sexta-feira, junho 28, 2013

Charge de Clayton, jornal O Povo, de Fortaleza.
A Faculdade de Educação Física e Ciências do Desporto da PUCRS (Fefid) promove, de 22 de agosto a 28 de novembro, o curso de extensão Brincando e Aprendendo na PUCRS. A ideia é que crianças de quatro a 10 anos possam experimentar uma vivência cognitiva e motora por meio da dança, expressão corporal, atletismo, ginástica e natação. As aulas, que ocorrem nas terças e quintas-feiras, das 9h às 11h30min, trabalharão com atividades individuais, coletivas, psicomotoras e de socialização.
As inscrições seguem até 21 de agosto e podem ser feitas no Centro de Educação Continuada, na sala 112 do prédio 15 do Campus (avenida Ipiranga, 6681 - Porto Alegre). Outras informações pelo telefone (51) 3320-3727 ou no link j.mp/14HEcuB.
No próximo dia 13 de julho acontece a primeira edição do Brechocão, organizado pela Secretaria Especial dos Direitos Animais (Seda), da Prefeitura de Porto Alegre. Trata-se de um grande mutirão para ONGs e protetores de todo o Rio Grande do Sul arrecadarem fundos à causa animal, através da venda de produtos novos e/ou usados.
As pessoas que quiserem participar do evento poderão doar itens às entidades e protetores independentes cadastrados para o evento. No dia 9 de julho, a Seda irá divulgar a relação dos participantes e contatos, para que os cidadãos escolham a quem fazer suas doações.
“Sempre temos em casa uma mesa, uma cadeira, um eletrodoméstico ou um equipamento eletrônico que para nós não significa mais nada, mas que pode fazer muita diferença na vida de animais em condições de vulnerabilidade”, diz a secretária Regina Becker.
As inscrições para o Brechocão podem ser feitas até o dia 8 de julho, através do telefone 156. O evento acontece das 10h às 15h, no Anfiteatro Pôr Do Sol.(Assessoria Prefa)

Os Almôndegas e Morris Albert no Gigantinho?

Que Roberto Carlos, que nada: o brasileiro que mais fez sucesso e mais vendeu discos em todo o mundo se chamava Mauríco Alberto, nascido no Rio de Janeiro e,depois de 1975, um tremendo falso norte-americano que transformou a canção Feelings em um dos maiores sucessos musicais de todos os tempos. Em 1975 Morris Albert estava começando a estourar nas paradas americanas (ele tinha gravado um compacto simples em 1974) e, juntamente com a dupla mineira Sá e Guarabira (os caras do rock rural), esteve no Gigantinho para uma apresentação com os excelentes Almôndegas, o grupo de Kleiton, Kledir e companhia que também estava estourando no Brasil com seu trabalho de primeira qualidade. Os Almôndegas acabaram, a dupla de Pelotas fez sucesso por sua própria conta e o falso americano vendeu até hoje 180 milhões de discos (pelo menos é o que dizem), superando até Roberto Carlos.
Achei esta matéria, quase uma foto-legenda, na coleção do Correio do Povo de 1976: os Almôndegas e Morris Albert juntos. O autor de Feelings (que depois foi acusado de plágio) deve ser o sujeito do centro, com as mãos na cintura, acredito eu. (V.M.)

Borregaard: lembram do "odor nauseabundo"?"

Em 1975 a Borreggard norueguesa sentiu que estava na hora de cair fora, tanto o ódio da população porto-alegrense e da região metropolitana às emissões aeréas (e também aquáticas) dos seus "odores nauseabundos" e "pútridos", infectando os ares de uma capital que já se orgulhava de ter mais de 1 milhão de habitantes e de viver um criativo tempo de mudanças - em que pese a decadência do seu centro e o grande aumento da criminalidade. Esperta, a empresa multinacional mudou, pelo menos nominalmente, de donos e foi parar nas mãos do Montepio da Família Militar, isso em plena época da ditadura, quando os militares podiam tudo e mais um pouco. Mesmo assim - ou talvez por isso mesmo - continuou a enganar, a mentir, a fazer falsas promessas e, claro, a largar a velha fumaça que, empestando os ares, fazia muita gente vomitar e sentir náuseas. Foi asim nesta ocasião de junho de 75, aqui descrita pelo jornal Correio do Povo, que, pressionado por seus muitos leitores e assinantes, movia uma verdadeira campanha contra a "malsinada" fábrica de celulose e que era, então, a inimiga pública de todos os moradores da Mui Leal e Valerosa cidade de Porto Alegre.

