Jardim Botânico, Porto Alegre. Fundado em 2006 por Vitor Minas. Email: vitorminas1@gmail.com
sábado, junho 08, 2019
sexta-feira, junho 07, 2019
quinta-feira, junho 06, 2019
terça-feira, junho 04, 2019
segunda-feira, junho 03, 2019
Heleno de Freitas, a Gilda sempre prestes a explodir como uma
bomba de hidrogênio
Em um país em que a maioria dos jogadores é feia, mestiça, de
origem plebeia e com escassa bagagem cultural, o caso de Heleno de Freitas se
destaca em sentido contrário. O craque do Botafogo, considerado um dos grandes
jogadores da América do Sul naquela primeira metade do século 20, não só era
culto – culto, formou-se em Direito e falava várias línguas – como também era
bonito e charmoso como um galã de novela. Mineiro de nascimento, filho de um
rico plantador de café, Heleno de Freitas faz parte da história do futebol
brasileiro mais por seu modo de vida do que por seu festejado futebol elegante.
Um dos grandes artilheiros do Botafogo e segundo maior ídolo do clube depois de
Garrincha, em 1946 foi apelidado de Gilda por seu temperamento explosivo e
imprevisível e não por sua ambiguidade sexual, que aliás não existia. Gilda é
um clássico do cinema, interpretado por Rita Haywoorth.
Mulherengo, bom de copo e de boemia, integrante, no Rio, do
célebre Clube dos Cafajestes, o atacante teve muitas e belas mulheres, entre os
quais, dizem, se incluiria a então primeira dama da Argentina, Evita Perón, isso
na época em que jogou pelo Boca Juniors.
Heleno morreu em novembro de 1959, com apenas 39 anos de
idade, sifilítico e louco, em um hospício de Barbacena, Minas Gerais.
Artilheiro do campeonato sul-americano de 1946, nunca ganhou nada de importante
pelo Botafogo - seu único título carioca é pelo genial Vasco de 1949, base da
seleção brasileira do ano seguinte.
Criticado, atacado, mas também invejado, Heleno de Freitas
sempre foi um prato cheio para os jornalistas e radialistas da época, que
adoravam falar da sua vida pessoal e dos seus variados escândalos. Isso, é
claro, fez com que não fosse convocado para a Copa do Mundo de 1950, no Brasil,
a primeira que perdemos em casa.
Em A Comédia do
Futebol, artigo publicado em 13 de outubro de 1951, um ano depois da Copa,
na Revista do Globo, o jornalista carioca Ubirajara Mendes, com seu texto
ferino, traçou um perfil bem humano do selecionado que fracassara naquele
célebre Maracanaço contra o Uruguai. De Heleno escreveu o seguinte:
“Certa vez o impetuoso
centro-avante Heleno de Freitas, talvez por motivos bem justificados,
irritou-se fortemente em campo, e armou uma rixa. O juiz apita. Suspende-se o
jogo e entabulam-se as clássicas “conversações”. Os jogadores envolvidos no
caso dão esclarecimentos. Os dirigentes de ambos os clubes vão para o gramado e
por fim volta a reinar a paz. O árbitro adverte Heleno e a partida recomeça.
Dias depois outro embate futebolístico é interrompido por uma disputa. E nas
arquibancadas começam os comentários:
- Que foi. Ah, é o
Heleno! É a mania dele. No domingo
passado foi a mesma coisa. Esse rapaz explode por nada...
E assim nasceu a “mania
de Heleno”. Tornou-se ele, para todos os efeitos, o explosivo, o irritadiço,
com um sistema nervoso feito de fios elétricos. Na maioria das vezes é o
público que se encarrega de criar um traço característico que associa sempre à
pessoa de um determinado craque. E o jogador termina por cultivar o “dom” que
os torcedores descobriram nele. É uma maneira de dar relevo à sua
personalidade, fator importantíssimo para quem deseja fazer ou conservar um
cartaz. O caso de Heleno é típico. Com a adesão franca da torcida, ele se
transformou numa bomba de hidrogênio pronta a explodir a qualquer momento.
