Originário de Pelotas, onde começou em 1971, o grupo musical Almôndegas marcou época na história musical do Rio Grande do Sul, lançando para o Brasil os irmãos Kledir e Kleiton Ramil, entre outros integrantes. Em 1975 - ano em que a música Canção da Meia Noite seria gravada e depois incluída na novela global Saramandaia - os Almôndegas lançaram o seu primeiro LP. Nesta reprodução do Correio do Povo, de agosto de 1975, aparecem os integrantes da banda, ao lado de Mister Lee (Julio Fürst) , em show que fariam no antigo cine teatro Presidente. Kledir Ramil na época era um jovem de 22 para 23 anos.
Jardim Botânico, Porto Alegre. Fundado em 2006 por Vitor Minas. Email: vitorminas1@gmail.com
sábado, julho 01, 2017
segunda-feira, junho 26, 2017
O falecimento de Sioma Breitman, o mestre da fotografia gaúcha: janeiro de 1980
Em 1980 falecia um dos maiores fotógrafos do Rio Grande do Sul, o mestre Sioma Breitman, um judeu ucraniano que, vindo de Buenos Aires, onde aprendeu fotografia, marcou época na capital gaúcha. Fotógrafo preferido das grandes estrelas das mais diferentes áreas - era o preferido de Getúlio Vargas - ele tinha seu estúdio na Rua da Praia e, depois, na Independência. Sioma, a par de fotografar gente famosa, registrou, em imagens memoráveis, os tipos populares de Porto Alegre e a gente interiorana, notadamente nos anos 30 e 40. dele são fotos poéticas da grande enchente de 1941. Nesta reprodução do Correio do Povo, noticia-se a morte do artista, que aconselhava os novatos a andar sempre de "máquina engatilhada, com o cuidado de não espantar a caça".
terça-feira, junho 20, 2017
O antológico LP de Noel Guarani, o payador: 1975
Noel Borges do Canto Fabricio da Silva, ou simplesmente Noel Guarany, foi um dos mais importantes expoentes do nativismo gaúcho. Nascido no dia 26 de dezembro de 1941 em Bossoroca, então um distrito de São Luís Gonzaga, na fronteira entre Brasil e Argentina, descendente de italianos e índios guarani, ele aprendeu a falar tal língua indígena - que o nomearia - ainda na adolescência, por esforço próprio. Depois de ter percorrido diversos países da América do Sul, em apresentações musicais, na década de setenta, em 1971 gravaria seu primeiro LP, Legendas Missioneiras, pela gravadora RGE.
Em 1975, aos 34 anos, lançou o disco Sem Fronteiras, pela EMI/Odeon, com canções que se tornariam antológicas e até hoje tocam intensamente nas rádios, entre as quais o Romance do Pala Velho, Potro Sem Dono, Filosofia de gaudério e Balseiros do Rio Uruguai. Noel Guarani viveu seus últimos anos em Santa Maria, onde morreria no dia 6 de outubro de 1998, aos 56 anos, pobre e desgostoso, vítima de uma doença degenerativa do cérebro. Está enterrado em Bossoroca, hoje município.
sábado, junho 17, 2017
A chegada do vão móvel da ponte do Guaíba: 17 de junho de 1950
Enquanto prosseguem as obras de construção de uma nova ponte sobre o rio Guaíba (que muitos insistem em chamar de lago), é bom recordar o que ela representou para o Rio Grande do Sul quando foi aberta ao trânsito, no dia 28 de dezembro de 1958: a ligação efetiva entre Porto Alegre e a Zona Sul do Estado, via BR-290, antes muito dificultosa e onerosa. A ponte chama-se oficialmente Ponte Getúlio Vargas e é um das quatro pontes da Travessia Régis Bittencourt, que começa em São Paulo e termina no Sul. A obra tem 1,1 km de comprimento e uma altura máxima de 24 metros, por onde trafegam em média mais de 30 mil carros ao dia.
