Jardim Botânico, Porto Alegre. Fundado em 2006 por Vitor Minas. Email: vitorminas1@gmail.com
quinta-feira, julho 31, 2008
Os 20 anos do "Verão da Lata" e do Solana Star
O episódio do Solana Star virou lenda: navio procedente da Austrália (outros dizem que da Indonésia), com destino aos Estados Unidos, carregado com cerca de 20 mil latas de maconha (22 toneladas), (1,25 kg cada lata), das quais apenas 10% foram apreendidas - o restante foi jogado ao mar e acabou chegando às praias brasileiras, no trecho entre o Espírito Santo e o Rio Grande do Sul.
FEPPS é um centro de excelência em saúde
Difícil imaginar que aqui trabalhem 420 funcionários, em dois turnos de trabalho, produzindo medicamentos para toda a rede pública de saúde do Estado – analgésicos, anti-hipertensivos, diuréticos e até morfina.
quarta-feira, julho 30, 2008
Parque Ararigbóia surgiu na década de 40
A enchente de 1941 paralisou o Rio Grande
Foi, de longe, a maior calamidade natural que castigou o altivo Estado gaúcho, então com menos de 3 milhões de habitantes. As chuvas iniciaram em abril e se estenderam por mais de três semanas, deixando 25 mil quilômetros quadrados do Estado submersos e um contigente de 80 mil flagelados somente na Capital. O flagelo, no entanto - e ao contrário do que se pensa - atingiu todo o Estado. Grande parte das lavouras e mesmo do rebanho bovino se perdeu sob as águas. A Indústria Renner - então a maior da Capital - deu férias para seus mais de dois mil empregados, e podia-se andar de barco no interior de suas instalações na Zona Norte. Os casos de doenças (leptospirose, especialmente) foram reduzidos, graças a uma bem orquestrada campanha de saúde e de vacinação. A ameaça de uma epidemia de tifo e de febre tifóide não se concretizou.
Dezenas de cidades ficaram isoladas, faltaram alimentos, energia e água potável e praticamente todos os meios de transporte terrestre pararam. Todos os Estados da federação - incluindo o distante e humilde Piauí - mandaram donativos e auxílio para a população gaúcha. Os Estados Unidos, a Alemanha (o Brasil ainda estava neutro na Guerra), a Itália e até o Japão fizeram o mesmo, enviando recursos em dinheiro.
terça-feira, julho 29, 2008
CTG 35 é o marco fundamental do gauchismo
Pai dos Centros de Tradições Gaúchas, berço do movimento tradicionalista, o 35 CTG está no Jardim Botânico desde 1975, em um terreno próprio ao lado do Bourbon Shopping, na avenida Ipiranga.
Ponto de referência no bairro, com sua churrascaria, seus eventos culturais, sua domingueira, o 35 atrai não só a gauchada costumeira - dos quais a maioria são crianças e jovens - como também turistas dos mais diferentes locais - turistas, visitantes e curiosos que desejam conhecer um pouco da vivência, da história e dos costumes e hábitos gauchescos.
"Somos uma sociedade cultural e recreativa, aberta a todos, com regras próprias", informa Luiz Clóvis Fernandes, durante seis anos patrão da entidade e que hoje é uma espécie de faz-tudo do local. Com cerca de 5 mil sócios, o 35 mantem departamento cultural, artísticos e a culinária típica campeira, do qual a churrascaria Roda de Carreta (que existe há 25 anos) é uma espécie de mostruário, muito embora sirva também buffet normal diariamente. Funcionando diariamente, a Roda de Carreta, com seu espeto corrido (é um dos poucos locais do JB que tem chopp), só não abre aos domingos à noite.
ATIVIDADES - O 35 CTG não pára nunca, com suas atividades diárias, e aluguel de espaço (são 2.100 metros quadrados de área construída) a terceiros, além de venda de souvenires gaúchos - camisetas, bottons, etc. Isso garante a renda que permite a manutenção da entidade, algo que nem sempre é fácil, como diz Clóvis.
