sábado, junho 14, 2008

Festa Junina no Ararigbóia

Neste sábado de tarde aconteceu a tradicional Festa Junina no Parque Ararigbóia, evento promovido pela Associação Comunitária do Parque Ararigbóia, em colaboração com a Secretaria Municipal de Esportes, Recreação e Lazer. Centenas de pessoas passaram pelo local, que teve música e modinhas típicas, além de danças, pescarias, pinhão, pipocas e brincadeiras para as crianças.
O tempo, que iniciou nublado e frio, abriu à tarde, com um sol gostoso e uma temperatura bem mais amena.
Para ver rodar um minuto dessa festa clique na seta, embaixo, à esquerda, ou no centro do vídeo, dependendo do seu micro.

Aos 21 anos, o drama de Ana Paula Arósio e um maluco chamado Charles Manson




No dia 3 de novembro de 1996 a modelo e atriz Ana Paula Arósio, então com 21 anos, viveu um drama: por ciúmes, seu namorado se matou com um tiro na cabeça, a poucos metros dela. Bem antes, em 8 de agosto de 1969, Charles Manson - que agora lançou um CD com músicas suas feitas na prisão, onde cumpre perpétua - matou a atriz Sharon Tate, mulher do diretor Roman Polanski, aquele de "O Bebê de Rosemary". Manson era um maluco de pedra, um fanático religioso. E mais: Albert Einstein, tido como um modelo para quase tudo, tinha lá suas falhas: teve inúmeras amantes, humilhava a mulher e deu uma filha para adoção. O outro, um rapaz, morreu louco em um sanatório na Suiça.


Leia isso tudo nas postagens de "2006" do Conselheiro X.

Coca-Cola, em seu início no Brasil


1943: o Brasil tinha pouco mais de 40 milhões de habitantes e Porto Alegre somava apenas 300 mil. O presidente do Brasil era Getúlio Vargas, a Segunda Guerra Mundial estava no seu auge - e, pela primeira vez, os Aliados impunham sérias derrotas às forças do Eixo.
O Jardim Botânico, coitadinho, ainda era chamado de Vila Russa, em razão das famílias de imigrantes eslavos que se estabeleceram aqui - e tinha muitas casas de madeira, muitas chácaras de agrião e de flores e ruas de terra batida que inundavam nos períodos de chuva.
Apenas um ano antes a Coca-Cola chegara com força ao Brasil, passando a anunciar pesadamente na mídia (não se empregava tal termo então), em especial na revista Seleções de Readers Digest, aquela de propaganda norte-americana, anti-comunista e que, hoje, está longe de ser o que foi nos anos cinquenta, sessenta e setenta, época em que chegava aos mais distantes rincões do País.

A Coca-Cola, até pouco tempo, era a marca mais valiosa do planeta. Hoje está em quarto lugar - o primeiríssimo é do Google, o que mostra uma radical mudança dos tempos.

Na reprodução acima, um anúncio da Coca publicado em uma das revistas Seleções do ano de 1943.
Clique na imagem para vê-la melhor, ampliada.

sexta-feira, junho 13, 2008

Do Baú: eles, em 1972


Há 36 anos atrás, quando o colorido mal tinha surgido na tevê brasileira (e um aparelho a cores custava quase o preço de um bom carro usado) eles eram assim. Nesta foto - extraída da revista Manchete de dezembro de 1972, aparecem - bonitinhos e bem mais novinhos: "a atual Rainha da televisão", Regina Duarte (a "namoradinha do Brasil"), ao lado de José Augusto Branco, Vanderlei Cardoso e Miéle. A matéria se intitulava "Tevê, o Gosto Efêmero da Glória" e, a certas alturas, dizia: "O artista da tevê é como o jogador de futebol: tem a sua fase". Vanderlei Cardoso, por exemplo, viu seu sucesso ir pelo ralo, entrou em depressão, tentou o suicídio - e hoje, convertido, canta músicas evangélicas. Arquivo do Conselheiro X.

