quinta-feira, maio 07, 2009

*A Secretaria da Segurança Pública, por meio de convênio firmado com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), promove a 1ª Edição do curso de capacitação para o atendimento de mulheres, crianças, adolescentes e idosos, vítimas de violência, os chamados grupos vulneráveis. O evento, organizado pelo Departamento de Ensino e Treinamento (DET-SSP), acontece nos dias 13 e 14 de maio, quarta e quinta-feira próximas, das 8h30min às 12 e das 14 às 17h30min, no auditório da FEEVALE, prédio 2, térreo, na RS 239, Número 2755, em Novo Hamburgo.
A finalidade do curso é capacitar 1.100 profissionais da rede de atendimento (policiais civis e militares, servidores do IGP, Susepe, agentes de saúde, professores, conselheiros tutelares, guardas municipais, etc). O trabalho será desenvolvido nos 11 municípios da Região Metropolitana: Alvorada, Cachoeirinha, Canoas, Esteio, Gravataí, Guaíba, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Sapucaia do Sul, Viamão e na própria Capital gaúcha.
As inscrições podem ser feitas pelo e-mail: det-redes@ssp.rs.gov.br
O curso terá 20 horas-aula e aos participantes serão fornecidos certificados.
A seguir, a relação dos temas a serem abordados e os respectivos palestrantes:
- IDEOLOGIA DA VIOLÊNCIA – Evaldo Luiz Paully;- CONSTRUÇÃO SOCIAL, PSICOLÓGICA E CULTURAL DA VIOLÊNCIA – Evaldo Luiz Paully; - VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER – Rosane Oliveira de Oliveira;- TRÁFICO DE MULHERES – Alberi Barbosa; - APRESENTAÇÃO DAS DELEGACIAS ESPECIALIZADAS – Nadine Tagliari Anflor;- DESENVOLVIMENTO PSICOLÓGICO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE- Maria Bernardete Pires; - ABUSO SEXUAL – Suzana Braun Oliveira;- ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – Cristian Nedel;- DESENVOLVIMENTO PSICOLÓGICO DA 3ª IDADE – Zhélide Hunter;- TIPOS DE VIOLÊNCIA PRATICADAS CONTRA O IDOSO – Naila dos Santos;- ESTATUTO DO IDOSO E MEDIDAS PROTETIVAS – Eduardo Hartz;- PROCEDIMENTOS ÉTICOS – Carmen da Silva Santos;- EXAMES DE PERÍCIA EM VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA – Cláudia Maciel/Jarbas Pires;- ESTRESSE POLICIAL – Silvia Wudarcki.
*Luciano Tavares estréia Um, Dois, Três e Já!, seu primeiro trabalho solo como criador-intérprete, pela Eduardo Severino Cia. de Dança, sábado, 9, às 19h, na Sala 209 do Centro Cultural Usina do Gasômetro. Luciano desenvolveu seu trabalho em Porto Alegre, Lisboa e Madrid, morou e dançou na Europa durante um ano e meio. Na Capital gaúcha trabalhou com a Ânima Cia. de Dança, de Eva Schul, com Vitória Milanez, Tatiana da Rosa, Cibele Sastre e atualmente está com o Grupo Tato, de Fernanda Carvalho Leite, e a Eduardo Severino Cia. de Dança, ambas sediadas na sala 209 do Centro Cultural Usina do Gasômetro, dentro do projeto Usina das Artes.
Um, Dois, Três e Já! é a largada para uma corrida. “Vamos ver quem ganha, quem chega primeiro?” A partir dessas questões a pesquisa coreográfica retoma os movimentos infantis na sua essência, ao ponto de estabelecer um movimento contínuo que brinca com as possibilidades de criar e recriar jogos a todo momento. A obra se propõe a estudar o movimento da energia e como a energia cria o movimento, fazendo-os virar dança.
Um, Dois, Três e Já!
Criador-intérprete: Luciano Tavares. Trilha musical: Giba Rocha.Fotos: Luciana Mena Barreto.O espetáculo integra a programação do projeto Usina das Artes, da Secretaria Municipal da Cultura.Quando: 9, 10, 16 e 17 de maio (sábados e domingos) às 19hOnde: Sala 209 da Usina do Gasômetro (Av. Presidente João Goulart, 551)Ingressos no local - inteira - R$ 15,00 / meia - R$ 8,00 (idosos, estudantes, classe artística e assinantes Correio do Povo)Contato: Luciano Tavares - lucian.tavares@gmail.com - 93987351Mais informações, visite - <http://usinadasartessala209.blogspot.com>
*O Sine Porto Alegre, gerenciado pela Secretaria Municipal de Produção, Indústria e Comércio (Smic), está disponibilizando 542 vagas no mercado de trabalho. As oportunidades são para as mais diversas áreas, tais como construção civil, culinária, higiene, serviços gerais, promoção de vendas, transporte, carpintaria e vigilância, entre outras.