Arthur Moreira Lima em Porto Alegre

É, mas foi no ano de 1976, e o grande pianista tinha uma fachada bem mais jovem do que hoje. Aliás, estava em início de carreira e, assim como hoje, gostava de viajar pelo Brasil. Reprodução do Correio do Povo.

quinta-feira, junho 27, 2013

Tuberculose, problema sério e muito antigo

Em 1975 o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Previdência Social divulgavam estatísticas que sairam em muitos jornais do País, e nem por isso chamaram tanta atenção - afinal, dentre tantas doenças brasileiras, esta era apenas mais uma delas. Mas o fato é que, hoje, lendo isto, a gente não sente saudade dos velhos tempos que não voltam mais (?), muito embora a tuberculose tenha voltado nos últimos tempos, um tanto a reboque da epidemia de Aids. Em 1975 1% da população brasileira (isso mesmo, um por cento de 120 milhões, ou seja, 1,1 milhão) estava hospitalizada ou em tratamento devido a este mal. Na Bahia, e no Nordeste em geral, a situação era ainda mais grave. Coleção do Correio do Povo, Porto Alegre, reprodução da coleção de jornais do Arquivo Histórico de Porto Alegre.


Prisão perpétua para presos políticos? Em tese, aconteceu

Em outubro de 1976 alguns presos políticos, opositores do regime militar que queriam substituir a ditadura de direita por outra de esquerda (sejamos francos nesse aspecto), foram condenados à prisão perpétua, algo que foi incorporado ao arcabouço de leis de exeção do regime vigente. Eles eram "subversivos" e atentavam "contra a segurança nacional". Ainda bem que esse tempo nunca mais voltará. Matéria fotografada da coleção do jornal Correio do Povo (Porto Alegre), coleção do Arquivo Histórico de Porto Alegre.

Lembram da famigerada Lei Falcão, nas eleições municipais de 1976?

Armando Falcão foi o Ministro da Justiça de Ernesto Geisel, célebre pelo seu "nada a declarar" aos repórteres e pelo zelo de censor. Levou o seu nome a lei eleitoral restritiva para a campanha das eleições municipais de 1976 em todo o Brasil, a Lei Falcão. Encontri esta matéria no Correio do Povo, de Porto Alegre. A data da edição é a que está anotada à mão, em cima.

quarta-feira, junho 19, 2013

Rita Lee presa por porte de LSD

Gilberto Gil e o baterista dos Novos Baianos foram presos por porte de maconha em julho de 76, em Floripa, resultando no maior bafafá e num teatro tremendo, digno daqueles tempos de ditadura. Um mês depois foi a vez de Rita Lee, em São Paulo, ser presa também - e condenada. Achei esta notícia no Correio do Povo, de Porto Alegre, no Arquivo Histórico de POA (Vitor)

terça-feira, junho 18, 2013

Assim era a Argentina em 1976, logo depois do golpe


Vacaria teve a primeira rodoviária do Brasil

Essa eu não sabia - só fiquei sabendo lendo esta notícia do Correio do Povo de 1976, que encontrei no Arquivo Histórico de Porto Alegre: a primeira estação rodoviária do País surgiu em  Vacaria, cidade estratégicamente situada entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, na década de trinta. Até então os passageiros eram pegos em esquinas, na frente das casas e em hotéis. Fica o registro, que acredito ser verdadeiro.(Vitor)

segunda-feira, junho 17, 2013

Inter conquista o octacampeonato estadual em 76, com Figueroa, Falcão e companhia

Para um gremista, não é agradável recordar aqueles tempos. O fato é que o Inter tinha realmente um timão e fazia por merecer. Em 1976 chegou ao octacampeonato gaúcho (oito longos anos), com um 2 a 0 sobre o Grêmio, treinado por Paulo Lumumba e que, semanas depois, traria Telê Santana como técnico e seria, finalmente, campeão de 77. Mas o que deu, em agosto de 76, foi o time de Rubens Minelli, que também conquistaria naquele ano o seu segundo título nacional. (Vitor)
Coleção do Correio do Povo - Arquivo Histórico de Porto Alegre


Rita Lee vai presa por porte de drogas

Rita Lee, que hoje é uma senhora e tanto, também passou seus maus (?) momentos em 76, quando foi presa por porte de drogas. Ela chegou a ser condenada e a ter que cumprir pena, bem ao estilo daqueles anos repressivos. Antes, em julho, Gilberto Gil, intetrante dos Novos Baianos, havia sido preso em Floripa, pelo mesmo motivo, também redundando no mesmo esquema circence e midiático. Achei esta notícia da Rita Lee (que, não para menos, detesta policia) no arquivo de jornais do Correio do Povo, no Arquivo Histórico de Porto Alegre. (Vitor)

