sábado, outubro 04, 2008


Rita Hayworth (Margarita Carmen Cansino), a eterna Gilda, que completaria 90 anos neste dia 17 de outubro.
O campeonato municipal de futebol amador (categoria veterano) teve jogos na tarde deste sábado, no campo do Ararigbóia (foto acima). Já a rua Machado de Assis, em pleno surto de progresso, tem o que comemorar: o escritor carioca Joaquim Maria Machado de Assis, considerado o maior expoente da literatura brasileira, faleceu no ano de 1908 - é o centenário da data. Enquanto isso, o outro lado da moeda: o desenvolvimento do bairro nunca trouxe tantos moradores de rua, como se vê na última foto, tirada na rua Veríssimo Rosa: um homem dorme na calçada, por volta do meio-dia.







Na próxima semana: a queda do Constellation da Panair no Morro do Chapéu. O maior acidente aéreo da primeira metade do século no Brasil e que matou a nata da sociedade porto-alegrense. Inédito.

Há 90 anos, a epidemia que parou Porto Alegre

Nos bondes de Londres os passageiros usavam máscaras, na tentativa de se proteger do terrível vírus que matou milhões em todo o Mundo. Em Porto Alegre, ela chegou em outubro e fez milhares de vítimas.
* Vitor Minas, especial para o Conselheiro X.

Texto baseado em pesquisa de jornais, revistas e publicações da época.