Além das atividades internas, há ainda as campeiras, como cavalgadas e rodeios. Com a proximidade da Semana Farroupilha, em setembro, o 35 se torna ainda mais frequentado. "Temos cerca de 300 pessoas que participam das mais diferentes atividades, como grupos de dança, e a participação dos jovens é expressiva", afirma Clóvis, para quem "o tradicionalismo é estável, se mantem".
O Movimento Tradicionalista Gaúcho foi fundado, oficialmente, em 1948, pelo chamado "grupo dos oito", uma iniciativa que buscava resgatar e valorizar a cultura gaúcha no pós-guerra, quando a influência norte-americana se propagava pelo mundo. O 35 foi fundado em 24 de abril de 1948 - completou 60 anos recentemente. Do "Grupo dos oito", restam dois vivos - dos quais um é o ícone Paixão Cortes, um dos mais destacados folcloristas brasileiros.
TCHÊ MUSIC - Quando se fala em tradições gaúchas, se fala no 35. Não fa muito, a atriz e apresentadora Regina Casé esteve aqui, gravando um programa televisivo que foi para o ar em rede nacional, pela Globo.
Guardiã dos hábitos e costumes culturais do Rio Grande do Sul, a entidade, entretanto, não parou no tempo e convive harmonicamente com algumas novidades, como o chamado "Tchê Music", um movimento musical híbrido que mesclou ritmos gauchos com outras influências.
O Tchê Music faz muito sucesso comercial nos Estados do Sul e Centro-Oeste, e gerou algumas irritadas manifestações dos tradicionalistas. Mas Clóvis diz que o 35 não tem nada contra esta novidade, que eles não aceitam como música gaúcha, mas dizem respeitar. Embora sejam vetados de participar nas dependências do CTG.
"É algo válido, até porque eles precisam sobreviver, ganham um bom dinheiro com isso, fazem sucesso comercial, abriram uma nova frente. Não temos nada contra, e vou lhe dizer que a maioria deles nasceu aqui dentro. E, quando tocavam músicas gaúchas, eram excelentes."
Conservador por natureza, o CTG - ao contrário do que muitos pensam - não exige pilcha (o traje gaucho típico) para quem vai frequentá-lo. "À exceção dos fandangos, quando a pilcha é obrigatório, a pessoa pode se apresentar com traje esportivo discreto", esclarece o tradicionalista.
"O tênis também é permitido, até porque é da vestimenta dos jovens", diz Clóvis Fernandes, um empresário natural de Santana do Livramento, sócio do 35 há 44 anos e que reside no bairro Partenon.
SERVIÇO
35 Centro de Tradições Gaúchas - av. Ipiranga, 5300, Jardim Botânico, Porto Alegre.
Tel.: (510 3336.0035 e 3336.0795
Endereço eletrônico: www.35ctg.com.br
Dia chuvoso, dia cinzento: final do mês de julho
Dia chuvoso, dia frio, dia cinzento, dia em que nenhuma roupa seca. Assim foi a manhã e a tarde de hoje em toda a Porto Alegre, neste final do mês de julho. Na avenida Ipiranga o arroio subiu e as pistas ficaram encharcadas. Nas calçadas, nos dois lados, passantes de guarda-chuva tinham carros de faróis ligados ao seu lado - como pode se ver nesta foto. E o pior é que, segundo os meteorologistas, esse tempo deve persistir até o final de semana.
Professora Liramar agradece reportagem
Quero dedicar a uma amiga especial que me ensinou a ligar o computador e a trabalhar com esta máquina poderosa. Também quero dedicar este artigo a todos os meus amigos e colegas desta escola que ao longo destes anos convivi e que por aqui já passaram, deixando uma valiosa herança do saber neste Colégio que todos conhecem por Otávio de Souza, cujo histórico foi brilhantemente aqui abordado e a todos os meus colegas de trabalho que comigo atuam formando uma grande equipe. Amo minha profissão, tenho amor em tudo que faço e dedico a maior parte do meu dia para minhas atividades profissionais, não esquecendo o meu lado mãe, o trilhar pela dignidade com a construção.