quinta-feira, junho 13, 2013

Que saudade do fedor da Borregaard!... Parece piada, e é.
O fato é que a gente recorda Porto Alegre nos anos setenta (vocês, pois eu eu era menino no interior desassistido) e nem sempre tem motivos para saudosismos. Poucos telefones, muita violência, muito assalto, muitos acidentes, repressão, e ainda por cima o "odor nauseabundo" da fábrica de celulose que, no final de 75, mudou o nome para Riocell, foi nacionalizada e passou - claro - a ser controlada por um general. E continuou a lançar suas "emanações fétidas", gerando uma das maiores ondas de repulsa da população porto-alegrense contra uma única empresa, transformada em Inimigo Público. O Correio do Povo, mesmo conservador na sua linha editorial, não poupava a fábrica instalada em Guaíba, conforme vocês poder ver nesta nota publicada em setembro de 1976, quando a ex-indústria norueguesa arrepiou até as narinas das autoridades presentes ao lançamento da Semana da Pátria daquele ano, no Parque da Redenção.
Simonal já morreu, e muita gente tem opinião diferente sobre ele. Uma coisa é certa - que era balaqueiro, era, mas que fosse dedo-duro, já é diferente. De qualquer maneira, seduzido pelos tempos, que eram de militarismo e de repressão, ele se valeu de um "amigo" no sistema para dar uma prensa em quem ele achava que o estava roubando. Sei lá - não vou julgar.
Achei esta matéria, provavelmente de agência, no Correio do Povo de Porto Alegre, edição de 6 de janeiro de 76. Simonal é tratado simplesmente como dedo-duro e informante da ditadura, coisa que Nelson Mota, que entende desse riscado, nega e até dá risada: "mas ele estava por fora de tudo, como poderia informar?" (Vitor)

sexta-feira, junho 07, 2013

O triste final de "Dominique-nique-nique"

Dominique, nique, nique... Dificilmente alguém não conhece esse refrão de uma música do mesmo nome, um dos maiores sucessos das paradas musicais de todo o mundo no ano de 1963 e gravado por dezenas de outros cantores, em variados idiomas, inclusive em português. Fez tanto sucesso que deixou até mesmo Elvis Presley comendo poeira.
Pois a autora de Dominique, ao contrário do que se possa pensar, não ficou rica e não teve uma vida glamourosa. Pelo contrário: Jeannine Deckers, uma freira dominicana do interior da Bélgica, suicidou-se em 29 de março de 1985, quando tinha apenas 52 anos de idade. Ela ingeriu um coquetel de bebidas alcóolicas e barbitúricos. Com ela estava sua companheira, Annie Pescher, uma enfermeira de 41 anos. As duas haviam feito um pacto de morte, finalmente concretizado em um pequeno apartamento da cidade de Wavre, nas proximidades de Bruxelas.
Jeannine já não era mais freira havia tempo - na verdade deixou o convento no ano de 1966, tentando seguir na carreira artística e emplacar novos sucessos. Só que isso não aconteceu e a vida da "Irmã Sorriso" encheu-se de complicações de toda ordem. O Fisco belga resolveu cobrar a sua parte na arrecadação de "Dominique", só que a autora e cantora - que fizera voto de pobreza - já havia doado tudo à sua congregação religiosa. Esta, por sua vez, alegou que a doação já havia sido gasta em obras assistenciais e que não havia recibo a provar o valor doado.
Naturalmente, a corda estourou do lado mais fraco - processada, Jeannine teve todos os seus poucos bens penhorados. O Fisco também passou a confiscar tudo o que ela ganhasse, deixando apenas o mínimo necessário para a sua sobrevivência.
Sobrevivência que ela garantia com aulas de violão e exposições de pintura.
A ex-freira tentou ainda fundar uma instituição de caridade, de apoio a pessoas deficientes, mas não conseguiu verbas para viabilizar o projeto. Profundamente deprimida, ela passou a falar em suicídio, fato consumado na noite de 29 de março de 1985. Triste fim para a autora de uma música tão ingênua e cândida.

Afinal, a Terceira Perimetral foi boa para os comerciantes localizados à sua volta?