Nunca se viu nada igual: a rua da Praia vazia, as casas comerciais fechadas, os bares e os cafés desertos, os bondes elétricos paralisados, os colégios sem alunos ou professores e a entrega de correspondência suspensa. O desabastecimento atingia toda a cidade – faltavam remédios, leite, lenha, gasolina e gêneros alimentícios e tudo encarecia do dia para a noite. Cortejos fúnebres se encontravam nas esquinas; nos cemitérios detentos condenados substituíam os coveiros que morriam em serviço. Mesmo assim, os caixões disponíveis eram insuficientes para tantos óbitos e centenas de pessoas eram sumariamente enterradas em valas coletivas, enquanto dezenas de corpos amontoavam-se à espera de sepultamento.
A cada edição os jornais publicavam a relação oficial dos mortos. Havia cenas de histeria pública, os casos de suicídio aumentavam e ninguém se sentia seguro em parte alguma. Quem podia abandonava a cidade em busca de ares mais saudáveis. Nas calçadas os raros transeuntes seguiam a passos apressados. Dos sinos da igreja matriz partiam dobres tristes anunciando novas vítimas da “influenza espanhola”, a maior pandemia da história da Humanidade, com um bilhão de infectados, a metade da população da época, e cerca de 20 milhões de mortos. Somente no Brasil foram mais de 300 mil óbitos, dos quais18 mil no Rio de Janeiro.
A Grande Guerra Mundial iniciada quatro anos antes estava para terminar. Faminto e debilitado, o Velho Continente transformara-se em um território propício a toda espécie de doenças. Na América, no Brasil arcaico e rural da Velha República, grassavam a tuberculose, a varíola, a varicela, o tifo, a escarlatina, a malária, a sífilis, a lepra. Em Porto Alegre, de cada 1.000 bebês mais de 300 morriam antes de completar 2 anos.
LEITE FALSIFICADO - A capital gaúcha , com 170 mil habitantes, era então um amontoado de casas velhas e vielas estreitas e escuras. A água municipal não recebia qualquer tratamento e, nos dias de chuva, as torneiras despejavam uma desagradável mistura da cor do barro, embora a maioria da população se valesse do serviços dos aguadeiros - ou “pipeiros”.
A rede de esgoto servia tão somente os bairros nobres – Independência, Duque de Caxias, parte do Menino Deus - o recolhimento de lixo não seguia nenhuma diretriz rigorosa e as fétidas “casinhas” externas desempenhavam o papel de vasos sanitários. Comerciantes inescrupulosos vendiam alimentos falsificados ou deteriorados: carne velha, pão feito de fava e milho, pimenta do reino misturada a pó de sapato, leite aguado e manteiga rançosa. Não bastasse, vivia-se uma aguda crise econômica, com carestia, endividamento, inflação, greves operárias em São Paulo e insatisfação generalizada.
A “influenza” chegaria ao País em meados de setembro a bordo dos navios que vinham da Europa. Das capitais litorâneas ou portuárias – Belém, São Luís, Fortaleza, Recife, Salvador, Rio - rapidamente estendeu-se para os quatro cantos do território nacional. Chegou a pontos remotos da “hinterland” brasileira, não poupando cidades, vilas, de sul a norte, matando e dizimando tribos inteiras da região amazônica. Com quase 1 milhão de habitantes, clima insalubre e alta densidade demográfica, a Capital da República transformou-se em um vasto hospital. Centenas de pessoas morreram diariamente entre outubro e novembro e 70% da população caiu de cama, acometida da estranha moléstia cuja origem, afinal, ninguém precisava. Em São Paulo foram 350 mil infectados – 65% da população – e 5100 mortos oficialmente contabilizados. Da virulenta peste sabia-se apenas que era diferente de tudo o que até então se vira e que provavelmente se originasse da Espanha, convencionando-se então chamá-la de “gripe” ou “influenza hespanhola”, embora nenhuma nação - muito menos a própria Espanha (que a cognominou “febre russa”), assumisse a paternidade. Na Rússia foi denominada de “febre siberiana”, na Sibéria de “febre chinesa” e na França de “catarro hespanhol”. Fez 5 milhões de vítimas fatais na Índia e 450 mil nos Estados Unidos. Espalhando-se rapidamente pelos quatro cantos do Mundo, matou os primeiros brasileiros na costa da África, em setembro de 1917. Do efetivo de 2 mil militares da Divisão naval brasileira – dois navios de patrulha e uma missão médica - que, tardiamente, iriam participar da Grande Guerra(o conflito acabou um dia depois da chegada ao front), 90% foram atingidos pela doença e mais de cem morreram nas proximidades de Dakar, no Senegal.
Por mar a moléstia aportou na costa brasileira e logo fez morada nas principais cidades litorâneas. No início de outubro a Capital Federal sucumbiria à doença. Em seu livro de memórias “Chão de Ferro”, o médico e escritor Pedro Nava descreve o que foram aqueles dias na cidade do Rio de Janeiro.
“Além da fome, da falta de remédio, de médicos, de tudo, as folhas noticiavam o número nunca visto de doentes e cifras pavorosas de obituário. As funerárias não davam vazão – havia falta de caixões. Até de madeira para fabricá-las(...) Era muito defunto para os poucos coveiros do trivial – assim mesmo desfalcados pela doença. Foram contratados amadores a preços vantajosos. Depois vieram os detentos. (...) Era de ver as ruas vazias cortadas de raro em raro pelos rabecões e caminhões de cadáveres(...) Um ou outro passante andando como se estivesse fugindo e trazendo no rosto a expressão das figuras do quadro de Eduard Munch: Angst. Isso mesmo, angústia: faces de terror, crispações de pânico, vultos de luto correndo, pirando, dando o fora e, no fundo, um céu vangogue sangue ocre.”
ELA CHEGOU A BORDO DOS NAVIOS - Oficialmente, a espanhola chegou ao Rio Grande do Sul no dia 9 de outubro, uma quarta-feira, a bordo do navio Itajubá, vindo do Rio de Janeiro: 38 de seus tripulantes apresentavam os sintomas da febre. Ao atracar em Rio Grande, seu comandante comunicou o fato às autoridades portuárias, descrevendo, sucintamente, uma febre de “caráter benigno”. Por sua vez as autoridades sanitárias gaúchas limitaram-se a examinar os tripulantes, para isolá-los em seguida. O navio foi desinfetado e – como de praxe - o fato comunicado ao Palácio Piratini.
Três dias depois o navio Itaquera – que, devido à doença, havia sido impedido de atracar em portos do Paraná e Santa Catarina – chegou a Rio Grande, transferindo-se seus 32 doentes para o lazareto da cidade. Cumpridas as formalidades sanitárias, o vapor prosseguiu viagem pela Lagoa dos Patos, chegando a Porto Alegre a 14 de outubro. Dois dias após, com outros 7 doentes confirmados, atracava no cais da Capital o navio de cabotagem Mercedes, do Lloyd Brasileiro, procedente de Rio Grande. Não havia nenhum médico a bordo e somente 48 depois da chegada seus tripulantes seriam postos em isolamento. No dia 17 finalmente atracou na Capital o Itajubá, trazendo consigo os tripulantes que haviam sido submetidos a uma curta quarentena em Rio Grande.
No dia 18, por fim, surgiram notícias de alguns casos da estranha gripe, com três registros em pontos diferentes; um funcionário da higiene Pública e mais dois homens pediram espontaneamente para serem isolados. Uma moça também compareceu à Diretoria de Higiene do Estado apresentando os mesmos sintomas dos demais: calafrios em todo o corpo; prostração intensa; febre que chegava a 40 graus; dores musculares, dores de cabeça e na barriga, nos olhos, nos ombros, nas costas, nos rins e nas pernas; catarro abundante e muita tosse, bem como sensibilidade extrema à luz, náuseas, vômitos, calor no rosto, vertigens e lágrimas.
A tais sintomas acrescentava-se uma profunda depressão psíquica e, muitas vezes, sensíveis alterações cardíacas ou respiratórias que levavam à morte.
Nos dias 20 e 21 seriam notificados mais 12 casos suspeitos, todos, ressaltavam as autoridades gaúchas, “benignos”. Outros quatro caixeiros viajantes recém chegados à cidade também apresentavam os mesmos sintomas. No dia 23, somavam 21 pessoas recolhidas ao isolamento. Em outra porta de entrada do Estado, na mesma data, comunicava-se o fato extraordinário às autoridades da Capital: à exceção de um telegrafista, todos os funcionário da estação de trens de Marcelino Ramos, na divisa com Santa Catarina, haviam caído vítimas da “influenza”. Em poucos dias, no Hospital da Brigada, na Capital, baixaram, vítimas da febre, mais de 30 praças. Outros 130 soldados foram colocados em isolamento compulsório. Depois de percorrer mundo, a gripe espanhola era também gaúcha.
A “IMUNDICIE” DA SANTA CASA- Em 1918 o intendente José Montaury, do Partido Republicano Riograndense, comandava a municipalidade. Espécie de títere do presidente do Estado, o caudilho Antonio Augusto Borges de Medeiros, Montaury, um fluminense nascido em Niterói, assumiu o cargo em 1897 e exerceu-o por longos 27 anos, período no qual não faltaram os mais variados surtos epidêmicos. A última fora a de varicela, em 1916.
Ainda que uma das mais populosas cidades brasileiras a Capital do Rio Grande do Sul resumia-se então ao centro e alguns bairros de difícil acesso. Os carros de praça “motorizados” competiam com outros movidos a parelhas de cavalos e aos bondes elétricos. Via-se as comédias mudas de Carlitos e no final da tarde fazia-se o “footing” na rua da Praia, com homens de chapéu e bengala e mulheres de grandes e pesados vestidos. A Confeitaria Rocco, o Café Colombo, na Andradas, o Chalé da Praça XV, a Livraria do Globo, os cine-teatros Guarani – o mais “luxuoso” – e o popular Apolo, o Petit Casino, o Clube do Comércio, o Germania, o Caixeiral, o Clube dos Caçadores (na verdade, um cabaré) e o Hipódromo do Moinhos de Vento incluíam-se entre os pontos de referência da sociedade mundana da época – industriais, comerciantes, funcionários públicos, advogados, jornalistas, poetas, boêmios e desocupados em melhor situação financeira.
Os principais jornais - Correio do Povo, A Federação, A Gazeta do Povo e O Independente, recebiam, via cabo submarino, os acontecimentos do restante do mundo que os leitores liam com dias de atraso. As revistas Kodak e “Máscara” – de entretenimento, cultura e variedades - douravam a vida social e cultural da capital e das principais cidades gaúchas: Pelotas, Rio Grande, Bagé, Santa Maria. Havia futebol – ou “matchs” - aos domingos e pescarias e esportes náuticos no rio Guaíba, cujas águas, limpas e calmas, espraiavam-se até a Cidade Baixa. As noites eram previsivelmente calmas e escuras – a iluminação elétrica ainda convivia com os velhos lampiões dos postes. Comandadas pelo doutor Mário Totta, as famílias mais chiques veraneavam no “arrabalde” da Tristeza e a praia da Pedra Redonda, um dos cartões postais da cidade, servia de cenário para concorridas festas e saraus onde não faltavam intelectuais e escritores como Augusto Meyer, Olyntho Sanmartin, Teodomiro Tostes e afetados poetas parnasianos.
No centro, à noite, pontificavam os discretos “rendez-vous” e cabarés mais caros com as necessárias mulheres francesas e polacas. Quase tanto quanto a tuberculose, a sífilis impunha cuidados e cobrava seu preço aos moços desprevenidos. A cidade dispunha de seis precários hospitais e quatro médicos voltados ao atendimento público em igual número de postos de saúde. Por seu lado, o Departamento de Higiene, com 56 funcionários em todo o Estado e duas ambulâncias e seis carroças na Capital, pouco tinha a oferecer. Os médicos mais renomados – Sarmento Leite, Mário Totta, Jacinto Gomes, Ivo Corseuil, Landell de Moura e Protásio Alves, hoje nomes de ruas e avenidas – dividiam-se entre a clínica estabelecida e o atendimento familiar a domicílio.
Os portoalegrenses abastados, contudo, tratavam-se em casa, evitando a promiscuidade, a sordidez, as infecções e a imundície dos quartos da Santa Casa, “um atentado à higiene”, na descrição do doutor Mário Totta. Fiel ao imaginário da época e às noções da medicina do início do século, as mães fortificavam e depuravam seus filhos com Emulsão de Scott e óleo de rícino, reputação milagrosa e restauradora dividida com os “banhos de mar” (naquele ano inaugurava-se o “luxuoso” balneário do Cassino), e os bons ares da serra e do litoral, embora todo o cuidado fosse pouco para evitar-se os mortíferos “golpes de ar”.
