sábado, maio 31, 2008

ESEF, uma escola de ponta

Uma escola de ponta, reconhecida em todo o País pela sua qualidade do ensino. Assim é a Escola Superior de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, ESEF, também conhecida como “Campus Olímpico” da URGS e intimamente ligada à história do bairro, com o qual interage e mantém estreitos laços comunitários.
Afinal, é na ESEF que, todos os dias, centenas de pessoas vão fazer a sua caminhada matinal, correr, passear, praticar exercícios físicos ou então participar de cursos e eventos ligados à área da educação física e da saúde. “Às seis horas da manhã, quando abrimos o portão, já tem gente aqui na frente, esperando para entrar, e a grande maioria é das redondezas”, orgulha-se o professor e diretor da instituição, Ricardo Petersen, 55 anos. Com cursos de especialização nos Estados Unidos, Ricardo se formou na ESEF em 1973 e especializou-se em Desenvolvimento Motor.
Contando cerca de 800 alunos (700 na Graduaçãoe outros 100 na pós), nos cursos de licenciatura e bacharelado em Educação Física, a Escola dispõe de cerca de 40 professores e outros 45 técnicos administrativos.
São 11 mil metros quadrados de área construída e 12,5 hectares de área total.“Somos, sem dúvida, uma das melhores escolas do Brasil na nossa área”, afirma o diretor. Nos últimos anos, apesar das dificuldades financeiras inerentes ao ensino público (há apenas uma verba de 6 mil reais para a manutenção), a ESEF recebeu um grande impulso e vem procurando sempre inovar e oferecer coisas novas aos seus alunos e à comunidade. O fechamento das contas só é possível graças às rendas (cerca de 50 mil reais) obtidas com matrículas e mensalidades em diferentes atividades (a base de 50 reais por pessoa), como piscinas e ginástica para a terceira idade.
Tecnologicamente a Escola está em boa situação – são 130 computadores e equipamentos modernos, especialmente na área de pesquisa. “Temos também 35 programas de extensão e projetos financiados ou em parceria”, informa Petersen. Desses, 20 são voltados para a comunidade e 15 dirigidos a crianças e jovens.
TALENTO E MEMORIA - Um dos mais importantes projetos já implantados é o Centro de Lazer do Idoso, frequentado especialmente pelas mulheres (há apenas um homem) e com atividades diárias. “A procura é sempre muito grande e não podemos absorver todos os interessados”, revela o diretor.
Buscando, basicamente, formar profissionais em Educação Física, a ESEF desenvolve ainda uma produção científica própria, em um bem equipado laboratório. São estudos sobre a resistência humana, a precisão muscular, os efeitos das práticas esportivas, o desgaste os organismos, entre outros. É o chamado LAPEX – Laboratório de Pesquisa do Exercício, geralmente comandado por doutores e doutorandos de Educação Física (a Escola tem 28 doutores e seis mestres). Há também o Centro de Excelência Esportiva e um projeto de Detecção de Talentos Esportivos iniciado há dois anos. Neste caso vai-se às escolas e centros comunitários para se avaliar o potencial de atletas iniciantes que, caso aprovados, passam a fazer parte do Banco de Talentos. “É algo semelhante ao que se faz em Cuba e na Austrália, parte da idéia de transformar o Brasil em uma potência olímpica”, explica o professor.
Já o projeto de Excelência Esportiva consiste em avaliar atletas já consagrados, equipes e seleções, analisando o rendimento de cada um deles. Estão incluídos aí a avaliação das seleções de remo, canoagem, judô, esgrima, por exemplo, ou atletas laureados, como o judoca João Derli. Outro destaque é o Núcleo de Esportes de Base, aqui representado pela ginástica olímpica feminina (que pode revelar novas Daianes dos Santos) e pelo judô. Graças a um convênio, conseguiu-se a compra de modernos equipamentos no valor de quase 200 mil reais. “Temos um equipe de dez meninas e uma pré-equipe de mais dez, na faixa de 7 a 17 anos, embora o número total seja de 150”, informa Petersen.
JUDÔ, GRANDE DESTAQUE - Já o judô – outro grande destaque da ESEF – envolve 250 alunos e vem obtendo excelentes resultados. A ele se combina outra modalidade – a Luta Olímpica.
Com dois ginásios, um centro natatório, um galpão crioulo, oito salas de aula, uma biblioteca especializada no esporte, muito visitada por alunos de outras instituições semelhantes (e aberta à comunidade), um prédio administrativo, um bar, um prédio de musculação, uma pista de corrida e atletismo, locais para o tênis, além do laboratório, a Escola Superior de Educação Física tem várias formas de esporte e lazer abertas à comunidade, como a natação (para todas as idades), sem contar eventuais cursos, como o de Yoga. A instituição edita duas revistas especializadas e mantém intercâmbio com outras universidades, algumas delas do exterior. “Temos um convênio com a Universidade do Porto, em Portugal, sendo que vem gente de lá para cá e vai gente daqui para lá, dar cursos rápidos”, diz o diretor Ricardo.
Um projeto ambicioso, mas que ainda não deslanchou por falta de recursos, é o Centro de Memória do Esporte e que também englobará, no futuro, a dança. “A idéia é transformarmos ele em uma espécie de Museu, pela concepção moderna, com peças, doações, tudo, algo que não existe hoje no Rio Grande do Sul. Mas ainda estamos batalhando por verbas e o Centro está funcionando em local totalmente inadequado”, lamenta o diretor.
CACHORROS E MUROS – Não faz muito, a ESEF cercou-se de altas paliçadas de concreto à sua volta e centralizou entrada e saída em apenas uma torre de vigia. Com isso acabaram-se os problemas de falta de segurança dos últimos anos, já que a cerca de arame, especialmente no lado da Felizardo Furtado, tinha uma abertura que dava acesso a todo tipo de gente. “Entravam também muitos cachorros vadios e até cavalos de carroceiros das redondezas, que ficavam estacionados aqui dentro. A quantidade de cocô que recolhíamos era enorme”, conta o vice-diretor, Luis Fernando Moraes. Também foi contratada uma empresa de vigilância do local. “Hoje não temos mais problemas nessa área”, garante Moraes.
Funcionando em dois turnos, a ESEF não tem aulas de graduação à noite, muito embora sejam desenvolvidos outros tipos de cursos e atividades nesse período. “E só não abrimos no sábado por falta de recursos”, informa o professor .Os portões são abertos, de segunda à sexta, das 6 horas da manhã às sete da noite, período em que qualquer morador do bairro (ou de fora dele) pode frequentar esse espaço, que pode até ser considerado público. Outra coisa que pouca gente sabe: a Escola conta com um canil (paga-se uma diária) para hospedagem de cães – algo, sem dúvida, muito útil para quem mora sozinho e, ao viajar, não tem com quem deixar seu animal.


