nos reconheciam, blá-blá-blá. A verdade é que viram a queda sensível nas vendas e recuaram. Foi a demonstração do nosso poder de fogo", conta Odir Fetzer.
Nascida no Jardim Botânico, a Associação tem hoje filiados em quase toda a Grande Porto Alegre. A grande maioria são mini-mercados. E não são só os muito pequenos. "Temos empresas com até 25 funcionários", diz Odir. Uma agência de publicidade foi contratada para cuidar da imagem da AMMPA, aberta a novos associados. O atual presidente é Mauro Pinheiro, proprietário de um mercado no bairro Jardim Leopoldina, e que foi vice de Odir - hoje o dono do Mercado Guarani é "diretor de marketing", além de patrono da entidade. Presentes na Internet, têm o seguinte endereço: http://www.ammpa.com.br/
* Você sabe o que significa oxímoro, dêixis e anáfora? São alguns dos recursos de linguagem que serão explicados nos encontros do projeto "O que é?", organizado pela Faculdade de Letras da PUCRS (Fale). A atividade busca apresentar temas relacionados à Lingüística e Literatura, por meio de aulas expositivas e dinâmicas, utilizando exemplos práticos para esclarecer dúvidas. Todos os temas foram levantados por professores da Fale, a partir de dificuldades expostas pelos alunos em sala de aula. Os encontros serão realizados sempre das 18h às 19h na sala 305 do prédio 8, no Campus Central da Universidade (avenida Ipiranga, 6681 - Porto Alegre). O próximo será no dia 5 de agosto e abordará Fone e fonema, fonética e fonologia, ministrado pela professora Letícia Farias. No dia 19 de agosto, o assunto será Dêixis e Anáfora e no dia 28 de agosto serão explicadas as Formas da narrativa: autobiografia, autoficção, diário, romance epistolar. Também haverá palestras nos meses de setembro, outubro e novembro. As inscrições, gratuitas, serão feitas nos horários e datas dos encontros. Outras informações e a programação completa podem ser obtidas pelo telefone (51) 3320-3676, ramal 8277.
* A PUCRS sediará no próximo sábado, dia 9 de agosto, das 8h às 18h, o "Workshop Nutrição Esportiva & Treinamento". A atividade gratuita é realizada pela Probiótica Laboratórios, atuante no mercado de suplementos alimentares, e tem apoio do curso de Nutrição da Faculdade de Enfermagem, Nutrição e Fisioterapia da Universidade (Faenfi). Na ocasião, serão abordados temas como importância da nutrição esportiva, marketing esportivo, técnicas avançadas de treinamento, entre outros. Também será realizada mesa-redonda com os palestrantes Marcelo Bella, especialista em Marketing Esportivo, Fernando Marques, bodybuilder e treinador, Rodolfo Peres, professor e nutricionista esportivo, Erico Caperuto, médico fisiologista do esporte, e Paulo Muzy, médico ortopedista, traumatologista, fisiologista e biomecânico do exercício. O encontro será realizado será realizado no auditório térreo do prédio 50, no Campus Central da Universidade (avenida Ipiranga, 6681 - Porto Alegre). Inscrições podem ser feitas na secretaria do curso de Nutrição, 8º andar do prédio 12. Informações adicionais pelo telefone (51) 3320-3646.
* O Programa de Pós-Graduação em Filosofia da PUCRS realiza mais uma edição do ciclo de conferências "Projetos de Filosofia - Pensadores". Na próxima sexta-feira, dia 8 de agosto, será apresentada a palestra Levinas: uma introdução ao seu pensamento, ministrada pelo professor Pergentino Pivatto. O encontro ocorre às 14h30min no auditório do 9º andar do prédio 50, no Campus Central da Universidade (avenida Ipiranga, 6681 - Porto Alegre). O ciclo, que será realizado até outubro, busca apresentar ao público, em linguagem acessível, as pesquisas desenvolvidas pelo Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade e sua relevância para os desafios da contemporaneidade. A entrada é franca mediante doação de um brinquedo novo (R$1,99). Informações adicionais pelo e-mail filosofia-pg@pucrs.br ou pelo telefone (51) 3320-3554.
* O "Diário do Campus", revista eletrônica da PUCRS exibida na televisão e na Internet, estréia um novo formato nesta segunda-feira, 4 de agosto. O programa vai ao ar às 20h50min na UNITV, canal 15 da NET, e também diariamente na capa do site da PUCRS. A nova proposta editorial surgiu em comemoração aos cinco anos de programa e também do Centro de Produção Multimídia da Faculdade de Comunicação Social (Famecos), onde o Diário do Campus é produzido, em parceria com a Assessoria de Comunicação da PUCRS (Ascom). A idéia é aproximar cada vez mais a comunidade acadêmica - professores, estudantes e funcionários - das notícias da Universidade, através de uma afinidade estética com a identidade visual da PUCRS, além da adoção de uma linguagem mais voltada ao público jovem. Uma das novidades são os novos canais de interatividade, como a criação do quadro ¿Eu no Diário¿, em que o público da Instituição pode enviar vídeos caseiros com dicas de leitura ou contando como é a sua faculdade ou local de trabalho. Há cinco anos são os próprios estudantes da Faculdade de Comunicação Social que apresentam, produzem, editam e finalizam o conteúdo da revista eletrônica, com a orientação de professores e com o suporte de técnicos. De acordo com o coordenador do Centro de Produção Multimídia, Eduardo Pellanda, a idéia é que os alunos tenham a oportunidade, dentro da universidade, de colocar em prática, diariamente, o que aprendem em sala de aula. Além disso, a redação onde os estudantes trabalham é também um centro de pesquisa em produção audiovisual, que experimenta novas possibilidades digitais no fluxo de produção. O projeto deu tão certo que, em cinco anos, mais de 50 estudantes já passaram pelo estágio e, a maioria deles, atualmente, têm excelentes colocações no mercado de trabalho. Sugestões de pauta, críticas, elogios e outras mensagens podem ser encaminhadas ao e-mail diariodocampus@pucrs.br.
* A PUCRS dará início ao segundo semestre letivo de 2008 nesta segunda-feira, 4 de agosto, recebendo cerca de 30 mil alunos de graduação e pós-graduação. No dia 21 de agosto é a vez dos novos alunos serem recebidos de forma divertida no "Stand Calouros", um ambiente de lazer, troca de experiências e acolhida. É um espaço de convivência entre os acadêmicos, onde eles podem esclarecer dúvidas, conversar, realizar atividades de arte, música, jogos e integração com a comunidade universitária.

sexta-feira, agosto 01, 2008

Censo de 2000 registrou 4.171 domicilios no JB

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, o Jardim Botânico contava (Censo do ano 2000), 11.494 habitantes, o que representava 0,84% da população do município. Destes, a maioria eram mulheres: 5.163 contra 6.331 homens, dos quais, no geral, 1,61% eram analfabetos.
Considerando a pequena área do bairro (2,03 kms quadrados, ou 0,43% da área de Porto Alegre), a densidade demográfica chegava a 5.662,07 habitantes por quilômetro quadrado. O JB integra a Região 16 do Orçamento Participativo. Oito anos atrás, tínhamos aqui 4.171 domicílios, com um rendimento médio dos responsáveis de 12,32 salários mínimos mensais – menor do que Petrópolis e superior ao do Partenon.
CIDADE RADIOCÊNTRICA – O Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental, datado de 1999, divide o território de Porto Alegre em nove macrozonas.
O Jardim Botânico faz parte da Macrozona 1, a chamada “Cidade Radiocêntrica”, englobando o território compreendido pelo centro histórico até a Terceira Perimetral.Esta é considerada a zona mais bem estruturada do município, uma região mista, residencial, comercial, de prestação de serviços e até de pequenas indústrias, com proteção ao patrimônio cultural. Ou seja, pode-se fazer muitas coisas por aqui, mas sempre dentro de regras que não alterem o perfil do bairro, a chamada “miscigenação”, ou “mistura de atividades”.
A Cidade Radiocêntrica inicia junto ao Laçador e segue pelas avenidas D. Pedro II, Carlos Gomes, Senador Tarso Dutra, avenida Salvador França, Aparício Borges, seguindo por Teresópolis, avenida Campos Velho (faixa preta) e Icaraí.Oficialmente, a Prefeitura Municipal estimula, nesta área, uma grande variedade de usos dos terrenos e atividades, como hospitais, shopping centers, universidades, parques, centros culturais, sempre com o objetivo de que a população local tenha como atender as suas necessidades sem fazer grandes deslocamentos. É o que a Secretaria de Planejamento chama de “Corredores de centralidade”.
Já a região entre a avenida Protásio Alves e o Porto Seco, por exemplo, é chamada de “Corredor da Produção”. Lá, são estimuladas as atividades produtivas juntamente com as residenciais.
UMA DAS QUE MAIS CRESCEM – O Plano Diretor, que deverá ser modificado e adaptado em não muito tempo, permite que se construa, em certas partes do Botânico, edifícios com até 18 andares (altura de 52 metros máximos).
É o caso, por exemplo, das margens da Salvador França e de alguns trechos de esquina da Ipiranga. Porém, para se fazer uma construção desse porte é preciso dispor de um espaço amplo – ou quatro lotes de 11 metros.Conforme o arquiteto Hermes Puricelli, da Secretaria do Planejamento Urbano, o Jardim Botânico “é uma das zonas que mais está crescendo na cidade, embora ainda não tenha explodido. É uma zona em crescente valorização e daqui a algum tempo vai ser difícil, por exemplo, sobreviveram as velhas casas de madeira que sempre existiram no Botânico. O setor imobiliário está de olho nesta região da cidade”.
Bairro Jardim Botânico
Foi criado pela Lei 2022 de 7/12/59
Limites atuais: do ponto de convergência da Av. Ipiranga (talvegue do Arroio Dilúvio) com a Rua Gen. Tibúrcio; desta pela Rua Eça de Queiroz, Rua Itaboraí e Rua Machado de Assis; desta até a Rua Felizardo até encontrar a Rua Felizardo Furtado; desta até o limite norte com o Jardim Botânico e por este limite sempre por uma linha reta, seca e imaginária, direção oeste/leste, até a Avenida Cristiano Fischer; por esta até a Av. Ipiranga seguindo pela linha do Arroio Dilúvio até o ponto de convergência com a Rua Gen. Tibúrcio.