Com seus 12 quilômetros de extensão, pistas largas que cruzam 20 bairros, a Terceira Perimetral, pode-se dizer, foi definitivamente concluída – depois de longos e conturbados anos de obras que exigiram o sacrifício da comunidade e, sobretudo, dos comerciantes situados à sua volta, estão faltando apenas detalhes para o desenlace. Orçada em quase 60 milhões de dólares – entre recursos municipais e financiamentos junto aos organismos internacionais – a mais moderna e rápida via expressa de Porto Alegre deu outra cara à nossa paisagem urbana.
Iniciando na Zona Norte, liga esta parte da cidade com a zona leste e, por fim, com a Zona Sul e o Extremo Sul da Capital, o que facilitou extraordinariamente o tráfego entre todas essa regiões, permitindo um rápido acesso ao Aeroporto Salgado Filho e às praias do Litoral Norte. Idealizada há vários decênios, tornou-se uma gradativa realidade a partir dos governos da Frente Popular, que priorizaram a iniciativa. Seu término aconteceu no governo de José Fogaça, com a conclusão do viaduto Celso Furtado – de passagem de nível – no bairro Teresópolis, onde, aliás, acaba oficialmente. Com a duplicação da avenida Juca Batista, ganhou ainda mais importância no sistema viário de Porto Alegre.
IMPORTÃNCIA - “A Terceira Perimetral é um eixo viário, um sistema de propulsão do tráfego de Porto Alegre”, explica o ex-secretário municipal de Obras e Viação, SMOV, Maurício Dziedriki.
“O intuito da obra é resolver o problema de deslocamento entre as regiões norte e sul e tem grande importância no crescimento da cidade, com estímulo aos estabelecimentos comerciais, é um projeto extremamente dinâmico”.
Dinâmico é, de fato. Por sua característica de via expressa, apresenta poucos pontos de interceptação e de parada – ou seja, prioriza-se a velocidade e os motoristas, algo bem diferente do que eram, por exemplo, a avenida Senador Tarso Dutra, a avenida Salvador França, a Coronel Aparício Borges e a avenida Teresópolis. Em decorrência desse fator, muitos comerciantes terão de se adaptar às novas características, o que nem sempre é fácil. Mesmo enfatizando o lado positivo da obra – entre os quais se inclui a valorização dos imóveis às suas margens – muitos deles queixam-se de que estão, até este momento, arcando com alguns prejuízos originados pelo trânsito rápido, pela falta de locais de estacionamento e pelo recuo forçado de seus territórios.
Um dos que se julgam prejudicados é um dos proprietários do Supermercado 3, Valcir Tres, instalado em Teresópolis há 30 anos. Embora não esteja às margens da perimetral, e sim um pouco adiante, na sua continuação, o comerciante diz ter observado uma queda no movimento de clientes. “Na realidade, paro o comércio a Terceira Perimetral foi muito ruim. Perdemos o estacionamento, que no meu caso já era pequeno, e ainda por cima não nos indenizaram”, conta ela. “Eu senti uma queda no movimento. Para o comércio, nenhuma via expressa é boa, ninguém para seu carro e, em consequência, acabamos ficando só com a clientela tradicional, a mais fiel, que mora muitas vezes aqui perto”.
O 3 é um típico supermercado de bairro cujo diferencial é o preço menor que oferece aos fregueses, fruto, diz Valcir, de custos menores que o arcado pelas grandes redes. Além deste ponto, na avenida, o Tres está presente em mais outros locais da Zona Sul. Mesmo assim, Valcir reconhece que a Perimetral “foi uma obra boa para o trânsito”.
Também em Teresópolis (avenida Teresópolis, 3111), Iara Ribeiro, proprietária da loja Iara Cabeleireiros, lembra os transtornos de mais de dois anos de construção, com a presença das máquinas, dos operários, do barulho e da poeira. Foi o período mais crítico, para ela.
“Muitas vezes faltava água aqui para nós, e um salão de beleza sem água não existe. Tivemos que negociar com o pessoal das empreiteiras, apelar para a colaboração deles que, felizmente, existiu.” “Mas valeu a pena”, argumenta. “Ficou bem mais bonito, não posso reclamar, estou nesse ponto há quase 30 anos, peguei isto aqui quando era uma faixa estreita. No meu caso, o movimento continua igual, não tive prejuízos, até porque os meus clientes moram no bairro, em sua maioria.”
Opinião reforçada por Margarete Woyda Seixas, dona da Voida, Moda Grande, uma poja de moda situado junto ao Supermercado Nacional. “Não senti nenhum prejuízo”, afirma ela, que tem outra loja na avenida Wenceslau Escobar, na Tristeza, também ampliada.
“Lá sim, foi ruim, as obras de duplicação causaram muitos transtornos e teve muita gente que fechou seus negócios”. Quem também mostra neutralidade é Jocemar, funcionário da Academia Power Center (avenida Teresópolis, 3621), presente há mais de 20 anos no bairro. “No nosso caso não teve nenhuma mudança, até porque temos estacionamento próprio”, afirma ele.
Ter estacionamento parece ser o nó central da questão – algo extremamente necessário e problemático. Como aumentou extraordinariamente a quantidade de carros em Porto Alegre, assim como o trânsito se torna a cada ano mais complicado, o estabelecimento comercial que não dispor de tal espaço para ofertar a seus clientes simplesmente deixa de existir para os compradores motorizados.
Como a obra de ampliação comeu alguns metros quadrados de muitos empreendedores, eles perderam uma boa gama de fregueses para seus concorrentes que dispõem desse serviço. É o caso da Cervofarma, uma drogaria localizada na avenida Aparício Borges, 539. Há mais de 20 anos no mesmo local, a farmácia sentiu uma leve queda em seu movimento. “O movimento deu uma diminuída por causa do estacionamento que ficou menor. O pessoal hoje corre o risco de ser multado. Antes dava para parar quatro ou cinco carros aqui, agora não dá mais, até porque estamos na esquina com a Oscar Pereira”, informa Alexandre, um dos atendentes.
