terça-feira, fevereiro 03, 2009

*O candidato derrotado à presidência da Câmara Aldo Rebelo (PC do B–SP) culpou o jornalista gaúcho Flavio Pereira pelo desentendimento causado por uma declaração dada pelo deputado Eliseu Padilha (PMDB-RS). No programa Pampa Entrevista, da Rádio Pampa, Padilha afirmou que o candidato de seu partido, Michel Temer, venceria a eleição para a presidência da Câmara “com mais de 300 votos” (ele venceu, de fato, com 304 votos, com o pepista Ciro Nogueira registrando 129 votos e Rebelo, 76). Em certo momento, Padilha lamentou, e Pereira reproduziu em sua coluna do dia 30 no jornal O Sul, que “os outros candidatos” faziam suas campanhas “com plataformas centradas na traição, o que significaria uma degeneração do compromisso dos parlamentares”.
Em discurso na tribuna, Padilha cobrou explicações de Rebelo, ameaçando processá-lo, sobre a afirmação de que ele teria feito uma ameaça aos deputados do bloco que não votassem no candidato Michel Temer. Rebelo respondeu explicando que a notícia foi publicada no jornal O Sul, e que o repórter que produziu a matéria se chama Flavio Pereira. Notícia distribuída pela Agência Câmara registra que Rebelo afirmou que, se houve erro, não foi de quem leu a notícia, mas de quem a publicou. Disse ainda que não teve a intenção de manchar a reputação de Padilha.
Em seu espaço na edição de hoje de O Sul, Flávio Pereira toma a iniciativa de reproduzir a íntegra do aparte, conforme os anais da Câmara dos Deputados. Em certo momento, Rebelo reafirma que leu as declarações de Padilha no jornal e pede desculpas ao colega, “se as palavras não são do deputado Eliseu Padilha. Se as palavras não são do deputado Eliseu Padilha, o jornalista Flavio Pereira deve desculpas também ao ilustre deputado, por quem tenho carinho, apreço e estima”.
Logo abaixo, em um tópico sob o título “Campanha de Aldo dependia da traição”, Pereira escreve: “Na verdade, quem afirma é o colunista: a campanha do deputado Aldo Rebello, assim como a de Ciro Nogueira, é óbvio, para obterem êxito, dependia da traição. Assim, não se sustenta a afirmativa do deputado Aldo Rebello, de ‘se houve um erro, não pode ser atribuído a quem leu a notícia, mas a quem a publicou’”. (Coletiva.Net)

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