Ao tomar posse em 02/01/2002, era consciente dos encargos e deveres que teria pela frente, torcia por inspiração e força para poder desempenhá-lo e cumpri-lo de modo a honrar a confiança depositada pelos meus colegas e comunidade (Pais e alunos). Poderia, também, falar sobre o sonho que acalentamos, durante as nossas vidas, o sonho de um novo perfil administrativo. Há cerca de seis anos, discutíamos sobre o que chamávamos de inversão na educação, hoje, olhando o passado recente já podemos visualizar grandes mudanças, como o salto de qualidade. No entanto, creio que devo agradecer, pois este é um momento de agradecimento. Seria impossível deixar de registrar o quanto me orgulho, de poder saber que esta matéria que aborda o histórico do Colégio Estadual Professor Otávio de Souza, com zelo, eficiência e dedicação, com sentimento de carinho, compreensão e reconhecimento, registrando a realidade do trabalho diária de nossos grandes colegas, como:
Na defesa do meio ambiente
Das fichas de alunos infreqüentes – FICAI.
Na preocupação de incluir nosso aluno, aquele desprovido de recursos, no mundo digital.
No desenvolvimento de projetos como, “A pintura do muro com obras de Mário Quintana”.
Atualmente, o desenvolvimento do projeto pelos “Cem Anos de Machado de Assis”, onde os alunos pintarão os muros internos da escola com obras do poeta, fora isso, ouso dizer que o próprio nos deu a honra de visitar nossos alunos, em salas de aulas, pelo pátio, na sala dos professores e outros setores da escola (com caracterização e interpretação de nossa ex-aluna, colega, funcionária e formanda do curso de pedagogia, Tatiana Emilena).
O projeto de reciclagem do lixo, desenvolvido desde a pré-escola até o Ensino Médio.
A criação da Biblimóvel , que leva a leitura para dentro da sala de aula.
A hora do conto, desenvolvido pelas colegas que atuam na biblioteca da escola.
Das parcerias, para atendimento aos alunos com dificuldades de aprendizagem, com o Instituto Bion, C.T- Centro Terapêutico, Exército da Salvação.
A participação e oportunidade dos nossos alunos de aprenderem uma profissão, através do “PROJETO PESCAR”.
Do espaço que procuramos criar para que os professores possam se reunir para realizarem seus planejamentos do ano, com constante revisão e mudança conforme realidade da turma em que atua.
Recentemente, ocorreu em nossa escola dois dias de “Jornadas Pedagógicas”, onde os professores tiveram espaço para assistir um filme, intitulado “Escritores da Liberdade” e após discutir o nosso verdadeiro papel hoje na educação... No segundo dia de Jornada, os professores tiveram palestras com as professoras Luciane Pereira da Silva, que abordou o tema “DIVERSIDADE ÉTNICA” e a professora Lídia Prokopiuka, com o tema “PROFISSÃO PROFESSOR-MOTIVAÇÃO”.
Ainda necessitamos anunciar que nossa escola foi escolhida dentre mais ou menos 185 escolas do Rio Grande do Sul, para apresentar um projeto que pudessémos ter aprovação pelo Ministério da Educação, que desenvolve hoje em todo o Brasil o PDE- Projeto de Desenvolvimento Escolar e com muito orgulho após incansável dedicação de um grupo denominado de grupo de sistematização que com a direção da escola viram sua proposta aprovada e com isso nossa escola receberá recursos pedagógicos e financeiro para colocar em prática o mesmo através de um “LABORATÓRIO DE APRENDIZAGEM”, onde os alunos em horários inversos ao seu turno de estudo formal, terá a sua disposição professores que o auxiliarão nas dúvidas em conteúdos não atingidos nas disciplinas de matemática, português e ciências do ensino fundamental em primeiro plano. Bem, preciso ressaltar que a professora Denise Cardoso, colocou em prática este projeto em meados de abril e conseguiu ótimos resultados na disciplina de ciências. Na última reunião pedagógica do semestre pode-se constatar esses resultados através da amostragem de gráficos, apresentados pelo Departamento de Supervisão Pedagógica, maravilhosooooooo...