Outra farmácia – esta mais recente – que sentiu os reflexos da via expressa é a SOS Farmácia, na Aparício, 1463, esquina com a rua São Miguel. Segundo Vinícius, um dos funcionários, a obra é boa e necessária. Contudo, a par das visíveis vantagens, ele se mostra relutante com a “tranqueira no horário de pico”, além de lamentar a falta de estacionamento. “Antes tinha mais circulação, mais facilidade”.
VEICULOS – Sonia Braga dos Santos, dona da Ipanema Veículos (Aparício Borges, 1187, a uma quadra e meia da Oscar Pereira) – compra e venda de veículos novos e usados - considera o excesso de velocidade um dos principais problemas da Terceira Perimetral e pede a instalação de “alguns pardais”. Ela também acha negativo o fato de se ter feito a calçada do passeio público muito estreita, o que, no seu caso, impede um melhor acesso ao pátio onde estão os veículos à venda.
“Eu não tenho onde meter o meu carro, quando chego, a não ser em cima da calçada, e até já fui multada pelos azuizinhos por isso”. Sonia acha que alguns clientes foram perdidos em função desses dois fatores. “Eu acho que a gente perdeu clientes pelo fato da faixa ser muito rápida, o pessoal olha e passa, acaba indo para outro local”. Assim como muitos outros comerciantes, ela tem clientes fiéis, o que é sempre algo positivo nesse caso, e, mesmo lamentando os transtornos – principalmente no período das obras – considera a Terceira Perimetral algo positivo:
“É um referencial para os clientes, um argumento de vendas que se pode colocar no cartão. Eu tenho muitos clientes do interior e sempre digo a eles que estou na Terceira Perimetral, com fácil acesso. Além disso é uma avenida bem iluminada, antigamente a gente tinha uma simples estradinha aqui”. Conforme tem observado, muitos clientes que haviam indo embora em função dos transtornos da construção agora estão voltando – e com ânimo redobrado.
BOTÃNICO - Mais adiante, em direção à Zona Norte, no bairro Jardim Botânico, a Terceira Perimetral trouxe um surto de progresso. O comerciante Paulo Silveira, que foi dono de um pequeno armazém e bar na esquina com a Valparaíso, lembra dos tempos em que a avenida Salvador França era uma faixa estreita e poeirenta – agora é uma larga e movimentada avenida.
“No meu caso, e acho que no de todos na volta, foi muito bom. Valorizou os imóveis, inclusive o meu, trouxe novos negócios, além de mais segurança e iluminação pública. Hoje a gente pode dizer que faz parte do mapa de Porto Alegre. Pra mim, tá tudo ótimo, nem quero falar do passado, que era uma estagnação só”.
De fato, os aspectos positivos dessa importantíssima obra viária superam amplamente quaisquer possíveis e passageiras desvantagens – aos poucos os empresários vão se adaptando às suas característicos e diminuindo seus leves lamentos, muito embora, em alguns casos pontuais, os prejuízos realmente existam.
“Quem acha ruim a Terceira Perimetral tem que ser internado no Hospital Espírita”, afirma, com veemência, Pedro Pandolfo, proprietário da Pedrocar (Praça Guia Lopes, 87) e líder comunitário. “Quem diz que é ruim é porque nunca acompanhou o processo. Para nós foi ótimo, valorizou os imóveis o bairro, além de ter sido uma discussão democrática na qual a comunidade foi ouvida e deu sugestões. É claro que tem gente que quer um retorno a cada quadra, o que chega a ser uma piada”, opina ele. Ex-presidente e ex-vice-presidente da da Associação Comunitária do Bairro Teresópolis, presente no bairro desde 1969, Pedro lembra as compensações que a comunidade teve com a via expressa. “Ganhamos um centro cultural, um posto de bombeiro e de policiamento, então não podemos falar em prejuízos”.
Imóveis se valorizaram
A valorizacão dos imóveis em sua área de influência foi um dos efeitos mais marcantes da Terceira Perimetral. Segundo Jairo José Dorneles, corretor que atua no Cristal, “o mercado melhorou, as pessoas procuram comprar imóveis com localização adequada para as suas necessidades, perto de faculdades, por exemplo”.
No caso da Terceira Perimetral, diz Jairo, não chegou a haver um acréscimo nos preços dos imóveis, porém a utilização da Perimetral como argumento de vendas não pode ser desprezada.
“É claro que eu uso isso como argumento de vendas. As pessoas, hoje, estão buscando facilidade de deslocamento e proximidade com faculdades, por exemplo, e a Perimetral leva as pessoas à PUC”, lembra ele.
Trabalhando há 35 anos no Cristal, Jairo vê a Zona Sul, hoje, crescendo a partir da avenida Juca Batista, principalmente. “O Cristal não tem mais como crescer, a tendência é crescer a partir da Juca em direção à Restinga, é ali que está o progresso”. Segundo ele, “se o camarada tem filhos na Faculdade, a gente explora esses argumentos, assim como a facilidade para se chegar ao aeroporto”. A Perimetral, no seu entender, trouxe facilidades de deslocamentos, entre tantas vantagens porém a Zona Sul, na sua visão, ainda tem muito a crescer. O que está mais se desenvolvendo hoje é a Juca Batista, em direção à Restinga”, opina ele.
Outra corretora que viu vantagens na conclusão da Perimetral é Ana Paula Matos, funcionária da imobiliária A3. Vantagens que não chegam a ser mensuráveis no momento, afirma ela, porém utilizáveis no convencimento do cliente.
“O acesso à Zona Norte, a facilidade de se chegar à PUC, às faculdades, tudo isso funciona como um excelente argumento de vendas”, reconhece. “”É claro que os preços não foram alterados, os valores, mas as pessoas valorizam as vias rápidas, as facilidades de deslocamentos, e a Zona Sul, por ser uma parte mais sossegada da cidade, tem atraído muita gente”.