1963, o início


A ESEF está no Jardim Botânico desde julho de 1963 mas sua história remonta ao final dos anos 30, quando o Governo do Estado resolveu criar o Departamento Estadual de Educação Física por recomendação do Interventor Osvaldo Cordeiro de Farias. As profissões ligadas à area do esporte tinham sido regulamentadas naquele ano e o Rio Grande do Sul não quis ficar atrás. Foi então nomeado como diretor da Escola o capitão Olavo Amaral da Silveira. A seu lado estava um grupo de entusiastas – Valdir Calvet Echart, Frederico Gaelzer, João Gomes Moreira Filho e Max Hanke. Não havia um local centralizado e cada modalidade tinha aulas em diferentes pontos da cidade. O curso durava dois anos e a primeira turma formou-se em 1941 – eram 98 homens e 26 mulheres. Em 1942 a Escola transferiu-se para o Estádio do Cruzeiro, a “Colina Melancólica”. Em 1956 estava no prédio da Associação Cristã de Moços. No dia 21 de outubro de 1969 o ministro da Educação, Tarso Dutra, assinou o decreto de federalização da Escola, o que de fato só aconteceu a 16 de setembro de 1970, com a vinda do ministro Jarbas Passarinho e a presença do governador Pranche Barcellos.

sexta-feira, maio 30, 2008

itaborai

É, meus amigos. Hoje era pra sair o primeiro vídeo. Mas o Conselheiro, como bom analfabeto funcional, não conseguiu tal feito. Amanhã é outro dia. Tchau, hasta la vista.

quarta-feira, maio 28, 2008

Quarta-feira cinzenta

Quarta-feira chuvosa, tempo nublano, garoa fina. A previsão é de que o frio venha a se intensificar nos próximos dias.

terça-feira, maio 27, 2008

Simionovschi recorda do cabaré "Castelo Branco"

Nesta foto atual, a avenida Ipiranga à noite: muito diferente do tempo do seu Ruben, quando não havia luzes e nem sequer canalização. Em compensação, sobravam peixes. Leia a matéria abaixo. E mande seus comentários sobre as matérias: o blog está só começando, mas está aberto a todos os internautas.


Eram os anos cinquenta, que muita gente chama de “anos dourados”, e seu Ruben Carlos Simionovschi vivia a sua infância, adolescência e início da juventude. O local – o bairro Jardim Botânico – nem tinha esse nome, oficialmente.
“Em 1950, quando eu tinha oito anos, meu pai comprou uma casa na Guilherme Alves. Naquela época as ruas do bairro eram sem calçamento, somente com o passar dos anos elas foram recebendo melhoramentos, uma a uma – canalização do esgoto, calçamento”, relembra ele.
Aos 66 anos, ainda morador do Botânico (rua Surupá), seu Ruben revive essa época com grande riqueza de detalhes. “Para nos locomovermos, tínhamos a opção de ir até a Protásio Alves, na esquina com a Barão do Amazonas, ou seguir até o final da linha do bonde, que ficava na esquina da rua Carazinho. Interessante que a linha de bonde vinha em dois sentidos, tinha trilhos nos dois lados da Protásio, junto aos postes centrais, mas somente até a Vicente da Fontoura, onde acabava a linha Boa Vista. Os bondes eram tipo “gaiolas”. Depois dali a linha era de um só lado, até o final, na esquina da Carazinho.