Depois que apagaram seu nome do futebol carioca, muitos fãs sofreram mais do
que o excelente craque. Alguns dizem até que perdemos o último Campeonato do
Mundo porque abandonamos Heleno. Acrescentam que Obdulio Varela não aguentaria
vinte minutos como marcador do temperamental dianteiro... “ (V.M.)
sábado, junho 01, 2019
Um edifício de classe média, sem lixeiras?
Um sobrinho meu, que recentemente seguiu para o Nordeste, onde realiza um trabalho religioso e assistencial, contraiu dengue - ele e a esposa. Estavam em um bom apartamento, em uma cidade na Grande Recife, quando foram infectados, e eu - como ex-dengoso - bem sei o que é isso. Peguei dengue em Vitória, em meados dos anos noventa, um pouco antes de vir para Porto Alegre, onde o mal se manifestou em sua forma total: senti dores por todo o corpo, principalmente nos ossos e nas juntas e até na cavidade ocular, além de muita sede e sono, e assim fiquei por mais de um mês, tempo excessivamente longo na cronologia da doença. Na época, em todo o Rio Grande do Sul, havia cerca de uma dúzia de casos de dengue registrados, todos provindos de fora - ou seja, não autóctones, não contraídos aqui. Hoje a situação mudou, houve centenas, milhares de casos nos últimos dez anos, quase todos, se sabe, culpa do "mosquito local".
A dengue que peguei deve-se ao meu vizinho, um engenheiro de estradas que morava no apartamento acima, uma cobertura, onde mantinha uma espécie de floresta de plantas, que irrigava a todo momento, deixando água estagnada de sobra - o paraíso para os mosquitos.
No caso do meu sobrinho e da sua mulher o que me chamou a atenção é que, segundo ele contou, também surpresa para mim, em seu edifício - de classe média - não há coleta de lixo regular e sequer uma lixeira central. As pessoas pegam suas sacolas de detritos e as levam a uma calçada próxima, onde são dispostas no meio-fio, até que sejam recolhidas pelo caminhão de lixo - que, aliás, não passa todo dia. Não estou falando mal do Nordeste, longe disso, até porque conheço a realidade das vilas de Porto Alegre, onde acontece até coisa pior, com a ressalva que são vilas populares e pobres e não um condomínio confortável e bem estruturado. Realmente, é até chocante saber que existem coisas assim - edifícios que não têm lixeira e é preciso levar os rejeitos e deixá-los na rua. Dada a situação, ser picado pelo mosquito da dengue é mais do que natural - é previsível e inevitável. Bem Brasil. (Vitor Minas)
quarta-feira, maio 29, 2019
Campanha do Agasalho no Jardim Botânico neste domingo
A comunidade judaica de Porto Alegre promove neste domingo, 2 de junho, a oitava edição do Dia da Solidariedade (Iom Mitzvá). Na ocasião, serão recolhidas doações para a Campanha do Agasalho, com o auxílio de aproximadamente 300 voluntários da comunidade judaica. A iniciativa tem o apoio da Federação Israelita do Rio Grande do Sul.
A concentração terá início às 9h no Colégio Israelita, na avenida Protásio Alves, 943. Das 10h às 14h, caminhões percorrerão oito bairros da cidade para que moradores façam as doações: Auxiliadora/Mon’t Serrat, Bom Fim, Jardim Botânico, Santana, Rio Branco/St. Cecilia, Floresta, Petrópolis e Moinhos de Vento.