Afora tudo isso,a comunidade já é sabedora que nosso aluno tem a sua disposição um laboratório de informática, que ao ser agendado com antecedência, o aluno terá acesso on-line para complementar seu conhecimento.
A estes e a tantos mais projetos, idéias que surgirem estaremos sempre atentos e não dispensaremos as oportunidades, portanto o doutor Otávio de Souza, estava certo e quando em maio de 1942,criou nosso colégio, já sabia que um dia chegaríamos até aqui. Mas não podemos parar, outros nos sucederão e com eles novas idéias, novos projetos... pois nossos alunos não podem perder, é preciso dar sempre mais, porque sabemos que a grandeza de um País é medida pela cultura de seu povo.
Tenho que agradecer pela postura, pelos princípios, pela correção e pela responsabilidade e o reconhecimento de nosso trabalho por muitos da comunidade. De igual maneira, pelo Circulo de pais e Mestres (CPM), de todos seus membros o apoio que tivemos, conhecendo, vivendo intensamente as questões mais desesperadoras como a falta de verbas... Não poderia deixar de expressar a minha gratidão à forma respeitosa, construtiva e independente com que efetivamos nossas relações. Este reconhecimento, faço nas pessoas que sempre ali estão trabalhando e tentando achar a melhor forma , o melhor caminho que possa beneficiar o nosso aluno. Aproximar a escola da comunidade, tem sido nosso grande desafio, mas não perdemos a esperança e como bom gaúcho, temos como lema “Não tá morto quem peleia”. Com a música “EPITÁFIO”, dos Titãs, que além do dever de amar mais e também de chorar mais, é preciso ver o sol nascer, e, assim,aceitar as pessoas como elas são,pois cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração.Já com a poesia de Jorge Luiz Borges, se pode perceber que não se deve tentar ser tão perfeito, e sim relaxar mais,pois a vida é feita só de momentos. No esforço de dirigir esta escola, durma pouco, sonhe mais, pois a cada minuto em que se fecha os olhos perde-se segundos de luz. Esta é a lição de Gabriel Garcia Marques, que corretamente nos diz que se deve dar valor às coisas e aos momentos, não pelo que valem mas sim pelo que significam.
Portanto:
CONSELHEIRO X- O JORNAL ELETRÔNICO – do bairro Jardim Botânico, queremos deixar registrado...”SE EM HORA DE ENCONTROS PODE HAVERTANTOS DESENCONTROS,QUE A HORA DA DESPEDIDA SEJA,TÃO SOMENTE, DE UM VERDADEIRO, PROFUNDO E COLETIVO ENCONTRO.”
Conte com todos nós...obrigada!!!!!!!!!!!!!!