* Será realizado nos dias 15 e 16 de agosto o I Simpósio de Atualização em Saúde Mental e Psiquiatria Geriátrica da PUCRS - O Idoso e suas Vivências. Promovido pelo Serviço de Psiquiatria do Hospital São Lucas, pelo Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal da universidade e pelo Centro de Estudos de Psiquiatria Integrada, o evento é dirigido a profissionais e estudantes de Medicina, Psicologia, Serviço Social, Pedagogia, Terapia Ocupacional, Farmácia, Enfermagem, Fonoaudiologia, Fisioterapia, Educação Física e Nutrição.
O simpósio, que acontecerá no Anfiteatro Irmão José Otão,do Hospital São Lucas, terá a participação de profissionais do centro do país em cinco mesas-redondas. Os temas abordados serão os seguintes: Envelhecimento Saudável, Doenças, Morte e Morrer no Século XXI; Como Eu Trato Depressão no Idoso; Terapêutica e Cuidados com o Idoso Demenciado; Como Eu Manejo o Idoso com...; e Idoso e suas Vivências no Século XXI
As inscrições podem ser feitas em dois locais, até o dia 13 de agosto: no Ambulatório de Psiquiatria do Hospital São Lucas (avenida Ipiranga, 6690, sala 309) e na Pró-Reitoria de Extensão da PUCRS (avenida Ipiranga, 6681, prédio 40). O valor é de R$ 60,00 para universitários e de R$ 100,00 para profissionais. No dia de evento, o custo será de R$ 90,00 e R$ 150,00, respectivamente. Mais informações pelos telefones (51) 3320.3367, 3339.5798 e 3320.3680.
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* O Laboratório de Mercado de Capitais da PUCRS (LabMec) está com inscrições abertas para o curso "Análise Fundamentalista". O objetivo é aprofundar o conhecimento técnico de avaliação de empresas por métodos econômicos e contábeis. A atividade ocorre neste sábado, dia 2 de agosto, e tem como público-alvo estudantes, professores, profissionais liberais, executivos, investidores e interessados em finanças. Os professores da Faculdade de Administração, Contabilidade e Economia da PUCRS Leandro de Lemos (Coordenador do Departamento de Economia) e João Miranda (Coordenador do Departamento de Contabilidade) serão os ministrantes. A aula será realizada no LabMec, 7º andar do prédio 50, no Campus Central da Universidade (avenida Ipiranga, 6681 - Porto Alegre). As inscrições podem ser feitas no site http://www.labmec.com.br/ ou na Pró-Reitoria de Extensão da Universidade, sala 201 do prédio 40, no Campus Central. Informações complementares pelo telefone (51) 3384-4449 ou no site citado.
* O Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS (MCT) realiza ações especiais para aniversariantes. O "Aniversário Genial" oferece isenção para o aniversariante e desconto no ingresso para os convidados. As atividades são acompanhadas por uma equipe especializada, composta por monitores capacitados, que mostrarão os shows científicos e oficinas criativas, que têm o objetivo de sensibilizar sobre a preservação da natureza. São disponibilizados convites personalizados para os convidados, um cartão especial parabenizando o aniversariante, espaço para confraternização e shows em horários alternativos de acordo com as necessidades do grupo.
Além da interação com um robô, a exposição é composta de três andares de aprendizado, abrangendo áreas que vão deste o universo até o corpo humano, possibilitando às crianças entretenimento e ciência, aliando conhecimentos adquiridos em aula a aspectos reais do cotidiano. As visitas podem ser realizadas de terças a domingos e devem ser agendadas com antecedência, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, pelo e-mail relacionamento.mct@pucrs.br, ou pelo telefone (51)3320-3521, com Larissa ou Donateli.



* O Laboratório de Mercado de Capitais da PUCRS (LabMec) sediará no dia 7 de agosto, das 18h às 19h30min, a apresentação da SLC Agrícola S/A, empresa especializada no agronegócio. A atividade será ministrada pelo diretor de relações com investidores da SLC, Laurence Beltrão Gomes, e é voltada a empresários, profissionais da área, estudantes, interessados na área agrícola, no setor empresarial e público em geral. Na ocasião, serão divulgados os dados da companhia, o balanço e motivos para atuar com a ela. A palestra ocorrerá no LabMec, 7º andar do prédio 50, no Campus Central da Universidade (avenida Ipiranga, 6681 - Porto Alegre). Informações complementares e inscrições gratuitas no site http://www.labmec.com.br/ ou pelo telefone (51) 3384-4449. Os participantes vão receber certificado e a presença será válida como atividade complementar para os estudantes.
* Foi lançada a primeira edição da "Revista Ciência & Saúde", veículo eletrônico oficial de divulgação científica da Faculdade de Enfermagem, Nutrição e Fisioterapia da PUCRS (Faenfi). A publicação on-line terá periodicidade semestral e pode ser acessada no site http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faenfi. A revista destina-se à divulgação de artigos técnico-científicos relacionados à área da saúde, desenvolvidos na Faenfi ou em instituições afins, e recebe, até o dia 10 de setembro, artigos para avaliação para veiculação na próxima edição, prevista para dezembro. Podem ser enviados para o site mencionado, mediante cadastro na página, trabalhos redigidos em português, espanhol e inglês. Outras informações pelo telefone (51) 3320-3646.


* O Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS (IGG) promoveu nesta quinta-feira, 31 de julho, mais um encontro do projeto "Palestras do IGG para a Comunidade". Na ocasião, o professor Silvio Harres abordou o tema "Acupuntura, Envelhecimento e Doenças Geriátricas". O evento tem entrada franca e ocorre às 11h, no 3º andar do Hospital São Lucas (avenida Ipiranga, 6690 - Porto Alegre). As inscrições podem ser realizadas até o dia do evento, pelo telefone (51) 3336-8153.
* "Ciência e Conhecimento na Cultura da Paz" será o tema da palestra de abertura do "9º Salão de Iniciação Científica" e da "3ª Mostra de Pesquisa da Pós-Graduação". A atividade, ministrada pelo Lama Padma Santem, será realizada no dia 11 de agosto, às 14h30min, no Centro de Eventos da PUCRS, prédio 41 do Campus Central (avenida Ipiranga, 6681 - Porto Alegre). Os eventos buscam estimular a participação dos docentes e discentes da Instituição, constituindo-se em importante forma de integração entre a graduação e a pós-graduação. Na ocasião, serão apresentadas pesquisas desenvolvidas por alunos da PUCRS e de outras Universidades, por meio de exposição de pôsteres e apresentações orais. No mesmo espaço, ocorrerá paralelamente a "Mostra de Trabalhos Científicos das Escolas Maristas". Informações complementares sobre os títulos dos trabalhos e respectivos alunos inscritos, salas e horários, estão disponibilizadas nos sites www.pucrs.br/salao e www.pucrs.br/mostrapg.
* A Faculdade de Informática da PUCRS (Facin) realiza, de 11 a 15 de agosto, o curso "Introdução a Engenharia de Requisitos". As aulas serão ministradas das 8h às 11h30min e abordarão conceitos básicos em engenharia de requisitos, como importância dos requisitos no processo de software, processos de engenharia de requisitos e técnicas de casos de uso para especificação de requisitos, entre outros. A atividade é coordenada pela professora Miriam Sayão. O curso tem como pré-requisito ter conhecimentos básicos em engenharia de software e é voltado aos profissionais de empresas atuantes em gerenciamento de projetos de software, alunos de graduação ou graduados em Informática, Sistemas de Informação ou Engenharia da Computação. Informações e inscrições na Pró-Reitoria de Extensão, sala 201 do prédio 40, no Campus Central da Universidade (avenida Ipiranga, 6681 - Porto Alegre), pelo telefone (51) 3320-3680 ou (51) 3320-3543.