Nesta reprodução do Correio do Povo noticiou-se a chegada, por navio, de parte do vão móvel, içado, caracteriza a ponte ao dar passagem aos navios, há exatos 59 anos. Era o dia 16 de junho de 1958.
quarta-feira, maio 10, 2017
Florinda Bolkan, a melhor atriz da Itália em 1971
Florinda Bolkan foi uma celebridade nos anos setenta, para quem, por exemplo, lia revistas como Manchete, onde a atriz brasileira - que vivia e atuava na Itália - estampava páginas e mais páginas, sem contar dezenas de outras publicações. Cearense, bela e talentosa, ganhou por três vezes o prêmio Donatello, o Oscar italiano, e foi dirigida, entre outros, por Visconti. Sua amizade - ou caso de amor - com a Condessa Cicogna abriu-lhe muitas portas no jet-set internacional, o qual frequentou com desenvoltura por muito tempo. Hoje vive novamente no Brasil e já não atua mais como atriz. Injustamente esquecida, as novas gerações sequer sabem quem ela é, o que não surpreende em um país sem memória. Seja como for, Florinda foi um dos grandes nomes internacionais do mundo cinematográfico de origem brasileira, antes de Sônia Braga e de Gisele Bundchen. Nesta reprodução do Correio do Povo, de maio de 1971 noticia-se que Bolkan foi escolhida a melhor atriz da Itália naquele ano, por sua atuação em Anônimo Veneziano, de Salerno. Com ela foi premiada - como melhor atriz italiana - nada menos do que Monica Vitti.
quinta-feira, abril 13, 2017
Dicas de como parar de fumar
Claudio Gomes
Praticamente todo mundo conhece os efeitos mais
“famosos” que o cigarro causa para a saúde, sempre negativamente: aumentar os
riscos de doenças cardíacas, enfisema pulmonar e câncer podem ser os mais
comuns, mas existem outras condições que podem acontecer com quem fuma
frequentemente.
As substâncias contidas no cigarro são tão
prejudiciais que afetam até mesmo as partes mais resistentes do corpo. Os ossos
são severamente prejudicados e podem sofrer consequências terríveis.
O vício no cigarro é algo terrível por causar grande
dificuldade em parar
de fumar e trazer vários problemas para a saúde, sendo
responsável por uma rotina bem mais difícil do que precisaria ser.
É bastante comum, infelizmente, que o hábito de
fumar comece ainda na juventude, muitos na adolescência, conseguindo cigarros
com amigos ou até mesmo comprados por menores de 18 anos, algo proibido por
lei. Veja três motivos que podem influenciar os jovens a começar a fumar e
colocar em risco sua saúde e sua vida.
O cigarro causa dependência e depois que a pessoa
cria o hábito de fumar com frequência pode se tornar muito difícil largar o
vício de forma simples, necessitando muita ajuda para que os danos para a saúde
não comprometam a vida.
Algumas técnicas podem auxiliar quem realmente
deseja parar de fumar, principalmente para que as “armadilhas” que o cigarro
possui não afetam seu dia a dia. Assim, manter um diário pouco tempo antes da
data que você definiu como o dia para parar de fumar pode ser muito importante.
Parar de fumar pode ser desejo da maioria dos
fumantes, mas são poucos aqueles que conseguem se livrar das correntes que este
produto maléfico aprisiona quem o consome. A razão para isso geralmente está no
começo da luta contra o cigarro.
Muitos não se preparam para os primeiros passos que
são provavelmente os mais importantes para o sucesso, pois também são os mais
difíceis.
Todos nós temos hábitos saudáveis e outros nem tanto.
Mas quem fuma um cigarro simplesmente faz com que o seu hábito mais frequente
seja quase que no automático uma sentença para uma vida com várias
dificuldades, principalmente para a saúde e o seu bem estar.
Muitas pessoas que fumam acabam desenvolvendo alguma
rotina que liga o cigarro a outra atividade (após o almoço, por exemplo) e uma
das mais frequentes com certeza é fumar o cigarro juntamente com uma xícara de
café.
Os danos causados pelo cigarro em no corpo faz que haja
uma grande queda na saúde de qualquer pessoa, afetando ainda mais a qualidade
de vida do fumante. Da mesma forma, quem consegue parar de fumar é afetado
positivamente de diversas maneiras. Não importa se você possui 20 ou 50 anos,
ao não permitir que o cigarro cause danos para sua saúde, há a melhora
praticamente imediata em todo seu organismo.
Fumar cigarro faz muito mal à saúde e é uma das
principais razões para os grandes números de casos de câncer no mundo. Todo
mundo sabe disso. Mas você o porquê deste produto ser responsável por este e
diversos outros problemas de saúde?