Professora Lira Garcia –(Diretora do Colégio Estadual Professor Otávio de Souza)
segunda-feira, julho 28, 2008
Duas imagens do bairro
Bourbon mudou o perfil do Jardim Botânico
Visto da Ipiranga, torna-se ainda mais grandioso – e quem não se lembra dos vários anos da sua construção, em um terreno que faz parte da história do JB, com dois campinhos de futebol varzeano? Pois ali (avenida Ipiranga, 5200), em 16 de novembro de 1998, implantou-se o Borbon Ipiranga, empreendimento do grupo Zaffari, empresa que fatura mais de 1,5 bilhão de reais por ano, emprega cerca de 8 mil pessoas e é a quarta maior receita do setor no Brasil e a única entre as quatro grandes redes de supermercados com capital cem por cento nacional.Fazer compras ou simplesmente passear no shopping Ipiranga é um programa quase obrigatório para todos os moradores do Jardim Botânico e dos seus arredores. Pudera: de porte médio, acolhedor, com 70 mil metros quadrados de área construída, 52 pontos comerciais, vários quiosques de serviços, uma praça de alimentação com 700 lugares, o local conta ainda com um hipermercado aberto das 8 horas da manhã até à meia-noite e que também funciona aos domingos.Ali é possível se assistir aos mais recentes lançamentos cinematográficos, para todas as idades, em algum dos oito cinemas da marca Cinemark, inclusive em horários matinais, a preços reduzidos. Nerão se encontra um bom chope, uma comida portuguesa (restaurante Calamares), café e música ao vivo, além de concertos comunitários e cantores e instrumentistas de qualidade que tocam na praça de alimentação, não só música popular brasileira, como pop, rock, baladas, bossa nova.No interior do Ipiranga estão vários caixas eletrônicos, uma agência da Caixa Econômica Federal, uma casa de jogos e uma banca de revistas extremamente sortida, com centenas de títulos em todas as áreas. Há, ainda, mais de uma dezena de telefones públicos, banheiros em perfeito estado de limpeza e fraldários. Externamento, no subsolo, o estacionamento abriga centenas de veículos.
Costuma-se dizer que o Zaffari não briga por preços pois disputa um segmento mais abastado. No ano de 2004 a rede faturou 1,3 bilhão de reais, com receita por metro quadrado de 11,2 mil reais – maior que o líder mundial norte-americano Wal-Mart.
No Rio Grande do Sul, o Zaffari compete com o grupo Sonae (marcas Nacional, Big e Maxxi), que agora pertence a Wal-Mart. Nada mau para uma empresa que iniciou em 1935, quando o fundador Francisco José Zaffari e sua esposa Santini de Carli montaram uma pequena loja de comércio na Vila Sete de Setembro, no interior de Erechim. Anos mais tarde a empresa expandiu-se para Herval Grande.
Nos anos cinquenta os negócios iam tão bem que a família inaugurou as primeiras filiais nas localidades vizinhas e, em 1960, chegou a Porto Alegre, abrindo um atacado. O Zaffari atua, desde os anos 80, na industrialização e comercialização de alimentos e é dono, hoje, das marcas Café Haiti e biscoitos Plic-Plac.
Na inauguração, Arthur Moreira Lima
A inauguração do Bourbon foi uma solenidade e tanto: naquele dia 16 de novembro de 1998 mais de 2 mil pessoas se acotovelaram na esquina da Ipiranga com Guilherme Alves para assistir aos festejos e aos discursos.
Primeiramente, o consagrado pianista carioca Arthur Moreira Lima executou o hino nacional brasileiro. A orquestra e o coral da PUC também se apresentaram para o público e para uma comitiva de autoridades que incluía o prefeito em exercício de Porto Alegre, José Fortunatti. A matriarca da família Zaffari, dona Santina, viúva do fundador Francisco José, fez o corte da fita inaugural, tendo ao seu lado o diretor-superientende da Cia Zaffari, Marcelo Zaffari. Disse Marcelo: “Este shopping é uma flor com pétalas de concreto e vidro que se abre no bairro Jardim Botânico para tornar Porto Alegre ainda mais bela e agradável”.
PRÉDIO INTELIGENTE – Concebido pelos mais modernos padrões arquitetônicos, tendo em vista a satisfação e o bem estar dos clientes e visitantes, o Bourbon ocupou 1350 empregados diretos na sua construção. O terreno tem 39 mil metros quadrados (dos quais o hipermercado ocupa 10,8). Um sistema de última geração controla toda a infra-estrutura do prédio: climatização, segurança das portas, rede hidráulica e até a refrigeração automática dos alimentos. A energia elétrica é garantida por três subestações que atendem de forma independente os cinemas, o shopping e o hipermercado.
