Jardim Botânico, Porto Alegre. Fundado em 2006 por Vitor Minas. Email: vitorminas1@gmail.com
quinta-feira, setembro 18, 2014
domingo, setembro 14, 2014
1941: cariocas querem o metrô para se proteger das bombas
Em 1941 o mundo estava em guerra, e o Brasil - ainda oficialmente neutro no conflito - pendia fortemente para os aliados. Getúlio Vargas,com seu Estado Novo, havia conseguido extrair dos norte-americanos aquele que seria talvez a mais importante obra de todos os tempos no Brasil: a construção da Usina Siderúrgica de Volta Redonda, o pontapé para a grande industrialização nacional que logo viria. No Rio. Capital da República, com seus quase dois milhões de habitantes, as notícias da guerra estavam em todos os jornais e os brasileiros temiam que ela chegasse até eles. Nesse contexto falava-se na construção do metrô do Rio (que já existia há décadas em Buenos Aires e só seria viabilizado no RJ na década de 80) não somente pelos seus benefícios como transporte de massa e sim por servir de abrigo anti-bombas, como acontecia em Londres, onde a população dormia em seus subterrâneos. Anotíca é do Correio do Povo, de Porto Alegre, de julho de 1941.
terça-feira, setembro 09, 2014
Carmen Miranda inaugura as transmissões da Rádio Farroupilha: 24 de julho de 1935.
Uma das mais potentes estações de rádio da América do Sul (100 kilovates de potência na base). Assim foi definida a Rádio Farroupilha naquele final de julho de 1935, quando a PRH-2 do general Flores da Cunha tornou-se a terceira emissora a operar em Porto Alegre. "A mais potente" - conforme o slogan justificável - foi inaugurada no dia 24 de julho de 1935, ano dos festejos do Centenário da Revolução Farroupilha, por nada mais nada menos do que Carmen Miranda, a Pequena Notável, e pelo cantor Mário Reis, este também no auge do sucesso. Carmen viera do Rio de avião - o "Curupira", da Condor - para dar o pontapé inicial em uma emissora que ainda hoje é líder em audiência na faixa AM na capital gaúcha, com seus menos de 300 mil habitantes. Ela certamente não imaginava que alguns anos depois seria um dos maiores nomes de Hollywood, e que se tornaria até mesmo um dos maiores salários da Meca do Cinema. Reprodução do Correio do Povo.
segunda-feira, setembro 08, 2014
As minhas dúvidas com o autor do livro "Getúlio" no Canal Livre
Vi, ontem, alguns pedaços da entrevista do jornalista Lira Neto no Canal Livre da rede Bandeirantes. Ele falou a respeito de seu livro sobre Getúlio Vargas, um grande sucesso de vendas e de crítica, e sobre a "ambivalência" política do político gaúcho, Ele foi entrevistado por Boris Casoy, Fernando Mitre e Marcelo Tas, aquele careca do CQC e que já fez muitas coisas nessa área. Confesso que não só me decepcionei com o sujeito como fiquei com uma má impressão desse jornalista e escritor cujo livro não li e, acho, não mais lerei agora.
Embora muita gente tenha me falado coisas boas da obra eu peguei uma falhas capitais ditas por ele na Band e infelizmente não corrigidas ou contestadas pelos entrevistadores (o melhor dos três é o Mitre). Primeiro, falou sobre a admiração pelo fascismo de Getúlio em 1929, quando Vargas teria confessado isso a não sei quem em entrevista ou sei lá o quê, o que é mais ou menos como chover no molhado. A seguir proferiu um erro crasso que me deixou com a pulga atrás da orelha e me fez repensar as qualidades do cara como jornalista ou historiador: que o mundo estava vivendo, em 1929, a maior crise moderna, com a quebra da Bolsa de Nova Iorque, e o capitalismo contestado por muitos, e que nesse contexto deveria ser interpretada a opinião de Vargas.
Tudo isso dos efeitos da crise de 29 é verdade verdadeira, como sabe qualquer garoto de colégio, mas é de se ressaltar a seguinte incongruência que aqui registro: a quebra da Bolsa de Nova Iorque aconteceu no dia 24 de outubro de 1929, a quinta-feira negra (que alguns erroneamente chamam de "Sexta-feira Negra"), portanto já no final do ano, e a grande crise mundial veio mesmo nos anos seguintes, espalhando-se como uma onda. Se Getúlio disse isso logo no início da quebradeira, era uma espécie de Mãe Diná da época.
Outra coisa: tentando explicar o tal "bruxo" que era Getúlio, falou que Vargas, para conseguir os recursos para construir a Siderúrgica de Volta Redonda, mostrou aos norte-americanos que o Nordeste brasileiro era vital no caso da entrada (certa) dos EUA na Grande Guerra. Ora, os norte-americanos já sabiam isso de longa data, e é de uma inconcebível ingenuidade dizer que o ditador do Estado Novo vendeu esse peixe para os americanos.
Acho que se eu assistisse até o fim pegaria mais falhas. Infelizmente, desliguei a tevê e dormi. Achei o tal Lira muito sociológico e vaidoso para o meu gosto e fiquei até na dúvida se o cara não é desses santos do pau oco que se julga ser o inventor da roda. Acho até que ele, pessoalmente, não consultou os arquivos dos jornais da época e não é nada bom de situar datas com fatos. Porém o que realmente não me agradou no cara é o tom professoral. (Vitor Minas)
quinta-feira, setembro 04, 2014
Ortunho, o zagueiro negro campeão pelo Grêmio
Neste momento em que o Grêmio está em triste evidência no noticiário brasileiro e internacional, vale lembrar de alguns dos seus craques negros, como Jorge Ortunho, por diversas vezes campeão gaúcho pelo tricolor e carioca pelo Vasco. Zagueiro, assim apelidado por sua semelhança com o uruguaio Ortuño, o jogador gremista faleceu aos 69 anos. Reprodução do Correio do Povo.
Assinar:
Postagens (Atom)