O cigarro é um produto abominável, mas que mesmo
assim possui milhões de usuários. A razão para isso está nos seus quase 4.000
mil compostos e na dependência que eles causam ao organismo do fumante.
sexta-feira, abril 07, 2017
Tuberculose e câncer, as principais causas de morte na Porto Alegre de 1954
Em 1954 - portanto, há 62 anos - as doenças que mais matavam os gaúchos eram, por ordem, a tuberculose e, em seguida, o câncer. Segundo a Folha da Tarde, mais de mil porto-alegrenses morriam todo ano por causa do "mal branco", embora o número viesse diminuindo nos últimos tempos, o que certamente se explicava pela entrada dos novos medicamentos antibióticos desenvolvidos pela Medicina, em especial a penicilina e a estreptomicina. No Estado, a região mais atingida era a da Campanha - não por coincidência a mais atrasada economicamente. Já o câncer crescia de ano para ano e, ao contrário de hoje, praticamente matava todas as vítimas. Note-se que a capital gaúcha, naquela época, contava com cerca de 400 mil habitantes.
sábado, abril 01, 2017
Marido de Martha Rocha morre em acidente aéreo: janeiro de 1959
Certamente a mais famosa de todas as misses brasileiras, Martha Rocha, hoje com 80 anos, também teve os percalços do destino. Em 1959, menos de cinco anos depois de ter perdido o título de Miss Universo para uma norte-americana - que nem de longe ficou com a fama da baiana - ela perdeu o marido, um argentino, em acidente aéreo, em Mar Del Plata, como se vê nesta matéria do Correio do Povo, de Porto Alegre, de janeiro de 59, coleção do Arquivo Histórico de Porto Alegre.
terça-feira, março 28, 2017
Tarzan e Jane em nova aventura nas selvas africanas: no cinema Imperial, em junho de 1942
Porto Alegre sempre foi uma cidade com muitos cinemas - chegaram a mais de 40 na primeira metade do século vinte. E a Rua da Praia, a via mais badalada e charmosa daqueles tempos pacatos, era o local que mais concentrava tais casas cinematográficas - para muitos, a Cinelândia gaúcha. Em 1942, quando Getúlio ainda estava no poder e a Grande Guerra desenvolvia-se pelo mundo, a capital rio-grandense preparava-se para assistir mais uma "película" do Rei das Selvas, Tarzan, personagem criado pelo norte-americano Edgar Rice Burroughs ainda nos anos 10. O filme, O Tesouro de Tarzan, trazia, como sempre, Johnny Weissmuller e Mauren O'Sullivan como o casal que vivia na África e tinha um filho - simplesmente chamado de Boy. Além da macaca Chita, é claro. O filme, em junho daquele ano, passaria no Imperial - um dos maiores do centro - e certamente atrairia um grande público. Reprodução do Correio do Povo, acervo do Arquivo Histórico Moysés Vellinho, da Prefeitura de Porto Alegre.
quarta-feira, fevereiro 22, 2017
Os resultados das eleições de novembro de 1978 no Rio Grande do Sul: Simon, Collares e Fogaça na ponta
Em novembro de 1978 - quando a abertura política "lenta, gradual e segura" estava timidamente em curso, os prefeitos das capitais, áreas "de segurança nacional" e os governadores dos Estados (sem falar na presidência da República), não era eleitos, por decisão do regime autoritário instalado a partir de 1964. Porém, em um estranho arremedo de democracia, havia eleições para a maioria das prefeituras, para vereadores, deputados estaduais, federais e senadores. Naquele ano, o último de Ernesto Geisel em Brasília, os Movimento Democrático Brasileiro, MDB, que depois se tornaria PMDB. teve uma estrondosa vitória no Rio Grande do Sul. Pedro Simon foi eleito senador com mais de 1 milhão e 700 mil votos, Alceu Collares, que depois seria prefeito da Capital e governador do Estado, obteve a maior vitória na Câmara Federal e o jovem José Fogaça - que depois se tornaria também prefeito de Porto Alegre - liderou os votos para a Assembleia Legislativa. Dos arenistas, o mais votado para deputado federal foi o industrial Cláudio Strassburger, seguido de Nelson Marchesan - pai do atual prefeito porto-alegrense. Airton Vargas teve a maior votação arenista para a Assembléia. A reprodução é do Correio do Povo.
domingo, fevereiro 05, 2017
Há 20 anos morria Paulo Francis, um dos mais influentes jornalistas brasileiros
PUBLICADO NO CONSELHEIRO X EM OUTUBRO DE 2008
Quem não lembra dele, com aquele óculos fundo de garrafa, a fala afetada, dizendo poucas e boas, não raro mentindo e não raro acertando na mosca? Um dos jornalistas mais cultos e mais lidos do Brasil (escrevia inicialmente na Folha de São Paulo, passando depois para o Estado, que distribuía sua coluna para dezenas de outros jornais brasileiros), considerado arrogante e direitista por muitas, lúcido por outros, Paulo Francis tinha um humor ranzinza - e talvez seja este humor que esteja fazendo falta hoje, nove anos depois da sua morte, em 4 de fevereiro de 1997, em Nova Iorque, aos 66 anos.