O Borbon faz parte dos chamados “prédio inteligentes”, tanto que, em caso de queda da energia elétrica, ela é automativamente ativada por um sistema automático que garante energia contínua por mais 24 horas, bem como a regulagem da temperatura do ar condicionado central. A obra, que revolucionou a vida do Jardim Botânico, trouxe inúmeros benefícios para a comunidade. A ponte sobre o Dilúvio, na Guilherme, por exemplo, foi construída naquela ocasião, em uma parceria entre a empresa e a Prefeitura. Também foram asfaltadas as ruas em volta do complexo, foi aberta a 18 de Setembro para o tráfego e se investiu em iluminação pública e em obras do esgoto cloacal na Guilherme Alves, na 18 de Setembro e na avenida Ipiranga. Por outro lado, a associação dos moradores (da época) acompanhou de perto todo o processo de instalação. Em reunião com representantes da Cia Zaffari, a AMAJB (conforme a então secretária Laura Ferreira) cadastrou cerca de 500 moradores do bairro e imediações que desejassem trabalhar ali, sujeitos posteriormente ao processo de triagem e seleção.
Seu Pedro, colorado que chegou ao JB em 59
Um casal que sai com um violão no braço
domingo, julho 27, 2008
Nescau existe até hoje - sucessivas gerações já consumiram este produto, em criança. Nesta gravura vemos uma antiga publicidade de Nescau, possivelmente dos anos 50..
Clique na imagem para ampliá-la.
* Totalmente desenvolvido no Brasil, Nescau é líder nacional no mercado de achocolatados instantâneos. Sua história começa em 1932, quando o produto - feito aqui - foi lançado, pela Nestlé, não somente no Brasil como na Itália, Espanha, Argentina e França.
Inicialmente, a Nestlé não investiu em sua publicidade, e colocou seu nome de "Nescáo", recomendando-o às mães preocupadas com a nutrição de seus filhos. "Nescáo, fortifica, alimenta e engorda", era então o slogan.
Embalado em uma lata de aço, teve seu nome mudado para o atual Nescau em 1954, já que a maioria das pessoas confundia o acento, lendo e pronunciando o nome como "Nescão".
Homenagem aos avós
A missa em homenagem ao Avós, pela passagem do seu dia (sábado), aconteceu às 18h30min de ontem, na igreja de São Luis Gonzaga, na rua Guilherme Alves. O padre Paulo Kunrath deu a bênção a todos.
A paróquia - que completará 40 anos de existência no próximo dia 15 de agosto - sedia diferentes atividades comunitárias, entre as quais as reuniões do grupo Neuróticos Anônimos, nas tardes de terça-feira.
* Grupo Vigilantes do Peso faz a sua reunião semanal nesta terça-feira, às 18h30min, nas dependências do 35 CTG, na avenida Ipiranga, ao lado do Bourbon Shopping. Aberto aos interessados.
sábado, julho 26, 2008
Le Petit Bistrot atrai clientela de outros bairros
sexta-feira, julho 25, 2008
Incêndio destruiu casa na Guilherme Alves
Paróquia comemora 40 anos e nova igreja
quinta-feira, julho 24, 2008
Roberto, vendedor de frutas há 20 anos
Jardim Botânico: para alguns, um desconhecido
Erci Lopes Gomes, 89 anos, comerciante, moradora da avenida Bento Gonçalves, Partenon (menos de dois km do Jardim Botânico).
Talidomida, o calmante monstruoso
As pessoas mais velhas e bem informadas ainda lembram bem deste nome: Talidomida. Prescrito como calmante e sonífero no final dos anos cinquenta e início dos sessenta, o medicamento (na verdade Talidomida é o seu nome químico e não o de vendas) transformou-se em um sinistro sinônimo da ganância monstruosa da indústria farmacêutica.