Na última semana de outubro esta simplória Porto Alegre transformou-se subitamente em uma cidade enferma. Nem mesmo os esforços irritantes e patéticos do Governo positivista de Borges de Medeiros, para o qual não havia motivos de alarma ou pânico, já que a gripe, a princípio, não mostrava-se tão virulentamente fatal, evitaram que a população se apercebesse claramente da extensão da epidemia: chegara à cidade a peste que viera da Europa.
De súbito, hordas de populares aglomeraram-se às portas das farmácias, disputando toda espécie de medicamentos indicados para a prevenção da doença, em especial o quinino, que havia se mostrado eficaz em outras ocasiões. Os estoques do produto, de purgantes, de óleo de rícino e mesmo as sortidas de limão e pencas de cebola vendido nas feiras e armazéns sumiram do mercado ou encareceram de forma exorbitante. Os balconistas das farmácias – aqueles que mantinham-se de pé - não descansavam um só instante. Hospitais como a Santa Casa de Misericórdia – abrigando um terço dos doentes do Estado – recebiam levas de novos pacientes, acomodados à maneira possível. À falta de leitos improvisavam-se toscas enfermarias e o Governo – finalmente reconhecendo a situação mas fugindo à sua real extensão e gravidade – passou a organizar hospitais improvisados e equipes de emergência para percorrer as residências e levar assistência médica à população pobre.
Recomendava-se, a princípio, cama, higiene e repouso, além de limpar a boca e as fossas nasais várias vezes ao dia com uma lavagem de água e sabão, sem esquecer dos proverbiais gargarejos com água oxigenada ou boricada. Os portoalegrenses, no entanto, apelavam para tudo que estivesse ou não estivesse à mão – chá de eucalipto, cachaça com mel e limão, aspirina, suco de cebola, vinho, caldo de galinha, purgantes, infusões, preces, benzimentos, promessas, talismãs. O uso abusivo do quinino não raro causava intoxicações, com prejuízos irreparáveis à audição e à visão. Charlatões, curandeiros e vivaldinos encontravam terreno fértil para a venda dos mais bizarros produtos ou receitas: pílulas, chocolates, filtros de água e até cigarros que “preveniam ou afastavam o mal”.
A partir de 21 de outubro haviam sido registrados os primeiros óbitos. Os jornais da Capital, habitualmente voltado à cobertura da Grande Guerra e aos acontecimentos políticos no Rio de Janeiro, abriram suas páginas para a evolução da “peste”. No início de novembro informava-se que a Escolha de Engenharia, o colégio Sevigné, o colégio Militar, Ginásio Anchieta e outros estabelecimentos de ensino da cidade haviam decidido suspender as aulas e adiar os exames finais. Sem movimento de público, o comércio e as repartições fechavam suas portas e os teatros e os cinemas comunicavam a suspensão dos espetáculos. Na tradicional Confeitaria Rocco a maioria dos empregados caíra doente.
CIDADE TINHA "ASPECTO FÚNEBRE" - Na Livraria do Globo 62 funcionários contraíram a influenza e o Correio do Povo passou diariamente a oferecer vagas de entregador em substituição àqueles que iam sendo atingidos pela epidemia. O “turbilhão’ da rua da Praia deu lugar a calçadas vazias. Sem carteiros, os Correios suspenderam as entregas e a Companhia telefônica, desfalcada de 285 funcionários, pediu à população que só fizesse uso do telefone em caso de extrema urgência. Os guardas desapareceram das esquinas, os horários dos bondes foram suspensos ou adiados, a Assembléia Legislativa cancelou as suas sessões ordinárias. A Companhia Força e Luz ficou sem foguistas. Todos se recolhiam mais cedo, evitando contatos.
“A cidade tem durante o dia um aspecto doloroso e à noite este aumenta, tornando-se fúnebre. Raro é o transeunte que anda. Os cafés, os bares, tudo escuro, dando à Capital a forma de uma cidade morta e sem vida”, escreveu o jornal O Independente em seu número de primeiro de novembro.
Temendo o contágio ou já atingidos pela doença, até os costumeiros leiteiros que vinham da periferia deixaram de vender o produto às portas das residências.À aproximação do feriado de Finados, as autoridades alertavam as pessoas para que não fossem aos cemitérios, a fim de evitar aglomerações e o possível contágio. Inicialmente pensou-se que o vírus pudesse ser transmitido pela água, ou até mesmo pelo ar.
“O pavor coletivo, o alarma social, se está tornando mais grave do que a própria epidemia. Alguns suicídios o demonstram”, escrevia o jornal A Federação, vinculado ao governo de Borges de Medeiros. O Dr. Mário Totta advertia: “Em todas as epidemias são justamente os que mais medo têm são os que mais depressa são levados de lufada”. Os padres oficiavam missas, pedindo a Deus o afastamento da “peste”, os clubes decidiram suspender as partidas de futebol e nas páginas dos jornais surgiam anúncios de remédios miraculosos contra a doença.
Já as autoridades municipais e estaduais insistiam em pedir calma à população, ao mesmo tempo em que apregoavam que a situação estava sob controle e que a epidemia já mostrava sinais de refluxo. “Povo! Não devemos entregar-nos à morte, sem nada fazer pela vida: devemos esforçar-nos para combater o mal”, concitava o boletim da União Metalúrgica distribuído à população.
Em sua edição de 5 de novembro a revista Máscara insistia na tese de que o pior já passara e que dentro em breve a cidade voltaria à normalidade.
“E esqueçamos...
“Conforme previmos em nosso número passado, a epidemia entrou em declínio em princípios desta semana. As notas fornecidas pela Diretoria de Higiene da imprensa foram sempre as mais animadoras, o que faz supor a estas horas que os casos novos da gripe sejam raros. E agora, que tudo promete voltar à normalidade, agora que a nossa cidade lembra um hospital, tal é o número de convalescentes que se arrastam pelas calçadas, com as faces cavadas e pálidas, os olhos fundos e abatidos, agora que um frisson de vitória abafa a nossa alma, mesmo os que fremem em corpos combalidos, e nosso dever afastar o mais possível da recordação popular esses tristíssimos dias de angústia e sobreexcitação nervosa a fim de que possamos beber novamente a grandes haustos a vida que o “anjo da paz ‘ promete dulcificar.(...)”
A realidade, contudo, revelava-se bem diferente, e a própria imprensa tornaria a adotar tons sombrios. A 9 de novembro o Correio do povo noticia: “Das 18 horas de ante hontem às 18 horas de hontem foram registrados nesta Capital 32 óbitos de pessoas que faleceram em consequência da “influenza hespanhola”.
Na lista dos falecidos “em domicílio” constavam pessoas de todas as idades e moradores das principais ruas da cidade: Juvenal Faria Dias, de 29 anos, residente à rua General Auto, 35; Sabina Antonia da Silva, 50 anos, moradora do número 123 da rua José de Alencar; Angela Teixeira Nunes, da rua Ramiro Barcelos, 133, "menina Catharina, filha de Ariosto Menezes, rua Lima e Silva, 147-B; Jorge Anto, residente no Hotel Lagache; Rubens Santos, de 32 anos, morador da rua Aquidaban, 9; “menino Alziro”, filho de Frederico Castro, com endereço à rua Santa Luíza, 66; Antonio Monteiro, morador da rua Moinhos de Vento, 70; Antonieta Rabello Gorfmann, residente à rua Fernandes Vieira, 36; Bibiana Rodrigues, 20 anos, “mixta, solteira, residente à rua Santana, 7”. Na edição do dia 11 a lista incluía, dentre os óbitos em domicílio, os seguintes nomes: Carlos Albuquerque, 52 anos, residente à rua Andrade Neves, 6; Carlos Haesbaeri, 39 anos, morador da rua Garibaldi, 32; Dante Matteoli, 17 anos, rua Castro Alves, 156; Mathilde de Michaelsen Wolff, 43 anos, da rua General Vitorino, 13. Na mesma data nominava-se a ocorrência de novos casos da doença: “Ontem enfermaram sete pessoas da família do major Edmundo Arnt; a exma. Esposa do Dr. Joaquim Gaffrée; o Dr. Gaspar Saldanha, sua senhora e três filhos; sete pessoas da família do major Labieno Jobim; “o nosso colega Lourival Cunha, da Kodak”(revista); as senhoritas Aracy, Júlia, Odette e Nayr Bacellar, filhas do capitão Bacellar Júnior”.
Uma pequena nota, vinda de Buenos Aires, onde também grassava a gripe, informava de uma campanha de combate às moscas – “veículo de imundícies de toda espécie e transmissora de várias moléstias”- desencadeada pelas autoridades portenhas junto à população.
A GRIPE ATRÁS DAS GRADES - Dos mais de 600 detentos da casa de Correção metade estava enferma, informava o Dr. Ivo Corseuil, médico da diretoria de Higiene. Nas residências, a gripe não poupava vítimas mais ilustres: o Dr. Jacinto Gomes, diretor da enfermaria de Gripados da Santa Casa de Misericórdia, contraíra a gripe e teve que ser substituído. No dia 10 de novembro o Correio do Povo, em sua coluna de necrologia, destacava o sepultamento de algumas figuras da sociedade portoalegrense:“Com grande acompanhamento, realizou-se ontem o enterro do doutor Álvaro Nunes Furtado, clínico residente, nesta capital, e que, como noticiamos, faleceu vitimado pela influenza hespanhola”. “Faleceu ontem, nesta capital, vitimado pela influenza hespanhola, o jovem Antenor Maciel Júnior, filho do tenente Antenor Maciel.“O infortunado jovem que, com bastante brilho, fazia o curso do Colégio Militar, deixa profunda saudade entre o grande número de seus colegas, no seio dos quais se fazia estimar.“Ele era natural de Uruguaiana, onde também contava com um grande círculo de relações.“O enterro, realizado ontem mesmo às 16 horas, esteve bastante concorrido, vendo-se sobre o caixão mortuário grande número de coroas”.
Dia 13, uma quarta-feira, a Empresa de navegação Cahy comunicava a suspensão de todas as viagens ao longo do rio “visto a maior parte dos seu empregados estarem enfermos”. No mesmo dia um anúncio de rodapé, na capa do Correio do Povo, oferecia um novo e rápido serviço de impressão: “Nas oficinas desta folha apromptam-se com presteza convites para enterro”. Vários funcionários da casa – incluindo jornalistas – estavam enfermos.
Da distante Europa vinham notícias mais alentadoras, publicadas pelo mesmo diário, e que repercutiam em todo o Estado, especialmente na região colonial italiana: fora assinado o armistício no dia 11 e a Grande Guerra que matara mais de 10 milhões de pessoas chegara ao seu final. A Itália estava entre os países vencedores.
“Garibaldi, 12 – Esta vila está em festa com a notícia da assinatura do armistício com a Alemanha. Sobem ao ar girândolas de foguetes. Os sinos repicam. Bandas de música percorrem as ruas. Quase todas as casas estão embandeiradas. Reina grande alegria.”
Os jornais noticiavam a derrota da Alemanha, a fuga do kaiser Guilherme II e, no Rio Grande do Sul, a influenza espanhola que, em vez de declinar, seguia em crescendo. Cortejos fúnebres de pessoas a pé, segurando os caixões aos ombros, cruzavam-se a caminho dos cemitérios, os coveiros trabalhavam sem interrupção, nas casas e cortiços improvisavam-se rápidos velórios. Prostrados e reclusos em seus barracos, os moradores mais pobres viravam-se como podiam em tais circunstâncias. Famílias inteiras adoeciam e os poucos em condições de caminhar percorriam quilômetros a pé para disputar os donativos distribuídos às portas de algumas instituições filantrópicas – igreja católica, maçonaria, centros espíritas.
À peste somava-se agora a falta de alimentos e a especulação desenfreada dos preços praticada por comerciantes e aproveitadores. “Está tudo pela hora da morte”, constatou o jornal Gazeta do Povo em 11 de novembro. Leite e aves sumiram do mercado, a canja de galinha passou a custar os olhos da cara, a lenha para os fogões dobrou de preço e até os aluguéis dispararam. Os diários locais imploravam por entregadores, os médicos não dispunham de gasolina suficiente para abastecer seus carros e visitar os doentes mais distantes e as farmácias vendiam quinino e óleo de rícino como se fossem especiarias. A cadeia produtiva fora interrompida pela epidemia e a cidade, paralisada, não encontrava forças para reagir. O que havia em remédios e alimentos não bastava para uma época , sob todos os aspectos, absolutamente anormal.
AUTORIDADES CENSURARAM A IMPRENSA - A censura à imprensa imposta pelas autoridades estaduais(incomodadas pelas críticas à ineficiência e morosidade das medidas de combate à epidemia) a partir de primeiro de novembro não calava o pavor coletivo e – em evidente efeito contrário - só fazia aumentar os boatos a respeito da mortandade.
