terça-feira, setembro 15, 2009


A Galeria dos Arcos, no térreo da Usina do Gasômetro (av. Pres. João Goulart, 551), recebe a partir de quarta-feira, 16, às 19h30, a exposição Em Defesa de Valores Comuns que marca os 70 anos do início da 2ª Guerra Mundial. A organização e a curadoria são do Consulado Geral da República da Polônia.
A exposição Em Defesa de Valores Comuns apresenta acontecimentos do século 20, abrangendo o período de mais de 80 anos de luta dos poloneses pela recuperação da independência e pelo retorno da Polônia à família dos povos democráticos. Exibe documentos únicos, na maioria dos casos oriundos de fontes estrangeiras, tais como despachos de espionagem, declarações de governos, ordens e declarações de comandantes eminentes, declarações de políticos, fotografias, desenhos, documentos de correios e filatelia.
Esta colagem não convencional de fatos demonstra, pela primeira vez em um âmbito tão abrangente, as atitudes de vários países da Europa e do mundo perante os acontecimentos que tiveram um impacto decisivo sobre o destino da Polônia e dos poloneses.Nazismo - A exposição ise inicia com painéis que fazem lembrar os acontecimentos históricos dos anos 1914-1921, quando ocorreram as lutas pela recuperação da independência e pelo retorno da Polônia ao mapa político da Europa.A Polônia foi o primeiro país a colocar suas tropas contra a invasão nazista e, depois, as soviéticas. A campanha de 1939 não poderia terminar com a vitória. Os poloneses, mais fracos e abandonados, perderam, mas as autoridades nunca assinaram o ato de capitulação e o povo nunca se deu por vencido pela violência. No país ocupado, criou-se o Estado Clandestino e surgiram diversas organizações militares. Esse "não" arrojado atirado contra Hitler fez com que a Grã-Bretanha e a França entrassem na guerra e proporcionou a criação da coligação anti-hitleriana.Os poloneses combateram em todas as frentes de batalhas na Europa, no Ocidente, no Sul e no Leste, também ao norte da África, por terra, mar e ar. No entanto, no território ocupado da Polônia, as autoridades policiais e administrativas do Terceiro Reich construíram campos de concentração para os poloneses e centros de extermínio para os judeus. O símbolo histórico deste sistema são os nomes que viraram sinônimo de genocídio: Auschwitz-Birkenau, Chelmno-Kulmhof, Treblinka, Majdanek, Sobibor, Belzek, Gross-Rosen, Stutthof. Foram exterminados cerca de três milhões de judeus poloneses e cerca de 3 milhões de judeus cidadãos de outros países, assassinados pelos nazistas nos centros de extermínio. Mais de dois milhões de cristãos poloneses foram vítimas deste terror sangrento. Os números não incluem as experiências de cerca de 2,3 milhões de pessoas expulsas de seus lares, mais de 2,5 milhões de trabalhadores forçados e cerca de 200 mil crianças expatriadas a fim de serem germanizadas, das quais 75% nunca regressaram para suas famílias na Polônia.Os materiais, únicos, compilados nesta exposição, demonstram um grande esforço militar e o martírio dos poloneses visto à distância, pelos olhos dos outros povos, pelos aliados. Graças aos documentos arquivados e materiais iconográficos apresentados, é possível seguir o caminho do combate das Forças Militares Polonesas durante todo o período da guerra, ao lado dos aliados: as lutas na França e na Noruega em 1940, a Batalha da Inglaterra e do Atlântico, as lutas no deserto da Líbia, na frente italiana nos anos de 1944-1945, até o vitorioso Maio de 1945, na Frente Ocidental.É apresentado também o Exército Polonês na Frente Leste e o seu caminho na Batalha de Lenino, via Varsóvia até Berlin.Durante 2.078 dias, os poloneses lutaram pela Polônia livre contribuindo para a libertação dos outros povos da Europa. Na ultima fase da 2ª Guerra Mundial, em unidades regulares de todos os países aliados houve, em conjunto, cerca de 600 mil poloneses e várias centenas de milhares no Exército Clandestino. Cortina de Ferro - Uma grande parte da exposição ilustra a história dos poloneses por trás da Cortina de Ferro. Numerosas fotografias, declarações e enunciações de políticos, cartas e panfletos volantes ilustram os motins do povo contra o regime comunista nos anos de 1956, 1970, 1976 e 1980. A exposição apresenta o nascimento e o primeiro período de existência do sindicato "Solidariedade", a Lei Marcial e as visitas de João Paulo II à Pátria. As transformações polonesas, evoluindo dos ideais e do programa do "Solidariedade", iniciaram a transição do Estado Totalitário para a Democracia Parlamentar.A exposição termina com um acontecimento de grande importância histórica: a entrada da Polônia em 12 de março de 1999 como membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

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