domingo, abril 13, 2008

Condomínio da CORSAN, um dos mais antigos

Mais antigo do que o conjunto Felizardo Furtado, o Condomínio Conjunto Habitacional dos Servidores da CORSAN foi inaugurado em maio de 1974. São três prédios, totalizando 319 apartamentos de um e dois dormitórios, além de um salão de festas, uma churrasqueira, uma quadra de esportes, uma pracinha e uma construção destinada ao setor administrativo.
Entre a Itaboraí e a Felizardo, vizinhando com a Praça Nações Unidas, com oito andares cada, as três construções chamam a atenção de quem passa.Boa parte dos atuais moradores – cerca de 1200 pessoas - estão aqui desde os primeiros anos, como é o caso da síndica-geral (não existem síndicos por prédios), Inajara Silveira. “Vim para cá em julho de 1974. Lembro que foi feita uma coooperativa dos funcionários da Corsan, que começaram a pagar as prestações dois anos antes, quando do lançamento. Eu comprei o meu de um deles”, recorda ela. “Eles vendiam na planta”. A construtora responsável era a Gus Livonius, a mesma que fez o condomínio da Felizardo e que hoje, ao que tudo indica, não está mais operando no mercado. Quanto aos terrenos, pertenciam então ao senhor Pedro Pieretti – tradicional família do bairro.
ESTUDANTES – Em estilo antigo, cercado, sólido, com janelas de madeira, pintadas de verde, o Condomínio é formado, basicamente, por proprietários dos imóveis – cerca de 60 ou 70% dos moradores. Estes, em sua maioria, são pessoas de certa idade, “gente que chegou e foi envelhecendo aqui”, informa Inajara, moradora do Jardim Botânico há 40 anos. Ele recorda que por essa época, metade dos anos setenta, onde hoje está o Supermercado Gecepel havia o Supermercado Dalmás. Na volta, dos comerciantes, lembra do seu Alécio, do seu Camilo, do seu filho Zeca, da Padaria da Esquina com a Barão, da Farmácia Ideal, da Léa”.
Habitação tipicamente de classe média, o Condomínio tem alterado o seu perfil nos últimos anos, revela Inajara Silveira. “Noto que temos muitos estudantes, muitos deles vindos do interior, que alugam os apartamentos entre três ou quatro. Há também gente do interior que compra para os filhos”. Mesmo assim, não há maiores problemas de violência ou confusão entre os moradores, grande parte dos quais se conhece e se cumprimenta. Algumas câmeras de vigilância estão instaladas em pontos estratégicos (mas não nos elevadores) e foi contratada uma empresa especializada nisso – a Dielo.
Outra antiga moradora é dona Vírginia Odiva dos Santos, secretária da administração que está aqui desde os anos oitenta. Segundo ela, a procura pelos apartamentos do conjunto é muito superior à oferta, tanto que, hoje, praticamente não resta nenhum que não esteja ocupado. “Com a chegada do Bourbon, valorizou muito”. A valorização só não é maior pelo fato de só existirem 85 boxes de estacionamento de veículos, o que obriga muitos moradores a deixarem seus carros em estacionamentos pagos situados nas imediações.



Emanuel Domingues surgiu em 1971, destinado ao funcionalismo

São três andares, 218 apartamentos (máximo de 16 por andar) de dois, três e quatro dormitórios e seis lojas que estão fechadas. Localizado entre a avenida Ipiranga, a rua Alcebíades Caetano da Silva e a Chile, o Conjunto Residencial Emanuel Domingues foi inaugurado em 1971.
Destinado inicialmente a funcionários públicos, era um projeto do Instituto de Pensionistas do Estado, IPE, que financiava os imóveis pelo esticado prazo de 15 ou 20 anos. Aos poucos, como é natural, passou a ser habitado por um público variado, mas sempre de classe média e, em sua maioria, idosos – no caso dos proprietários. “Já os que alugal são geralmente jovens”, informa Clari Tende, síndica geral e moradora do condomínio há 19 anos.
Anterior ao Felizardo Furtado e ao da Corsan, o Emanuel Domingues não conta com elevadores e nem um sistema permanente de vigilância – que acontece somente à noite, aos finais de semana e nos feriados. Os furtos e roubos, porém, não chegam ainda a ser um problema, apesar da localização junto à avenida, garante a síndica.
A infra-estrutura do Residencial é bastante simples: algumas churrasqueiras e uma pequena pracinha para as crianças. Não existem elevadores. Estacionamento existe, mas não em quantidade suficiente.
Erguido em uma época em que o bairro era ainda uma espécie de vila formada por muitas casas de madeiras, terrenos baldios e antigos e pequenos prédios de alvenaria, o Emanuel Domingues (homenagem a um antigo morador do Jardim Botânico, dizem alguns) foi projetado originalmente para ir até a rua Valparaíso (por onde, em 1971, passava o Riacho Ipiranga), o que não aconteceu devido às invasões do local.
Em 1971, quando o condomínio foi construído, o bairro Jardim Botânico ainda contava com muitos terrenos baldios e áreas baixas que alagavam nos períodos de chuva.

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