O Correio do Povo que, assim como os demais veículos, recebera a ordem de não publicar a lista diária das vítimas da gripe, após informar da determinação aos seus leitores optara, em protesto, por deixar colunas em branco. Particularmente visado pela censura borgista, o jornal insistia em apontar as ineficiências e morosidades no combate à epidemia e as falhas no socorro à população mais pobre, que, a par da doença, sofria com a fome e da desassistência. Famílias inteiras estavam acamadas, sobrevivendo do pouco que ainda possuíam em casa. Os que encontravam forças de sair às ruas apelavam para os donativos – feijão, café, açúcar, banha – distribuídos pela Maçonaria, pela Federação Operária do Rio Grande do Sul ou por alguns comerciantes mais generosos ou em melhor situação financeira. O clima geral era de pânico.
“O boato no Coração da Cidade“
(...) Eu vi com estes olhos cinco mortos na rua dos Andradas, disseram-me que os coveiros cavam noite e dia as sepulturas; “Fulano(que está vivo e um poucochinho doente) acaba de morrer...” e outras e outras afirmações que só a polícia correcional podia evitar.“Desta forma andam pelas ruas, ilesos, os ‘boateiros”, explorando a situação enferma da cidade, acendendo perigo onde não existem(...)”( Máscara, 23 de novembro)
A partir da segunda metade de novembro, descrente das autoridades, a população falava em centenas ou mesmo milhares de mortos diários. A epidemia fugia a qualquer controle e a relação dos óbitos fornecida pela Secretaria de Higiene voltou às páginas dos diários. Ignora-se contudo os falecimentos sem assistência médica, numerosos nos bairros pobres.
Se até ali, de modo geral, a imprensa oficialista insistia no progressivo recuo da epidemia, atribuindo todas as culpas aos espíritos alarmistas e boateiros de plantão, a partir de quinta-feira, 14, tornou-se impossível mascarar a realidade visível, que, se não era tão terrível – afinal, não morria-se aos milhares - tampouco conferia com a versão das autoridades: entre as 18 horas de terça e as 18 horas de quarta-feira 34 pessoas haviam morrido em decorrência da influenza. Outras 24 faleceram sem assistência médica no mesmo período, totalizando 58 óbitos. No Domingo, 17, o Correio do Povo listaria mais 62 mortos nas últimas 24 horas, e, na terça, outros 49 óbitos entre o final da tarde de Sábado e o final da tarde de Domingo – o jornal não circulava às segundas.
Notícias enviadas pelos correspondentes do interior apontavam nos estragos que a espanhola estava causando em Passo Fundo, Santa Maria, Rio Grande, Pelotas, Arroio Grande, Tapes, São Gabriel, Encruzilhada, Carlos Barbosa, Rio Pardo, Taquari, Cruz Alta, Ijuí. Em Quaraí lamentava-se o suicídio do comandante do Sétimo Regimento de Cavalaria, que desferiu um tiro de revólver contra a própria cabeça. O major, informou o correspondente, “se achava doente, atacado de forte neurastenia, tendo ficado muito impressionado com o número de soldados enfermos na unidade que comandava, e ainda pela falta de recursos”. Cacequi, noticiava o jornal, “está transformada num vasto hospital. Há ali um número superior a 150 doentes, não havendo sequer uma pequena farmácia de campanha”. Em cada local a intensidade do surto epidêmico variava de acordo com as condições sanitárias, a densidade populacional e o clima, muito embora praticamente nenhum município do Estado tenha escapado ao flagelo.
Confundido inicialmente com o tifo, o vírus mutante da influenza gerava infecções bacterianas e punha em evidência moléstias latentes em cada organismo, afetando em especial os cardíacos, os asmáticos e os fracos de pulmão. A moléstia ia e vinha, com melhoras e recaídas. Para curá-la recomendava-se tão somente o repouso, a assepsia, quinino, purgantes e bons ares.
DE REPENTE ELA FOI EMBORA - Quase tão repentinamente como havia chegado, sem aviso, sem lógica ou explicação, a epidemia rapidamente declinou no final do mês de novembro. No dia 21, Quinta-feira, os diários da Capital já falavam em seu progressivo recuo. A reabertura de muitas lojas no centro, a crescente afluência de transeuntes às calçadas antes desertas, a volta dos rangidos dos bondes e dos apitos dos guardas de trânsito refletiam as estatísticas do Departamento de Higiene – números reais, desta vez: os casos novos eram cada vez mais raros e a mortandade estava em queda livre.
O Club Monte Carlos, o Brazil Club e o Clube dos Caçadores voltaram a funcionar. O teatro Apolo apresentava, aqueles dias, em matiné, episódios de a “Garra de Ferro”, em oito atos e, à noite, “uma grandiosa obra americana em sete belíssimos atos: New York.”. Na terça-feira, 26, reabriram suas portas o cine-teatro Coliseu e o Petit Casino. O Hipódromo do Moinhos de Vento também anunciava o retorno das atividades.
Na Sexta-feira os jornais noticiaram apenas 8 óbitos e a 3 de dezembro as autoridades informaram não ter conhecimento de novos casos de influenza espanhola. Na mesma data um pequeno anúncio publicado na capa do Correio do Povo atestava o final da tempestade.
“Leitaria
“Previno a minha distinta freguesia que reabri minha leitaria pelo nome Barroza Número 4. O motivo de estar fechada foi meu empregado estar doente”.
Em poucos dias reabriram-se as repartições públicas, os principais colégios chamaram de volta alunos, funcionários e professores, os cafés do centro festejavam a volta da velha clientela e a rua da Praia foi novamente tomada por moças e rapazes ao final do dia. No dia 29 apenas 8 óbitos foram registrados nas últimas 24 horas e, finalmente, a 3 de dezembro, a Diretoria de Higiene afirmou não ter conhecimento de nenhum novo caso da doença - as mortes registradas diziam respeito aos já infectados.
Notícias alvissareiras vinham do interior do Estado e, a exemplo do que faziam antes da peste, os jornais direcionavam novamente suas atenções aos informes vindos da Europa, à fuga do Kaiser e a redefinição das fronteiras nacionais no Velho Continente. Os correspondentes do Correio do Povo já expressavam tons de otimismo.
Durante 57 longos dias, sitiada pela doença, a capital gaúcha convivera com a morte de uma maneira jamais observada em sua História. As qualidades dos homens e mulheres, postas à prova, diferenciaram grupos, revelaram aproveitadores e heróis, contrastando à prática real cotidiana as propaladas boas intenções de muitos. Desse jogo de luz e sombra emergiram algumas verdades.
“A hespanhola, de súbito, fez-nos ir até essas pobres vítimas da fome e da indigência, quando não no-los trouxe até as nossas portas”, reconheceu a elegante revista Máscara( “Os Nossos Pobres”, 23.11.1918), ao comentar a procissão sombria de homens e mulheres fracos e famintos que vinham dos subúrbios da cidade “com as faces covadas e pálidas, os olhos fundos, se arrastando pelas calçadas”.
Foram eles – cidadãos anônimos, desempregados, operários, comerciários, biscateiros, moradores dos bairros São João, Navegantes, Colônia Africana, no Quarto Distrito - as principais vítimas da influenza espanhola.No tocante ao total de óbitos, a historiadora Janete Silveira Abrão – autora da(infelizmente pouco conhecida) dissertação de Mestrado do curso de pós-graduação em História do Brasil do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Pontifícia Universidade Católica, “Banalização da Morte na Cidade Calada: a Hespanhola em Porto Alegre, 1918(Edipucrs, 1995), tese universitária transformada em livro – observa: “Todavia é impossível precisar as taxas de morbidade e de mortalidade ocorridas, visto que muitos casos não foram notificados pelas autoridades sanitárias”.
Oficialmente foram 1316 óbitos em Porto Alegres causados pela influenza, dos quais 1209 na cidade e o restante na zona rural. Ainda segundo as estatísticas oficiais, até 31 de dezembro de 1918 a gripe matara 3971 pessoas em todo o Estado. Somente em Rio Grande morreram 343, em Pelotas 321, em Bagé 191, em Cruz Alta 132 e em Itaqui, 40.
Algo parece certo: são números “chutados” e nunca se soube e jamais se saberá efetivamente o número exato, ou mesmo aproximado, das vítimas causadas pela gripe espanhola de 1918. Dois mil? Quatro mil? Cinco mil? Se as estatísticas oficiais falam em cerca de 70 mil infectados - “talvez abaixo da realidade”, nas palavras de Protásio Alves - e pouco mais de 1300 mortos em todo o município de Porto Alegre podemos, sem temor ao exagero, somar a isso um número impreciso de óbitos não contabilizados que aconteceram longe das vistas das autoridades sanitárias, em casebres, cortiços ou em esquecidas casinhas da zona rural, sem contar os enterros clandestinos – comuns a uma época em que os recém nascidos tornavam-se adultos sem portar qualquer documento. Alia-se a isso o fato de que somente aqueles aos quais os médicos reconheciam a morte em função da epidemia eram inclusos nas listas dos vitimados pela peste, excluindo-se destas quem falecia - de acordo com o ponto de vista médico - de outras causas: doenças cardíacas ou tuberculose, para citarmos dois exemplos que no entanto poderiam ter sua origem no vírus da própria gripe.
Segundo a historiadora Janete, um simples cotejar dos dados oficiais do período demonstra números subestimados: o Livro de Óbitos da Santa Casa de Misericórdia registrou, de 21 de outubro de 1918 a 11 de janeiro de 1919 2420 mortes e o Departamento de Higiene do Rio Grande do Sul contabilizou naquele ano 30.219 falecimentos no Estado. Nos últimos três meses de 1918, aconteceram 12.811 óbitos, dos quais 5840 na Capital. Ainda segundo o Governo, 42% das mortes decorreram de moléstias transmissíveis.
Porém, passado o furacão, no início do verão de 1918/19, poucos queriam voltar os olhos às dores passadas. Epidemias vinham e iam, estar vivo e era o que contava e tentava-se a todo custo recuperar a alegria e o tempo perdidos. A gripe, todavia, ainda não morrera em definitivo. Depois de abandonar Porto Alegre e outras cidades às quais chegara de forma quase simultânea, dirigiu-se em seguida às localidades da Serra e lá fez mais uma nova legião de vítimas. Dela, contudo, já se falara muito, e a ordem era esquecer.
Dava-se início ao período de festas de final de ano. Alinhados no clube do Jocotó e centrados na figura do doutor Mário Totta – médico e bom vivant - com alívio redobrado, homens e mulheres da sociedade portoalegrense reencontrava-se agora nos elegantes saraus do arrabalde da Tristeza. Ali, à beira do Guaíba, embalados por orquestras típicas especialmente contratadas, em meio a barulhentas batalhas de confetes, poucos lembravam da epidemia que, sozinha e silenciosa, em menos de dois meses fizera mais vítimas do que todos os combates da Grande Guerra e causara a todos um prejuízo econômico dificilmente mensurável.
Em “Solo de Clarineta”- primeiro volume de suas memórias(1974), Érico Veríssimo recorda:
“Em 1918 a influenza espanhola atirou na cama mais da metade da população de Cruz Alta, matando algumas dezenas de pessoas. Não se dignou, porém, contaminar-me. Lembro-me da tristeza de nossas ruas quase desertas durante o tempo que durou a epidemia, e dos dias de calor daquele dramático novembro bochornoso. Era como se os próprios dias, as pedras, a cidade inteira estivessem amolentados pela febre. A escola achava-se em recesso e eu podia passar dias inteiros a ler romances.(...) Foi durante a influenza em 1918 que li pela primeira vez Eça de Queirós (Os Maias), Dostoiévski (Recordações da Casa dos Mortos e Crime e Castigo).(...) Passada a epidemia a cidade entrou em lânguida e trêmula convalescença.”
Tardiamente, quando tudo parecia encerrado, em janeiro de 1919, a “influenza hespanhola” faria a sua vítima mais ilustre em terras brasileiras: o presidente eleito Rodrigues Alves, que já havia exercido este mandato de 1902 a 1906, período em que incumbiu Osvaldo Cruz de sanear o Rio de Janeiro e livrá-lo da febre amarela, morreu justamente deste mal que vacina nenhuma conseguiu evitar e que em poucos meses matou mais do que todos os combates da Primeira Grande Guerra.
A Influenza Espanhola foi a última grande epidemia globalizada com altíssimo poder de contágio e mortandade da História mundial. Para a capital do Rio Grande do Sul teve, ao menos, um efeito benéfico – a partir daí passou-se a dar atenção à qualidade da água servida à população, com a construção de uma grande hidráulica ainda no governo de José Montaury.