"Outra opção era pegar um micro-ônibus na Barão do Amazonas, esquina com a Felizardo. A opção preferida pela maioria era mesmo o bonde para o centro da cidade, já que a passagem saía mais em conta. Lembro que o micro-ônibus era cara. Por exemplo, se a passagem do bonde fosse 0,50 centavos, a do micro-ônibus era 2,00. Depois de alguns anos, a linha de ônibus, já operada pela Secretaria Municipal de Transportes, foi estendida até a esquina da rua Serafim Terra com a Felizardo”.
Ele recorda que os ônibus variaram no decorrer dos anos: primeiramente movidos a gasolina, “depois uns ônibus importados, a diesel. Tivemos também ônibus “papa-filas”, cuja dianteira era um cavalinho, o ônibus vinha quase engatado nele”.
FAMOSO CABARÉ – Em uma época em que não havia televisão no Rio Grande do Sul os cinemas dominavam a cena. Ruben lembra: “Tivemos dois cinemas em Petrópolis. Um ficava nos fundos da antiga igreja de São Sebastião, na esquina das ruas Carazinho e João Abott, o Cinema Petrópolis. Já o Ritz, na Protásio, funcionou mais tempo, até ser demolido. Outra lembrança que eu tenho da Colônia Agrícola do Hospital São Pedro que ficava na área ocupada hoje pela SMAN e o Jardim Botânico. Os doentes trabalhavam no cultivo de hortaliças e alguns fugiam e ficavam perambulando pelo bairro.

No bairro, a “Vila São Luiz”, havia também muitos campos de futebol. Onde hoje é a ESEF, por exemplo, tínhamos quatro campos, muito frequentados, onde aconteciam torneios de futebol aos finais de semana. Além deste havia o campo da SMT, no final da Felizardo, esquina com a Buenos Aires. Onde hoje é a rua Pedro Pieretti existia o campo do Clube Amazonas e onde está o Bourbon eram dois campos também”.
Simionovschi recorda que na rua Cervantes, subindo a Dona Inocência, funcionava um famoso cabaré da cidade, o “Castelo Branco”, cujo prédio ainda existe, “porém sem o charme de antigamente.
“Sei dizer era frequentado por pessoas de algum poder aquisitivo. Lembro que a proprietária era uma senhora que tinha uma filha adolescente, como nós, uma filha muito promissora. Aquela parte alta do bairro era conhecida como Vila Russa”.
DOUTOR TÁCITO – Nos anos 50 não havia esgoto canalizado – os despejos corriam a céu aberto. A maioria das casas tinham latrinas e, algumas, fossa negra. “No início, cavei muito buraco para a nossa latrina”, revela Ruben. Quanto á água, naqueles tempos, já era tratada e canalizada, embora existissem determinados locais onde ela aflorava naturalmente do solo – os moradores mais antigos lembram das “bicas” da Praça Ararigbóia e da praça Nações Unidas.
Por esse tempo o arroio Dilúvio – hoje praticamente um esgoto urbano – exibia águas claras, boas para o banho e para a pesca. Ruben presenciou as obras de canalização e o calçamento da avenida Ipiranga. Ex-aluno do colégio Otávio de Souza, lembra dele todo de madeira - “construído no governo Leonel Brizola” - feito com táboas de “macho-e-fêmea” sobre pilares de concreto. Outra recordação é a da Chácara das Camélias, de cultivo de flores, e que começava na Ferreira Viana e terminava na altura do número 200 da Guilherme Alves. “Outra chácara era onde está o Conjunto Felizardo Furtado, de hortigranjeiros, os donos eram uma família, só recordo do nome de um dos filhos, chamado Raul. Outra ficava onde hoje está sendo anunciada a construção do Condomínio Allure, na Felizardo, uma chára de agrião, principalmente, do seu Ângelo, que tem descendentes no bairro – Zé, Luiz, filhos, noras, genros, netos”.
Outra pessoa da qual seu Ruben Simionovschi não esquece é do doutor Tácito Castro de Castro, um médico que atendia os pacientes em sua própria casa, na rua La Plata, defronte ao hoje Supermercado Gecepel. “Depois ele manteve o consultório em uma sala no prédio da Barão do Amazonas, em frente ao Posto Ipiranga, esquina Valparaíso. Ali, em uma das lojas, havia a Farmácia Idela, do casal Frontelmo e Léa e mais um sócio”.

segunda-feira, maio 26, 2008

Conselheiro X., 2006: ti-ti-ti e muitas histórias...











Você sabia que Albert Einsten, um dos maiores gênios da Humanidade, humilhava a própria mulher e desprezava os filhos? E que um dos seus filhos morreu em um sanatório para loucos, na Suiça?
Ou que o pai de Sharon Tate (foto), casada com Roman Polanski, o diretor do "Bebê de Rosemary", e morta por Charles Manson, disfarçou-se de hippie para apanhar o assassino da sua filha em uma comunidade de fanáticos religiosos?
Ou que Joelmir Beting, o comentarista econômico, nasceu pobre e trabalhou como bóia-fria quando era menino? E que foi dele, quando era comentarista esportivo, a idéia de fazer a placa do famoso gol de Pelé no Maracanã?
Ou que o escritor George Orwell, autor da "Revolução dos Bichos" e de "1984", livros em que denuncia os regimes totalitários, foi agente do Serviço Secreto inglês e, conta-se, entregou muita gente por ser simpatizante do comunismo?
E que a Talidomida, um remédio aparentemente inofensivo e calmante, causou deformações genéticas em milhares de crianças em todo o mundo no final dos anos cinquenta e início dos sessenta?
O que Frank Sinatra, italianinho pobre, costumava dizer "se eu não fosse um músico, teria me tornado um gângster"? E que foi graças aos chefões da máfia que ele voltou a ser um astro de primeira grandeza?
Ou que Ana Paula Arosio, no início da sua carreira de modelo e atriz, viu seu namorado suicidar-se quase na sua frente, por motivos de ciúme?
Clique à esquerda, nas postagem do Conselheiro X. de 2006 e saiba muito mais.

