quinta-feira, abril 11, 2019

Band tem reestruturação na equipe e na grade de programação

Programa Não é Mah Ideia, com Maysa Bonissoni, não renova temporada
Band TV Divulgação/Coletiva.net
O Grupo Bandeirantes no Rio Grande do Sul está em fase de reestruturação, anunciada em setembro de 2018, e, neste movimento, apresenta algumas mudanças na equipe e na programação. Uma delas é que o programa Não É Mah Ideia, comandado por Maysa Bonissoni, não renovou com a Band TV para mais uma temporada. De acordo com a emissora, a proposta é verificar um novo formato para voltar à grade, porém, esse retorno é incerto. Maysa, por sua vez, informou ao Coletiva.net que se dedicará exclusivamente ao seu canal de mesmo nome no Youtube.
Ao portal, a apresentadora disse que ela e sua equipe tomaram esta decisão pela demanda dos projetos digitais que estão surgindo, a exemplo do Caminhadas Piccadillly, em parceria com a Casa da Janela, além de outros trabalhos como mestre de cerimônias e influenciadora. Até segunda ordem, a TV está reprisando a atração Band Motores no horário antes ocupado pelo Não É Mah Ideia.
No que se refere à equipe, desde a última semana, a editora Karina Chaves não faz mais parte do time. Ela estava havia dois anos na empresa e, ultimamente, integrava a produção do Band Mulher. Ao portal, Karina informou que foi pega de surpresa com a demissão, porém, entende que esses movimentos fazem parte do processo de uma empresa. Outra mudança foi a saída do diretor Maicon Hinrichsen Baptista, que deixou a emissora para outro desafio profissional. Em seu lugar, assume Antonio Carlos De Marchi, que já atuava no núcleo de especiais da casa.
Em conversa com o portal, a gerente de Jornalismo da Band RS, Ciça Kramer, confirmou estas informações e mencionou a contratação do editor de esportes Matheus Schenk, para Os Donos da Bola, e das produtoras Fernanda Bierhals, no Jornalismo, e Jeniffer Casagrande, no Entretenimento. "Estamos em um processo de remodelação da redação, com algumas novidades que impactam na equipe", ressaltou a gestora.
Reprodução do texto do portal Coletiva.net, o maior portal de notícias da mídia no RGS.
Coletiva.net

Círculo Militar chega ao Jardim Botânico: 1972

Em 1972, quando o Jardim Botânico era uma vasta chácara de verdureiros, o Círculo Militar de Porto Alegre iniciava as obras da sua atual sede, à rua dona Inocência, nos altos da, hoje, parte mais nobre do bairro. Com uma estrutura invejável - o que inclui as piscinas mais belas do JB - o Círculo é um clube que congrega não somente oficiais das Forças Armadas e da Brigada como civis do Judiciário, sem contar um excelente restaurante aberto à comunidade - algo que muitos desconhecem - e no qual podem ser realizados eventos previamente agendados. Nesta reprodução do Correio do Povo, de julho de 1972, noticia-se a chegada da entidade ao JB. O Círculo é administrado pelo Coronel Francisco Farias.

Páscoa: Encenação da Paixão de Cristo acontece na Rua da Cultura da PUCRS

Aberta ao público, no dia 15 de abril, a partir das 18h, a peça será apresentada pelo grupo teatral Trupe Disfarça
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Em celebração à Pascoa e integrando as ações da Quaresma na PUCRS, a Rua da Cultura recebe na segunda-feira, dia 15 de abril, a peça Celebrando a Paixão de Cristo com arte e devoção, apresentada pelo grupo teatral Trupe Disfarça. A encenação, promovida pelo Centro de Pastoral e Solidariedade, em parceria com o Instituto de Cultura, ambos vinculados à Universidade, retrata o nascimento, vida, morte e ressurreição de Cristo. O evento é gratuito, aberto ao público e acontece das 18h às 19h20min. Mais informações pelo telefone (51) 3320-3506 ou pelo site www.pucrs.br/pucrs-cultura.
Sobre a Trupe Disfarça
A Trupe Disfarça surgiu a partir de encenações para celebrar a Paixão de Cristo, realizados na comunidade da Lomba do Pinheiro, na Zona Leste de Porto Alegre, nos espaços da Paróquia Santa Clara. Através do teatro, o grupo voluntário já proporcionou entretenimento e emoção a mais de 1.800 pessoas.
Confira a programação de Páscoa no Campus
  • 15 de abril - Peça Celebrando a Paixão de Cristo
  • Local: Rua da Cultura
  • Horário: das 18h às 19h20min
  • 22 de abril – Missa de Páscoa
  • Local: Igreja Universitária Cristo Mestre
  • Horário: 18h30min

quarta-feira, abril 10, 2019

O temível Daison Pontes, sinônimo de violência, era na verade um grande zagueiro

Daison Pontes jogou até no Flamengo, mas foi dispensado por bater até nos treinos: era, porém, um grande zagueiro

Ele viveu seus últimos momentos em Passo Fundo, onde era respeitado.