Casa Branca, a boate que marcou época
quarta-feira, julho 23, 2008
O casal Salvador França e dona Inocência
terça-feira, julho 22, 2008
Toniolo, o crepúsculo do "Rei da Pichação"
Uma idéia na cabeça – divulgar o seu próprio nome – e um spray na mão. Autodenominado-se o “Rei Mundial da Pichação”, Sérgio José Toniolo levou isso às últimas conseqüências e tornou-se quase uma lenda viva em Porto Alegre: quem, com mais de 30 anos, alguma vez não viu a palavra “Toniolo” escrita em algum muro, algum prédio, alguma passarela, algum monumento ou até mesmo alguma calçada ou asfalto?
CELEBRIDADE - Um rei cujo reinado não é nada recente – iniciou, mais exatamente, no final dos anos setenta e ganhou força nos anos 80, quando, de fato, se tornou uma celebridade incontestável, foi preso, ameaçado de morte, algemado, internado e até levou alguns tiros.
Nada disso, naqueles anos, tirou a disposição desse homem calvo, hoje com 60 anos, escrivão de polícia aposentado, solteiro, segundo grau completo, sem filhos e morador do vizinho bairro de Petrópolis – mais exatamente na avenida Taquara, onde reside na parte baixa de um edifício. Hoje Toniolo está mais sossegado, não freqüenta mais as manchetes de jornais, não é notícia. Está, por assim dizer, apagado, ou em recesso. Talvez seja a idade, o tempo, o cansaço, a saúde. Sem reposição, seu nome, antes tão onipresente, foi se apagando dos edifícios, dos muros e vias públicas, por força do tempo, da limpeza, da chuva. É a fase do crepúsculo.
Mas a lenda urbana chamada Toniolo persiste – o Pai e o Rei dos Pichadores, ou, como ele dizia, “o único pichador que não faz símbolos incompreensíveis e assina o seu próprio nome”.
Louco ou não, Toniolo entrou para a História por suas próprias mãos. Literalmente. Em um tempo em que a pichação se tornou uma praga, obra de gangues sem rosto e muitas vezes violentas, de pessoas semi-alfabetizadas e toscas, Sérgio José Toniolo distingue-se por ter pertencido a uma outra espécie: inteligente, esse homem que os médicos apontaram como “esquizofrênico paranóide” (aposentou-se por força da doença), e que foi interditado e preso, julgava-se um “anarquista”. Isso, é claro, depois de ter sido impedido de se candidatar a deputado estadual pelo PMDB no início dos anos 80. Depois, em sua própria cabeça, tornou-se várias vezes candidato pelo inexistente Partido Anarquista Brasileiro – foi inclusive, em sua cabeça, candidato à Presidente da República, usando, em todas as vezes, o seu número cabalístico 1543.
"O BRASILEIRO É ACOMODADO" – Segundo a Medicina, quem sofre de esquizofrenia paranóide tem, geralmente, mania de grandeza e de perseguição. As duas coisas não faltaram a Toniolo: foi, nos anos setenta, o recordista brasileiro em colaborações às seções de “Cartas do Leitor” de todos os jornais possíveis – escreveu mais de mil, sobre todos os assuntos, da sujeira das ruas, das fezes dos caos à cretinice dos políticos. E vivia fugindo da polícia e dos donos de imóveis.
Quanto às pichações, garante que fez bem mais de 70 mil delas, gastando, pelos seus cálculos, mais de 100 mil reais ao longo de tantos anos, tudo do seu próprio bolso. Gastou em sprays (às vezes mais de um por noite), tintas, pincéis. Mandou fazer pandorgas com seu nome escrito para lançá-las ao ar.