Parque Ararigbóia tem 700 alunos e atrai pessoas dos mais diferentes bairros de Porto Alegre

Na foto, a professora Loreti e o professor Luis Eduardo.
Embora não seja, territorialmente, parte do Jardim Botânico (oficialmente, é Petrópolis), o Parque Ararigbóia (homenagem ao um cacique que aliou-se aos portugueses para combater a invasão francesa no Rio de Janeiro) é, junto com a Escola Superior de Educação Física (ESEF), o maior centro de atividades esportivas e comunitárias do nosso bairro.

Aberto à comunidade, com um belo e bem conservado ginásio de esportes (inaugurado em setembro de 1995) e que abriga uma quadra poliesportiva, secretaria e uma sala de musculação, o local é frequentado por mais de 700 alunos, matriculados em diferentes modalidades - alongamento, biodança, dança, ginástica, ginástica olímpica, voleibol, yoga, musculação e bocha. O local também é palco de eventos comunitários - neste sábado acontece ali a tradicional festa junina, a partir das 15 horas.
Administrado pela Secretaria de Esportes da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, em parceria com a Associação Comunitária do Parque Ararigbóia, funciona das 7h50min (início da primeira aula) às 20h30min, de segundas às sextas-feiras. No entanto, o movimento diário vai até às 23 horas, na quadra que pode ser alugada por hora - nos finais de semana é muito disputada.

A coordenadora - ou, como ela prefere, a responsável - é a professora Loreti Rucatti, que está ali há oito anos. "Estamos abertos à comunidade, não só do bairro como de outros. Até gente de Viamão vem ter aulas conosco", informa ela.

O público é o mais variado, com predominância de adultos e de pessoas da terceira idade. "A procura é muito grande, e atualmente temos pouquíssimas vagas", acrescenta.

Isso é explicado também pelo valor irrisório que se paga pela inscrição e freqüência - apenas 20 reais por todo um semestre, com atividades duas vezes por semana. "As categorias infantis não pagam taxa alguma", informa a professora responsável.

Mesmo assim, não custa tentar: as inscrições são feitas todo dia 5 de cada mês (se cair em um final de semana, é transferido para o primeiro dia útil). Já a quadra esportiva, para quem gosta de futebol, vôlei ou basquete, custa 30 reais a hora - o agendamento deve ser feito na secretaria, em horário normal.

SETE PROFESSORES - A estrutura administrativa do Parque Ararigbóia - que todo mundo lembra mais por seu famoso e tradicional campo de futebol varzeano (conta com iluminação noturna) - é simples e enxuta: há um funcionário para serviços gerais, sete professores de educação física e mais quatro estagiários, da mesma área. A área construída do Parque gira em torno de 7 mil metros quadrados e, segundo a diretora - o que é confirmado pelo professor Luis Eduardo, de plantão na secretaria - não há maiores problemas de segurança. "Não tenho notícias de que tenham arrombado carros aqui na volta, ultimamente", afirma Loreti.

No próximo mês de julho - como faz todos os anos - o Ararigbóia entrará em recesso por cerca de 15 dias. Nesse período, porém, a quadra esportiva continuará em funcionamento.

SERVIÇO:
Parque Ararigbóia- rua Felizardo Furtado, esquina com a Saicã, limite entre Petrópólis e Jardim Botânico, próximo ao Condomínio Felizardo Furtado.