Haverá também, durante o dia, um ponto de arrecadação no Colégio Israelita. A entrega oficial das doações para a prefeitura será as 15h. O Iom Mitzvah surgiu em 2012 em Porto Alegre e já arrecadou 190 mil peças de roupas. (Fonte: Blog do jornalista Felipe Vieira)
sexta-feira, maio 17, 2019
sexta-feira, maio 03, 2019
Museu da PUCRS tem programação especial no mês de maioAções ocorrem em comemoração ao Dia das Mães e ao Dia Internacional dos Museus |
No mês de maio, o Museu da PUCRS programou diversas atividades relacionadas com ciência, literatura, interação e diversão para celebrar as duas datas. Nos dias 12 e 18 de maio o espaço oferece meia-entrada para todos os visitantes e que celebra o Dia das Mães e o Dia Internacional dos Museus. |
Na semana das mães, o espaço traz o Minuto da Ciência Mães Geniais, que ocorre de 7 a 9 de maio, às 15h30. A atividade propõe uma reflexão sobre a relação entre mães e filhos no mundo animal. Entre os dias 14 e 19 de maio, durante a 17° Semana Nacional dos Museus, os visitantes poderão assistir a ações educativas e gratuitas, que englobam Arqueologia, Ilustração Científica, Mulheres na Ciência, Literatura, e a atividade Uma Viagem à Evolução, uma proposta de visita guiada que argumenta com ambiente terrestre, biodiversidade e evolução das espécies. |
O Museu oferece ao público meia-entrada nos dias 12 e 18 de maio, com ingresso no valor de R$ 20,00 para todos. O local fica aberto de terça à sexta das 9h às 17h, sábados e domingos das 10h às 18h. |
Outra atividade é a Uma Noite no Museu, conta este ano, com o mistério de um astronauta, que precisa reunir uma equipe de pequenos cientistas em uma noite de aventuras e descobertas. Crianças de nove a 12 anos podem participar por meio de inscrição pelo site pucrs.br/mct/noite-museu. |
O Museu da PUCRS fica no prédio 40 da Universidade (Avenida Ipiranga, 6681 – Porto Alegre). Mais informações pelo telefone (51) 3320. 3521. |
Programação completa: |
Biodiversidade de rãs venenosas na Amazônia 7 de maio, terça-feira às 11h 10 de maio, sexta-feira, às 15h É o momento para conferir o diverso mundo das rãs venenosas e suas adaptações nos diferentes ambientes em que habitam, nesta atividade interativa. |
Mães Geniais 444 7 e 9 de maio – Terça e sábado, às 15h30 A atividade aborda o cuidado com os filhos e filhas, que não é exclusivo da espécie humana. Para garantir a sobrevivência e o sucesso reprodutivo de suas espécies, diversos animais cuidam de seus filhotes, desde antes do nascimento até a idade adulta. |
Desenvolvimento Embrionário 8, 10 e 12 de maio – Quarta, sexta e domingo às 15h30 Permite conhecer as etapas da gestação humana observando réplicas do bebê dentro do útero materno, nessa atividade interativa na exposição do Museu |
Sábado Genial – Construindo um motor elétrico 11 de maio – Sábado, das 13h30 às 17h Os visitantes que gostam de montar os seus próprios experimentos poderão construir um motor elétrico em uma tarde repleta de experiências em um laboratório do Museu. Atividade é para crianças dos 7 aos 12 anos. As vagas são limitadas. Inscrições e outras informações pelo site pucrs.br/mct/sabado-genial/ |
17ª Semana Nacional dos Museus - Museus como núcleos culturais: O futuro das tradições |
A arqueologia vai ao Museu 14 de maio, terça-feira, às 11h e às 15h30 É um evento para se surpreender com as técnicas de produção das civilizações antigas e se aprofundar em seus hábitos, tradição e cultura traduzidos pela arqueologia. |
Ilustração Científica 15 de maio, quarta-feira, às 15h30 A atividade é para descobrir os aracnídeos expostos no Museu, utilizando instrumentos de observação e sentir nos olhos a dificuldade e complexidade do trabalho desenvolvido na catalogação de novas espécies. |