Bento Gonçalves, traído por muitos, hoje é nome de avenida em muitas cidades do Rio Grande

Filho do alferes português Joaquim Gonçalves da Silva e de Perpétua da Costa Meirelles, filha de Jerônimo de Ornellas Menezes e Vasconcellos, rico fazendeiro rio-grandense, nasceu na Fazenda da Piedade, pertencente à família de sua mãe.1

Seus pais desejavam encaminhar o filho para a carreira eclesiástica, porém a Bento interessava mais as lides campeiras. A família mudou de idéia depois de Bento ter matado um homem negro em um duelo, o que levou seu pai a forçar Bento a assentar praça, porém a interferência de seu irmão João Gonçalves adiou o enlistamento por cinco anos.2
Incorporado na Companhia de Ordenanças de D. Diogo de Sousa, Bento cedo demonstrou sua vocação, ao engajar-se nas guerrilhas da primeira campanha cisplatina (1811-1812). Ao final da guerra, desincorporado como cabo, estabelece uma fazenda de criação de gado e uma casa de negócios em Cerro Largo, território uruguaio; lá conhece sua futura esposa Caetana Joana Francisca Garcia, com quem se casa em 1814 e tem oito filhos: Perpétua Justa, Joaquim, Bento, Caetano, Leão, Marco Antônio, Maria Angélica e Ana Joaquina.2
Na segunda campanha cisplatina (1816-1821), seu prestígio como militar se confirmou. Em 1817 foi nomeado capitão, participou das batalhas em Curales, Las Cañas (1818), Cordovez, Carumbé (1819) e Arroio Olimar (1820).2 Em 1824 foi promovido a tenente-coronel.2
Na Guerra da Cisplatina ou Guerra del Brasil contra as Províncias Unidas do Rio da Prata, foi comandante de cavalaria na batalha de Sarandi, em 12 de outubro de 1825, logo depois foi promovido a coronel de 1a linha. Participou também da Batalha do Ituizangó, também chamada de batalha do Passo do Rosário (20 de fevereiro de 1827), cobrindo a retirada das tropas brasileiras.
Em 1834, denunciado como rebelde e acusado de manter entendimentos secretos com Juan Antonio Lavalleja para a separação do Rio Grande do Sul, foi chamado à Corte, junto com João Manuel de Lima e Silva.3 Defendeu-se perante o ministro da Guerra, foi absolvido e teve recepção triunfal no regresso à província. Os conservadores, no entanto, conseguiram a destituição de Bento Gonçalves do comando militar da Província do Rio Grande.
Foi eleito deputado provincial em 1835 na 1ª legislatura. Em 20 de abril de 1835, em plena sessão de instalação da assembléia provincial, é acusado pelo presidente da província, Antônio Rodrigues Fernandes Braga, de articular a separação do Rio Grande do Sul do restante do Império.
A Revolução Farroupilha iniciou-se em 20 de setembro de 1835. No dia 25 daquele mês, o chefe militar declarou respeitar o juramento que havia prestado ao código sagrado, ao trono constitucional e à conservação da integridade do império. Em princípio, portanto, o levante não era de caráter separatista mas se dirigia contra o presidente da Província e Comandante das Armas. Mesmo assim, o Império não poderia aceitar a destituição de seus delegados - fosse por golpe ou não. Iniciava-se a luta que se estenderia por dez anos.
Na sua ausência, após retumbante vitória na Batalha do Seival, a República Rio-grandense foi proclamada pelo general Antônio de Sousa Netto em 11 de setembro de 1836.
Carta de Bento Gonçalves escrita na prisão do Forte do Mar na Bahia.Bento Gonçalves foi preso na Batalha do Fanfa (3 e 4 de outubro de 1836).3 Foi mandado para a Corte e depois encarcerado na prisão de Santa Cruz e mais tarde para o Forte da Laje, no Rio de Janeiro.3 Ali, apesar de preso, conseguiu receber visitas quase diárias de amigos e simpatizantes, também foi apresentado a Garibaldi e Rossetti.3 Em 15 de março de 1837 em uma tentativa de fuga da prisão, Pedro Boticário não conseguiu passar por uma janela, por ser muito gordo. Em solidariedade Bento Gonçalves também desistiu da fuga, na qual escaparam Onofre Pires e o Coronel Corte Real.3