Defendeu o voto nulo, o anarquismo. Costumava dizer que o brasileiro é “frouxo e acomodado” – o que ele, de fato, não era: grão-mestre da autopromoção e da publicidade-artesanal-em-série-ininterrupta, apanhou, desafiou deliciosamente, experta e inocentemente o Poder com seu spray, divertiu os cidadãos da cidade e demonstrou o poder de fogo de um homem só – maluco, com certeza, mas, vá lá, incrivelmente e determinado como só estes podem ser. E divertido. Palhaço. Cavaleiro solitário. Carlitos com mania de grandeza.
ENGANANDO A BRIGADA - Matéria de reportagens e notícias em jornais, sua história foi ao ar no programa Fantástico, da Rede Globo, em 1981. Em 1984, quando Jair Soares era o Governador do Rio Grande do Sul, anunciou a todos – telefonava às redações – garantindo que iria pichar seu nome na fachada do Palácio Piratini.
A segurança foi alertada e reforçada. Não contavam eles, porém, com a astúcia do Rei Mundial da Pichação: para identificá-lo e barrá-lo, tinham apenas uma foto sua, antiga, em que aparecia com cabelos.
Toniolo, contudo, já era careca àquelas alturas. Caminhando, saiu tranquilamente da vizinha Catedral Metropolitana e, passando pelos brigadianos, chamou-os angelicamente de “meu irmãos”. Quando se deram conta, já havia pichado a quase totalidade do seu nome (faltaram duas letras) na imponente sede do Governo do Estado. Mandado então ao Hospital Psiquiátrico São Pedro, aplicou outro golpe digno dos melhores filmes de Hollywood.
Conhecido dos plantonistas, disse a estes que os dois policiais civis que o escoltavam eram colegas seus, “com mania de polícia”. Desconcertados, os plantonistas foram para cima dos homens da lei – e Toniolo, sorrateiramente, fugiu pelos fundos do prédio.
Mais tarde, anunciou que iria pichar o Palácio do Planalto, mas essa parada ele perdeu – foi detido dentro do ônibus que seguia para Brasília. “Mas consegui o que queria”, disse o mestre da Publicidade. “Não tenho medo de ser preso: é uma propaganda”, alardeava ele, com toda a razão. Quanto ao conteúdo do seu discurso, as suas “propostas”, bom, deixa pra lá: ele não é diferente da grande maioria dos políticos brasileiros.
CACHÊ – Toniolo sempre disse que ninguém nunca contou, verdadeiramente, a sua história, e por isso ele cobrava, mais recentemente, 10 mil reais por entrevista a qualquer veículo de comunicação e 100 mil para estrelar comerciais, onde apareceria, inclusive, com seu célebre spray. Obviamente, nenhum jornal, revista ou tevê pagou o que ele pediu e nenhuma agência o convidou para ser garoto-propaganda, nem mesmo da Casa das Tintas. Talvez tenha sido um talento não aproveitado da propaganda gaúcha.
O dinheiro, que nunca veio, serviria, afirmava, para ressarci-lo das despesas com o material de pichação, desde quando iniciou na atividade para realizar a missão que, afinal, conseguiu: firmar no mercado a “marca Toniolo”. Firmar uma marca custa muito dinheiro. Quanto vale a marca Toniolo?
Rei da publicidade artesanal, Dom Quixote, da idéia na cabeça e do spray na mão, Toniolo é, dizem, um homem solitário que não dá entrevistas e não permite fotos. Há quem diga que está com problemas de saúde. A pessoa que ligar para sua residência (como fez este blog) ouvirá a indefectível gravação: “Mensagem gratuita: este telefone temporariamente fora de serviço. A Brasil Telecon agradece.”
Nesta campanha eleitoral que se avizinha Toniolo estará fora e não será candidato, nem mesmo pelo seu imaginário Partido Anarquista. Um dia, talvez, a lenda viva da propaganda pessoal vire tema de filme ou documentário, do tipo “Contador de Histórias”. Quem sabe. (Conselheiro X.)