terça-feira, novembro 07, 2017

No tempo em que a Ipiranga era um lixão a céu aberto

Em 1972 Porto Alegre mal chegava a 1 milhão de habitantes (não que tenha crescido tanto: hoje tem 1,5 milhão) e avenidas como a Ipiranga ainda não estavam plenamente concluídas e nem bairros como o Jardim Botânico - então local onde viviam modestos barnabés e verdureiros e chacareiros - se mostravam muito agradáveis de se morar. Sujeito a alagamentos, com suas modestas e precárias casinhas de madeira e tendo a avenida Salvador França como uma incompleta faixa de asfalto - o JB sofria com os despejos de toda sorte de rejeitos urbanos, sabe-se lá vindos de onde. Curiosamente, o valorizado trecho da Valparaíso, onde hoje está o shopping Bourbon Zaffari Ipiranga, entre as ruas Guilherme Alves e 18 de Setembro (35 CTG), era um dos preferidos para tais descarregamentos ilegais, o que irritava sobremaneira os moradores, já que facilitava a proliferação de insetos, ratos e baratas, criando um problema de saúde pública, como se vê nesta nota publicada no tradicional espaço Problemas da Cidade, do jornal Correio do Povo, de agosto de 1972 - 45 anos atrás.

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