A inauguração do Condomínio Felizardo Furtado

Estava lá, na contracapa da edição de sábado, 30 de outubro de 1976 do jornal Correio do Povo, sob o título “Inaugurados Hospital da PUC e Bloco de 944 Apartamentos”:
“O Presidente da República presidiu, na manhã de ontem, os atos de inauguração do Núcleo Habitacional Felizardo Furtado, com 944 apartamentos, e o Hospital Universitário da PUC. Acompanhado pelo governador Sinval Guazzelli, pelo chefe do gabinete militar da Presidência da República, general Hugo de Abreu, e pelos ministros Rangel dos Reis e Arnaldo da Costa Prietto, o presidente chegou ao bairro Jardim Botânico, onde foi construído o núcleo habitacional, às 9 horas e 30 minutos, sendo aguardado pelo prefeito Guilherme Socias Villella, pelo diretor-superintendente do INOCOOP, Renato Eickstaed, e demais autoridades. Estudantes de todo o bairro e bandas marciais saudaram o chefe da Nação em sua chegada ao Núcleo Habitacional Felizardo Furtado. No local, o presidente Ernesto Geisel solicitou amplas informações sobre a obra que custou 130 milhões de cruzeiros, interrogando principalmente o diretor-superintendente da INOCOOP. A seguir entregou a chave de um apartamento a Eduardo Araújo, o primeiro morador do Núcleo”.

Na verdade o presidente Geisel havia chegado ao Estado na quinta-feira, seguindo imediatamente a Santo Ângelo, onde abriu oficialmente a colheita do trigo. Em seguida foi a Caxias do Sul e lá inaugurou o Centro de Tecnologia e Pesquisa da Universidade de Caxias do Sul, UCS.
Era, em essência, uma agenda política, pois estava-se às vésperas das eleições municipais (as únicas permitidas para cargos executivos) e Geisel queria dar “um empurrãozinho” no seu partido, a Aliança Renovadora Nacional, Arena. Ele também esteve em Estrela, sua terra natal, e em Bom Retiro, onde inaugurou outras obras e fez um discurso sobre a importância de “se votar bem”.
No Conjunto Felizardo Furtado, Geisel e comitiva descerraram a placa de inauguração, conheceram um apartamento e depois seguiram para o Hospital da PUC.
Durante a inauguração do conjunto habitacional, o Presidente da República foi saudado pelo presidente da Cooperativa Habitacional que construiu o “núcleo” (INOCOOP), Gilberto Rodrigues. Segundo transcreveu o Correio do Povo, Rodrigues, ao se referir à obra e ao presidente Geisel, falou em “libertação” dos trabalhadores:
“Esse momento, consagrado com a presença de Vossa Excelência, significa a libertação de 944 famílias de trabalhadores que passam da condição de inquilinos e peregrinos de tetos alheios, a proprietários da casa própria”.
Na verdade o Conjunto de 944 unidades, 8 prédios, 62 mil metros quadrados de obras (iniciadas em fevereiro de 1974), beneficiava famílias com renda mensal de cinco a oito salários mínimos – ou seja, era um condomínio para a classe média baixa. As prestações eram relativamente suaves (menores que o aluguel correspondente) e longas, o que atraiu um grande número de interessados.
A maioria dos apartamentos, de um, dois e três dormitórios (poucos), havia sido vendida na planta, antecipadamente. Um empreendimento desssa magnitude, é claro, atraiu a atenção do mercado imobiliário e de muitos especuladores que viram uma boa oportunidade de lucrar com a revenda dos imóveis, como se pode ver pelos anúncios classificados do Correio do Povo (o maior jornal da época). No domingo, 31 de outubro, lia-se no CP:
“Transfere-se vários apartamentos com um, dois e três dormitórios, living, banho social, cozinha e área de serviços. Conjunto novo com play-graud, estacionamento e área verde. Conj. Residencial Felizardo Furtado. Chaves em nosso poder. Diversos preços e condições. Tratar Riachuelo, 1513, s/loja, f.244471.” Outro anúncio, na mesma edição, dizia: “Preciso urgente de um apto no parque residencial FF. Negócio direto. Tratar f. 255004”. Dezenas de anúncios desse tipo – bem antes da data oficial da inauguração – saíam regularmente na imprensa.

* Para conhecer mais do Condomínio FF, e ver algumas fotos, clique nas postagens de "Abril (13)". O mesmo vale para o condomínio da CORSAN.

Botânico tinha mais de 4 mil domicílios em 2000

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, o Jardim Botânico contava (Censo do ano 2000), 11.494 habitantes, o que representava 0,84% da população do município. Destes, a maioria eram mulheres: 5.163 contra 6.331 homens - 1,61% eram analfabetos.
Considerando a pequena área do bairro (2,03 kms quadrados, ou 0,43% da área de Porto Alegre), a densidade demográfica chegava a 5.662,07 habitantes por quilômetro quadrado. O JB integra a Região 16 do Orçamento Participativo.
Oito anos atrás tínhamos aqui 4.171 domicílios, com um rendimento médio dos responsáveis por domicilio de 12,32 salários mínimos mensais – menor do que Petrópolis e superior ao do Partenon.
CIDADE RADIOCÊNTRICA
– O Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental, datado de 1999, divide o território de Porto Alegre em nove macrozonas. O Jardim Botânico faz parte da Macrozona 1, a chamada “Cidade Radiocêntrica”, englobando o território compreendido pelo centro histórico até a Terceira Perimetral.
Esta é considerada a área mais bem estruturada do município, uma região mista, residencial, comercial, de prestação de serviços e até de pequenas indústrias, com proteção ao patrimônio cultural. Ou seja, pode-se fazer muitas coisas por aqui, mas sempre dentro de regras que não alterem o perfil do bairro, a chamada “miscigenação”, ou “mistura de atividades”.
A Cidade Radiocêntrica inicia junto ao Laçador e segue pelas avenidas D. Pedro II, Carlos Gomes, Senador Tarso Dutra, avenida Salvador França, Aparício Borges, seguindo por Teresópolis, avenida Campos Velho (faixa preta) e Icaraí.
Oficialmente, a Prefeitura Municipal estimula, nesta área, uma grande variedade de usos dos terrenos e atividades, como hospitais, shopping centers, universidades, parques, centros culturais, sempre com o objetivo de que a população local tenha como atender as suas necessidades sem fazer grandes deslocamentos. É o que a Secretaria de Planejamento chama de “Corredores de Centralidade”. Já a região entre a Protásio Alves e o Porto Seco, por exemplo, é chamada de “Corredor da Produção”. Lá são estimuladas as atividades produtivas juntamente com as residenciais.