Francis - nascido Franz Paulo Trannin Heilborn, em uma família de classe média alta do Rio de Janeiro - nunca fez curso superior, foi trotskista na juventude, dos 14 aos 27 anos leu em média seis horas por dia, participou dos áureos tempos do Pasquim, foi preso pela ditadura militar, ofendeu todo mundo (inclusive Roberto Marinho, que comparou a um emissário de merda, o "robertoduto". Depois foi trabalhar para as Organizações Globo: Marinho não guardou mágoas do episódio) e, por essas e outras, morreu de infarto em seu apartamento na cidade que ele considerava a Capital do Mundo. Também parecia não gostar de negros e nordestinos - certa vez chamou o Nordeste "desta região desgraçada do País." (desgraçado não no sentido de pena, observe-se) Quanto aos seus comentários culturais, era igualmente ácido - simplesmente desprezava o moderno cinema nacional e considerava quase todos os intelectuais como subservientes ao poder. Na esfera política, tornou-se célebre a denominação que deu ao senador Eduardo Suplicy (e sua irritante fleuma) - "Mogadon", o nome de um remédio.
Paulo Francis vivia então (1997) um dos mais complicados períodos da sua vida: estava sendo processado pelo presidente da Petrobrás (do governo FHC), Joel Rennó, e mais outros seis diretores da estatal. Eles pediam nada menos do que 100 milhões de dólares por ressarcimento moral, uma vez que o jornalista havia dito, durante sua participação no programa Manhattan Connection, da Globosat, que`"os diretores da Petrobrás põem dinheiro na Suiça", "roubam em subfaturamento e superfaturamento", "é a maior quadrilha que já existiu no Brasil". Pior: disse isso tudo sem nenhuma prova consistente e certamente iria perder o processo e ter que pagar uma bolada grossa para essa gente. Aliás, já estava gastando os tubos com advogados - ele, o jornalista mais bem pago do Brasil, ainda assim não tinha como fazer frente às despesas com honorários (ele próprio calculos que o processo se arrastaria por uns cinco anos e lhe custaria, só com os advogados, no mínimo 200 mil dólares). Segundo Francis, o objetivo da ação era aruiná-lo financeiramente. Transtornado, passou a ingerir calmantes em doses maciças e a sentir dores nos ombros, o que julgou um sintoma da sua bursite e não de problemas cardíacos, os quais até seu médico desconhecia.
É de se imaginar que, se estivesse vivo hoje, o que ele não diria do governo petista, de Lula e companhia. Para esses, felizmente, ele morreu antes.
Uma palhinha de Paulo Francis:
"A morte deve ser como a anestesia geral"
"Bebi muitos anos. Para ficar bêbado. Não vejo outra razão. O bebedor social é coisa de pequeno-burguês"
"Fidel Castro é essencialmente um conservador feudal, um feitor de fazenda, a quem a idéia de inovações, de modernidade, horroriza"
"A melhor propaganda anticomunista é deixar os comunistas falarem"
"Acho que a tendência do intelectual é ser de direita. Ele é, por definição, um elitista"
"É preciso meter as mãos na cabeça raspada do Vicentinho língua-presa. Eu lhe daria uma chicotada para ver se reage docilmente como escravo.""Dizem que ofendo as pessoas. É um erro. Trato as pessoas como adultas. Critico-as. Crítica não é raiva. E crítica, às vezes, é estúpida."
"Nenhum filme brasileiro dá certo porque todos os cineastas tentam demagogicamente se colocar na posição de humildes. É falso, visceralmente. Sempre que vejo algum favelado em filme brasileiro tenho vontade de sair gritando: é um santo! É um santo!"
"O negro africano não tinha língua escrita, como notaram os exploradores da África do século XIX; logo não pode, pela ordem natural das coisas, possuir uma cultura como a entendemos."
"Quero que fique registrado que eu favoreceria o fechamento do Congresso ou qualquer outra dessas instituições reacionárias que impedem o progresso do País."