* O Centro de Pesquisa Clínica do Hospital São Lucas da PUCRS seleciona pessoas que tenham diagnóstico de artrite reumatóide para participar de pesquisas com um novo medicamento. Estão sendo recrutados voluntários que façam tratamento com metotrexato. Mais informações pelos telefones (51) 3339.9022 ou 9988.8822, a partir das 11h.
* A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) aprovou a implantação do curso de "Doutorado em Ciências Criminais", do Programa de Pós-Graduação em Ciências Criminais da Faculdade de Direito da PUCRS (Fadir). A atividade será oferecida em 2009 e é destinada a mestres em Ciências Criminais e demais áreas do Direito, em Ciências Sociais Aplicadas e Ciências Humanas. Com o novo curso, a Universidade passa a contar com 40 opções de mestrado e doutorado.
As inscrições deverão ser feitas, no período de outubro e novembro, na secretaria do Programa, sala 1030 do prédio 11, no Campus Central (avenida Ipiranga, 6681- Porto Alegre). Informações adicionais pelo telefone (51) 3320-3537.
* A Editora Universitária da PUCRS (Edipucrs) lança o livro "Matrizes Determinantes - Sistemas de Equações Lineares". De autoria de José Teixeira Baratojo, a obra pretende desenvolver algoritmos na aplicação do cálculo matricial. O desenvolvimento de cada capítulo tem três partes: Definições e notações usuais; Questões resolvidas com explicações complementares; Questões propostas com respostas no final do respectivo capítulo. Informações adicionais sobre os lançamentos podem ser obtidas no site www.pucrs.br/edipucrs.
* O Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da PUCRS, Jorge Audy, foi convidado para compor a Comissão Especial dos Parques Tecnológicos, criada pela Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul (ALRS). A comissão será instalada no dia 7 de agosto e tem como objetivo contribuir para a consolidação dos Parques Tecnológicos como modelo de desenvolvimento socioeconômico sustentável para o Estado. Audy representará a Universidade nas reuniões quinzenais que serão realizadas na ALRS e nas visitas que discutirão, com técnicos e entidades envolvidas, a criação de uma política pública específica de incentivo aos parques tecnológicos e a proposição de iniciativas para interação entre o poder público, Instituições de Ensino Superior, entidades empresariais e outros segmentos, com a intenção de ampliar relações que potencializem a inovação. O relatório final será votado no dia 20 de novembro.
* A Faculdade de Informática da PUCRS (Facin) promove o "2º Simpósio Brasileiro de Componentes, Arquiteturas e Reutilização de Software" (SBCARS). O evento reúne pesquisadores, estudantes e profissionais com uma ampla gama de interesses em engenharia de software. O SBCARS está organizado em uma única trilha, composta por sessões técnicas, sessões da indústria, palestras internacionais, mini-cursos e sessões de demonstração de ferramentas, que buscam contribuir para o aprimoramento científico e tecnológico dos seus participantes. As atividades serão realizadas no período de 20 a 22 de agosto no auditório térreo da Facin, prédio 32 do Campus Central (avenida Ipiranga, 6681 - Porto Alegre). As inscrições do Simpósio serão realizadas via formulários eletrônicos que podem ser obtidos no site www.inf.pucrs.br/sbcars2008, que também fornece todas as informações necessárias às pessoas interessadas. As inscrições via web podem ser feitas até 19 de agosto ou durante o evento, no local onde será realizado.

São Lucas com inovação na cura de varizes


Reconhecido por seu pioneirismo no tratamento de varizes dos membros inferiores, o Hospital São Lucas da PUCRS (HSL) começou a realizar um procedimento inédito a partir do dia 30 de julho. Através de tecnologia de última geração - um equipamento de laser de 1470 nanômetros, que utiliza fibras ópticas descartáveis de emissão radial -, os pacientes são submetidos a intervenções pouco invasivas e de curta duração.
“O procedimento é feito em cerca de 15 minutos e sem necessidade de anestesia, com apenas uma pequena sedação”, explica o cirurgião cardiovascular Julio Ferreira, da Unidade de Flebologia do Hospital São Lucas.
Esse e outros procedimentos serão discutidos no I Encontro de Flebologia do HSL, que abordará novas tendências no tratamento de varizes dos membros inferiores nos dias 29 e 30 de agosto. O evento será realizado no Anfiteatro Irmão José Otão, no segundo pavimento da Instituição, e contará com palestrantes da Argentina, dos Estados Unidos e da Itália, além de diversos especialistas de todo o Brasil. Informações e inscrições pelo telefone (51) 3320.3492 e pelo site www.hospitalsaolucasdapucrs.com.br.

O síndico-geral em entrevista: "Um dos maiores"


* O Sr. Paulo, síndico-geral do Condomínio Residencial Felizardo Furtado, um dos maiores de Porto Alegre, fala sobre a sua função e o dia-a-dia dos oito blocos - 952 apartamentos - inaugurados pelo presidente Ernesto Geisel, em outubro de 1976. Leia a entrevista amanhã.

Muitas Ondas, a locadora de livros do JB


Livros e revistas para alugar. Brinquedos e jogos para crianças e adultos. Café capuccino, refrigerantes, cerveja, suco, crespes, doces e salgadinhos - além de um karaokê e, na área externa, um mini-golf. E, sobretudo, um ambiente agradável e aconchegante, com segurança, e extremamente bem localizado: está ali, na rua Felizardo, 351, entre a Guilherme Alves e a Barão do Amazonas.
Este é o "Muitas Ondas", uma locadora de livros e revistas (além de jogos) que funciona há três anos no Jardim Botânico e já tem um cartel de mais de 200 clientes - muitos deles fixos e, a maioria, moradores do próprio bairro. "O pessoal do livro é muito fiel", explica a proprietária, a professora Nilta Mara Severo Freitas (foto) - que, entre outras coisas, também é autora de um livro infantil.
Trabalhando a portas fechadas (é preciso apertar a campainha na calçada), o Muitas Ondas é a única locadora de livros e revistas do Jardim Botânico. Pequeno - não mais que 8o metros quadrados - com banheiro, atrai pessoas interessadas em cultura ou que simplesmente vão ali para conversar e trocar idéias - o que pode ser temperado por um bom café. São quase três mil títulos - a maioria de literatura (há também obras espíritas, técnicas, educativas), com destaque para os lançamentos e os best-sellers do momento. "Tenho a lista dos dez mais vendidos da Veja, e compro todos os lançamentos", informa Mara, uma professora de Artes aposentada do Estado (mas trabalhando pela Prefeitura). "A cultura é minha área, e gosto porque aqui convivo c om gente interessante", diz ela.
LIVROS PRÓPRIOS - Mara iniciou o sue negócio com os próprios livros de sua biblioteca, mais os de sua mãe - e, aos poucos, foi comprando mais e mais, e também ganhando doações. Sem fazer muito alarde do negócio - a coisa funciona mais na propaganda boca-a-boca - ela montou a sua locadora, que, conforme diz, "funciona em horário emocional", muito embora esteja quase sempre aberta - o horário vai das 10 horas às 22 horas, de segunda a sábado.
Gradualmente foi conquistando o seu público - que só não é maior pois tanto ela quanto o marido, o corretor de imóveis Ângelo - fazem questão de manter a segurança em um bairro (assim como todos os demais) de crescente violência.
"A segurança é fundamental, e muitas mães deixam os filhos aqui, brincando e lendo, enquanto fazem outras coisas", afirma. Se trabalhasse sem grades, de portas abertas, a freguesia certamente iria aumentar.
O "Muitas Ondas" não tem somente livros, café, jogos, ou lanches: há muitas peças de artesanato nas prateleiras, todas à venda, o que dá ao ambiente um toque especial. No verão, muitas pessoas - especialmente mulheres e casais - sentam-se nas mesas do pequeno pátio para saborear algum suco ou uma cervejinha, degustar doces ou salgadinhos e, é claro, jogar uma conversinha fora - se for sobre livros, melhor ainda.
"Tenho muitos clientes no Conjunto da Felizardo, e isso que não fiz propaganda por lá ainda", garante ela. No inverno, que hoje inicia, o "Muitas Ondas" (que ganhou esse nome em homenagem ao mar de Cidreira) se torna ainda mais agradável e aconchegante, e é uma boa pedida para a época de frio. O público é de todas as idades - há senhoras de mais de 70 anos, em busca de um determinado livro, e crianças de seis ou sete anos divertindo-se com jogos ou procurando obras infantis, inclusive gibis.
SERVIÇO:
Muitas Ondas - Rua Felizardo, 351
Tel.: 3061.4753 - 9153.6293
Horário: 10 hs às 20 horas, de segunda a sabado.
Preço da locação do livro: R$ 0,40 (diária)
Requisitos para locação: documento de identidade, CPF e comprovante de residência (contas de luz, telefone, água)