LIMITES OFICIAIS – Segundo a Prefeitura Municipal, o Jardim Botânico inicia no ponto de convergência da avenida Ipiranga (ponte do arroio Dilúvio), com a General Tibúrcio. Dali o limite segue pela Eça de Queiroz, Itaboraí e Machado de Assis. Da Machado vem até a Felizardo e encontra a Felizardo Furtado.
Da Felizardo Furtado segue até o limite norte com o Jardim Botânico e, por este limite, sempre por uma linha reta e imaginária, na direção oeste/leste, até a avenida Cristiano Fischer. Da Cristiano segue até a Ipiranga (linha do arroio Dilúvio), até novamente o ponto de convergência do arroio Dilúvio.

domingo, maio 25, 2008

A nova igreja


A nova igreja da paróquia de São Luiz, comandada pelo Padre Paulo, na rua Guilherme Alves, está em vias de finalização e irá dar um ar bem moderno ao catolicismo do bairro. Nesta foto, feita neste domingo, às 15 horas, a igreja aparece contra um céu encoberto pelas nuvens.

Arquivos implacáveis do tempo






O fim do veranico de maio e o baú do tempo

Domingo com tempo indefinido no Botânico. Cemeçou com sol, o céu nublou, abriu sol novamente e nesse vai e vem ninguém sabe como será a tarde.
Muita gente acordou cedo para assistir à Maratona Internacional de Porto Alegre, que teve o seu principal percurso pela Ipiranga, seguindo até a Antonio de Carvalho.
O certo é que a temperatura caiu sensivelmente durante a madrugada e agora não deve passar dos 16 ou 17 graus. É, o veranico de maio se foi.
DO BAÚ DE MEMÓRIAS
Dando seguimente às fotos do passado, retiradas da imprensa, mostramos hoje (como vocês viram, tivemos problemas na edição...) algumas da Fatos & Fotos de setembro de 1971. Jardel Filho - lembram dele? - ainda vivia e estava com a cabeça totalmente raspada para fazer a novela da Globo "O Homem que Deve Morrer". Jardel contracenava com Tarcísio Meira, esse senhor barrigudo que ainda aparece na telinha. Outor atores e atrizes conhecidos eram Glória Menezes, Cláudio Cavalcanti, Dina Sfat, Paulo José e Betti Faria.
A novela teve 257 capítulos (de junho de 1971 a abril de 1972, sucedendo aos Irmãos Coragem) e vários problemas com a Censura - vivíamos então sob o regime de exceção. A Globo jamais reapresentou O Homem Que Deve Morrer. Comenta-se que quase toda a fita foi destruída em um incêndio que atingiu a emissora em 1976.
NELSINHO - Outra foto do mesmo ano mostrava Nelson Motta - que recemente publicou uma biografia de Tim Maia - também com cara de menino. Hoje é um senhor de mais de 60 anos. Por fim, Garrincha, Elza Soares e Tostão, em foto tirada na Itália - um hoje beneficente entre veteranos de todo o mundo contra os veteranos italianos.

sábado, maio 24, 2008

Imponência




Um dos dois edifícios (condomínio Allure) que estão sendo erguidos entre a rua Felizardo e a Itaboraí, pela construtora Rossi, cada qual com 18 andares. A foto foi batida hoje, sábado, faltando 20 minutos para as três da tarde. A imponência da obra está visível contra o céu azul que fez esta tarde.
Na outra foto, também na Itaboraí, na tarde deste sábado, uma bela nuvem se alteia sobre os edifícios.
ANIVERSÁRIO
Agradecemos o convite da Igreja Evangélica Assembléia de Deus, localizada na rua Serafim Terra, 122. A igreja completou seu sétimo aniversário no bairro e comemorou a data com culto e apresentação de grupos musicais. Parabéns.

Homenagem ao bom humor


Para manter o bom humor neste sábado de tempo abafado, nada como lembrar de Sérgio Porto, o "Stanislaw Ponte Preta". Falecido de ataque cardíaco em 29 de setembro de 1968, carioca da gema que pegou os bons tempos da Cidade Maravilhosa, ele criou tipos inesquecíveis, como a tia Zulmira, o Primo Altamarindo etc., além de frases engraçadissimas´- "a sua ausência vem preencher uma lacuna".

O Conselheiro X. foi aos alfarrábios e descobriu esta foto de Sérgio Porto, retirada de um antiga revista Fatos & Fotos.

