segunda-feira, abril 25, 2016

Bob Kennedy em Porto Alegre, dois anos depois do assassinato do irmão John



No dia 30 de novembro de 1965 - ou seja, dois anos depois do assassinato do seu irmão John, trigésimo quinto presidente dos Estados Unidos, em Dallas, no Texas - o então senador Robert Kennedy passava por Porto Alegre, onde ficou por breves momentos e causou frisson entre autoridades e populares - especialmente as moças, que, alvoroçadas e aos gritos, insistiam em beijá-lo. Vindo de Buenos Aires a bordo de um Caravelle da Cruzeiro do Sul, Bob driblou o serviço de segurança do aeroporto Salgado Filho e saiu caminhando normalmente pela pista. Saudado em seguida por alunas do Instituto de Educação Flores da Cunha, o político fez um breve pronunciamento antes de embarcar novamente na aeronave que o conduziria a São Paulo. O governador gaúcho, à época, Ildo Meneghetti, não estava na capital e não pode recepcionar a autoridade que, a exemplo do seu irmão, também tombaria assassinada a tiros, três anos depois, em 6 de junho de 1968, no Hotel Ambassador, em Los Angeles, Califórnia, aos 42 anos de idade. Quando passou por Porto Alegre Bob era considerado um potencial candidato a presidente dos EUA e tinha apenas 39 anos. As reproduções são do Correio do Povo.
Jarbas, Dia´rio de Pernambuco. A Charge Online.

domingo, abril 24, 2016

Simonal e seus "cúmplices" já podem voltar a fazer shows no Brasil

Quarenta anos atrás o cantor Wilson Simonal já estava longe de ser o que fora na década de sessenta e no início dos anos setenta. Considerado "dedo-duro" da ditadura militar brasileira, apoiador do regime e "informante do DOPS", o carioca que havia sido um fenômeno da música popular brasileira, lotando inclusive o Maracanãzinho e vendendo centenas de milhares de discos, vivia uma fase de decadência e de boicote por parte da imprensa, que não o perdoava por estar envolvido com a repressão e também, é verdade, por seus posicionamentos arrogantes de "negro norte-americano", um caso de afro-brasileiro bem sucedido que circulava com desenvoltura por todos os ambientes, sempre exibindo um irritante sorriso cínico no rosto. Grande cantor, Simonal - com o passar do tempo - foi sendo melhor compreendido e nunca se provou realmente que tivesse prejudicado outros colegas artistas com as tais "delações" - algo que é reforçado, inclusive, por Nelson Motta. No início de 1976 Wilson Simonal e seus "cúmplices" continuavam a ser notícia, não pelo lado musical e sim pelo criminal, como se vê nesta reprodução do jornal Correio do Povo, de Porto Alegre.