Os aniversariantes do dia 4 de outubro

No dia de hoje morreu a cantora Janis Joplin (aos 27 anos) e nasceram as atrizes Susan Sarandon (62 anos) e Alicia Silverstone.





Conselho Regional de Educação Física

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Correção de nome

Amigos.
Agradecendo a publicação da nota sobre a vitória da minha filha, Manoela, só pediria a gentileza de corrigir os dois sobrenomes, que a assessoria, por engano, enviou com grafia incorreta: ela se chama Manoela BAIRROS SCHMIDT.
Um abraço
Maristela Bairros
* Lembre do Conselheiro X - Manoela é uma das grandes vencedoras do projeto de construção da Casa Ecológica no interior do Jardim Botânico.

sexta-feira, outubro 03, 2008


* Amanhã, 4, será realizada mais uma edição da Feira do Gibi, das 9h às 18h, nos altos do Mercado Público. O evento terá continuidade até o dia 11. Nove bancas vão colocar à venda mais de quatro mil revistas em quadrinhos, entre clássicos e novidades, com preços que variam de R$ 1 a R$ 50. A Feira do Gibi é realizada no primeiro sábado de cada mês. Duas vezes por ano, o evento tem edição especial, com sete dias de duração. A promoção é da Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio (Smic).
* A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) promove amanhã, 4, das 14h às 16h, no Salão de Atos da PUCRS (Avenida Ipiranga, 6681), o Show da Musicalidade, dentro da programação do 3º Mês e da 24ª Semana do Idoso na Capital. O evento terá a participação dos artistas Maria Helena Andrade, Norberto Baldauf, Edgar Pozzer, Plauto Cruz, Cigano e Jair Kobe (O Guri de Bagé), além da apresentação da orquestra filarmônica e do Coral da Totalidade da PUCRS.
Os ingressos para o show serão trocados por um litro de leite e podem ser retirados no Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS, Asilo Padre Cacique (Avenida Padre Cacique), Spaan (Avenida Nonoai, 600) e nas coordenações regionais da SMS e Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc).
Cidadania - De acordo com a coordenadora de Políticas do Idoso da prefeitura, Zhélide Quevedo, o show é mais uma iniciativa da prefeitura para que os idosos se divirtam e sejam vistos como cidadãos. “Nosso objetivo é o de estimular as pessoas da terceira idade a participarem de atividades culturais, físicas e mentais, além de provocar a sociedade a reconhecer o valor do idoso”, ressaltou
* A categoria cadete feminino série A de handebol dos Jogos Abertos de Porto Alegre tem amanhã, 4, os jogos semifinais e a final dessa categoria. Os confrontos ocontecem a partir das 8h30, no Colégio Farroupilha (Rua Carlos Huber, 425, Bairro Três Figueiras).
Os Jogos Abertos de Porto Alegre, realizados pela Secretaria Municipal de Esportes, Recreação e Lazer (SME), são disputados em cinco modalidades (basquete, futebol, futsal, handebol e vôlei), baseados nos princípios de participação, democratização e educação por meio do esporte. As categorias existentes envolvem crianças e adolescentes dos 10 aos 18 anos, vinculando clubes, escolas, associações esportivas e unidades da SME e são realizados no período de maio a dezembro.
Jogos
Semifinais, a partir de 8h30Farroupilha x Anchieta e Canoense x Kennedy. Decisão pelo 3° lugar: perdedor do 1° jogo x perdedor do 2° jogo. Finalíssima: vencedor da 1ª partida x ganhadora da 2ª partida.

* A segunda rodada da segunda fase do campeonato municipal de futebol amador na categoria veteranos será realizada amanhã, 4. Quatro campos da cidade vão receber oito jogos. Devido as eleições municipais deste domingo, 5, a categoria livre não terá rodada, que será disputada no outro domingo, dia 12.
Os jogos
Chave 9 - Parque Tamandaré - Avenida Taquara, 609 - Petrópolis, 16h00 - Palmeiras x Portelinha, 18h00 - Ninguém Ké x Portuguesa
Chave 10 - Parque Ramiro Souto - Avenida Osvaldo Aranha, 969 - Bairro Bom Fim, 13h30 - Agrosantos x Pantanal, 15h30 - Gaúcha x Comerciário
Chave 11 - Parque Moinhos de Vento (Parcão) - Avenida Goethe - Bairro Moinhos de Vento, 13h30 - Lomba do Sabão x Martinica, 15h30 - Ajuve x Canarinho
Chave 12 - Campo do Ararigbóia - Rua Saicã, 6 - Jardim Botânico, 13h30 - Guarani x Unidos/Flamengo, 15h30 - A.S.Roma x Associação

*A decisão do campeonato municipal de bocha na categoria "Série Especial" acontece amanhã, 4, a partir das 8h. Depois de ganhar fora de casa pelo placar de 3 a 1, a equipe da Amvep quer confirmar o favoritismo e vencer o Soeral em casa e conquistar o titulo da competição. Pela disputa da terceira colocação, tem o confronto entre Amvep e Assercrir. No primeiro jogo, houve empate em 2 a 2. Também nete sábado, acontecem as semifinais da categoria "Canchas Sintéticas Não Federados" e a penúltima rodada da categoria "Canchas Naturais".
A rodada
Série EspecialAmvep x Soeral, na Associação dos Moradores da Vila Elizabete e Parque - Av. 21 de Abril - Bairro Sarandi - FinalAssercrir x Amvipam, na Associação Cristo Redentor - Rua Sapé, 800 - Bairro Cristo Redentor
Canchas Sintéticas Não Federados (Semifinal)Mesquita x Jardim Itú, na Associação de Bocha Marechal Mesquita - Rua Carlos Ferreira, 160 - Bairro TeresópolisIntercap "A" x Chácara, na Liga da Bocha Intercap - Rua Dr. Pereira da Cunha, 92 - Bairro Intercap
Canchas NaturaisProtásio x Abamf, na Associação dos Moradores de Conjunto Residencial - Rua Otávio dos Santos, 301 - Bairro Itú CoinmaBonsucesso "B" x Cecopam, no Bonsucesso Atlético Clube - Travessa Encruzilhada, 155 - Bairro Bom JesusChico Mendes x Cecoflor, na Associação de Bocha Chico Mendes - Parque Chico MendesAlim Pedro x Bonsucesso "A", na Avenida dos Industriários esquina Arroio do Meio - Bairro IapiIsac Radin x Bom Jesus, na Praça Isaak Radim - Rua 24 de Agosto.

Ava Gardner
Kim Basinger.


* O espetáculo Om Shakti, de dança indiana, com o grupo Padmasri, tem sessão única nesta sexta-feira, às 19h, na sala 502 do Centro Cultural Usina do Gasômetro. A entrada é franca, com retirada de senhas 30 minutos antes do início.Om Shakti é uma saudação, uma reverência às deusas mães do universo Parvati, Sarasvati, Lakshimi, através de coreografias do repertório de Bharata Natyam que descrevem a presença das consortes de deuses como Shiva, Vishnu e Brahma. Om Shakti é uma homenagem ao feminino presente na dança. A dança clássica indiana tem origens milenares. Na tradição hindu, a dança é uma dádiva do deus Brahma aos humanos. Essa lenda conferiu à dança um caráter altamente sagrado, sendo realizada como uma oferenda aos deuses.Estilos- Dentre os sete estilos de danças clássicas indianas, destaca-se o “Bharata Natyam”, da região de Tamil Nadu, no sul da Índia. Praticado por ambos os sexos, o estilo combina a expressividade do teatro com a graça da dança. O ator/bailarino representa personagens da mitologia hindu, usando ricos movimentos corporais acrescidos do gestual das mãos e da exótica expressão dos olhos.A coordenação do grupo Padmasri é da professora Eliza Pierim, aluna do mestre Sri Hadesh (Índia), formada em Artes Cênicas pela Ufrgs, licenciando em Educação Física na mesma universidade. Iniciou-se em Bharata Natyam em 1996, sendo professora do estilo desde 1998.Histórico do grupo - O grupo Padmasri nasceu dentro da oficina permanente de Dança Clássica Indiana estilo Bharata Natyam, integrante do Projeto Usina das Artes, da Secretaria Municipal da Cultura (SMC) de Porto Alegre, desde março de 2006, como convidada da Cia Gente Falante de Teatro de Bonecos, responsável pelo Espaço de Referência de Teatro de Formas Animadas - Sala 502. As aulas de Bharata Natyam acontecem todas as quartas e sextas-feiras, das 19h às 20h30, na sala 502 da Usina do Gasômetro. O grupo oferece uma aula experimental gratuita, para os interessados em conhecer essa exótica expressão artística.


* Problemáticas relacionadas a pesquisas na área de estudos ibero-americanos no Brasil, Mercosul e na Península Ibérica (Portugal e Espanha), estão entre os temas do "7º Congresso Internacional de Estudos Ibero-Americanos". O evento será realizado entre os dias 21 e 23 de outubro, e contará com 12 simpósios, que também vão avaliar o intercâmbio e a integração dos historiadores iberos-americanistas nacionais e estrangeiros e oportunizar discussões sobre o que será estudado futuramente. O encontro é destinado a professores, estudantes, pesquisadores e outros profissionais ligados ao campo da História, museus, arquivos, centros de documentação das áreas de Antropologia, Ciências Sociais, Comunicação Social, Letras, Teologia, entidades de classe e comunidade em geral. As atividades ocorrerão das 8h às 18h no Teatro e em salas do prédio 40, no Campus Central da PUCRS (avenida Ipiranga, 6681- Porto Alegre). A programação completa e outras informações podem ser obtidas no site www.pucrs.br/eventos/cieia. Inscrições na Pró-Reitoria de Extensão da Universidade (Proex), sala 201 do prédio 40, pelo telefone (51) 3320-3680 ou e-mail proex@pucrs.br.
* O Instituto de Cultura Japonesa da PUCRS (ICJ) promove a 27ª edição do "Concurso de Oratória em Língua Japonesa". Interessados em participar podem se inscrever até segunda-feira, 6 de outubro, por meio do site www.pucrs.br/icj. O concurso é realizado anualmente e tem como objetivo estimular o estudo do idioma e proporcionar a todos os interessados a confiança e o reconhecimento da capacidade do aprendizado. A atividade tem entrada franca e será realizada no dia 25 de outubro, às 15h15min, no auditório do prédio 9, no Campus Central da Universidade (avenida Ipiranga, 6681 - Porto Alegre). Alunos de cursos de Língua Japonesa, ministrados por núcleos dessa cultura, na região Sul, farão apresentações abertas ao público, como relatos e histórias. O vencedor representará o Estado na disputa nacional, dia 22 de novembro, em São Paulo. Outras informações no site mencionado ou pelo telefone (51) 3320-3583.
* O próximo encontro do "Seminário Economia às 5 e ½", na segunda-feira, 6 de outubro, avaliará como as diferenças nos preços pagos e recebidos nas mercadorias importadas e exportadas pelos países da América Latina influenciam no processo de desenvolvimento do continente. O tema é "Instituições, geografia e termos de troca na América Latina: uma análise econométrica Longitudinal". Participa o professor do Departamento de Economia da Unisinos Carlos S. Silva. Os encontros são promovidos pela Faculdade de Administração, Contabilidade e Economia da PUCRS (Face). A atividade será às 17h30min no auditório do 9º andar do prédio 50, no Campus Central da Universidade (avenida Ipiranga, 6681 - Porto Alegre). A entrada é franca. Informações adicionais pelo telefone (51) 3320-3688.

