domingo, março 20, 2016

Jô Soares na volta do Teatro Presidente, em 1974

No final de 1974 - portanto, 50 anos atrás - o humorista, ator, teatrólogo e escritor Jô Soares vinha novamente a Porto Alegre, e tal fato, desta vez, tinha uma importância peculiar para a capital gaúcha: depois de anos funcionando apenas como cinema, o teatro Presidente voltava a ser uma casa de espetáculos cênicos. Localizado na avenida Presidente Roosevelt, o Presidente foi um dos teatros mais importantes de Porto Alegre, bem como um cinema que exibia filmes de qualidade. Mas a evolução e a mudança dos costumes, bem como a violência urbana, acabaram por fechar o local. Na época o humorista - já falecido - tinha apenas 36 mas já era famoso por seus trabalhos na televisão e no cinema, principalmente. A reprodução é do Correio do Povo.

quinta-feira, março 17, 2016

Estados Unidos rompe relações diplomáticas com Cuba: janeiro de 1961

Neste ano de 20016 os Estados Unidos e Cuba estão prestes a normalizar suas relações, inclusive com o fim do bloqueio econômico que existe em relação à ilha por parte do seu poderoso vizinho do norte. Isso acontece 55 anos depois que os EUA, no dia 3 de janeiro de 1961, uma terça-feira, romperam relações diplomáticas com o regime de Fidel Castro, que havia chegado ao poder ao término de uma longa revolução, dois anos antes. As relações entre os dois países eram tensas, e o fato de Castro acusar a embaixada americana de ser um ninho de espiões (o que provavelmente era verdadeiro) na verdade não era a razão e sim um pretexto para o então presidente Eisehower (que, em fim de mandato, entregaria o comando da nação em fevereiro ao jovem John Kennedy) decretar a medida radical. Alguns meses depois, já com Kennedy no comando, aconteceria a famosa e mal sucedida invasão da Baía dos Porcos, em Cuba, e no ano seguinte a terrível crise dos mísseis, quando o mundo esteve, como nunca, às portas de uma guerra nuclear entre as superpotências - Estados Unidos e União Soviética, que apoiava o regime cubano.

segunda-feira, março 14, 2016

Bebeto Alves e Léo Ferlauto em novo show: novembro de 1976.

Bebeto Alves, 61 anos, é hoje um músico muito conhecido do cenário musical gaúcho, e Leo Ferlauto uma referência na área de arranjos e percussão. Em 1976 - portanto, há 40 anos - os dois eram jovens (Bebeto mal havia completado 22 anos) e estreavam, naquele mês de novembro, um novo espetáculo no teatro da Escola de Artes, em Porto Alegre. O show teria duas únicas apresentações, noticiou o Correio do Povo, conforme a reprodução acima. 

quarta-feira, março 09, 2016

O jovem Emerson Fittipaldi é considerado o sucessor de Fangio: 1970

Em julho de 1970 o jovem corredor Emerson Fittipaldi, de apenas 23 anos, chamava a atenção do mundo da Fórmula 1 por suas incríveis qualidades de automobilista, provadas na Inglaterra, onde fora campeão de Fórmula-3 e onde já era considerado o sucessor do grande Jimmy Clark. Ou, até mais, o herdeiro de nada menos do que o pentacampeão mundial de automobilismo, o lendário argentino Juan Manoel Fangio. Nesta matéria do Correio do Povo, noticia-se que Emerson - que chegara à Europa apenas um anos antes, em 1969 - entraria agora para a elite do automobilismo mundial. Dito e feito: em 1972 o paulista Emerson seria campeão mundial de Fórmula 1 aos 25 anos, pela equipe Lotes, e bicampeão dois anos depois. Lenda de tal esporte, ele hoje tem 69 anos e continua em plena forma. 

terça-feira, março 08, 2016

Hippies só pedem que os deixem trabalhar e viver em paz...

É, a vida não era mesmo fácil para os hippies naqueles inícios dos anos setenta. Considerados sujos, drogados, vadios e permissivos, eles - naqueles tempos de repressão política e também de costumes - passavam duras penas para fazer o que hoje se vê em qualquer esquina ou qualquer praia. Nesta matéria, reproduzida do Correio do Povo, um grupo de hippies de Nova Friburgo, na zona serrana do Estado do Rio, perseguidos e humilhados pela polícia, só pedem que os deixem trabalhar e viver em paz, como qualquer cidadão brasileira. 
Santo, em A Charge Online.

