segunda-feira, abril 28, 2008

Pobre avenida Ipiranga

Que a mendicância, os maiores e menores de rua, os pedintes, os saltimbancos e os "mágicos das laranjas" (aqueles que ficam nas sinaleiras, tentando fazer toscas acrobacias com as mãos, em troca de algum dinheirinho) estão aumentando em toda a Porto Alegre, ninguém duvida.
Porém, de uns tempos para cá, a avenida Ipiranga - uma das principais vias da Capital - tem sido o cenário crescente e talvez mais visível desse fenômeno.
Especialmente nas esquinas com a Guilherme Alves, a Barão do Amazonas e a Salvador França, eles proliferam como nunca. O problema da avenida Salvador França, leia-se Terceira Perimetral, já é bem conhecido e há muito comentado. A garotada (nem tão garotada assim, boa parte veteranos achacadores), fica lá, esperando fechar o sinal, para pular em cima dos motoristas com uma voracidade de dar inveja a um cachorro pit-bull. Os motoras, na defensiva, constrangidos e até amedrontados, fecham antecipadamente os vidros e torcem para que o sinal verde venha de uma vez.
A questão está ficando pior na Guilherme (defronte ao shopping Bourbon e também nas suas cercanias) e na Barão. Sobre a ponte do riacho, eles armaram um verdadeiro acampamento feito de jornais, madeira e toda sorte de detritos. A sujeira que lá fica é enorme e a paisagem, deprimente. Os próprios transeuntes e moradores do Jardim Botânico e do Partenon não gostam de passar nesses trechos.
Alguns apontam o pessoal da vila Cachorro Sentado, no lado do Partenon, como protagonista dessa história. Não sei se isso confere ou não, e se há ou não solução para o caso. Sei apenas que o fato é digno de registro. Será o "progresso à brasileira" nestes tempos em que, dizem, está havendo um avanço nas condições de vida do povão? (Conselheiro X.)

Quase reta e sempre plana, a avenida Ipiranga não merece ser matratada. Nesta foto, nas proximidades da PUC, esta charmosa ponte de madeira, contruída pela Prefeitura não faz muito, faz a ligação com o bairro Partenon.

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