Os interessados podem procurar o posto municipalizado do Sine (Avenida Mauá, 1013), de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. É necessário apresentar Carteira de Trabalho, número do PIS e Carteira de Identidade. Empresas interessadas no aproveitamento de mão-de-obra podem solicitar a visita dos captadores de vaga pelo telefone 3289-4797, ou por e-mail sine@smic.prefpoa.com.br.
*Parceria da prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Smed) e da Procempa, com a Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, Software e Internet (Assespro-RS), que garantiu a oferta gratuita do Curso de Qualificação de Desenvolvedores de Softwares, terá continuidade em 2009.
Segundo a coordenadora do curso e assessora pedagógica da Smed, Constantina Bela Costa de Castro, deverão ser oferecidas 160 vagas para o curso, no primeiro semestre, distribuídas em quatro turmas. Uma será na Escola Municipal de Ensino Médio Emílio Meyer (Avenida Niterói, 472, Bairro Medianeira) e outra na Escola Municipal de Educação Básica Doutor Liberato Salzano Vieira da Cunha (Rua Xavier de Carvalho, 274, Bairro Sarandi), instituições que sediaram a última edição do curso. A novidade será a abertura de uma turma na Lomba do Pinheiro e outra na Zona Sul em escolas da rede municipal de ensino.
Extensão - Outra novidade adiantada por Constantina Bela foi que, além das quatro turmas do curso, serão oferecidas oficinas de extensão aos 48 formados das primeiras três turmas, de 2007 e 2008, receberam seus certificados de conclusão em cerimônia na escola Emílio Meyer.
Na formatura, o diretor-executivo da Assespro-RS, Julio Cesar Ferst salientou que a idéia é ampliar a parceria com a prefeitura, para dar capacitação em em tecnologia em nível técnico e, ao mesmo tempo, suprir a carência de mão-de-obra. Representando o prefeito José Fogaça, o diretor-presidente da Procempa, André Imar Kulczynski, aconselhou os formados a investirem no aperfeiçoamento, pois a área de tecnologia necessita de constante atualização técnica e domínio do inglês. Para Kulczynski, o comprometimento da Smed e das duas comunidades escolares que acolheram o curso foi determinante para o sucesso da iniciativa.
Curso de Qualificação - O curso tem como objetivo capacitar jovens das escolas da rede pública para atuarem na área de tecnologia da informação. Do total de vagas disponibilizadas, 40% foram para alunos das duas escolas municipais e de 20% para estagiários vinculados aos projetos de informatização da prefeitura. Puderam concorrer às vagas alunos do último ano ou com o ensino médio concluído.Os alunos tiveram três eixos de formação: lógico, abrangendo disciplinas de elementos matemáticos; de tecnologia de informação, envolvendo conteúdos como estrutura de redes, linguagem web, estrutura orientada ao objeto e Java; e das humanas, que incluiu conteúdos de ciências humanas e gestão.
*Nos dias 25 e 26 de maio a PUCRS receberá o renomado historiador inglês Leslie Bethell, que ministrará a conferência "O Brasil nas Américas", abordando questões políticas brasileiras entre os séculos 19 e 20. A atividade será realizada no dia 25 de maio, às 14h30min, no auditório do prédio 5 do Campus Central da Universidade (avenida Ipiranga, 6681 - Porto Alegre). Na ocasião, será estudado o período da independência até a segunda Guerra Mundial. No dia 26, terça-feira, às 19h, o ministrante falará sobre as questões políticas durante a Guerra Fria e o Pós-Guerra Fria no auditório do prédio 81 (avenida Ipiranga, 6690). A promoção é do Programa de Pós-Graduação em História da Instituição.
Entre as principais obras de Bethell, estudioso das questões latinas, sobretudo as brasileiras, estão "História da América Latina" (1998), "Brasil: fardo do passado, promessa do futuro" (2002) e "A Abolição do comércio brasileiro de escravos" (2002).
A atividade tem entrada franca. Outras informações pelo telefone (51) 3320-3534. As palestras serão ministradas em português.