Mulheres na Ciência 16 de maio, quinta-feira, às 15h30 Os visitantes poderão conhecer a importância histórica de cientistas que revolucionaram o mundo com sua pesquisa e desafiaram as barreiras sociais, quebrando paradigmas. |
Ciência na Literatura 17 de maio, quinta-feira, às 15h30 É uma ação a qual mostra o que a literatura tem em comum com experimentos interativos do Museu. |
Uma viagem à evolução 4, 18 e 19 de maio às 15h30 A ocupação do ambiente terrestre, a biodiversidade do planeta e até mesmo o desenvolvimento da ciência estão ligados a evolução das espécies. Essa atividade é uma visita orientada por mediadores do Museu que desvenda as teorias que irão testar os seus conhecimentos. |
Uma Noite no Museu 17 a 18 de maio, das 21h às 8h da manhã Essa ação foca na busca incessante por uma resposta, o astronauta do Museu vem tentando se comunicar com seres extraterrestres por meio de sinais de rádio. E nos últimos dias, algumas manifestações enigmáticas foram registradas como uma possível resposta. O astronauta do Museu precisa reunir uma equipe de pequenos cientistas para decifrar esse mistério em uma noite de muitas aventuras e descobertas. Atividade para crianças dos 9 aos 12 anos. As vagas são limitadas. Inscrições pelo site pucrs.br/mct/noite-museu. |
Diversidade de Abelhas 24 de maio, às 15h É uma ação a qual aborda o mundo das abelhas, apresentando uma diversidade de tamanhos, cores e formas. É um momento para descobrir a diversidade de abelhas e surpreender-se com as encontradas no Rio Grande do Sul sua importância para a agricultura, nesta atividade interativa. |
Genial Idade – Plásticos e o nosso planeta 28 de maio, das 14h30 às 16h30 A reciclagem dos plásticos e a saúde do nosso planeta são tema da segunda edição do programa voltado para jovens acima de 60 anos ou mais. Em uma tarde no Museu, será possível aprender de maneira lúdica e testar seus conhecimentos. Atividade para jovens acima de 60 anos. Investimento: R$20,00. As vagas são limitadas. Inscrições pelo e-mail relacionamento.mct@pucrs.br. |
segunda-feira, abril 22, 2019
Santa Inês abre a sua Feira do Livro, edição 32
A tradicional Feira do Livro do Santa Inês. |
Amanhã, quando se comemora o Dia Mundial do Livro e dos Direitos do Autor, inicia a 32ª Feira do Livro do Colégio Santa Inês. A programação acontece de 23 a 26 de abril e inclui encontros com escritores, sessões de autógrafos, contação de histórias e oficinas de criação.
“Enquanto houver um livro à disposição de uma criança ou jovem, há uma esperança de adultos mais sensíveis e sábios”, avalia a coordenadora Pedagógica Geral do Colégio, Maria Waleska Cruz, lembrando que a leitura é uma oportunidade de refletirmos sobre a vida e a maneira como enxergamos o mundo.
A Feira do Livro do Colégio é uma das tantas atividades realizadas pelo Santa Inês, com o objetivo de estimular o desenvolvimento das habilidades de leitura e de escrita nos estudantes. Nesta edição, a abertura será na terça-feira (23/04), às 10h, no Auditório Madre Teresa. Na quarta (24/04) e na quinta-feira (25/04) a Feira estará aberta ao público das 9h às 18h30min e, na sexta-feira (26/04), o encerramento será às 13h30min.
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quinta-feira, abril 11, 2019
Band tem reestruturação na equipe e na grade de programação
Programa Não é Mah Ideia, com Maysa Bonissoni, não renova temporada

O Grupo Bandeirantes no Rio Grande do Sul está em fase de reestruturação, anunciada em setembro de 2018, e, neste movimento, apresenta algumas mudanças na equipe e na programação. Uma delas é que o programa Não É Mah Ideia, comandado por Maysa Bonissoni, não renovou com a Band TV para mais uma temporada. De acordo com a emissora, a proposta é verificar um novo formato para voltar à grade, porém, esse retorno é incerto. Maysa, por sua vez, informou ao Coletiva.net que se dedicará exclusivamente ao seu canal de mesmo nome no Youtube.