* As razões da crise financeira nos Estados Unidos, os efeitos na produção de bens, serviços e empregos, e como a crise pode afetar o Brasil, são os temas avaliados na palestra "A crise financeira dos EUA e suas repercussões". A atividade será realizada no dia 27 de outubro, às 17h30min, com a participação do professor de Economia da Universidade André Scherer, que também atua na Fundação de Economia e Estatística (FEE). A promoção é do Laboratório de Mercado de Capitais da PUCRS (LabMec). O encontro será na sala 905 do prédio 50 no Campus Central da Universidade (avenida Ipiranga, 6681 - Porto Alegre). As inscrições, gratuitas, têm vagas limitadas, e podem ser feitas no site http://www.labmec.com.br/. Informações complementares pelo telefone (51) 3384-4449.

MCT estará fechado neste domingo, 5 de outubro
* O Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS (MCT) estará fechado neste domingo, 5 de outubro, em razão das eleições municipais. No dia 26 de outubro, caso se realize o 2º turno, o Museu também não abrirá. O MCT está aberto normalmente de terças-feiras a domingos, das 9h às 17h, e fica no prédio 40 do Campus Central da Universidade (avenida Ipiranga, 6681 - Porto Alegre). Informações pelo telefone (51) 3320-3521 ou no site www.pucrs.br/mct/eventos.
* A Faculdade de Física da PUCRS (Fafis) oferece novas edições dos "Encontros de física experimental para vestibulandos" neste mês. A primeira atividade, no dia 17 de outubro, abordará "Mecânica e Fluidos"; no dia 24 a palestra será sobre "Termologia e Ondas" e em 31 de outubro será debatido o "Eletromagnetismo". Haverá também atividades em novembro. As aulas são destinadas a vestibulandos de todas as áreas e ocorrem sempre a partir das 14h no auditório do prédio 10, no Campus Central da Universidade (avenida Ipiranga, 6681 - Porto Alegre). Serão apresentadas experiências envolvendo conceitos de física exigidos nos concursos vestibulares e resolvidas questões sobre a disciplina. As vagas são limitadas e as inscrições são gratuitas, mediante a doação de um quilo de alimento não-perecível por atividade, e podem ser feitas pelo site www.pucrs.br/fisica. Outras informações no telefone (51) 3320-3535.
* O Programa de Educação Tutorial da Faculdade de Informática da PUCRS promove mais uma palestra dos "Seminários PET-Inf". A atividade, ministrada pelo professor Alexandre Agustini, acontece na próxima segunda-feira, 6 de outubro, às 14h, e abordará o tema "Aquisição Automática de Subcategorização Sintáctico-semântica e sua Utilização em Sistemas de PLN" (processamento da linguagem natural). Os seminários do PET-Inf permitem a professores, mestrandos e doutorandos apresentar técnicas ligadas à informática, que abrangem conteúdos de artigos, experiências, realizações e projetos de pesquisas na área da computação. A entrada é franca e não é necessária inscrição prévia. O encontro ocorre no auditório 517 do prédio 32, no Campus Central da Universidade (avenida Ipiranga, 6681 - Porto Alegre). Informações complementares pelo site www.inf.pucrs.br/~petinf ou e-mail petinf-l@inf.pucrs.br.
* O Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Faculdade de Comunicação Social da PUCRS (Famecos) recebe inscrições para os cursos de mestrado e doutorado. O procedimento pode ser feito, até o dia 10 de outubro, por meio do site www.pucrs.br/famecos/pos. As linhas de pesquisa oferecidas são "Práticas profissionais e processos sociopolíticos nas mídias e na comunicação das organizações" e "Práticas culturais nas mídias, comportamentos e imaginários da sociedade da comunicação". Outras informações pelo telefone (51) 3320-3658.

Os aniversariantes do dia 3 de Outubro

Hoje aniversariam a cantora Adriana Calcanhoto (43 anos), o ator José Mayer (59), o músico Zé Ramalho(59) e o escritor Gore Vidal (83)









Boxe tem torneio adiado para o próximo domingo

O torneio de boxe olímpico - o mais importante do ano, pois é a disputa dos títulos das categorias - que aconteceria este domingo, no ginásio Bolão Gaúcho, em Canoas, foi adiado para o próximo domingo, 12. O motivo é a votação que acontecerá no local, durante todo o dia. Portanto, não haverá boxe este domingo.

Contracultura em debate neste sábado

O seminário A aventura da modernidade terá seu último encontro no sábado, 4, com as palestras A explosão da contracultura e O triunfo da indústria cultural. Os palestrantes serão, respectivamente, o professor de Literatura na Ufrgs, Sergius Gonzaga, e o professor de Comunicação da PUCRS, Antonio Hohlfeldt.
O evento é gratuito e será realizado a partir das 9h, no Centro Cultural Brasileiro Norte Americano (Riachuelo, 1257). Especialistas, críticos e professores das mais variadas áreas e de diversas regiões do Brasil e da Argentina conduziram, desde o dia 10 de maio, um total de 16 encontros, com 32 palestras. Outras informações pelo fone 3289-8072.
Programação de sábado, 4 de outubro _ A explosão da contracultura - Sergius Gonzaga, secretário municipal da Cultura e professor de Literatura Brasileira da UfrgsO triunfo da indústria cultural - Antonio Hohlfeldt, escritor, crítico teatral e professor de Comunicação da PUCRS

Mês da Criança do HSL começa no Museu

Outubro será o mês das crianças no Hospital São Lucas da PUCRS. Quatro semanas de programação foram montadas para oportunizar ao público infantil momentos de diversão e alegria. As atividades começam nesta sexta-feira (03) com visita ao Museu de Ciência e Tecnologia da PUCRS. Participarão crianças internadas, acompanhadas dos pais. Para aquelas que não têm condições de sair da unidade hospitalar, haverá sessão de cinema. As atividades incluirão distribuição de brinquedos e livros nos dias 10 e 17. O material é fruto de doações feitas pelos “padrinhos e madrinhas” do Serviço de Pediatria da instituição. O grupo é formado por pessoas da comunidade e funcionários do HSL e da PUCRS e da Pastoral da universidade.
Outra atração especial acontecerá no dia 13, com a abertura oficial do Recrearte, que irá apresentar os trabalhos desenvolvidos pelas crianças internadas. O material ficará exposto no saguão do segundo andar do HSL. No mesmo dia haverá a abertura de gincana, que durante a semana irá reunir pais e crianças. Cada quarto da unidade de internação terá uma equipe. A entrega das medalhas acontece no dia 17 em evento que contará com narração encenada com as bolsistas do projeto Literatura Infantil e Medicina Pediátrica: Uma Aproximação de Integração Humana, da Faculdade de Letras da PUCRS. A programação se encerra no dia 24, com sessão de cinema e participação de integrantes do Corpo de Bombeiros, que irão interagir com as crianças internadas e que recebem atendimento nos ambulatórios.

quinta-feira, outubro 02, 2008


* Até 31 de outubro a Faculdade de Direito da PUCRS (Fadir) recebe inscrições para o Mestrado em Direito. O procedimento pode ser feito por meio do site www.pucrs.br/direito/pos. São oferecidas 25 vagas para as áreas de concentração em Fundamentos Constitucionais do Direito Público e do Direito Privado e Teoria Geral da Jurisdição e Processo. Informações adicionais pelo telefone (51) 3320-3537 ou na secretaria do Programa de Pós-Graduação em Direito, sala 1030 do prédio 11, no Campus Central da Universidade (avenida Ipiranga, 6681 - Porto Alegre).
* O projeto "O que é?", organizado pela Faculdade de Letras da PUCRS (Fale), aborda na próxima terça-feira, 7 de outubro, "Polifonia e Dialogismo". A atividade será ministrada pela doutoranda Maria do Socorro Monteiro. O encontro utiliza, por meio de aulas expositivas e dinâmicas, exemplos práticos para esclarecer dúvidas relacionadas à Lingüística e Literatura. Todos os temas foram levantados por professores da Fale, a partir de dificuldades expostas pelos alunos em sala de aula. Os encontros são realizados das 18h às 19h na sala 305 do prédio 8, no Campus Central da Universidade (avenida Ipiranga, 6681 - Porto Alegre). As inscrições são gratuitas, mediante doação de um livro infanto-juvenil, e serão feitas nos horários e datas dos encontros. Outras informações e a programação completa podem ser obtidas pelo telefone (51) 3320-3676, ramal 8277.
* O Hospital São Lucas da PUCRS (HSL) está com inscrições abertas para a segunda edição do "Encontro de Atualização em Segurança Alimentar e Gastronomia". O evento ocorre em novembro e contará com palestras, elaboração de cardápios e mesas redondas que debaterão, entre outros temas, "Elaboração de Cardápios Dietoterápicos em Hospitais"; "Restaurantes Comerciais: A Experiência do Profissional Nutricionista" e "A Visão do Sindicato X Vigilância Sanitária Sobre a Nova Estrutura dos Treinamentos de Boas Práticas". As atividades são voltadas a nutricionistas, técnicos e estudantes de nutrição. As inscrições têm vagas limitadas, com desconto para técnicos e estudantes de nutrição. Informações adicionais na Supervisão de Nutrição do HSL (avenida Ipiranga, 6690 - Porto Alegre), pelo telefone (51) 3320-3032 ou e-mail hsl.snd@pucrs.br.