Texto e pesquisa: Conselheiro X
segunda-feira, janeiro 23, 2017
O talento de Sampaulo, um dos maiores chargistas gaúchos do século 20
Paulo Brasil Gomes de Sampaio era seu nome de batismo, mas ele adotou o pseudônimo de Sampaulo, pelo qual ficou conhecido por suas charges publicadas nos jornais da Companhia Jornalística Caldas Júnior e na Revista do Globo - publicação quinzenal que deixou de circular em 1967. Falecido aos 89 anos, em 1999, Sampaulo - irmão do também cartunista Sampaio, mais velho e não menos notável e que mais recentemente também nos deixou - tinha em Sofrenildo seu personagem mais popular. Porém ele era bem mais do que isso - era, reconhecidamente, um dos maiores chargistas brasileiros, autor de milhares de peças humorísticas (ou não) que fazem parte da história da imprensa gaúcha no século 20. Nesta reprodução da Revista do Globo de 1966, uma mostra do seu talento.
Os fantasmas do Cadeião de Porto Alegre naquele janeiro de 1966
Os porto-alegrenses mais antigos certamente lembram do "Cadeião", oficialmente chamado de Casa de Correção, uma imensa e secular construção situada na chamada Ponta da Cadeia (que ganhou esse nome justamente devido ao presídio), bem no coração da cidade, ao término - ou início - da Rua da Praia. Às margens do rio Guaíba, o cadeião ganhou fama por ser uma "casa dos horrores", uma masmorra medieval superlotada onde acontecia tudo o que hoje acontece nos presídios brasileiros - corrupção, assassinatos, rebeliões, incêndios e até briga de facções criminosas. Considerado uma chaga no centro da capital, o local acabou sendo demolido e seus presos foram sendo transferidos para o presídio do Partenon, ou da Chácara das Bananeiras - o que hoje chamamos Presídio Central. A demolição da Casa de Correção era pedida por todos, especialmente pela imprensa porto-alegrenses, que via nela um antro de perversões, uma escola do crime que não recuperava ninguém (pelo contrário) e um perigo para os cidadãos da cidade, já que o cadeião estava bem no centro e as fugas e rebeliões eram constantes. Nesta matéria do Correio do Povo, de janeiro de 1966, vemos bem isso. Ou seja, constatamos, sem nenhuma surpresa, que, apesar dos discursos, nada efetivamente muda na sordidez do sistema prisional gaúcho e brasileiro.
sexta-feira, janeiro 20, 2017
quinta-feira, janeiro 19, 2017
Tramandaí, em 1962, já era a praia preferida dos gaúchos nos finais de semana
Há décadas o mais frequentado e agitado balneário gaúcho nos meses de verão, Tramandaí já era uma importante praia no começo dos anos 60 - e também bem antes disso. Se, na atualidade, os edifícios de apartamentos se destacam ao longo de toda a orla e a vida noturna é bastante agitada, antigamente o visual da cidade era bem mais pacato e provinciano, como se vê nesta foto extraída da Revista do Globo, em sua edição de janeiro de 1962, na qual aparecem os carros da época e até algumas lambretas. A 118 km de Porto Alegre, a chamada "capital das praias" ainda pertencia a Osório, do qual se emancipou em 1965. Sua população fixa atual é de cerca de 50 mil habitantes, muitos dos quais são aposentados que saem de outras cidade para lá residirem, aumentando, no verão, para cerca de 250 mil, incluindo aí turistas argentinos e uruguaios.
quarta-feira, janeiro 18, 2017
O título do Internacional de 1979 em disco gravado com o pessoal da rádio Guaíba
1979 foi o ano do último título de campeão brasileiro do Internacional de Porto Alegre. E não foi um simples título: o colorado levou a taça de forma invicta, e tornou-se o primeiro clube brasileiro a ganhar três vezes o nacional. A final foi contra o Vasco da Gama (treinado por Oto Glória), sendo que no primeiro jogo, no dia 20 de dezembro, no Maracanã. o Inter (treinado por Ênio Andrade) venceu por 2 a 0 e o segundo, no Beira-Rio, por 2 a 1, com gols de Jair e Falcão, descontando Wilsinho para o Vasco. O Coritiba foi o terceiro colocado do certame, com o Palmeiras em quarto. Nesta reprodução do Correio do Povo, de janeiro de 1980, anuncia-se o long-play (LP) com a narração do feito por parte da Rádio Guaíba, então a mais importante e, como hoje, uma das mais conceituadas emissoras do Sul.
Assinar:
Postagens (Atom)