quinta-feira, julho 31, 2008

* A Academia da Polícia Civil (Acadepol) prorrogou até o dia 15 de agosto o prazo para as inscrições para o Segundo Concurso Literário "Outras Histórias da Polícia Civil". O objetivo da promoção é resgatar a história não oficial da Polícia Civil gaúcha, com textos de veracidade comprovada. O concurso é aberto a policiais civis, servidores e público em geral. Os textos devem ter no máximo duas páginas datilografadas ou digitadas em fonte 12, com três vias. O material deve ser colocado em um envelope com pseudônimo, recoberto de outro, com nome e endereço do concorrente. Informações pelo Tel.: 3288-9300 (Assessoria)

Os 20 anos do "Verão da Lata" e do Solana Star




Ao alto, as latas apreendidas. Ao meio, o navio Solana Star, leiloado depois. Abaixo, dois moradores do JB que encontraram o produto.


No dia 22 de setembro de 1987 um navio chamado Solana Star estava sendo perseguido pela Marinha Brasileira, apoiada por agentes do Drug Enforcement Agency ((DEA), órgão anti-drogas norte-americano. Acuados no litoral do Rio de Janeiro - Angra dos Reis - eles largaram toda a sua carga ao mar, a uma distância de 100 milhas marítimas do litoral e, em seguida, se dirigiram sorrateiramente ao porto do Rio, onde abandonaram o navio. A bordo ficou apenas o cozinheiro da embarcação, o norte-americano Stephen Shelkon - imediatamente detido e, depois, condenado a 20 anos de cadeia, cumpridos no presídio Ari Franco, do RJ.
O episódio do Solana Star virou lenda: navio procedente da Austrália (outros dizem que da Indonésia), com destino aos Estados Unidos, carregado com cerca de 20 mil latas de maconha (22 toneladas), (1,25 kg cada lata), das quais apenas 10% foram apreendidas - o restante foi jogado ao mar e acabou chegando às praias brasileiras, no trecho entre o Espírito Santo e o Rio Grande do Sul.
As latas continuaram chegando à costa até o mês de março, fazendo daquele verão (1988) o "verão da lata". Acondicionados em latas de alumínio, fechadas a vácuo, com canabis sativa de altíssima qualidade, foram - dizem muitos - o "último suspiro hippie do Rio de Janeiro" ("A maconha vinha do mar, como dádiva de Deus", comentou um consumidor). O carregamento teria sido feito no porto de Cingapura - o Solana Star tinha bandeira panamenha.
O "verão da lata" jamais foi esquecido pelos apreciadores do produto, dentre os quais se incluem muitos gaúchos e catarinenses. Levada pelas correntes oceânicas, a maconha chegou com fartura ao litoral do Rio Grande do Sul e ensejou viagens alucinadas à sua procura. Muitos a revenderam e, ilegalmente, ganharam dinheiro com isso. A maioria, porém, apenas fumou uma erva de elevado teor de THC. O Verão da Lata acabou virando filme - com o diretor João Falcão - e livro ("O Verão da Lata", de Oscar Cesarotto, editora Iluminuras, 2005). Muitos comentam que "fora do País, ninguém acredita que isso aconteceu". Mas aconteceu. Veja o depoimento de alguns que viveram esse episódio e assumem que o fizeram.
Atenção: fumar maconha é crime e causa danos à saúde.


"Eu encontrei em Cidreira, naquele tempo ia pros butecos todo dia. Encontrei uma lata, o restante do pessoal pegou o resto. Aí veio a Polícia Civil. Mas não tinha como segurar todo mundo. A maconha vinha vedada, totalmente vedada, se abria com abridor de lata. Da nossa turma só pegamos uma, mas a notícia se espalhou. Quem tinha automóvel em Porto Alegre saiu adoidado percorrendo a orla e se deu bem. A lata era amarelada. Foi a melhor maconha que até hoje entrou no Brasil".
Hélio, "Mão", 46 anos, morador do Jardim Botânico.


"Encontrei surfando, em Magistério. Vi a lata boiando, peguei e fui ver o que era. Fechamos dois e fumamos. Foi de dia. De noite é que soubemos da notícia. Era uma paulada. Coisa boa"
Alex, 40 anos, morador do Jardim Botânico


"Me falaram que tinha um bagulho forte na praia, em Pinhal. Fui de moto ver e encontrei. Trouxe umas cinco latas de lá. Era só camarão. Peguei um quase nada e ele molhou. Foi o melhor bagulho que eu fumei em 50 anos, dizem que era indiano, era melhor que manga-rosa e cabeça-de-negro. A cor do bagulho era amarela, tinha que abrir com abridor de lata. Dava um cheirão, era prensada a vácuo."
G.B., morador do Jardim Botânico


"Fumei a da lata. Daquele, nunca mais vai aparecer. Eram umas latas parecidas com azeite, amarelas. O efeito era melhor do que cocaína. Não existia coisa melhor. Era um tempo de curtição. Tinha gente que saía de carro daqui, para ir ao litoral, buscar".
C.P., morador do Jardim Botânico.

FEPPS é um centro de excelência em saúde

Localizada na avenida Ipiranga, no Jardim Botânico, a Fundação realiza pesquisas na área de saúde pública.

Difícil imaginar que aqui trabalhem 420 funcionários, em dois turnos de trabalho, produzindo medicamentos para toda a rede pública de saúde do Estado – analgésicos, anti-hipertensivos, diuréticos e até morfina.

Medicamentos estes direcionados ao Sistema Único de Saúde, SUS, das prefeituras municipais e da Secretaria Estadual da Saúde, comercializados sempre a preços mais baratos do que os cobrados pelos laboratórios comerciais.

Localizado na avenida Ipiranga, entre o Bourbon e a Terceira Perimetral, o complexo da Fundação Estadual de Pesquisa e Produção em Saúde, FEPPS, é um campus não só de fabricação e de pesquisa nessa área como também presta serviços ao cidadão comum que, por exemplo, precisa realizar exames para detectar doenças como a tuberculose, o mal de Chagas, dengue ou HIV, entre outras, todos mediante prévia requisição das autoridades médicas. Também está apto a fazer exames de paternidade.
Instalado no Botânico há muitos anos, com prédios constantemente ampliados e reformados, o campus do FEPPS abriga o Laboratório Farmacêutico e o Laboratório Central do Estado, bem como o Centro de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da área da saúde. Apenas três outros setores da Fundação – o Hemocentro, o Sanatório Partenon e o Informação Tecnológica – é que não se localizam aqui. A FEPPS conta com cerca de 600 funcionários.
TUBERCULOSE – O grupo de pesquisadores e cientistas que trabalha na avenida Ipiranga compreende cerca de 35 profissionais com formação superior (a maioria com doutorado). Eles são o que há de melhor nessa área, tendo desenvolvido, por exemplo, um kit para diagnóstico da tuberculose considerado inovador e completo até por colegas de grandes centros como Rio e São Paulo.
“Na área de biologia molecular somos líderes nacionais, e felizmente não temos problemas de defasagem tecnológica. Também estamos completamente informatizados”, informa Alberto Nicolella, pesquisador e médico veterinário que trabalha há 12 anos na Fundação.Os medicamentos produzidos pelo Lafergs – Laboratório Farmacêutico do Rio Grande do Sul - saem daqui com a marca Lafergs estampada no invólucro e são distribuídos, potencialmente, para todos os municípios gaúchos através da Divisão de Assistência Farmacêutica
* A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior aprovou a implantação do curso de Doutorado em Ciências Criminais do Programa de Pós-Graduação em Ciências Criminais da Faculdade de Direito da PUCRS. As atividades iniciam em 2009, e são destinadas a mestres em Ciências Criminais e demais áreas do Direito. Inscrições de outubro a novembro, no campus da avenida Ipiranga. Informações pelo Tel.; 3320-3537.
* Faculdade de Informática da PUCRS promove o Segundo Simpósio Brasileiro de Componentes, Arquiteturas e Reutilização de Software. O evento reunirá pesquisadores, estudantes e profissionais com uma ampla gama de interesses em engenharia de software. Haverá sessões técnicas, sessões de indústria, palestras internacionais, mini-cursos e sessões de demonstração de ferramentas. De 20 a 22 de agosto, no auditório térreo da FACIN, no prédio 32 do campus da avenida Ipiranga. Inscrições pelo site www.inf.pucrs.br/sbcars2008, até 19 de agosto.