* O projeto Raros da Sala P. F. Gastal (Usina do Gasômetro – 3º andar) exibe nesta sexta-feira, 3, às 21h, o filme A Maldição do Sangue de Pantera (The Curse of the Cat People), filme que marcou a estréia na direção de Robert Wise (1914-2005, na foto com a atriz Natalie Wood), renomado montador de Cidadão Kane e Soberba, de Orson Welles. A entrada é franca.
Wise fez uma carreira longa em Hollywood, transitando pelos mais diferentes gêneros, da ficção científica (O Dia em que a Terra Parou, O Enigma de Andrômeda) ao musical (West Side Story, A Noviça Rebelde), passando pelo terror (Desafio do Além, As Duas Vidas de Audrey Rose) e o western (Sangue na Lua, Honra a um Homem Mau), sem esquecer dos clássicos dramas ambientados no universo do boxe (Punhos de Campeão, Marcado pela Sarjeta).
Continuação de Sangue de Pantera (Cat People), o filme retoma os personagens da obra-prima de Jacques Tourneur realizada dois anos antes, em 1942. Depois de sua morte, Irena, a mulher pantera (Simone Simon) do filme anterior, volta a assombrar a pequena Amy (Ann Carter), filha do casal Oliver e Alice Reed. Ao mesmo tempo, Amy aproxima-se da misteriosa atriz Julia Farren (Julia Dean), mulher reclusa e de comportamento estranho. A exemplo de Sangue de Pantera, esta seqüência faz parte da célebre série de filmes de horror realizada pelo produtor Val Lewton nos anos 40. Títulos cujo orçamento baixo era compensado pela criatividade do produtor e dos diretores, capazes de criar atmosferas perturbadoras apenas com recursos de iluminação.
A Maldição do Sangue de Pantera (The Curse of the Cat People). Estados Unidos, 1944. Direção de Robert Wise. Com Simone Simon, Ann Carter, Kent Smith, Julia Dean e Jane Randolph. Preto e branco. Duração: 70 minutos. Exibição em DVD. Legendas em espanhol.
Espaço administrado pela Secretaria Municipal da Cultura, a Sala P. F. Gastal fica no 3º andar da Usina do Gasômetro (Avenida Pres. João Goulart, 551).
spetáculo de dança-teatro volta a cartaz
* O espetáculo de dança-teatro lírico BEATRIZ - a BELeza e a TRIsteZa sobe ao palco nos dias 3, 4, 5, 11 e 12 de outubro (sexta-feira, sábados e domingos), sempre às 20h, na sala 209 do Centro Cultural Usina do Gasômetro. Nesta sexta, 3, o ingresso pode ser trocado por um quilo de alimento não-perecível ou um produto de limpeza, doado para a Casa do Artista Riograndense. A bilheteria abre às 19h. Para as outras apresentações, o ingresso é R$ 20 (desconto de 50% para estudantes, idosos, classe artística e assinantes do Correio do Povo).
BEATRIZ conta a história de uma pessoa que lida com o passar do tempo com seus sentimentos, questionamentos, memórias e desejos. A trilha sonora é executada ao vivo. A concepção do espetáculo foi inspirada nas poesias Domingo, de Gerusa Figueira, Cabelos Molhados, de Diego Petrarca, no conto A beleza e a Tristeza, de Jéferson Tenório (todos publicados no livro com os vencedores do 7º Habitasul Revelação Literária na Feira) e na música Beatriz, de Edu Lobo e Chico Buarque. O roteiro foi elaborado com uma pesquisa corporal e vocal partindo das ferramentas e particularidades da atriz e bailarina, Fernanda Carvalho Leite, que dirige o espetáculo. Acompanham-na em cena o bailarino Eduardo Severino e o percussionista Guenther Andreas, que interage usando o instrumento musical criado por ele e batizado de cravina.
O quê: BEATRIZ - a BELeza e a TRIsteZaQuando: 3, 4, 5, 11 e 12 de outubro (sexta-feira, sábados e domingos), às 20hOnde: sala 209 do Centro Cultural Usina do Gasômetro (Av. João Goulart, 551)Ingresso: dia 3 (sexta) - 1kg de alimento não perecível ou um produto de limpeza; outros dias - R$ 20 (desconto de 50% para estudantes, idosos, classe artística e assinantes do Correio do Povo).Informações com Fernanda Carvalho Leite (51) 9677 8040 -mailto:-fer.carvalholeite@terra.com.br
* O Festival Escolar de Cinema Brasileiro surge de uma parceria entre as Secretarias Municipais da Educação e da Cultura, com o objetivo de promover o acesso e ampliar o repertório audiovisual dos estudantes da rede municipal de Ensino.
Até o dia 31 de outubro uma variada programação de filmes nacionais será exibida na Sala P. F. Gastal, no 3º andar da Usina do Gasômetro. Fazem parte da programação seis curtas-metragens e quatro longas de animação e ficção. Os alunos terão duas oportunidades diárias para assistir aos filmes: uma às 10h e outra às 15h. As sessões ocorrem de terça a domingo e tem entrada franca.
O Festival pretende promover a interação das crianças com os filmes assistidos através de atividades desenvolvidas no blog do evento (http://festivalescolardecinema.blogspot.com). São enquetes e espaços para discussão que permitem aos alunos dialogarem com as produções e a realidade a qual estão inseridos.
Programação
Até sexta-feira, 3

A Noite do Vampiro (de Alê Camargo, 7 minutos - animação). - Um Vampiro tenta dormir em sua morada, mas um terrível predador se aproxima.Roubada (de Maurício Vidal, Renan de Moraes e Sérgio Yamasaki, 4 minutos - animação). Uma divertida e frenética perseguição de uma velhinha de cadeiras de rodas e um mal-encarado ladrão de bolsas.Historietas Assombradas para Crianças Malcriadas (de Victor-Hugo Borges, 16 minutos - animação). Três histórias que sua avó não contou, senão você ia fazer xixi na cama.A Origem dos Bebês Segundo Kiki Cavalcanti (de Anna Muylaert, 17 minutos - ficção). Comédia de costumes sobre as confusões que as crianças fazem a respeito da vida sexual dos adultos.A Moça que Dançou Depois de Morta (de Ítalo Cajueiro, 11 minutos - animação). Baseado numa história de cordel de J. Borges, renomado artista popular, e produzido inteiramente com xilogravuras originais do próprio autor, esse curta-metragem, em animação, conta a história de um rapaz que se apaixona por uma misteriosa moça num baile de carnaval do interior, sem saber que esse encontro iria mudar sua vida para sempre.Clandestina Felicidade (de Marcelo Gomes e Beto Normal, 15 minutos - ficção). A infância da escritora Clarice Lispector: seu amor pelos animais e sua paixão pelos livros. O filme reúne alguns contos/crônicas de sua infância na cidade de Recife (nordeste do Brasil) na década de 1920. Olhar curioso, perplexo, e descoberta do mundo na menina Clarice.
* Com o objetivo de complementar sua exposição de longa duração Transformações Urbanas - Porto Alegre de Montaury a Loureiro, o Museu Joaquim Felizardo realiza um ciclo de palestras com temas relacionados à capital no período entre 1897 e 1943. Os encontros acontecem mensalmente no local às quintas-feiras, às 19h, sempre com 40 vagas. A palestra de ontem versou sobre a Música em Porto Alegre com o palestrante, crítico e jornalista, Juarez Fonseca. Em 6 de novembro, o mês da Feira do Livro, o tema será a Literatura em Porto Alegre. Não há necessidade de realizar inscrições prévias para os próximos dois encontros, que terão entrada franca.
Encontros - periodicidade: mensal. Dia e hora: 19 horas (uma quinta-feira por mês).Local: sala multi-função do Museu Joaquim Felizardo (Rua João Alfredo, 582 - Telefone: 3289-8097).Público: em geral - 40 vagas.

Para elas, viver entre as cobras é algo normal

Maria e Moema: biólogas que consideram cobras e serpentes como suas amigas. Abaixo, Bárbara, a estagiária, acaricia um desses ofídios como se fosse um bichinho de estimação.