*Para atender uma forte demanda do público usuário do Jardim Botânico de Porto Alegre, um novo espaço de comercialização de mudas está sendo disponibilizado ao visitante do Parque.
A produção de mudas no Jardim Botânico visa suprir demandas da área do Parque, assim como para atividades de reintrodução de espécies, reconstituição de ecossistemas e comercialização.
O viveiro produz, atualmente, uma média/ano de aproximadamente 30 mil mudas, tendo como meta atingir, nos próximo dois anos, uma produção anual de 50 mil mudas. É um espaço permanente de exposição e comercialização de mudas, organizado paisagisticamente de modo a oferecer ao público uma boa diversidade e melhor qualidade de espécies.
Com uma área de 800 metros, o novo ponto de venda está equipado com um sistema de irrigação por aspersão, disponibilizando uma quantidade aproximada de 11 mil mudas. O projeto é da arquiteta da Fundação Zoobotânica do RS, Rosa Maria Pacheco da Silva, e o tratamento paisagístico da área de entorno é de alunos da Faculdade de Arquitetura da UFRGS.

As mudas variam de R$ 2,00 a R$ 40,00, dependendo da espécie e do tamanho em que ela se encontra.
O horário de atendimento é de 3ª feira a sábado das 8h às 12h e das 13h às 16h30. O Jardim Botânico fica na Rua Dr. Salvador França, 1427.Telefone para informações: 51.3320.2028.
Relação de mudas disponíveis no site http://www.fzb.rs.gov.br/.
*O Centro de Inovação Microsoft-PUCRS, em parceria com a Faculdade de Informática da Universidade (Facin) e a empresa Software Process, realiza uma série de cursos na área de qualidade de software. Duas capacitações têm inscrições abertas: "Fundamentos do CMMI", que ocorre de 25 a 29 de maio, e "Garantia da Qualidade de Software", realizada de 22 a 26 de junho.
Inscrições na Pró-Reitoria de Extensão (Proex), sala 201 do prédio 40, no
Campus Central da Instituição (avenida Ipiranga, 6681 - Porto Alegre)
. Informações adicionais no site www.pucrs.br/centrodeinovacao ou pelo e-mail ci@pucrs.br.
Hoje nasceram Gary Cooper (1901-61) e o comediante Jorge Loredo (84 anos)



*A Biblioteca Pública Municipal Josué Guimarães está informatizando seu serviço de empréstimo de livros. A iniciativa foi possibilitada a partir de uma parceria entre a Secretaria Municipal da Cultura e a Procempa. O catálogo da biblioteca está disponível nos computadores da prefeitura, no endereço http://pergamum.procempa.com.br/biblioteca.
Nesta primeira fase, o acesso só será possível nos computadores do local e naqueles diretamente ligados à rede da prefeitura. O passo seguinte será disponibilizar o serviço via Internet. O programa (software) escolhido é compatível com a importação e a exportação de dados para bibliotecas nacionais e estrangeiras, possibilitando múltiplas formas de busca para encontrar o material desejado.
Comunicação - O software possibilita a visualização da disponibilidade dos exemplares para empréstimo ou consulta e também reserva e renovação do empréstimo. Foi criado um canal de comunicação entre biblioteca e usuário, possibilitando o envio de recibos de empréstimo e devolução via e-mail, serviços de alerta para devolução e reserva, podendo o usuário enviar sugestões e comentários, bem como consultar sua situação na biblioteca e ter acesso ao histórico dos empréstimos.
“A inserção dos dados da biblioteca encontra-se em fase final e, neste ano, esperamos colocar também o acervo da biblioteca Ramal 1, na Restinga, além de disponibilizar o acervo de ambas na Internet", informa a diretora do espaço, Carmem Thober. Em 2010, será informatizada a biblioteca do Arquivo Histórico Moysés Vellinho, depositária da história de Porto Alegre. A Biblioteca Josué Guimarães está sediada no Centro Municipal de Cultura (av. Érico Veríssimo, 307). O horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h e, em período letivo, e aos sábados, das 14h às 18h.