quarta-feira, julho 30, 2008

Parque Ararigbóia surgiu na década de 40

Hervè: geólogo da Petrobrás que se apaixonou por um campo.

Na divisa entre o Jardim Botânico e Petrópolis, o Parque Ararigbóia, se falasse, teria muitas histórias a contar. Na antiga "Várzea de Petrópolis", em um terreno que já foi alagadiço, ocupa um quarteirão inteiro, entre as ruas Felizardo Furtado, Saicã, Lavradio e Mariz e Barros. Tradicional ponto de lazer dos dois bairros, já foi conhecido como o "campo do Sul Brasil", um clube de futebol que marcou época nas redondezas.
Somente em 1953 é que foi batizado como "Ararigbóia", em homenagem ao cacique índio que ajudou os portugueses a expulsar os invasores franceses do Rio de Janeiro, no século XVI. Conhecer a história do Ararigbóia é um passeio por muitas décadas. Atualmente um centro de esporte, lazer e saúde, o local foi fundado por um empreiteiro chamado Arino Bernardino de Souza, em fevereiro de 1942 - hoje ele é o nome do Ginásio, inaugurado em 30 de setembro de 1995.
Quem sabe tudo, ou muito, da história do Parque Ararigbóia, é o presidente da Associação Comunitária do Parque Ararigbóia, Hervè Paschoto Saciloto, de 72 anos, um geólogo aposentado, durante muitos anos funcionário da Petrobrás (trabalhou mais de 30 anos na Bahia) e que, quando mudou-se para a rua Mariz e Barros, em 1991, ao olhar o local, quase abandonado, mal-cuidado, decidiu: "Vou cuidar disso aqui".
O Ararigbóia, então, já tinha muitos anos de história, mas estava sendo muito mal aproveitado e não integrava a comunidade à sua volta. Havia um barracão de tijolos, mal ajambrado, e uma cancha de bocha na rua Saicã. O pessoal do futebol tinha o seu presidente, e o da bocha, outro. Hervè - que nem sabia jogar bocha - entrou para a segunda turma e ficou como presidente deles, e, em 1992, fez um movimento para integrar os dois grupos. Conseguiu, e elegeu-se presidente da Associação Comunitária, fundada em 1980.
Ficou nessa condição até 1995, quando foi sucedido por Pedro Paulo Machado, o "Pedrinho" - uma das referências maiores quando se fala no Parque. Nesse tempo eles iniciaram uma luta para reformar o barracão que ali havia, "até que vimos que isso não valia a pena". Surgiu então o projeto de um novo ginásio de esportes, que foi aprovado e construído pelo Orçamento Participativo da Prefeitura de Porto Alegre, do qual seu Hervè era conselheiro.
"Aí tivemos que criar uma cultura para que a comunidade cuidasse da sua conservação, sendo que a Prefeitura entraria com professores e a parte pedagógica para as atividades que nós queríamos", conta ele.
TERCEIRA IDADE - O Parque Ararigbóia, com seus mais de 700 frequentadores fixos e inúmeras atividades para todas as faixas etárias, de toda a cidade, não é mantido com verbas da Prefeitura - ao contrário do que muita gente pensa. O poder público apenas auxilia na manutenção e algumas melhorias, mas o dinheiro que sustenta a entidade vem da comunidade e das rendas obtidas pelo Parque.
"A maior parte vem da mensalidade paga pelos associados da Associação Comunitária, que são cerca de 700 e contribuem, a cada semestre, com 20 reais cada. É gente de toda a cidade, a maioria daqui dos nossos bairros, e pagam certinho", relata Hervè. "Tudo o que tem dentro do ginásio foi comprado com dinheiro da comunidade. E, com isso, conseguimos fazer muitas coisas. Agora vamos pintar o ginásio e botar ar condicionado no salão de ginástica, no segundo pavimento".
O Parque Ararigbóia conseguiu arregimentar a comunidade à sua volta, não só pelas várias atividades ali desenvolvidas - futebol, bocha, basquete, vôlei, ginástica, alongamento, musculação - como também em palestras realizadas em colégios. É o chamado "Grupo de Educação para o Envelhecimento", uma iniciativa de Hervè que consiste na ida aos colégios dos bairros vizinhos para troca de experiências com crianças e adolescentes. A idéia surgiu no ano 2000 e segue em pleno curso.
Uma vez por semana um grupo da Terceira Idade vai às salas de aula, conversar com alunos sobre temas tão diferentes como a sexualidade, a saúde, a carreira profissional, o bem estar, os bons hábitos, a importância do exercício físico, da boa alimentação, do carinho - sem nenhum moralismo. "Já nos encontramos com mais de 2500 crianças, e agora estamos nos encontrando com adolescentes", informa Hervè. "Falamos de nossas vidas, do que era no passado, do que era um fogão a lenha, de coisas que eles nem conhecem. E a aceitação nos surpreendeu".
Uma vez por mês o grupo, integrado por cerca de 16 idosos, reúne-se para fazer uma avaliação do trabalho.
ARQUIBANCADA - Arino Bernardino da Silva dá nome ao ginásio. O empreiteiro, construtor de ruas e calçadas, foi quem deu "formato" ao atual parque, em 1942 - antes o local era um espaço público, um charco que ele aterrou e deu vida.
"Ele fez o campo de futebol, uma arquibancada de madeira e criou o time do Sul Brasil, que fazia campeonatos de futebol entre os bairros", conta seu Hervè. Em 1953, (quando passou a se chamar Ararigbóia) a Prefeitura de Porto Alegre juntou-se com a Federação de Bocha "para usurpar o direito da comunidade de ocupar esse espaço". Segundo o presidente da Associação, eles se apropriaram do campo: "As pessoas, para jogar no campo, tinham que ir na Prefeitura às 4 horas da manhã para tentar marcar um horário".
Acontecia ali o Campeonato Estadual de Bocha. Em 1963 foi criada a associação dos Veteranos do Futebol, que lutou para ter um dia seu no calendário do campo - e conseguiram. No início dos anos 70 a cancha de bocha foi extinta, restando o barracão - havia disputas de vôlei, então. Nesse tempo foi criado um grupo infantil de dança e outro de ginástica. Em 1980, finalmente, foi criada a Associação Comunitária do Parque Ararigbóia, usada mais pelo pessoal do futebol.
Do outro lado, na rua Saicã, havia a cancha de bocha - cada qual com um presidente. Em 1992 é que aconteceu a unificação dos dois grupos e a eleição de Hervè para a presidência.
RECESSO - O Parque Ararigbóia, como acontece todos os anos, estará de recesso do dia 26 próximo a 4 de agosto, reabrindo normalmente dia 5. A Secretaria, no entanto - com agendamento de campo - permanecerá aberta. Dia 5, aliás, é o dia de inscrição para os cursos e atividades, o que deve feito a partir das 8 horas da manhã: a inscrição é feita por ordem de espera - quem chega antes fica com a vaga.