Ao portal, a apresentadora disse que ela e sua equipe tomaram esta decisão pela demanda dos projetos digitais que estão surgindo, a exemplo do Caminhadas Piccadillly, em parceria com a Casa da Janela, além de outros trabalhos como mestre de cerimônias e influenciadora. Até segunda ordem, a TV está reprisando a atração Band Motores no horário antes ocupado pelo Não É Mah Ideia.
No que se refere à equipe, desde a última semana, a editora Karina Chaves não faz mais parte do time. Ela estava havia dois anos na empresa e, ultimamente, integrava a produção do Band Mulher. Ao portal, Karina informou que foi pega de surpresa com a demissão, porém, entende que esses movimentos fazem parte do processo de uma empresa. Outra mudança foi a saída do diretor Maicon Hinrichsen Baptista, que deixou a emissora para outro desafio profissional. Em seu lugar, assume Antonio Carlos De Marchi, que já atuava no núcleo de especiais da casa.
Em conversa com o portal, a gerente de Jornalismo da Band RS, Ciça Kramer, confirmou estas informações e mencionou a contratação do editor de esportes Matheus Schenk, para Os Donos da Bola, e das produtoras Fernanda Bierhals, no Jornalismo, e Jeniffer Casagrande, no Entretenimento. "Estamos em um processo de remodelação da redação, com algumas novidades que impactam na equipe", ressaltou a gestora.
Reprodução do texto do portal Coletiva.net, o maior portal de notícias da mídia no RGS.
Coletiva.net
Círculo Militar chega ao Jardim Botânico: 1972
Em 1972, quando o Jardim Botânico era uma vasta chácara de verdureiros, o Círculo Militar de Porto Alegre iniciava as obras da sua atual sede, à rua dona Inocência, nos altos da, hoje, parte mais nobre do bairro. Com uma estrutura invejável - o que inclui as piscinas mais belas do JB - o Círculo é um clube que congrega não somente oficiais das Forças Armadas e da Brigada como civis do Judiciário, sem contar um excelente restaurante aberto à comunidade - algo que muitos desconhecem - e no qual podem ser realizados eventos previamente agendados.
Nesta reprodução do Correio do Povo, de julho de 1972, noticia-se a chegada da entidade ao JB.
Páscoa: Encenação da Paixão de Cristo acontece na Rua da Cultura da PUCRSAberta ao público, no dia 15 de abril, a partir das 18h, a peça será apresentada pelo grupo teatral Trupe Disfarça |
Em celebração à Pascoa e integrando as ações da Quaresma na PUCRS, a Rua da Cultura recebe na segunda-feira, dia 15 de abril, a peça Celebrando a Paixão de Cristo com arte e devoção, apresentada pelo grupo teatral Trupe Disfarça. A encenação, promovida pelo Centro de Pastoral e Solidariedade, em parceria com o Instituto de Cultura, ambos vinculados à Universidade, retrata o nascimento, vida, morte e ressurreição de Cristo. O evento é gratuito, aberto ao público e acontece das 18h às 19h20min. Mais informações pelo telefone (51) 3320-3506 ou pelo site www.pucrs.br/pucrs-cultura.
Sobre a Trupe Disfarça
A Trupe Disfarça surgiu a partir de encenações para celebrar a Paixão de Cristo, realizados na comunidade da Lomba do Pinheiro, na Zona Leste de Porto Alegre, nos espaços da Paróquia Santa Clara. Através do teatro, o grupo voluntário já proporcionou entretenimento e emoção a mais de 1.800 pessoas.