Daison Pontes. O nome desse jogador está na memória dos mais antigos, aqueles que acompanhavam o futebol gaúcho nas décadas de 60 e 70. O motivo não era exatamente a sua técnica futebolística, embora todos reconhecessem que era, sim, um jogador habilidoso e excelente no trato com a bola. Só não era excelente no trato com os adversários, aos quais não media gentilezas quando se aproximavam da grande área. Pontapés, caneladas, encontrões , cotoveladase socos faziam parte do, digamos, estilo “daisoniano” de praticar futebol. Assim, ao longo do tempo, Daison Pontes se tornou um símbolo do futebol violento e detentor de um recorde no futebol brasileiro: foi expulso de campo nada menos do que 18 vezes. Chegou a jogar no Flamengo do Rio, mas foi dispensado ao final de três meses, pelas entradas violentas até mesmo nos treinos.
Daison – que era irmão mais velho de Bibiano Pontes, daquele time de ouro do Internacional, e também de João Pontes – certamente é lembrado pelo árbitro José Luís Barreto, se este estiver vivo depois de tantos anos. Era o domingo de 20 de novembro de 1974, pelo campeonato gaúcho – e o Gauchão, naqueles tempos, tinha uma certa ferocidade que alguns entendiam como virilidade, ou a tal “macheza gaúcha”. E naquele ano a vida dos árbitros não estava sendo nada fácil dentro de campo. Tudo bem que as arbitragens deixavam muito a desejar, mas o futebol é um esporte praticado com as pernas e não com os braços, ou, sobretudo, os punhos.
Talvez Daison Pontes não entendesse bem isso durante aquele jogo, em Santa Maria, entre o Inter de Santa Maria e o Gaúcho de Passo Fundo, apitado por Barreto. O time visitante vencia por 1 a 0 quando o árbitro, irritado com as jogadas duras da zaga do Passo Fundo, advertiu seus jogadores, pedindo que maneirassem nas divididas, caso contrário teria que marcar alguns pênaltis. Nove minutos antes do Gaúcho fazer o seu gol José Luis Barreto cumpriu a promessa, marcando uma penalidade máxima a favor do Inter de Santa Maria, cobrada e desperdiçada por Tadeu.  Vendo que seu apelo de não-violência não surtira nenhum efeito e que a zaga do Gaúcho continuava a baixar o sarrafo, aos 14 minutos do segundo tempo o árbitro marcou novo pênalti a favor do time da casa, desta vez praticado por ele, o temível e famoso zagueiro das entradas duras. Daison atingiu violentamente, por trás, o santa-mariense Edson, derrubando-o no gramado.
Acontece que Daison já havia dito a seus companheiros que, caso Barreto prejudicasse seu time, iria até ele e lhe daria um soco na cara. E foi exatamente o que fez: marchou até o juiz da partida e acertou-lhe um soco no rosto, abaixo do olho esquerdo e mais alguns pontapés nas canelas. Tonto e sangrando, o árbitro ainda conseguiu sacar o cartão vermelho, expulsando o zagueiro do Gaúcho de Passo Fundo. Em meio à confusão que se seguiu, com dirigentes e brigadianos invadindo o campo, Daison escapou e não mais foi visto naquele dia: dizem que fugiu da prisão em flagrante, pegando um táxi e se mandando para a vizinha cidade de Júlio de Castilhos. Quanto a José Luís Barreto, recusou ser medicado, passou um lenço no rosto e continuou apitando. O pênalti foi cobrado e desta vez convertido. Mas o jogo – que terminaria em 1 a 1 – ainda teve o jogador Leivinha, também do Gaúcho, expulso de campo.CUMPRIMENTADO NAS RUAS - Ao contrário do que provavelmente ocorreria nos dias de hoje, o zagueiro brigão não foi execrado e sim cumprimentado pelo seu ato de pugilismo, conforme descreveu o correspondente da Companhia Jornalística Caldas Júnior em Passo Fundo. “O zagueiro Daison Pontes só recebeu aplausos quando apareceu, ontem pela manhã, no centro da cidade. Durante todo o dia foi cumprimentado pelo soco que deu no juiz José Luís Barreto.” O diretor de futebol do Gaúcho foi mais adiante em suas declarações à imprensa: “Infelizmente eu não estava em Santa Maria, senão o Barreto apanharia de mim também. Todo mundo está roubando do Gaúcho e alguém tem que tomar providências. Nós compreendemos a atitude de Daison pois demonstrou que é um jogador que atua com garra, sangue e amor à camiseta. Se alguém não modificar as arbitragens, muito juiz vai apanhar”. Até mesmo o comedido comentarista esportivo, Ruy Carlos Ostermann, em sua coluna no Correio do Povo, disse entender as razões de Daison: “O futebol exige a violência. Zagueiro que joga apalpando acaba se machucando, serve apenas para incentivar os maus propósitos do centro-avante. Gosto de uma frase de Moisés, do Vasco: zagueiro não pode querer o Belfort Duarte (prêmio para os jogadores mais disciplinados) É preciso impor respeito, jogar na bola e palmo e meio adiante dela. A dificuldade é pequena: quem sabe, bate e se faz respeitado”.
Em janeiro de 1976, quando da despedida de Bibiano Pontes do Inter, Ruy Carlos Ostermann citou Daison Pontes em outra crônica: “Conheci o irmão de Bibiano, o Daison, um imenso zagueiro de área prejudicado por inúmeras contradições pessoais, mas de grande personalidade. Não a personalidade comum, organizada: era a personalidade para o gesto forte, para a empolgação.”
O soco em Barreto custou caro a Daison, punido com 1 ano e meio de afastamento dos campos, dos quais seis meses acabaram perdoados. Daison Pontes morreu em 2012, aos 74 anos, vítima do mal de Alzáimer, em sua casa em Passo Fundo, onde era funcionário público aposentado. 

Lute, em Hoje em Dia (BH, MG). A Charge Online.