* Informações: Tel.: 3338-3304

A enchente de 1941 paralisou o Rio Grande


O Mercado Publicou foi totalmente inundado, bem como toda a área central da cidade e inúmeros bairros. Loureiro da Silva (foto de 1961) era o prefeito de Porto Alegre. Em maio de 1941, em plena Segunda Guerra Mundial, todo o estado do Rio Grande do Sul foi castigado por uma enchente sem precedentes, proporcionalmente maior das que atingiram Santa Catarina nas últimas semanas, embora com menor número de vítimas fatais.
Foi, de longe, a maior calamidade natural que castigou o altivo Estado gaúcho, então com menos de 3 milhões de habitantes. As chuvas iniciaram em abril e se estenderam por mais de três semanas, deixando 25 mil quilômetros quadrados do Estado submersos e um contigente de 80 mil flagelados somente na Capital. O flagelo, no entanto - e ao contrário do que se pensa - atingiu todo o Estado. Grande parte das lavouras e mesmo do rebanho bovino se perdeu sob as águas. A Indústria Renner - então a maior da Capital - deu férias para seus mais de dois mil empregados, e podia-se andar de barco no interior de suas instalações na Zona Norte. Os casos de doenças (leptospirose, especialmente) foram reduzidos, graças a uma bem orquestrada campanha de saúde e de vacinação. A ameaça de uma epidemia de tifo e de febre tifóide não se concretizou.
Dezenas de cidades ficaram isoladas, faltaram alimentos, energia e água potável e praticamente todos os meios de transporte terrestre pararam. Todos os Estados da federação - incluindo o distante e humilde Piauí - mandaram donativos e auxílio para a população gaúcha. Os Estados Unidos, a Alemanha (o Brasil ainda estava neutro na Guerra), a Itália e até o Japão fizeram o mesmo, enviando recursos em dinheiro.
O auge da cheia, a "quinta-feira negra", aconteceu a 8 de maio, quando o nível do Guaíba passou dos 4,70 metros no cais do porto de Porto Alegre. Os jornais - Correio do Povo, Diário de Notícias, Folha da Tarde e mais uma meia dúzia de publicações menores - tiveram suas oficinas inundadas e deixaram de circular. Andava-se de barco pelo centro da cidade e a avenida Farrapos transformou-se em uma pista aquática.
Bancos, repartições públicas, comércio, indústria, serviços - quase tudo (pelo menos na parte inundada) deixou de funcionar e milhares de pessoas de uma cidade que contava menos de 300 mil habitantes permaneceu ilhada em suas casas ou acolhida em abrigos públicos. Depois da enchente veio um frio polar, de enregelar pinguim, seguido de fortíssimos ventos em determinadas regiões do Estado.
A enchente de 1941 vive até hoje na memória popular, embora não tenha sido expressiva em número de mortes, pouco mais de duas dezenas. O Governo do Estado, comandado pelo Interventor Osvaldo Cordeio de Farias, e o municipal, dirigido por José Loureiro da Silva (ambos, coincidentemente, de 39 anos de idade) mostrou grande capacidade de organização e, graças a uma série de providências corretas, evitou o pior. A população gaúcha, de igual forma, demonstrou estoicismo, sendo poucos os casos de saques e vandalismo. Ao contrário do que acontece em Santa Catarina, os governantes prenderam dezenas de comerciantes que, aproveitando-se da desgraça, majoraram os preços dos seus produtos ou tentaram escondê-los da população. A ajuda do governo de Getúlio Vargas, de igual forma, foi total e a tempo, com perdão de créditos e liberação imediata de recursos para ajuda aos atingidos.

terça-feira, julho 29, 2008

CTG 35 é o marco fundamental do gauchismo




35 CTG: lugar onde se come um bom churrasco, diariamente. Mas também há chope... Clovis, acima:"Nada contra os Tchê, eles até saíram daqui".



Pai dos Centros de Tradições Gaúchas, berço do movimento tradicionalista, o 35 CTG está no Jardim Botânico desde 1975, em um terreno próprio ao lado do Bourbon Shopping, na avenida Ipiranga.
Ponto de referência no bairro, com sua churrascaria, seus eventos culturais, sua domingueira, o 35 atrai não só a gauchada costumeira - dos quais a maioria são crianças e jovens - como também turistas dos mais diferentes locais - turistas, visitantes e curiosos que desejam conhecer um pouco da vivência, da história e dos costumes e hábitos gauchescos.
"Somos uma sociedade cultural e recreativa, aberta a todos, com regras próprias", informa Luiz Clóvis Fernandes, durante seis anos patrão da entidade e que hoje é uma espécie de faz-tudo do local. Com cerca de 5 mil sócios, o 35 mantem departamento cultural, artísticos e a culinária típica campeira, do qual a churrascaria Roda de Carreta (que existe há 25 anos) é uma espécie de mostruário, muito embora sirva também buffet normal diariamente. Funcionando diariamente, a Roda de Carreta, com seu espeto corrido (é um dos poucos locais do JB que tem chopp), só não abre aos domingos à noite.
ATIVIDADES - O 35 CTG não pára nunca, com suas atividades diárias, e aluguel de espaço (são 2.100 metros quadrados de área construída) a terceiros, além de venda de souvenires gaúchos - camisetas, bottons, etc. Isso garante a renda que permite a manutenção da entidade, algo que nem sempre é fácil, como diz Clóvis.
Além das atividades internas, há ainda as campeiras, como cavalgadas e rodeios. Com a proximidade da Semana Farroupilha, em setembro, o 35 se torna ainda mais frequentado. "Temos cerca de 300 pessoas que participam das mais diferentes atividades, como grupos de dança, e a participação dos jovens é expressiva", afirma Clóvis, para quem "o tradicionalismo é estável, se mantem".
O Movimento Tradicionalista Gaúcho foi fundado, oficialmente, em 1948, pelo chamado "grupo dos oito", uma iniciativa que buscava resgatar e valorizar a cultura gaúcha no pós-guerra, quando a influência norte-americana se propagava pelo mundo. O 35 foi fundado em 24 de abril de 1948 - completou 60 anos recentemente. Do "Grupo dos oito", restam dois vivos - dos quais um é o ícone Paixão Cortes, um dos mais destacados folcloristas brasileiros.
TCHÊ MUSIC - Quando se fala em tradições gaúchas, se fala no 35. Não fa muito, a atriz e apresentadora Regina Casé esteve aqui, gravando um programa televisivo que foi para o ar em rede nacional, pela Globo.
Guardiã dos hábitos e costumes culturais do Rio Grande do Sul, a entidade, entretanto, não parou no tempo e convive harmonicamente com algumas novidades, como o chamado "Tchê Music", um movimento musical híbrido que mesclou ritmos gauchos com outras influências.
O Tchê Music faz muito sucesso comercial nos Estados do Sul e Centro-Oeste, e gerou algumas irritadas manifestações dos tradicionalistas. Mas Clóvis diz que o 35 não tem nada contra esta novidade, que eles não aceitam como música gaúcha, mas dizem respeitar. Embora sejam vetados de participar nas dependências do CTG.
"É algo válido, até porque eles precisam sobreviver, ganham um bom dinheiro com isso, fazem sucesso comercial, abriram uma nova frente. Não temos nada contra, e vou lhe dizer que a maioria deles nasceu aqui dentro. E, quando tocavam músicas gaúchas, eram excelentes."
Conservador por natureza, o CTG - ao contrário do que muitos pensam - não exige pilcha (o traje gaucho típico) para quem vai frequentá-lo. "À exceção dos fandangos, quando a pilcha é obrigatório, a pessoa pode se apresentar com traje esportivo discreto", esclarece o tradicionalista.
"O tênis também é permitido, até porque é da vestimenta dos jovens", diz Clóvis Fernandes, um empresário natural de Santana do Livramento, sócio do 35 há 44 anos e que reside no bairro Partenon.

SERVIÇO
35 Centro de Tradições Gaúchas - av. Ipiranga, 5300, Jardim Botânico, Porto Alegre.
Tel.: (510 3336.0035 e 3336.0795
Endereço eletrônico:
www.35ctg.com.br

Dia chuvoso, dia cinzento: final do mês de julho


Dia chuvoso, dia frio, dia cinzento, dia em que nenhuma roupa seca. Assim foi a manhã e a tarde de hoje em toda a Porto Alegre, neste final do mês de julho. Na avenida Ipiranga o arroio subiu e as pistas ficaram encharcadas. Nas calçadas, nos dois lados, passantes de guarda-chuva tinham carros de faróis ligados ao seu lado - como pode se ver nesta foto. E o pior é que, segundo os meteorologistas, esse tempo deve persistir até o final de semana.

Professora Liramar agradece reportagem

A professora Liramar Garcia, diretora da Escola Estadual Professor Otávio de Souza, enviou uma simpática correspondência ao Conselheiro X., agradecendo matéria publicada. Conte conosco, professora.