*A implantação do curso técnico de desenho de móveis no Distrito Industrial da Restinga, numa parceria da prefeitura com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (Ifet-RS), vai se tornar realidade no segundo semestre. A definição ocorreu em reunião realizada no Pólo Moveleiro da Restinga com os representantes dos órgãos responsáveis pela iniciativa. Foi definido que este será o primeiro de uma série de cursos técnicos que poderão ser oferecidos na região, antes mesmo da abertura da Escola Técnica da Restinga, prevista para o início do próximo ano letivo.
O gerente do programa Cresce Porto Alegre e coordenador de Projetos Especiais da Secretaria Municipal de Produção, Indústria e Comércio (Smic), Adel Goldani, destacou a importância da iniciativa para o desenvolvimento do Parque Industrial da Restinga, que abriga o Pólo Moveleiro. “O curso representa um apoio às empresas para que tenham maior qualidade profissional e ainda atende a demanda da comunidade, auxiliando na formação profissional dos jovens”, afirma. Convênio - Para a implantação do curso será necessária a formalização de convênio entre a Smic, o Ifet-RS, a Secretaria Municipal de Educação (Smed) e a Associação Moveleira Metropolitana (Ormetro). A proposta é que a Smic ceda o espaço físico, a Smed proporcione o material técnico e didático aos alunos e a Ormetro ofereça estágios curriculares.Para próxima reunião, agendada para o dia 20, está marcada a apresentação da minuta do convênio firmado, o plano do curso com as adequações necessárias e o orçamento do material a ser adquirido.

*Para celebrar o Dia das Mães no domingo, 10, as crianças que realizarem nesse dia o city tour Linha Turismo receberão no momento da compra das passagens um cartão personalizado para pintar e presentear suas mães. Os cartões têm uma imagem estilizada do ônibus Linha Turismo.
O ônibus panorâmico tem suas saídas marcadas para 9h, 10h30 e 15h, com o roteiro tradicional, e às 13h30 e 16h30, com o roteiro Zona Sul. As passagens no roteiro Tradicional custam R$ 8,00, no andar inferior, e R$ 10,00, no andar superior. No roteiro Zona Sul, as tarifas custam R$10,00 e R$15,00, respectivamente. O terminal está localizado na Travessa do Carmo, 84, Cidade Baixa. Reservas e informações pelo telefone 3289.6744.