Telefone.: 3338-3304

Horário de funcionamento: das 8h às 22h30min - a quadra esportiva vai até mais tarde. De segundas às sextas-feiras. Aos sábados e domingos, somente funciona a quadra esportiva, a bocha e, claro, o tradicional campo varzeano.
TAXA DE INSCRIÇÃO PARA AS ATIVIDADES - R$ 20,00 por semestre
Atividades sistemáticas para 2008:
Alongamento - acima de 60 anos/misto - quartas e sextas - 9 horas
Alongamento - acima de 50 anos/misto - quartas e sextas - 10h15min
Alongamento - acima de 50 anos - quartas e sextas - 10 hs
Biodança - acima de 18 anos/misto - segundas - 14 horas
Dança - acima de 18 anos/misto - terças e quintas - 18 horas
Jogos adaptados - acima de 50 anos/misto - sextas - 15h30min
Ginástica - de 35 a 60 anos/misto - quartas e sextas - 7h45min
Ginástica - de 35 a 60 anos/feminino - terças e quintas - 14h15min
Ginástica - de 18 anos a 55/feminino - segundas e sextas - 19h30min
Voleibol - acima de 50 anos/feminino - terças e quintas - 15h30min
Voleibol - de 35 a 50 anos/feminino - terças e quintas - 17 hs
Yoga - acima de 18 anos/misto - quartas e sextas - 7h45min
Yoga - acima de 18 anos/misto - quartas e sextas - 8h45min
Yoga - acima de 18 anos/misto - quartas e sextas - 14h30min
Yoga - acima de 18 anos/misto - quartas e sextas - 16 hs
Musculação - acima de 40 anos/misto - quartas e sextas - 8h30min - 11h30min
Musculação - acima de 40 anos/misto - segundas e quartas - 14h30min - 17h30min
Musculação - acima de 40 anos/misto - terças e quintas - 8h30min/11h30min
Musculação - acima de 40 anos/misto - terças e quintas - 14h30min/17h30min
Musculação - acima de 40 anos/misto - terças e quintas - 17h30min/19h30min
Musculação - acima de 40 anos/misto - segundas e sextas - 17h30min/19h30min
Bocha - Livre - terças e quintas - 8h30min
Bocha - Livre - terças e quintas - 10 horas
Escolinhas Esportivas:
Futebol de salão - Pré-Mirim/masculino (96/97/98) - terças e quintas - 8h30min
Futebol de salão - Pré-Mirim/masculino (96/97/98) - terças e quintas - 14 horas
Ginástica Olímpica - Mirim/misto (96 a 2001) - terças e quintas - 8h30min
Voleibol- Mirim/misto (95/96/97) - segundas e quartas - 13h45min
Voleibol - Infantil/misto (93/94) - segundas e quartas - 15h30min
Voleibol - Infanto/masculino (90/91/92) - segundas e quartas - 17 horas

Em 1961, a propaganda era assim


Publicidade do aspirador de pó da Walita, extraída da revista O Cruzeiro, de maio de 1961. Como se pode ver - especialmente pelos trajes - os tempos mudaram, e muito. Em tempo: o presidente do Brasil era Jânio Quadros e o dos EUA, John Kennedy. Yuri Gagarin recém tinha subido ao "cosmos". E o Internacional se sagraria campeão gaúcho daquele ano. Arquivo do Conselheiro X. Clique na imagem para vê-la ampliada.