Fundação Zoobotânica, avenida Salvador França. Chegando ao prédio administrativo, o mesmo do Museu de Ciências Naturais do Jardim Botânico, desce-se por várias escadarias, até a parte mais baixa, quase no subsolo.
Lá, em um ambiente mal-cheiroso e úmido, estão Maria Lúcia Machado Alves e Moema Leitão de Araújo, as mais antigas biólogas das instituição, com 38 e 39 anos de casa, respectivamente.
Ao lado de três estagiárias e um bolsista, as duas - Maria formada na URGS e Moema na PUC - trabalham em um local nada comum e até mesmo repelente ou assustador para muitos: o Núcleo Regional de Ofiologia de Porto Alegre, o maior do Estado, e que já chegou - tempos atrás - a enviar veneno de cobras para, entre outros, o Instituto Butantã e o Vital Brasil, onde é fabricado o soro antiofídico.
TEMPOS MELHORES - O Núcleo existe oficialmente desde 1987, mas na verdade remonta aos anos cinquenta, no início do Jardim Botânico, no tempo do renomado pesquisador e biólogo Thales de Lema, um "herpentólogo" - especialista em serpentes, ou cobras, como são chamadas mais comumente.
O Núcleo de Ofiologia é, hoje, constituido de meia dúzia de salas e tem apenas, como funcionárias efetivas, Maria e Moema. Porém já viveu tempos melhores, especialmente até os anos 80, quando faltou soro anti-ofídico no Brasil, criando-se um problema nacional. "Imagine, faltar o soro no País que inventou esse tipo de soro, descoberto por Vital Brasil!", lembra Maria. "O Brasil obrigou-se a importar o soro da Colômbia, que tinha qualidade inferior".
Pressionadas, as autoridades decidiram investir no setor e destinaram verbas aos grandes institutos - com isso o Butantã, entre outros, recuperou-se e modernizou-se, passando a ser auto-suficiente na obtenção dos venenos de cobras, que antes eram enviados por instituições como o Núcleo da Fundação Zoobotânica. Com isso, o Núcleo - que integra o Museu de Ciências Naturais da Fundação - perdeu muito da sua importância e utilidade.
"O Núcleo já teve seis biólogos, quatro especializados em répteis e dois em amfíbios, e o nosso objetivo principal, que era extrair veneno, deixou de existir. Mudamos os objetivos então", conta Maria Lúcia. Hoje as duas se dedicam mais a auxiliar e assessor pesquisadores e a dar palestras em escolas sobre os ofídios. Trabalham 20 horas por semana em trabalhos científicos - e, também, administram "uma pequena fortuna": como ainda há muito veneno armazenado em freezeres, e como o veneno, segundo Maria Lúcia, "vale mais do que ouro", o Núcleo é quase como uma caixa-forte de um pequeno banco.
"Para você ter uma idéia, uma grama de veneno é mais cara do que uma grama de ouro. E, no caso da cobra coral, a mais valorizada, se fala em miligramas e não em gramas. Temos aqui uma bela quantia".
MERCADO CLANDESTINO - O veneno extraído das cobras fica cristalizado e permanece assim, sem perder as qualidades, por muitos anos. Poderia-se perguntar: se o veneno de cobra vale mais do que ouro, e se há tanto aqui, porque ele não é vendido para laboratório ou mesmo para outros países, carentes nessa área? Tanto Maria Lúcia como Moema arriscam uma opinião - ou constatação: "Acredito que seja o poder do mercado clandestino, que é muito poderoso. Mas daria para se vender sim, se houvesse interesse", opina Moema.
O Núcleo de Ofiologia conta hoje com 438 cobras venenosas e cerca de 30 não venenosas. São espécies as mais variadas - jararaca, cruzeira, jararaca pintada, coral, cascavel, jibóia, etc. Algumas delas já estão aqui há 14 anos, sem contar filhotes - nascidos no local - com 11 anos. Tais serpentes, em sua maioria, são obtidas de apreensões de autoridades (inclusive da Patrulha Ambiental da Brigada Militar) ou doadas pela Fundação Estadual de Pesquisa e Produção em Saúde, FEPPS, da rua Domingos Crescêncio (e não da avenida Ipiranga). Ou então trazidas por pessoas as mais variadas - agricultores, fazendeiros, pequenos proprietários rurais, sitiantes. "Temos também uma pequena criação", informa Moema.
Algumas delas, inclusive venenosas, são expostas ao público visitante, na parte alta do prédio do Museu de Ciências Naturais.
CHEIRO DE RATO - O Núcleo de Ofiologia sofre com a fiscalização do IBAMA, que tem regras rígidas a respeito dos animais - talvez rígidas demais. Por exemplo, um dono de sítio que queira fazer a doação de algumas cobras vivas às biólogas precisa de autorização especial para transportá-la, e pode ser preso se não a tiver. "Como são pessoas simples, e o procedimento é complicado, eles geralmente desistem", informa Mária Lúcia.
Visitar o local onde estão alojadas tais ofídios é um programa interessante - mal também nada agradável para as narinas. Como os animais se alimentam de ratos - pequenos e brancos, desenvolvidos em laboratório - e há uma criação destes no local, o cheiro é bem peculiar. As cobras ficam confinadas em seus "apartamentos", com ventilação e água. Recebem alimento diariamente e são vistoradas com frequência. Há casais juntos e um "berçário" para as cobrinhas que nascem. Há cobras novas e outras velhas - que, de tão velhas, mal conseguem comer os ratos e precisam de ajuda. Há pequenas, como a cobra coral, e outras imensas, como a jibóia.
Mas tanto as biólogas como as estagiárias já se acostumaram com todas. Elas não só adoram os bichos - "vejam como esta é linda, veja as cores!", diz Maria Lúcia ao repórter, segurando uma imensa serpente venenosa, que acaricia como a um cãozinho de estimação. O mesmo faz a estagiária Bárbara Borges, de 20 anos, estudante do quarto semestre de Biologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Bárbara já tem alguma experiência - fez estágio em um setor semelhante da PUC, já desativado, e diz: "Sempre gostei de cobras".
A estagiária nunca sofreu acidentes com os ofídios - pelo menos por enquanto. Mas as duas biólogas já foram picadas e, garantem, a dor não é tão forte assim. "mas depende da picada, das condições, da cobra, de muitas coisas", lembra Moema, que acabou no Hospital de Pronto-Socorro por conta de um desses "carinhos" de seus bichinhos.

Os aniversariantes do dia 2 de Outubro

Hoje nasceram a atriz Cleo Pires, o cantor Sting, o ator Groucho Marx (falec.) e o líder pacifista Mahatma Gandi (falec.).









quarta-feira, outubro 01, 2008


* Cento e dezessete crianças e adolescentes atendidos na Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) participaram ontem, 30, das festividades alusivas ao aniversário de um ano do Interagir, projeto do Sport Club Internacional que atende crianças, adolescentes, jovens e adultos em vulnerabilidade social e econômica. As ações comemorativas ocorreram no Centro de Eventos do clube, junto ao estádio Beira-Rio.O presidente do Internacional, Vitorio Piffero, destacou a participação dos voluntários no projeto. "Somente com a união e a parceria é possível atingir o sucesso nas iniciativas que atendem a um compromisso firmado com a Prefeitura de Porto Alegre”. De acordo com Piffero, o Interagir é um símbolo de interação produtiva para a sociedade. “Basta divulgarmos em nosso site a necessidade de novos voluntários que temos uma pronta resposta”, ressalta.
Oficina do Boxe- No decorrer da festa, as crianças acompanharam uma demonstração da Oficina de Boxe do Interagir. Os adolescentes atendidos pela Fasc, Keni Martins e Charles Quintana, ambos com 14 anos, sagraram-se campeões no Circuito Estadual de Lutas em Sertão Santana (RS), em agosto.O projeto começou há um ano, com oficinas de informática. Foi ampliado e hoje oferece cursos de futebol e aulas de boxe, entre outras atividades multidisciplinares. Atualmente, 400 jovens participam do Interagir em diversas modalidades. O projeto também beneficia alunos de escolas municipais. As crianças atendidas em programas sociais da prefeitura freqüentam o projeto no turno inverso ao da escola.

* Sábado tem Feira do Gibi no Mercado Público. No sábado, 4, será realizada mais uma edição da Feira do Gibi, das 9h às 18h, nos altos do Mercado Público. O evento terá continuidade até o dia 11. Nove bancas vão colocar à venda mais de quatro mil revistas em quadrinhos, entre clássicos e novidades, com preços que variam de R$ 1 a R$ 50. A Feira do Gibi é realizada no primeiro sábado de cada mês. Duas vezes por ano, o evento tem edição especial, com sete dias de duração. A promoção é da Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio (Smic).


* Estão abertas as inscrições para o curso Desenhar, pintar, fotografar: exercícios básicos para o explorador iniciante, desenvolvido pelo Atelier Livre da Secretaria Municipal da Cultura para estimular o despertar da percepção e a experimentação das linguagens gráfica, pictórica e fotográfica. As aulas serão ministradas de 13 de outubro a 15 de dezembro, nas segundas-feiras, das 14h às 17h, pela professora Ana Flávia Baldisserotto. O valor da inscrição é de R$ 60,00. Mais informações no Centro Municipal de Cultura (Avenida Érico Veríssimo, 307) ou pelo telefone (51) 3289-8057/58.


* Está disponível no site do Projeto Pescar o edital para a seleção da 5ª turma do curso gratuito de Montagem e Manutenção de Microcomputadores da Unidade Procempa, que será realizado de fevereiro a dezembro de 2009. Para se inscrever, o candidato deve ter em mãos carteira de identidade, CPF, comprovantes de freqüência escolar e de residência.
O candidato deve ainda preencher os seguintes requisitos: pertencer a família de baixa renda; estar cursando entre a 8ª série e o 3º ano do Ensino Médio; não ter freqüentado curso profissionalizante; não estar trabalhando; ter disponibilidade para participar do curso das 13h45 às 18h, de segunda a sexta-feira; ter no mínimo 16 e no máximo 19 anos completos no dia 9 de fevereiro de 2009; e residir em Porto Alegre. Além do curso, os jovens da Unidade recebem benefícios como vale-transporte, material didático, alimentação no local, uniforme e encaminhamento para o mercado de trabalho.
Inscrições - As inscrições serão realizadas nos dias 13 e 17 de outubro, das 8h30 às 11h30, e nos dias 14, 15 e 16 de outubro, das 14h às 17h30, na Rua João Neves da Fontoura, s/nº (Procempa). Para mais informações, acesse o edital das inscrições no endereço http://www2.portoalegre.rs.gov.br/pescar ou entre em contato pelos telefones 3289-6044 e 3289-6070

Brigada abre inscrições para o Colégio Tiradentes

São 90 vagas disponíveis.
Estão abertas as inscrições para o processo seletivo de admissão ao Colégio Tiradentes da Brigada Militar. Este ano estão disponíveis 60 vagas destinadas à comunidade em geral e 30 vagas destinadas aos filhos ou pessoas sob guarda ou tutela judicialmente constituída, de policial militar da Brigada Militar.
As inscrições poderão ser feitas através das seguintes formas:
- no Colégio, conforme calendário; - via Correios, por carta endereçada ao colégio, conforme descrição abaixo, devendo constar, além dos documentos do item 2.3, o comprovante original de recolhimento da Taxa de Material, no valor de R$ 55,00 (cinqüenta e cinco reais) na conta bancária do Circulo de Pais e Mestres – Banco 041 (Banrisul) – Agência 0065 - Conta 06.857664.0-0. O endereço para remessa de documentação de inscrição: Colégio Tiradentes da Brigada Militar – Processo Seletivo - Inscrição; av. Aparício Borges, 2001, Bairro Partenon.