É sábado no Botânico




Ontem, sexta-feira, teve a feirinha da rua Felizardo Furtado, na calçada do condomínio. A feirinha, com excelentes produtos, especialmente frutas e verduras, acontecia antes na rua Itaboraí, lembram? Muita gente vem de diferentes partes do bairro para comprar aqui. A feira inicia na metade da tarde e vai até cerca de 21 horas.
Como hoje é sábado, um bom programa é pegar um cineminha à noite no Bourbon Ipiranga. Outra pedida é a peça "Causos do Guri de Uruguaiana", comédia com Jair Kobe, no teatro da AMRIGS, às 21 horas. O teatro é ali, pertinho da Salvador França, no outro lado a Ipiranga. Os ingressos custam 30 reais e podem ser comprados na hora.
Outras dicas de lazer: o pub da Felizardo, o pub da Serafim Terra, a churrascaria do 35 CTG, o Cavanhas, a Tia Zefa e, é claro, os restaurantes e lanchonetes do shopping Bourbon. Quem quiser subir a Petrópolis, sempre encontra o Barranco aberto.
A previsão meteorológica não fala em chuvas para os próximos dias. Ou seja, separe o guarda-chuva.

sexta-feira, maio 23, 2008

Ele quer vender!



Esta CB 400, marca Honda, está à venda por 2.500 reais. O dono, Hélio, morador do condomínio da CORSAN, na Iaboraí, garante que o produto é de primeira. Se você estiver interessado, mande um e-mail para minasvitor@terra.com.br.

Jean Pierre, o nome dele

O sujeito que foi baleado e morto, na noite de sexta-feira passada, na esquina da rua Felizardo com Barão de Amazonas, chamava-se Jean Pierre. Bandido conhecido (e com nome francês!), especialmente no Partenon e no morro da Conceição, não tinha mais do que 30 anos.
Quanto ao autor dos disparos, logicamente não se apresentou e nem há muito interesse em identificá-lo. O que se supõe é que seja da área de segurança, pois usou uma pistola para efetuar os tiros. Feriu mais um e colocou outro a correr.
Hoje é sexta-feira, o tempo está nublado e abafado. Vamos ver qual vai ser o saldo deste final de semana.
Falando em coisas boas: o 35 CTG - o pai dos CTGs do Estado - realiza mais uma de suas domingueiras neste dia 25, com apresentação do grupo Sul América. A propósito: o 35, localizado ao lado do Bourbon Ipiranga, completou 60 anos de existência. Parabéns a todos.
Para saber mais desta instituição do nosso bairro acesse www.35ctg.com.br
VIDEOS DO BAIRRO
A partir de amanhã, neste blog, estaremos adicionando vídeos sobre o cotidiano do bairro. E já começou a campanha de divulgação e panfletagem do Conselheiro X.

quinta-feira, maio 22, 2008

Ela, aos 14 anos


Vejam bem esta foto e esta moça. Ela tinha apenas 14 anos, saiu de Horizontina e ainda sonhava em se tornar uma top model. Mas ficou em segundo lugar...

A matéria da revista Veja parecia profética.

Amanhã a gente coloca a história toda.

Tempo nublado e quente no Botânico. É o veranico de maio.

quarta-feira, maio 21, 2008

Bush, aos 45 anos


O queridão aí da foto, como todo mundo sabe, é o atual presidente norte-americano, George Walker Bush, o "bushinho", filho do velho Bush, aquele que fez a primeira Guerra do Iraque. Retirada da revista Veja, edição de 11 de dezembro de 1991 - uma reportagem sobre os negócios nebulosos da família do então presidente, o pai - cita o filho como um dos possíveis tramposos. Ninguém então imaginava que o rapaz - na época, com 45 anos (hoje está com 61) - chegaria depois à Casa Branca e faria tudo o que está fazendo. Bush, filho, nasceu a 6 de julho de 1946 e, pasmem, é formado em História. Ah, e é também um ex-borracho - parou de beber há tempo, alegando que Jesus é quem o tirou do fundo da garrafa. Pensando bem, não seria melhor que ele continuasse bebendo?

terça-feira, maio 20, 2008

Charge

Criador do Macanudo Taurino - personagem gaudério que marcou época na imprensa gaúcha - Neltair Abreu, mais conhecido como Santiago - fez esta charge, muitos anos atrás. Mesmo sem a permissão do autor, republicamos a tira, que não perdeu a validade: afinal, quem não gostaria de colocar sua égua como "dependente" para fugir à mordida do Leão?

É o Pogressio...





É a nova paisagem do Jardim Botânico: à esquerda as duas torres do edifício construído pela Maiojama, há cerca de cinco anos, na esquina da rua Guilherme Alves com a Itaboraí. Agora, como a onda é de progresso acelerado, a construtora Rossi está levantando as suas duas torres gêmeas (que na verdade são três, pois duas são geminadas) do condomínio Allure, de dezoito andares, como se pode ver no canto à direita. O empreendimento é a maior obra imobiliário no coração do bairro dos últimos anos e, por atrair um público de maior poder aquisitivo, ajudará a mudar o perfil sócio-econômico do Botânico.

As torres do Allure, levantadas em ritmo firme e acelerado, deverão estar concluídas em janeiro do próximo ano. A foto acima foi batida da rua Itaboraí, por volta das 12 horas desta terça-feira, atrás do supermercado Gecepel.