quinta-feira, junho 12, 2008

As estatísticas do Jardim Botânico

Na foto, a avenida Ipiranga, em momento especial

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, o Jardim Botânico contava (Censo do ano 2000), 11.494 habitantes, o que representava 0,84% da população do município. Destes, a maioria eram mulheres: 5.163 contra 6.331 homens, dos quais, no geral, 1,61% eram analfabetos.
Considerando a pequena área do bairro (2,03 kms quadrados, ou 0,43% da área de Porto Alegre), a densidade demográfica chegava a 5.662,07 habitantes por quilômetro quadrado. O JB integra a Região 16 do Orçamento Participativo.
Seis anos atrás tínhamos aqui 4.171 domicílios, com um rendimento médio dos responsáveis de 12,32 salários mínimos mensais – menor do que Petrópolis e superior ao do Partenon.
CIDADE RADIOCÊNTRICA – O Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental, datado de 1999, divide o território de Porto Alegre em nove macrozonas. O Jardim Botânico faz parte da Macrozona 1, a chamada “Cidade Radiocêntrica”, englobando o território compreendido pelo centro histórico até a Terceira Perimetral.
Esta é considerada a zona mais bem estruturada do município, uma região mista, residencial, comercial, de prestação de serviços e até de pequenas indústrias, com proteção ao patrimônio cultural. Ou seja, pode-se fazer muitas coisas por aqui, mas sempre dentro de regras que não alterem o perfil do bairro, a chamada “miscigenação”, ou “mistura de atividades”.
A Cidade Radiocêntrica inicia junto ao Laçador e segue pelas avenidas D. Pedro II, Carlos Gomes, Senador Tarso Dutra, avenida Salvador França, Aparício Borges, seguindo por Teresópolis, avenida Campos Velho (faixa preta) e Icaraí.
Oficialmente, a Prefeitura Municipal estimula, nesta área, uma grande variedade de usos dos terrenos e atividades, como hospitais, shopping centers, universidades, parques, centros culturais, sempre com o objetivo de que a população local tenha como atender as suas necessidades sem fazer grandes deslocamentos. É o que a Secretaria de Planejamento chama de “Corredores de centralidade”. Já a região entre a Protásio Alves e o Porto Seco, por exemplo, é chamada de “Corredor da Produção”. Lá são estimuladas as atividades produtivas juntamente com as residenciais.
UMA DAS QUE MAIS CRESCEM – O Plano Diretor, que deverá ser modificado e adaptado em não muito tempo, permite que se construa, em certas partes do Botânico, edifícios com até 18 andares (altura de 52 metros máximos). É o caso das margens da Salvador França e de alguns trecho de esquina da Ipiranga. Porém, para se fazer uma construção desse porte é preciso dispor de um espaço amplo – ou quatro lotes de 11 metros.
Conforme o arquiteto Hermes Puricelli, da Secretaria do Planejamento Urbano, o Jardim Botânico “é uma das zonas que mais está crescendo na cidade, embora ainda não tenha explodido. É uma zona em crescente valorização e daqui a algum tempo vai ser difícil, por exemplo, sobreviveram as velhas casas de madeira que sempre existiram no Botânico. O setor imobiliário está de olho nesta região da cidade”.

São João no Araribóia

Não esqueçam de participar e levar seus filhos: neste sábado, a partir das 15 horas, tem festa junina de São João no Parque Ararigbóia, na rua Felizardo Furtado.

Chegamos aos Mil acessos!

Hoje, 12 de junho, Dia dos Namorados, chegamos à marca de 1.000 acessos - mais exatamente, 1002, até esta manhã. Muito obrigado pela preferência - e continuem nos acessando e, se possível, nos incluindo em seus Favoritos. Teremos novidades a cada dia, mesclando notícias e pessoas do bairro com curiosidades de interesse geral.

Quando surgiu o celular...


Para vocês, que têm vinte e poucos anos, essa época parece inimaginável - alto pré-histórico, talvez. Mas, dezessete anos atrás, telefone celular era uma grande novidade, e poucos tinham acesso a ele. Hoje são mais de 100 milhões de aparelhos - e até carroceiros o usam com a maior naturalidade. Garimpando os arquivos, o Conselheiro X. descobriu um exemplar da revista Veja de 8 de maio de 1991. O título era "O Mundo no Bolso", e noticiava a grande novidade que, pasmem, já tinha 3 mil usuários no Rio de Janeiro! - a telefonia celular, ou os "telefones portáteis". O sistema era caro e complicado, como se pode imaginar.
Vamos transcrever algumas partes dessa matéria "jurássica":

"A platéia não entendeu nada. Durante uma sessão do filme Três Solteirões e uma Pequena Dama, em cartaz no Cine Rio Sul, no shopping da Gávea, no Rio de Janeiro, o toque abafado de um telefone ecoou numa das poltronas do cinema. Um dos espectadores, uma loira elegante, tirou um telefone da bolsa, atendeu a chamada e teve uma conversa rápida com um interlocutor. Era a socialite Aparecida Marinho, 38 anos, ex-mulher de Roberto Irineu Marinho, um dos herdeiros do império da Rede Globo. Aparecida levou ao cinema um telefone celular - um aparelho portátil que se comunica através de ondas de rádio - para conversar com sua filha, Maria Antonia, 13 anos, que não pode ir à matinê com a mãe. "Esse telefone é um estouro. Nunca perco o contato com os meus filhos, e, quando fico presa no trânsito, ganho tempo fazendo ligações", diz Aparecida.
"Os telefones celulares desembarcaram no Rio de Janeiro no final do ano passado e caíram no gosto de 3 000 assinantes na cidade - entre os quais empresários, políticos e colunáveis, que agora fazem ligações de dentro de carros, barcos, aviões, restaurantes ou à beira-mar. Facilitam bastante a vida de seus usuários - mas também fazem sucesso como símbolo de status da estação. (...)
"A vantagem mais óbvia dos telefones móveis - que chegaram aos Estados Unidos há sete anos e contam hoje com 5,3 milhões de assinantes - e que eles acabam com um castigo a que o usuário era submetido, o de ficar preso à mesa de trabalho ou em casa, para dar ou receber um telefonema. Agora, basta levar o telefone celular no bolso. "Ganhei liberdade", explica o executivo Richard Klien, vice-presidente da empresa de navegação Transroll, que comprou um telefone celular. Na semana passada, ele precisou fazer uma viagem a Brasília - e fechou um negócio milionário em pleno ar.