Depois desta tentativa de fuga foi transferido para a Bahia onde ficou preso no Forte do Mar. Lá sofreu uma tentativa de envenenamento, onde morreram um gato e um cachorro.3 Mesmo preso, foi aclamado presidente em 6 de novembro de 1836. Permaneceu algum tempo, clandestino, em Itaparica e Salvador, onde teve contato com membros do movimento.4 Depois de despistar seus perseguidores, que achavam que tinha partido para os Estados Unidos em uma corveta3 , chegou, via Buenos Aires5 , de volta ao Rio Grande do Sul e, em 16 de dezembro de 1837, tomou posse como Presidente da República.6
A 29 de agosto de 1838 lança seu mais importante manifesto aos rio-grandenses onde justifica as irreversíveis decisões tomadas em favor da libertação do seu povo:
“ Toma na extensa escala dos estados soberanos o lugar que lhe compete pela suficiência de seus recursos, civilização e naturais riquezas que lhe asseguram o exercício pleno e inteiro de sua independência, eminente soberania e domínio, sem sujeição ou sacrifício da mais pequena parte desta mesma independência ou soberania a outra nação, governo ou potência estranha qualquer.Faz neste momento o que fizeram tantos outros povos por iguais motivos, em circunstâncias idênticas. ”
E no trecho final, um juramento importante:
“ Bem penetrados da justiça de sua santa causa, confiando primeiro que tudo, no favor do juiz supremo das nações, eles têm jurado por esse mesmo supremo juiz, por sua honra, por tudo que lhes é mais caro, não aceitar do governo do Brasil uma paz ignominiosa que possa desmentir a sua soberania e independência. ”
Estas palavras têm reflexo mais tarde, quando da assinatura do Tratado de Poncho Verde.
Intrigas internas, num grupo desgastado pela longa guerra, em 1844, induzem Onofre Pires a destratar Bento Gonçalves, chamando-o de assassino (pelo assassinato de Paulino da Fontoura) e ladrão (das aspirações do povo, referindo-se ao teor da Constituição). Bento então convoca Onofre para um duelo, que se realiza em 27 de fevereiro de 1844. Onofre, atingido no duelo, dias depois viria a falecer por complicações advindas do ferimento.
A República Rio-Grandense teve seu fim na Paz de Poncho Verde, em 1º de março de 1845. Luís Alves de Lima e Silva - o Conde de Caxias -, general vitorioso, assumiu a presidência da Província. D. Pedro II, por sua vez, em sua primeira viagem como imperador pelas províncias do Império, foi ao Rio Grande em dezembro de 1845. Ao jovem monarca de vinte anos de idade, apresentou-se Bento Gonçalves, com seu uniforme de coronel e revestido de todas as medalhas com que havia sido condecorado por D. Pedro I, pela atuação nas campanhas militares do Primeiro Reinado.
Após o fim da revolta, Bento Gonçalves retornou para as atividades do campo sem interessar-se mais por política, Morreu dois anos depois, acometido de pleurisia, deixando viúva Caetana Garcia e oito filhos.
Restos mortais [editar]Seus restos mortais inicialmente foram sepultados em Pedras Brancas. No final de 1850 Joaquim Gonçalves da Silva exumou os ossos e transferiu para a propriedade de sua família , na estância Cristal, onde permaneceram até setembro de 1893, sob sua guarda. Com a mudança de Joaquim para Bagé, os restos mortais ficaram sob responsabilidade de seu irmão Bento Gonçalves da Silva Filho e com o falecimento deste, de sua esposa Maria Tomásia Azambuja.7
Em 1900 o último responsável por sua guarda doou os despojos para seu primo, Inácio Xavier de Azambuja, que repassou para intendência municipal de Rio Grande, onde hoje repousam no monumento na praça Tamandaré.7