Imagens de hoje na Ipiranga

Imagens de hoje, terça-feira, na avenida Ipiranga. Fez um belo dia de sol, com temperaturas batendo os 30 graus. O trânsito, nesta época, como sempre, foi aquilo que se costuma ver.

segunda-feira, maio 19, 2008

Violência e frente fria.


É, o Botânico não foge à regra e já não é aquele bairro meio tranquilo de um tempo atrás. E nem poderia: a violência está em toda parte e, com a abertura da Terceira Perimetral e o fato da Barão do Amazonas ter se tornando uma via de ligação entre a Zona Sul e Norte da cidade, os bandidos descobriram que roubar e assaltar por aqui não deixa de ser um bom negócio. É roubar e fugir.
Há semanas alguns deles - chinelos, é claro - andavam assaltando montados em bicicletas. Há quem diga que são das redondezas - e quando se fala em redondezas se fala na Cachorro Sentado e lá acima, no morro. Pode até ser injustiça ou preconceito, mas a fama tem algum fundamento.
Na madrugada de sábado, por volta das 3 horas, aconteceu um episódio que mostra bem a situação: houve um tiroteio na esquina da Felizardo com a Barão, um sujeito foi baleado e outro morto com não sei quantos tiros. O comentário geral é de que estariam roubando por aqui e alguém - que ainda não se sabe a identidade - reagiu e meteu bala. É o que se comenta.
Muita gente festejou e quer o cara para herói. De qualquer forma não deixa de ser triste constatar que já estamos entrando nessa do olho por olho e dente por dente.
A propósito: a meteorologia previu chuva para este domingo. Bom, é segunda-feira e o céu está tão azul quanto a camiseta da celeste olímpica. Será que a "frente fria" desviou para o mar, como eles sempre dizem nesses casos? Aproveitem o clima seco e lavem as roupas, ok? (Conselheiro X.)

sexta-feira, maio 09, 2008

Educação é isso

Frase afixada em um bar popular:
"A educação pode não valer muita coisa, mas a falta dela pode lhe custar caro".

quinta-feira, maio 08, 2008

Hoje, a rendição nazista

Hoje, dia 8 de maio, para quem se liga em História, é a data da rendição oficial da Alemanha nazista para as forças aliadas - 8 de maio de 1945. A guerra ainda prosseguiria, entre Estados Unidos e Japão, que só se rendeu em agosto, depois da explosão daquelas duas bombas atômicas, uma sobre Hiroshima e a outra, três dias depois, sobre Nagasaki.
A Alemanha se reergueu e hoje é uma das grandes potências mundiais. Em dez anos já estava em melhor situação econômica do que a Inglaterra, uma das potências vencedoras. É por isso que a gente tem que respeitar a alemoada e sua imensa capacidade de trabalho. O que seria, por exemplo, do Rio Grande do Sul sem os imigrantes que para cá vieram?
A propósito: o Jardim Botânico, especialmente em sua parte alta, já se chamou Vila Russa. Dizem que havia uma colônia de russos instalada aqui. Mas há poucos dados a respeito e até o historiador que faz o "Almanaque Gaúcho", da Zero Hora, diz quase nada saber a respeito. Porém esses russos do JB (então a "Várzea de Petrópolis") vieram bem antes da Segunda Guerra. Onde estão seus descendentes?

quarta-feira, maio 07, 2008

Novidades na biblioteca da PUC

Passada a tempestade que tantos danos causou, (no Condomínio Felizardo Furtado um pinheiro quebrou e caiu, obstruindo uma das entradas), surge este céu de um azul esplendoroso. As ruas já estão secas, veio o frio e todo mundo já retirou os cobertores do armário.
O riacho, que estava quase transbordando, está agora relativamente calmo. Ontem avistei uma cadeira boiando mansamente em suas águas sujas. Dizer que ali havia peixes, há cerca de três décadas...
Por falar nessas coisas, onde foi parar o nosso morador de rua número um, o indefectóvel Fernando?, aquele altão cabeludo que não aceitava esmolas, não bebia e a respeito do qual tantas histórias rolaram, especialmente sobre o seu passado - que havia sido médico, que havia sido advogado, etc. Pois não é que a figura sumiu.
Mudando de assunto: a biblioteca da PUC, uma das opções culturais de quem vive no Botânico, está se reestruturando completamente. Além de ampliar o horário até as 22h40min, agora também abre aos sábados, das 9 às 17h30min, algo que não acontecia antes.
Internamente, tudo se alterou, uma modificação radical que colocou escadas rolantes ligando os três andares, elevadores disponíveis ao público, ar condicionado e alterações na estrutura interna. Por exemplo, os periódicos agora estão misturados aos livros, em uma espécie de amostra temática, ou por assuntos. Novas mesas foram instaladas, embora, infelizmente, as publicações mais antigas, as coleções, não estejam mais à mão dos leitores, que precisam informar o que querem para que os bibliotecários sigam a não sei qual andar a fim de buscá-los. Isso, eu acho, não é bom - o sistema antigo era melhor.
Funcionando no prédio 16, aquele altão, fiquei sabendo que todo o prédio vai ser futuramente ocupado pela Biblioteca. Boa notícias. De igual forma, fiquei sabendo, através de uma bibliotecária veterana, que eles pretendem abrir o local aos domingos, o que é ótimo. Se não foram ainda, vão lá conferir. O ambiente é ótimo, aberto a qualquer um, e dá para passar horas agradáveis lendo o que se quiser.
Outra biblioteca aberta à comunidade é a do colégio Otávio de Souza, bem mais modesta, logicamente, mas que funciona também à noite (menos aos finais de semana), até às 10 horas. Quem quiser, pode fazer uma ficha de inscrição e retirar livros e levá-los para casa. Até amanhã. (Conselheiro X.)

segunda-feira, maio 05, 2008

Você já foi ao Botânico?