Confira a programação de Páscoa no Campus
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quarta-feira, abril 10, 2019
O temível Daison Pontes, sinônimo de violência, era na verade um grande zagueiro
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Daison Pontes jogou até no Flamengo, mas foi dispensado por bater até nos treinos: era, porém, um grande zagueiro |
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Ele viveu seus últimos momentos em Passo Fundo, onde era respeitado. |
Daison Pontes. O nome desse jogador está na memória dos mais
antigos, aqueles que acompanhavam o futebol gaúcho nas décadas de 60 e 70. O
motivo não era exatamente a sua técnica futebolística, embora todos
reconhecessem que era, sim, um jogador habilidoso e excelente no trato com a
bola. Só não era excelente no trato com os adversários, aos quais não media
gentilezas quando se aproximavam da grande área. Pontapés, caneladas,
encontrões , cotoveladase socos faziam parte do, digamos, estilo “daisoniano”
de praticar futebol. Assim, ao longo do tempo, Daison Pontes se tornou um
símbolo do futebol violento e detentor de um recorde no futebol brasileiro: foi
expulso de campo nada menos do que 18 vezes. Chegou a jogar no Flamengo do Rio,
mas foi dispensado ao final de três meses, pelas entradas violentas até mesmo
nos treinos.
Daison – que era irmão mais velho de Bibiano Pontes, daquele
time de ouro do Internacional, e também de João Pontes – certamente é lembrado
pelo árbitro José Luís Barreto, se este estiver vivo depois de tantos anos. Era
o domingo de 20 de novembro de 1974, pelo campeonato gaúcho – e o Gauchão,
naqueles tempos, tinha uma certa ferocidade que alguns entendiam como
virilidade, ou a tal “macheza gaúcha”. E naquele ano a vida dos árbitros não
estava sendo nada fácil dentro de campo. Tudo bem que as arbitragens deixavam
muito a desejar, mas o futebol é um esporte praticado com as pernas e não com
os braços, ou, sobretudo, os punhos.
Talvez Daison Pontes não entendesse bem isso durante aquele
jogo, em Santa Maria, entre o Inter de Santa Maria e o Gaúcho de Passo Fundo,
apitado por Barreto. O time visitante vencia por 1 a 0 quando o árbitro,
irritado com as jogadas duras da zaga do Passo Fundo, advertiu seus jogadores,
pedindo que maneirassem nas divididas, caso contrário teria que marcar alguns
pênaltis. Nove minutos antes do Gaúcho fazer o seu gol José Luis Barreto
cumpriu a promessa, marcando uma penalidade máxima a favor do Inter de Santa
Maria, cobrada e desperdiçada por Tadeu. Vendo que seu apelo de não-violência não
surtira nenhum efeito e que a zaga do Gaúcho continuava a baixar o sarrafo, aos
14 minutos do segundo tempo o árbitro marcou novo pênalti a favor do time da
casa, desta vez praticado por ele, o temível e famoso zagueiro das entradas
duras. Daison atingiu violentamente, por trás, o santa-mariense Edson,
derrubando-o no gramado.
Acontece que Daison já havia dito a seus companheiros que,
caso Barreto prejudicasse seu time, iria até ele e lhe daria um soco na cara. E
foi exatamente o que fez: marchou até o juiz da partida e acertou-lhe um soco
no rosto, abaixo do olho esquerdo e mais alguns pontapés nas canelas. Tonto e
sangrando, o árbitro ainda conseguiu sacar o cartão vermelho, expulsando o
zagueiro do Gaúcho de Passo Fundo. Em meio à confusão que se seguiu, com
dirigentes e brigadianos invadindo o campo, Daison escapou e não mais foi visto
naquele dia: dizem que fugiu da prisão em flagrante, pegando um táxi e se
mandando para a vizinha cidade de Júlio de Castilhos. Quanto a José Luís
Barreto, recusou ser medicado, passou um lenço no rosto e continuou apitando. O
pênalti foi cobrado e desta vez convertido. Mas o jogo – que terminaria em 1 a
1 – ainda teve o jogador Leivinha, também do Gaúcho, expulso de campo.CUMPRIMENTADO NAS RUAS - Ao contrário do que provavelmente ocorreria nos dias de hoje,
o zagueiro brigão não foi execrado e sim cumprimentado pelo seu ato de
pugilismo, conforme descreveu o correspondente da Companhia Jornalística Caldas
Júnior em Passo Fundo. “O zagueiro Daison
Pontes só recebeu aplausos quando apareceu, ontem pela manhã, no centro da
cidade. Durante todo o dia foi cumprimentado pelo soco que deu no juiz José
Luís Barreto.” O diretor de futebol do Gaúcho foi mais adiante em suas
declarações à imprensa: “Infelizmente eu
não estava em Santa Maria, senão o Barreto apanharia de mim também. Todo mundo
está roubando do Gaúcho e alguém tem que tomar providências. Nós compreendemos
a atitude de Daison pois demonstrou que é um jogador que atua com garra, sangue
e amor à camiseta. Se alguém não modificar as arbitragens, muito juiz vai
apanhar”. Até mesmo o comedido comentarista esportivo, Ruy Carlos
Ostermann, em sua coluna no Correio do Povo, disse entender as razões de
Daison: “O futebol exige a violência.