Werner Schünemann interpretou-o em A Casa das Sete Mulheres.Bento Gonçalves já foi retratado como personagem no cinema e na televisão, interpretado por Antônio Augusto Fagundes na minissérie "O Tempo e o Vento" (1985) e Werner Schünemann na minissérie "A Casa das Sete Mulheres" (2003), o mesmo interpretou também outro general Farrapo, General Netto no longa "Netto Perde Sua Alma" (2001).
Fonte WIKIPEDIA



quinta-feira, junho 06, 2013

Pedro Boticário foi um dos líderes farroupilhas

Pedro José de Almeida, o Pedro Boticário (Porto Alegre, 1799 — Porto Alegre, 8 de abril de 1850 ) foi um boticário, jornalista, advogado, juiz de paz e revolucionário brasileiro.
Filho de pais incógnitos, segundo seu certificado de batismo, era homônimo de um outro boticário da cidade, falecido em 1807.
Em 7 de dezembro de 1831 tornou-se vereador em Porto Alegre. Como vereador, apresentou projeto para construção de uma casa de correção para substituir a cadeia então existente. Também denunciou a Silvestre de Sousa Teles, por tentar tomar uma área da Praça da Alfândega.
Jornalista, colaborou com o Constitucional Rio-Grandense em Porto Alegre, onde defendia a reforma federativa. Depois fundou em 1833 o Idade de Pau, adversário do A Idade D'Ouro. Como advogado, participou do processo que enviou o Visconde de Camamu à prisão comum. Era apelidado de Vaca Braba, por seus adversários políticos, por causa de seu discursos exaltados.
Assumiu como juiz de paz, eleito, em 22 de janeiro de 1834, depois escolhido, em 16 de junho de 1835, pela Câmara Municipal, como juiz municipal, em substituição a Vicente Ferreira Gomes, afastado por motivo de doença.
Participou da reunião que decidiu pelo início da Revolução Farroupilha em 18 de setembro de 1835, na loja Maçônica Philantropia e Liberdade.Iniciada a revolução, Pedro Boticário foi, junto com Domingos José de Almeida, um dos mais intransigentes defensores da deposição de Fernandes Braga e da tentativa de impedir a posse de José de Araújo Ribeiro. Também radical inimigo dos portugueses, chegou a propor aos farrapos a deportação dos lusitanos suspeitos à causa liberal, listando mais de 400 nomes.
Em 2 de outubro de 1836, foi preso no combate da ilha do Fanfa, junto com outros líderes farrapos. Foi então enviado à barca Presiganga e depois enviado para a prisão de Santa Cruz e mais tarde para o Forte da Laje, no Rio de Janeiro. Em 15 de março de 1837, tentou fugir da prisão, mas por ser muito gordo, não conseguiu passar por uma janela. Em solidariedade, Bento Gonçalves também desistiu da fuga, na qual escaparam Onofre Pires e o coronel Corte Real. Depois desta tentativa de fuga, foi transferido para uma fortaleza do Brum no Recife.
Depois de anistiado, retornou a Porto Alegre, onde faleceu logo em seguida.
Pedro Boticário foi homenageado, tornado-se nome de uma rua do bairro Glória, em Porto Alegre.
(Fonte: Wikipedia)


A maior construção da avenidA

O Hospital Psiquiátrico São Pedro foi o primeiro hospital psiquiátrico de Porto Alegre. A construção do prédio foi iniciada no ano de 1879, tendo a primeira parte sido finalizada em 1884; o último pavilhão foi inaugurado apenas em 1903. A inauguração do hospital ocorreu em 29 de junho de 1884, no Dia de São Pedro, padroeiro do Rio Grande do Sul, e recebeu visitas ilustres, como a da Princesa Isabel.
Foi considerado um grande avanço para a época, visto que pessoas com problemas psíquicos eram então encarceradas em presídios. Chegou a ter cinco mil internos, mas está em estado de abandono e vem sendo desativado por motivo da atual preferência por estabelecimentos menores para este fim.
Em julho de 2007, cogitou-se utilizar os antigos casarões do hospital para abrigar um centro tecnológico. Representantes da empresa Dell Computers chegaram a visitar o local. A proposta não foi levada adiante pelo governo do Estado pela repercussão negativa da iniciativa. Entidades ligadas à área da saúde defendem que a área seja mantida como polo de saúde mental.
Em 29 de junho de 2009, no aniversário de 125 anos do hospital, a então governadora Yeda Crusius recriou uma força-tarefa para analisar formas de recuperar o prédio histórico de 12 mil metros quadrados. Em 2007, a estimativa era de que seriam necessários R$ 30 milhões para a reforma.



Imagem do Hospital Psiquiátrico São Pedro, no século 19. Nessa época o São Pedro era uma das maiores e mais importantes instituições para alienados do Brasil e nele trabalharam médicos renomados. Para construir o São Pedro, na então Estrada do Mato Grosso, hoje Avenida Bento Gonçalves, o governo do Rio Grande do Sul teve mesmo que se valer dos recursos oriundos da loteria estadual.