Por incrível que pareça, muitos moradores do JB - inclusive aqueles mais antigos - nunca colocaram os pés no Jardim Botânico, a instituição que dá nome ao bairro. Bom, sempre é tempo, especialmente se você tiver crianças pequenas ou simplesmente optar por momentos de relax, tranquilidade e prazer junto à Natureza.
Pode-se caminhar livremente por toda a área, visitar o Museu de Ciências Naturais ou então se sentar em um dos bancos de madeira, junto ao laguinho, observando as tartarugas e os peixes que ali vivem livremente. Em bonitos dias de sol, é um programa que pode anteceder ou suceder um bom churrasco no CTG 35, uma pizzaria ou um almoço familiar.
Desnecessário dizer que o Jardim está situado na Salvador França, 1427, um dos trechos da Terceira Perimetral. Para quem vem de outros bairros, o acesso é fácil, tanto a pé, como usando as linhas municipais de transporte coletivo: a própria linha Jardim Botânico (L.40), a Petrópolis/PUC (L.476), o T2 e o T11, além da lotação Jardim Botânico.
Maiores informações pelo Tel.: 3320.2024 ou acessando o site jbotanico@fzb.rs.gov.br
* O Jardim Botânico fica aberto de terça a domingo, das 8 às 17 horas. Os ingressos são de R$ 2,00 para adultos, r$ 1,00 para pessoas com mais de 60 anos e estudantes. Crianças menores de 12 anos não pagam. O ingresso, comprado na bilheteria de entrada, dá também acesso ao Museu de Ciências Naturais, com suas várias exposições.
Para conhecer a história do Jardim Botânico de Porto Alegre basta você clicar nas postagens do mês de "abril" do nosso blog, na parte esquerda da tela.

O ciclone, aqui e lá

A coisa foi muito pior do que se poderia imaginar. Com esse ciclone extra-tropical, o Jardim Botânico sofreu como não sofria há muito: faltou energia repetidas vezes (inclusive no final do jogo em que o Internacional goleou o Juventude por 8 a 1, no domingo), algumas ruas alagaram e várias árvores foram derrubadas pela força do vento. Pessoas ficaram presas em elevadores e, em apartamentos e residências, voltou a se apelar para as tradicionais velas de cera ou liquinho a gás.
Para complicar, a Net caiu e, com isso, quem tem Internet também ficou na mão, com o sinal indisponível. A própria tevê convencional saiu fora do ar. Foi quase o caos.
A torcido do Inter, porém,. não tem do que reclamar. Assim como o ciclone climático, houve um ciclone dentro do Beira-Rio: o colorado passou como tufão pelo time da Serra.
Agora, manhã de segunda-feira, o sinal da Net voltou, a Internet também, e tudo indica que a situação vá se normalizando aos poucos. (Conselheiro X.)

sexta-feira, maio 02, 2008

As vítimas da chuva e da pressa

É sexta-feira e chove em Porto Alegre. Chuva miúda e persistente, tempo fechado, muitas nuvens. Ou seja, tempo ruim para motoqueiros e motoristas em geral. Imagino que, neste momento, a Terceira Perimetral tenha várias poças de águas e, como sempre, alguns acidentes. Para quem não sabe, o trecho campeão de acidentes na Capital é a esquina da Salvador França com a Ipiranga, tanto no lado de lá como no de cá. Isso é estatístico, diz a Prefeitura: o local superou a esquina da Silva Só como a Ipiranga em número de acidentes. Culpa, geralmente, dos próprios motoristas, quase todos apressadinhos, que não respeitam quando dá o sinal vermelho e não têm nenhuma consideração pelo amarelo. Como é cruzamento, dá no que dá. Os donos de guinchos fazem a festa.
Via expressa, a Terceira Perimetral é, hoje, um amontoado de sinaleiras, muitas delas sem nenhum sentido. Ali, próximo ao Fome Zero (do nosso amigo André), há duas em uma distância de pouco mais de 50 metros. Afinal, prá que simplificar, se dá para complicar? Acho que esse Perimetral deveria ser repensada em muitos pontos.
Lembro de quando a Salvador tinha apenas duas pistas de um asfalto mal conservado, uma pista de ida, outra de vinda, além de muitas casinhas de madeira que estão sumindo para dar lugar a novos empreendimentos comerciais e imobiliários. Naquela época os alagamentos eram constantes e as margens, um barral só. Veio a super obra, o fluxo de veículos se multiplicou e os motoristas porto-alegrenses continuam os mesmos: os mais abusados do Brasil, tanto que nunca respeitam a faixa de pedestre.
Vejam o caso do Bourbon, na rua Guilherme Alves. Eles simplesmente não deixam os pedestres passarem, na entrada do estacionamento, embora haja uma faixa de segurança ali, já bastante desbotada.
Bom, a previsão é de que este final de semana seja assim, chuvoso e cinzento. Segunda-feira, com certeza, as seguradoras de automóveis terão contabilizado um bom número de casos de abalroamento e as tele-entregas registrarão inúmeras derrapadas que acabarão com ossos quebrados em algum leito do hospital de Pronto Socorro. (Conselheiro X.)