NOSSAS PALAVRAS
“Se alguém lhe disser que você nunca fez nada de importante, não ligue, porque o mais importante já foi feito, você”

Quero dedicar a uma amiga especial que me ensinou a ligar o computador e a trabalhar com esta máquina poderosa. Também quero dedicar este artigo a todos os meus amigos e colegas desta escola que ao longo destes anos convivi e que por aqui já passaram, deixando uma valiosa herança do saber neste Colégio que todos conhecem por Otávio de Souza, cujo histórico foi brilhantemente aqui abordado e a todos os meus colegas de trabalho que comigo atuam formando uma grande equipe. Amo minha profissão, tenho amor em tudo que faço e dedico a maior parte do meu dia para minhas atividades profissionais, não esquecendo o meu lado mãe, o trilhar pela dignidade com a construção.
Ao tomar posse em 02/01/2002, era consciente dos encargos e deveres que teria pela frente, torcia por inspiração e força para poder desempenhá-lo e cumpri-lo de modo a honrar a confiança depositada pelos meus colegas e comunidade (Pais e alunos). Poderia, também, falar sobre o sonho que acalentamos, durante as nossas vidas, o sonho de um novo perfil administrativo. Há cerca de seis anos, discutíamos sobre o que chamávamos de inversão na educação, hoje, olhando o passado recente já podemos visualizar grandes mudanças, como o salto de qualidade. No entanto, creio que devo agradecer, pois este é um momento de agradecimento. Seria impossível deixar de registrar o quanto me orgulho, de poder saber que esta matéria que aborda o histórico do Colégio Estadual Professor Otávio de Souza, com zelo, eficiência e dedicação, com sentimento de carinho, compreensão e reconhecimento, registrando a realidade do trabalho diária de nossos grandes colegas, como:
Na defesa do meio ambiente
Das fichas de alunos infreqüentes – FICAI.
Na preocupação de incluir nosso aluno, aquele desprovido de recursos, no mundo digital.
No desenvolvimento de projetos como, “A pintura do muro com obras de Mário Quintana”.
Atualmente, o desenvolvimento do projeto pelos “Cem Anos de Machado de Assis”, onde os alunos pintarão os muros internos da escola com obras do poeta, fora isso, ouso dizer que o próprio nos deu a honra de visitar nossos alunos, em salas de aulas, pelo pátio, na sala dos professores e outros setores da escola (com caracterização e interpretação de nossa ex-aluna, colega, funcionária e formanda do curso de pedagogia, Tatiana Emilena).
O projeto de reciclagem do lixo, desenvolvido desde a pré-escola até o Ensino Médio.
A criação da Biblimóvel , que leva a leitura para dentro da sala de aula.
A hora do conto, desenvolvido pelas colegas que atuam na biblioteca da escola.
Das parcerias, para atendimento aos alunos com dificuldades de aprendizagem, com o Instituto Bion, C.T- Centro Terapêutico, Exército da Salvação.
A participação e oportunidade dos nossos alunos de aprenderem uma profissão, através do “PROJETO PESCAR”.
Do espaço que procuramos criar para que os professores possam se reunir para realizarem seus planejamentos do ano, com constante revisão e mudança conforme realidade da turma em que atua.
Recentemente, ocorreu em nossa escola dois dias de “Jornadas Pedagógicas”, onde os professores tiveram espaço para assistir um filme, intitulado “Escritores da Liberdade” e após discutir o nosso verdadeiro papel hoje na educação... No segundo dia de Jornada, os professores tiveram palestras com as professoras Luciane Pereira da Silva, que abordou o tema “DIVERSIDADE ÉTNICA” e a professora Lídia Prokopiuka, com o tema “PROFISSÃO PROFESSOR-MOTIVAÇÃO”.
Ainda necessitamos anunciar que nossa escola foi escolhida dentre mais ou menos 185 escolas do Rio Grande do Sul, para apresentar um projeto que pudessémos ter aprovação pelo Ministério da Educação, que desenvolve hoje em todo o Brasil o PDE- Projeto de Desenvolvimento Escolar e com muito orgulho após incansável dedicação de um grupo denominado de grupo de sistematização que com a direção da escola viram sua proposta aprovada e com isso nossa escola receberá recursos pedagógicos e financeiro para colocar em prática o mesmo através de um “LABORATÓRIO DE APRENDIZAGEM”, onde os alunos em horários inversos ao seu turno de estudo formal, terá a sua disposição professores que o auxiliarão nas dúvidas em conteúdos não atingidos nas disciplinas de matemática, português e ciências do ensino fundamental em primeiro plano. Bem, preciso ressaltar que a professora Denise Cardoso, colocou em prática este projeto em meados de abril e conseguiu ótimos resultados na disciplina de ciências. Na última reunião pedagógica do semestre pode-se constatar esses resultados através da amostragem de gráficos, apresentados pelo Departamento de Supervisão Pedagógica, maravilhosooooooo...
Afora tudo isso,a comunidade já é sabedora que nosso aluno tem a sua disposição um laboratório de informática, que ao ser agendado com antecedência, o aluno terá acesso on-line para complementar seu conhecimento.
A estes e a tantos mais projetos, idéias que surgirem estaremos sempre atentos e não dispensaremos as oportunidades, portanto o doutor Otávio de Souza, estava certo e quando em maio de 1942,criou nosso colégio, já sabia que um dia chegaríamos até aqui. Mas não podemos parar, outros nos sucederão e com eles novas idéias, novos projetos... pois nossos alunos não podem perder, é preciso dar sempre mais, porque sabemos que a grandeza de um País é medida pela cultura de seu povo.
Tenho que agradecer pela postura, pelos princípios, pela correção e pela responsabilidade e o reconhecimento de nosso trabalho por muitos da comunidade. De igual maneira, pelo Circulo de pais e Mestres (CPM), de todos seus membros o apoio que tivemos, conhecendo, vivendo intensamente as questões mais desesperadoras como a falta de verbas... Não poderia deixar de expressar a minha gratidão à forma respeitosa, construtiva e independente com que efetivamos nossas relações. Este reconhecimento, faço nas pessoas que sempre ali estão trabalhando e tentando achar a melhor forma , o melhor caminho que possa beneficiar o nosso aluno. Aproximar a escola da comunidade, tem sido nosso grande desafio, mas não perdemos a esperança e como bom gaúcho, temos como lema “Não tá morto quem peleia”. Com a música “EPITÁFIO”, dos Titãs, que além do dever de amar mais e também de chorar mais, é preciso ver o sol nascer, e, assim,aceitar as pessoas como elas são,pois cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração.Já com a poesia de Jorge Luiz Borges, se pode perceber que não se deve tentar ser tão perfeito, e sim relaxar mais,pois a vida é feita só de momentos. No esforço de dirigir esta escola, durma pouco, sonhe mais, pois a cada minuto em que se fecha os olhos perde-se segundos de luz. Esta é a lição de Gabriel Garcia Marques, que corretamente nos diz que se deve dar valor às coisas e aos momentos, não pelo que valem mas sim pelo que significam.
Portanto:
CONSELHEIRO X- O JORNAL ELETRÔNICO – do bairro Jardim Botânico, queremos deixar registrado...”SE EM HORA DE ENCONTROS PODE HAVERTANTOS DESENCONTROS,QUE A HORA DA DESPEDIDA SEJA,TÃO SOMENTE, DE UM VERDADEIRO, PROFUNDO E COLETIVO ENCONTRO.”
Conte com todos nós...obrigada!!!!!!!!!!!!!!
Professora Lira Garcia –(Diretora do Colégio Estadual Professor Otávio de Souza)

segunda-feira, julho 28, 2008

Duas imagens do bairro




À medida que cresce e progride, o Jardim Botânico não atrai somente grandes empreendimentos imobiliários - como se vê na foto do grande edifício recentemente concluído na La Plata, quase esquina com Veríssimo Rosa. Atrai também moradores de rua, cada vez em maior número. Na esquina da rua Felizardo com a Barão do Amazonas, hoje, no início da tarde, um deles dormia junto a um prédio, aproveitando o dia chuvoso e frio.

Bourbon mudou o perfil do Jardim Botânico

Nesta área, no passado, havia vários campos de futebol, com torneios muito disputados.