Zagueiro que joga apalpando acaba se machucando, serve apenas para incentivar
os maus propósitos do centro-avante. Gosto de uma frase de Moisés, do Vasco:
zagueiro não pode querer o Belfort Duarte (prêmio
para os jogadores mais disciplinados) É preciso impor respeito, jogar
na bola e palmo e meio adiante dela. A dificuldade é pequena: quem sabe, bate e
se faz respeitado”.
Em janeiro de 1976, quando da despedida de Bibiano Pontes do
Inter, Ruy Carlos Ostermann citou Daison Pontes em outra crônica: “Conheci o irmão de Bibiano, o Daison, um
imenso zagueiro de área prejudicado por inúmeras contradições pessoais, mas de
grande personalidade. Não a personalidade comum, organizada: era a
personalidade para o gesto forte, para a empolgação.”
O soco em Barreto custou caro a Daison, punido com 1 ano e
meio de afastamento dos campos, dos quais seis meses acabaram perdoados. Daison
Pontes morreu em 2012, aos 74 anos, vítima do mal de Alzáimer, em sua casa em
Passo Fundo, onde era funcionário público aposentado.
quinta-feira, abril 04, 2019
Hoje o Internacional festeja seus 110 anos de fundação e de muitas glórias
A inaguração do Gigante da Beira-Rio - então o maior estádio particular do Brasil - marcou uma nova fase do Inter. |
O jogo inaugural do Beira-Rio foi contra o Benfica de Portugal, em 1969. ( fotos Coleção do Conselheiro X). |
No dia de hoje o Sport Clube Internacional comemora seus 110 anos de fundação - foi fundado pelos irmãos Poppe, entre outros, em abril de 1909. Campeão do Mundo, bicampeão das Américas, tricampeão brasileiro, maior time da década de 70, o colorado é um dos maiores e mais populares clubes do Brasil e um dos grandes do continente. Com muitos torcedores no Jardim Botânico, tem na linha T2 da Carris - que passa na avenida Salvador França e na Barão do Amazonas - o meio público de transporte para levá-los ao estádio. Parabéns, colorados.
domingo, março 24, 2019
Em Passo Fundo, mulheres já podem ser garis: 1975
1975 foi proclamado, pela Assembleia Geral das Nações Unidas, o "Ano Internacional da Mulher". Quem for mulher, e lembrar daqueles tempos, talvez não sinta saudades - a esmagadora maioria dos empregos era destinadas aos homens, restando pouca coisa ao "belo sexo" (professoras e telefonistas, por exemplo). Mas naquele ano as coisas começam a mudar, falando-se muito da "Libertação da Mulher". No Rio Grande do Sul surgia, pela primeira vez, oportunidade para mulheres trabalharem como garis, entre outras coisas - algo impensável até então, e considerado incompatível com a "fragilidade feminina". Vários municípios gaúchos começaram a ofertar tais vagas, como, por exemplo, Passo Fundo - famosa por seu machismo, como se vê nesta notícia do Correio do Povo.
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