Palmatória para castigar moça que usava mini-saia: 1970

A mini-saia, quando surgiu, causou escândalos e trouxe sérios problemas às mulheres que ousavam adotar essa nova moda surgida na Inglaterra e que depois se espalhou pelo mundo, na onda dos movimentos  feministas e libertários daqueles anos sessenta. Contraditoriamente, muitos países - incluindo o Brasil - viviam regimes políticos fechados e repressivos, o que satanizava ainda mais o costume generoso de mostrar as pernas, bonitas ou não. Em julho de 1970, quando os militares e a guerrilha de esquerda se digladiavam, com assassinatos, torturas, sequestros de aviões, assaltos a bancos - tudo isso em meio à euforia pela conquista do tricampeonato mundial de seleções, no México - acontecia coisas como a noticiada acima, pelo jornal Correio do Povo, de Porto Alegre: em Ipira, no interior da Bahia, um sargento da PM aplicou palmatória em uma moça de 25 anos, simplesmente pelo fato de usar a diminuta peça. "Quem usa roupa de deixar as pernas de fora é mulher de vida fácil", justificou a "autoridade".

quarta-feira, março 02, 2016

Yolanda e Yeda, os ipsilones da beleza da mulher gaúcha

O Rio Grande do Sul sempre foi reconhecido pela beleza das suas mulheres, o que também se refletiu nos títulos de Miss Brasil - o Estado é o que mais tem - e pelo fato de ter duas misses Universo: em 1930, nos primórdios, feito por votação popular através de cupons de jornal, foi eleita a pelotense Yolanda Pereira. Em 1963, finalmente, a beleza da porto-alegrense (moradora do bairro Petrópolis) Yeda Maria Vargas venceu o concurso mais importante da beleza mundial. Ieda é hoje uma tranquila senhora, que certamente recorda com carinho e saudades tudo o que viveu e as imensas homenagens que recebeu em todas as partes do Rio Grande e do Brasil. Nesta reprodução, vemos Yolanda e Yeda, em fotos publicadas na Revista do Globo, em 1963.

Grêmio tornou-se campeão do mundo jogando de madrugada



O Grêmio tornou-se campeão do mundo de clubes de futebol na madrugada dos dias 10 para 11 de dezembro de 1983 - um sábado e domingo. O jogo contra o Hamburgo, da Alemanha, iniciou à meia-noite e terminou com a vitória gremista por 2 a 1 e um título inédito para o Rio Grande do Sul. Naquele sábado, o jornal Correio do Povo publicou um chamamento para a partida, dizendo que o tricolor era o Brasil no outro lado do mundo. Mais tarde, no final de dezembro, uma delegação tricolor, encabeçada por Fábio Koff, foi a Brasília, exibir a taça ao então presidente, o general João Batista Figueiredo, o último dirigente do ciclo militar. 

terça-feira, março 01, 2016

Inferno na Torre estreia em Porto Alegre: novembro de 1976

Os anos setenta foram pródigos em grandes tragédias, incluindo o incêndio do edifício Joelma, em fevereiro de 1974, no centro de São Paulo, sinistro que deixou quase 200 mortos e cenas de indescritível horror. No cinema, a década de setenta também se notabilizou por "filmes-catástrofe", como o Destino de Poseidon, Tubarão e Inferno na Torre, entre outros, Este último - a história de um incêndio no octagésimo terceiro andar do maior edifício do mundo, no dia da sua inauguração - estreou em Porto Alegre no dia 7 de novembro de 1975, atraindo grande público - a exibição inicial se deu no Cine Astor, que não mais existe. Curiosamente - ou nem tanto - seis meses depois, em 27 de abril de 1976 - acontecia na Capital gaúcha uma tragédia até hoje lembrada e que praticamente parou a cidade: o incêndio do prédio das Lojas Renner, no centro, com 41 mortos oficiais e dezenas de feridos, além de alguns desaparecidos que jamais apareceram. Nesta reprodução vamos o anúncio do filme, publicado no Correio do Povo, de Porto Alegre.