Ele foi, e é, o mais importante estabelecimento comercial do Botânico, o empreendimento que modificou as características do bairro e valorizou toda a região à sua volta.
Visto da Ipiranga, torna-se ainda mais grandioso – e quem não se lembra dos vários anos da sua construção, em um terreno que faz parte da história do JB, com dois campinhos de futebol varzeano? Pois ali (avenida Ipiranga, 5200), em 16 de novembro de 1998, implantou-se o Borbon Ipiranga, empreendimento do grupo Zaffari, empresa que fatura mais de 1,5 bilhão de reais por ano, emprega cerca de 8 mil pessoas e é a quarta maior receita do setor no Brasil e a única entre as quatro grandes redes de supermercados com capital cem por cento nacional.Fazer compras ou simplesmente passear no shopping Ipiranga é um programa quase obrigatório para todos os moradores do Jardim Botânico e dos seus arredores. Pudera: de porte médio, acolhedor, com 70 mil metros quadrados de área construída, 52 pontos comerciais, vários quiosques de serviços, uma praça de alimentação com 700 lugares, o local conta ainda com um hipermercado aberto das 8 horas da manhã até à meia-noite e que também funciona aos domingos.Ali é possível se assistir aos mais recentes lançamentos cinematográficos, para todas as idades, em algum dos oito cinemas da marca Cinemark, inclusive em horários matinais, a preços reduzidos. Nerão se encontra um bom chope, uma comida portuguesa (restaurante Calamares), café e música ao vivo, além de concertos comunitários e cantores e instrumentistas de qualidade que tocam na praça de alimentação, não só música popular brasileira, como pop, rock, baladas, bossa nova.No interior do Ipiranga estão vários caixas eletrônicos, uma agência da Caixa Econômica Federal, uma casa de jogos e uma banca de revistas extremamente sortida, com centenas de títulos em todas as áreas. Há, ainda, mais de uma dezena de telefones públicos, banheiros em perfeito estado de limpeza e fraldários. Externamento, no subsolo, o estacionamento abriga centenas de veículos.

GIGANTE – O grupo Zaffari é totalmente gaúcho, o único entre os quatro grandes com capital totalmente nacional e gestão familiar (apesar de muito assediado por grupos estrangeiros). Os hipermercados Zaffari são voltados para um público classe A e B, que buscam variedades de produtos, atendimento especial e conforto na hora das compras.
Costuma-se dizer que o Zaffari não briga por preços pois disputa um segmento mais abastado. No ano de 2004 a rede faturou 1,3 bilhão de reais, com receita por metro quadrado de 11,2 mil reais – maior que o líder mundial norte-americano Wal-Mart.

A empresa, no entanto, não costuma revelar os valores dos seus investimentos. Além de ter comprado o estádio do tradicional clube de futebol Força e Luz, no vizinho bairro de Santa Cecília (negócio de 9,5 milhões de reais), investiu pesadamente em São Paulo, no bairro de Perdizes, área nobre da cidade.

Lá, recentemente, abriu um Bourbon voltado para a classe AA, com 175 mil metros quadrados (quase três vezes maior do que o Ipiranga) de área construída, cerca de 200 lojas e 10 cinemas. A idéia é competir com o grupo Pão de Açúcar e suas lojas especiais – o investimento total não foi revelado.
No Rio Grande do Sul, o Zaffari compete com o grupo Sonae (marcas Nacional, Big e Maxxi), que agora pertence a Wal-Mart. Nada mau para uma empresa que iniciou em 1935, quando o fundador Francisco José Zaffari e sua esposa Santini de Carli montaram uma pequena loja de comércio na Vila Sete de Setembro, no interior de Erechim. Anos mais tarde a empresa expandiu-se para Herval Grande.
Nos anos cinquenta os negócios iam tão bem que a família inaugurou as primeiras filiais nas localidades vizinhas e, em 1960, chegou a Porto Alegre, abrindo um atacado. O Zaffari atua, desde os anos 80, na industrialização e comercialização de alimentos e é dono, hoje, das marcas Café Haiti e biscoitos Plic-Plac.

* Zaffari Bourbon Ipiranga – Tel.: 3315.5111


Na inauguração, Arthur Moreira Lima



A inauguração do Bourbon foi uma solenidade e tanto: naquele dia 16 de novembro de 1998 mais de 2 mil pessoas se acotovelaram na esquina da Ipiranga com Guilherme Alves para assistir aos festejos e aos discursos.


Primeiramente, o consagrado pianista carioca Arthur Moreira Lima executou o hino nacional brasileiro. A orquestra e o coral da PUC também se apresentaram para o público e para uma comitiva de autoridades que incluía o prefeito em exercício de Porto Alegre, José Fortunatti. A matriarca da família Zaffari, dona Santina, viúva do fundador Francisco José, fez o corte da fita inaugural, tendo ao seu lado o diretor-superientende da Cia Zaffari, Marcelo Zaffari. Disse Marcelo: “Este shopping é uma flor com pétalas de concreto e vidro que se abre no bairro Jardim Botânico para tornar Porto Alegre ainda mais bela e agradável”.


PRÉDIO INTELIGENTE – Concebido pelos mais modernos padrões arquitetônicos, tendo em vista a satisfação e o bem estar dos clientes e visitantes, o Bourbon ocupou 1350 empregados diretos na sua construção. O terreno tem 39 mil metros quadrados (dos quais o hipermercado ocupa 10,8). Um sistema de última geração controla toda a infra-estrutura do prédio: climatização, segurança das portas, rede hidráulica e até a refrigeração automática dos alimentos. A energia elétrica é garantida por três subestações que atendem de forma independente os cinemas, o shopping e o hipermercado.
O Borbon faz parte dos chamados “prédio inteligentes”, tanto que, em caso de queda da energia elétrica, ela é automativamente ativada por um sistema automático que garante energia contínua por mais 24 horas, bem como a regulagem da temperatura do ar condicionado central. A obra, que revolucionou a vida do Jardim Botânico, trouxe inúmeros benefícios para a comunidade. A ponte sobre o Dilúvio, na Guilherme, por exemplo, foi construída naquela ocasião, em uma parceria entre a empresa e a Prefeitura. Também foram asfaltadas as ruas em volta do complexo, foi aberta a 18 de Setembro para o tráfego e se investiu em iluminação pública e em obras do esgoto cloacal na Guilherme Alves, na 18 de Setembro e na avenida Ipiranga. Por outro lado, a associação dos moradores (da época) acompanhou de perto todo o processo de instalação. Em reunião com representantes da Cia Zaffari, a AMAJB (conforme a então secretária Laura Ferreira) cadastrou cerca de 500 moradores do bairro e imediações que desejassem trabalhar ali, sujeitos posteriormente ao processo de triagem e seleção.

Seu Pedro, colorado que chegou ao JB em 59


Seu Pedro Ceratti chegou ao bairro em 1959, ano em que a então Vila São Luís passou a se chamar Jardim Botânico ( como parte do novo Plano Diretor Municipal). Aos 68 anos, natural de Júlio de Castilhos, "de família humilde", tinha então menos de 20 anos.

Seu Pedro conheceu um outro JB, "cheio de plantações de agrião", com ruas de terra batida, muitas casas de madeira, chácaras, carroças. Ele fez compras no antigo Armazém do Caboclo, na Barão do Amazonas, na Dona Versa, na Valparaíso, viu times como o Universal e o Leal Santos jogarem, participou das festas no Americano e foi assistir filmes em preto-e-branco no antigo cinema Miramar, na Coronel Aparício Borges.

"Lembro que a avenida Ipiranga só vinha até a Salvador França, e que esta não subia até Petrópolis, ali era mato", recorda seu Pedro, que também tomou banhos e pescou no riacho Dilúvio e jogou bola onde hoje está no Bourbon Shopping - havia lá vários campos de futebol. "Era uma vida bem diferente", garante ele, que, mesmo com a violência dos dias atuais, continua a andar pelas ruas do JB à noite e a conversar com todo mundo.

Ardoroso torcedor do Internacional, fez questão de posar para a foto junto ao escudo do seu time.

Um casal que sai com um violão no braço


Ele é garçon, ela técnica de enfermagem. Nas horas vagas, porém, os dois podem ser vistos em bares, salões de festas ou casas particulares, cantando e tocando violão. Moradores do bairro Partenon, Manoel de Assis e Renata, eles estão longe de se profissionalizar, mas vão fazendo seus "tocos" por aí, interpretando samba-rock, principalmente.

"É ótimo o que fazemos, já toquei até em festival", diz Manoel, cujas admirações musicais incluem Seu Jorge, Raça Negra e Jorge Benjor.

"Saímos de violão, para curtir, e aí as coisas acontecem", diz o garçon, que às vezes até ganha um dinheirinho com isso e, garante, também tem músicas próprias, de sua autoria. O sonho dele é participar do quadro "Fama", da Angélica, na TV Globo. Manoel queixa-se que "o mercado é difícil" e que, nesse ramo, "primeiro é preciso ter padrinho". Se alguém quiser conferir o que eles fazem, ligue para 3012-0465 ou 9366-4180.