(...) "A grande desvantagem do sistema de telefonia celular no Rio de Janeiro são os preços salgados. Os assinantes têm que pagar uma série de taxas para entrar no sistema. De depósito para a Telerj, é preciso pagar 1167 131 cruzeiros. Depois de dois anos essa caução pode ser devolvida se o usuário desistir da linha. Para comprar um modelo de telefone celular, os preços variam de 250 000 cruzeiros a 600 000 cruzeiros por aparelho. O minuto de uma ligação comum custa menos de 6 cruzeiros. Apesar dos preços salgados, mais de vinte pessoas se tornam usuárias do sistema a cada dia."
(...)"O telefone móvel é um símbolo de modernidade que vem dar um grande charme ao Rio, diz o presidente da Telerj, Eduardo Cunha."

quarta-feira, junho 11, 2008

Sujo, porém belo


Flagrante, na esquina das ruas Valparaíso com a Chile: dois cães, de tamanhos e cores bem diferentes, aproveitam o gostoso sol que fez esta manhã.
E na outra, a beleza do riacho que hoje é um esgoto a céu aberto: o arroio Dilúvio, em cena colhida no pontilhão à altura da rua Veríssimo Rosa.

terça-feira, junho 10, 2008

No chão é melhor...


Depois da fortíssima ventania desta madrugada de terça-feira, com ventos que chegaram a 90 km por hora, a manhã, na avenida Ipiranga, era só serenidade. Nesta foto, nas imediações da esquina com a Barão do Amazonas, dois passarinhos preferiram caminhar em vez de voar. Ao fundo, o arroio Dilúvio que, mesmo com a chuvarada dos últimos dias, não chegou a encher inteiramente.

Condomínio do IPE surgiu em 1971

São três andares, 218 apartamentos (máximo de 16 por andar) de dois, três e quatro dormitórios e seis lojas que estão fechadas. Localizado entre a avenida Ipiranga, a rua Alcebíades Caetano da Silva e a Chile, o Conjunto Residencial Emanuel Domingues foi inaugurado em 1971. Destinado inicialmente a funcionários públicos, era um projeto do Instituto de Pensionistas do Estado, IPE, que financiava os imóveis pelo esticado prazo de 15 ou 20 anos. Aos poucos, como é natural, passou a ser habitado por um público variado, mas sempre de classe média e, em sua maioria, idosos – no caso dos proprietários. “Já os que alugam são geralmente jovens”, informa Clari Tende, ex-síndica geral e moradora do condomínio há 19 anos.
Anterior ao Felizardo Furtado e ao da Corsan, o Emanuel Domingues não conta com elevadores e nem um sistema permanente de vigilância – que acontece somente à noite, aos finais de semana e nos feriados. Os furtos e roubos, porém, não chegam ainda a ser um problema, apesar da localização junto à avenida, garante a síndica.
A infra-estrutura do Residencial é bastante simples: algumas churrasqueiras e uma pequena pracinha para as crianças. Não existem elevadores. Estacionamento existe, mas não em quantidade suficiente.
Erguido em uma época em que o bairro era ainda uma espécie de vila formada por muitas casas de madeiras, terrenos baldios e antigos e pequenos prédios de alvenaria, o Emanuel Domingues (homenagem a um antigo morador do Jardim Botânico, dizem alguns) foi projetado originalmente para ir até a rua Valparaíso (por onde, em 1971, passava o Riacho Ipiranga), o que não aconteceu devido às invasões do local.

segunda-feira, junho 09, 2008

Anos Vinte


Publicidade, extraída da Revista da Semana, do ano de 1927. A Bayer já estava presente no Brasil, e seu produto mais vendido era "Cafiaspirina".

domingo, junho 08, 2008

Gisele Bünchen aos 14 aninhos...




Há treze, quase quatorze anos, Gisele Bünchen - hoje a top model número 1 do mundo e que tem uma fortuna estimada em mais de 200 milhões de dólares - era uma garotinha sonhadora que saía do Rio Grande do Sul com uma frustração: em um concurso de modelos, ficara em segundo lugar. Em outro, na Espanha, ficou em quarto lugar - e assinou seu primeiro contrato profissional internacional, no valor de 50 mil dólares...


Em matéria que parecia antever o futuro, a revista Veja, em sua edição de 28 de setembro de 1994 - fez uma pequena matéria com a menina, chamada de "estudante gaúcha", em sua coluna Gente.


Observe o que diz a revista, com o título "Na Trilha de Cindy Crawford": "Quando embarcou para a Espanha, no início do mês, a estudante gaúcha Gisele Bundchen (grafia errada!), 14 anos, queria vingança - e conseguiu. Dias antes, teve de se conformar com o segundo lugar na fase nacional do concurso de modelos Look of the Year. Na finalíssima em Ibiza, entretanto, a vice-campeã brasileira deu o troco: não só beliscou o quarto lugar do concurso, disputado por 72 modelos de quarenta países, como assinou um contrato com a Elite Internacional no valor de 50 mil dólares. "Ainda não me dei conta de que tudo isso é real", comenta, no melhor estilo miss. Não só é real como já aconteceu antes: há dez anos Cindy Crawford também saltou do mesmo quarto lugar para o estrelato definitivo."

As saudades da professora Nídia

Quadra esportiva da escola


Dona Nídia Ricciardi de Castilhos foi professora e diretora (sete anos) da escola Otávio de Souza, época em que também residia no bairro. Mais de meio século depois, ela lembra do Jardim Botânico (mora hoje na Barão) como uma ilha de tranquilidade e do Otávio de Souza como um colégio de pais interessados e alunos comportados, muitos dos quais a encontram na rua nos dias de hoje: “Eles ainda me cumprimentam e perguntam como estou”, diz.
Natural do Alegrete, na Fronteira, 77 anos de idade, ela começou a dar aulas no antigo Otávio de Souza no distante ano de 1954 – ou seja, 52 anos atrás. Nessa época, recém casada, morava na rua Surupá, “em uma casa de alvenaria, alugada da família Scherer, que tinha muitas casas aqui.” O Otávio só ia até a quinta-série, era ao lado da ESEF e todos, segundo ela, “eram todos do Botânico e todos muito bonzinhos”.
A vida era simples, então, todos se conheciam e aos domingos muitas famílias faziam piqueniques no recém-inaugurado Jardim Botânico. A avenida Salvador França – que ia somente até a rua Felizardo – já era uma avenida movimentada, garante, “muito larga, de terra batida, com muitos ônibus passando”. A Vila dos Bancários já existia, a maioria das residências do bairro eram de madeira e o armazém do Antonio Mocelin, no final da linha do ônibus, era o centro de tudo, uma espécie de supermercado da época.
“Depois veio o seu Alécio, na esquina com a Barão do Amazonas. “Lembro que havia um açougue na esquina da Valparaíso com a Salvador França e um mercado do outro lado, de uns alemães”, recorda. “O prédio que está na esquina da Salvador com a Surupá também já existia, acho que foi o primeiro prédio daqui. Esses dias eu voltei na rua Surupá, não reconheci e perguntei a uma pessoa que rua era aquela. Sabe o que ela respondeu: é a rua em que a senhora morou!... Sei que está diferente, muito bonita”.
Para matar as saudades desse tempo, dona Nídia e as antigas professoras e amigas do colégio Otávio de Souza reúnem-se uma vez por mês. “Tomamos chá e falamos daquela época”, conta ela.