quarta-feira, maio 06, 2009

*A Faculdade de Direito da PUCRS promove a mais uma edição do "Grupo de Estudos Novum Organum? Temáticas entre Direito e Literatura". A atividade terá como tema a análise e discussão das obras de Eurípedes, Simone de Beauvoir, Clarice Lispector e Virgínia Woolf. O grupo, fundado em 2005, realiza leituras de obras literárias a partir de uma pesquisa transdisciplinar, já tendo debatido obras de Machado de Assis, José Saramago, Sófocles, Dostoievski, Kafka, Shakespeare e Albert Camus. As reuniões do grupo ocorrem no período de 8 de maio até 2 de outubro, com encontros semanais, todas as sextas-feiras, das 12h às 14h, na sala 223 do prédio 8, no Campus Central da Universidade (avenida Ipiranga, 6681 - Porto Alegre). Inscrições e informações na Pró-Reitoria de Extensão, na sala 201 do prédio 40, ou pelo telefone (51) 3320-3680.
*O ciclo de conferências "Projetos de Filosofia" aborda "Hegel e a legitimidade na ordem legal moderna". Ministrada por Agemir Bavaresco, a atividade é promovida pelo Programa de Pós-Graduação em Filosofia da PUCRS e busca apresentar ao público, em linguagem acessível, as pesquisas desenvolvidas e sua relevância para os desafios da contemporaneidade.
A atividade ocorre no dia 8 de maio, às 14h30min, no auditório térreo do prédio 5, no Campus Central da Universidade (avenida Ipiranga, 6681 - Porto Alegre)
. Inscrições podem ser solicitadas por meio do e-mail filosofia-pg@pucrs.br, informando nome completo e, se for aluno, também o número da matrícula.
Para entrada em qualquer palestra do ciclo é necessária a doação de um livro infantil. Informações adicionais pelo telefone (51) 3320-3554.
*A construção sociocultural dos preconceitos, mitos e tabus; o uso de drogas e os riscos diante do HIV/Aids; aspectos teóricos e técnicos da prática do aconselhamento e adesão ao tratamento serão alguns dos temas abordados no curso "Capacitação em Aconselhamento em DST/HIV/AIDS". A atividade é coordenada pela professora da Faculdade de Psicologia da PUCRS (Fapsi) Jenny Milner Moskovics e será realizada entre os dias 9 e 23 de maio. Os encontros serão sempre aos sábados, pela manhã e tarde. Podem participar profissionais e acadêmicos da área da saúde.
As inscrições podem ser realizadas na Pró-Reitoria de Extensão (Proex), sala 201 do prédio 40, no Campus Central da Universidade (avenida Ipiranga, 6681 - Porto Alegre). Informações complementares pelo telefone (51) 3320-3680 ou e-mail
proex@pucrs.br
. Alunos, diplomados e professores da Instituição têm desconto.
*O projeto "Matinê das Duas - Cine Comentado" exibe na próxima segunda-feira, 11 de maio, o filme "Click". Estrelado por Adam Sandler, conta a história de um arquiteto que não tem tempo para a família e descobre um controle-remoto capaz de controlar as situações em sua vida. A sessão será às 14h no auditório do 9º andar do prédio 50, no Campus Central da PUCRS (avenida Ipiranga, 6681 - Porto Alegre).
O projeto é voltado para pessoas com 50 anos ou mais e tem entrada franca. A atividade encerra as exibições deste semestre com essa apresentação, reiniciando as exibições em agosto. Informações complementares pelo telefone (51) 3320-3500, ramal 4114.
*Estudantes interessados em aprender a trabalhar com o mercado financeiro ou que já operam na área, professores, profissionais liberais, executivos e investidores podem participar do curso "Análise gráfica para tomada de decisão". A atividade está na primeira edição e abordará os tipos de gráficos, periodicidades e escalas, teoria de Dow
, ilha de reversão, padrões gráficos de reversão e indicadores.
O encontro será neste sábado, 9 de maio, das 9h às 12h e das 13h às 19h. A coordenação é da professora da Faculdade de Administração, Contabilidade e Economia (Face) Leticia Braga de Andrade.
Inscrições na Pró-Reitoria de Extensão (Proex), sala 201 do prédio 40, no Campus Central da Instituição (avenida Ipiranga, 6681 - Porto Alegre). É preciso que os interessados possuam o ensino médio completo. Alunos, diplomados, professores e funcionários da Instituição têm desconto. Informações complementares pelo telefone (51) 3320-3680 ou e-mail proex@pucrs.br.
*O segundo módulo do seminário "História política: campos e perspectivas" será realizado entre os dias 12 e 14 de maio. "História Política e Relações Internacionais", "História Política, Cultura e Intelectuais" e "História Política e Movimentos Sociais" serão os temas avaliados. O evento, válido como atividade complementar, ocorre das 18h30min às 20h no auditório do prédio 5 do Campus Central da Universidade (avenida Ipiranga, 6681 - Porto Alegre). As inscrições podem ser feitas no local, mediante a doação de um quilo de ali mento não-perecível. A promoção é do Departamento de História e Programa de Pós-Graduação em História da Universidade, com apoio do Grupo de Trabalho de História Política da Associação Nacional de História.
Outras informações pelo telefone (51) 3320-3555 ou e-mail luciano.abreu@pucrs.br.

*Dando continuidade ao Projeto A Hora do Bicho, o macaco-aranha é destaque no mês de maio, no Parque Zoológico, em Sapucaia do Sul.
O Projeto, iniciado em 2004, faz parte da campanha de coleta seletiva do lixo realizada no Zôo, e utiliza, como instrumentos de comunicação, bótons, volantes e banners. Em sua 5ª edição, o tema central são os filhotes nascidos no Parque.

Macaco-aranha:
O Macaco-aranha (Ateles chamek) é uma espécie bem característica da América do Sul. Tem extremidades e cauda extraordinariamente longas em relação ao corpo. A cauda é preênsil e muito flexível, o que lhe permite grande agilidade nos galhos das árvores. Sua alimentação é composta basicamente por folhas e frutos. Vivem em grupos de 10 a 35 indivíduos. Tem um período de gestação de 225 a 230 dias.
Habita florestas e ocorre no Peru, Bolívia e Brasil.
O Parque Zoológico mantém uma família composta por Mariano (pai), Cristina (mãe) e o filhote, que
permanece dependente da mãe por aproximadamente 10 meses.
Esta espécie não está ameaçada de extinção, entretanto, pela destruição do seu habitat, merece atenção.
*O jornalista gaúcho Edgar Lisboa, 58, assumiu como diretor-executivo do jornal A Crítica, de Manaus, que completou 60 anos no dia 19 de abril. “É um novo desafio que não estava nos meus planos”, disse ele a Coletiva.net, ao comentar o convite que recebeu da direção do Grupo Calderaro de Comunicação. “Depois de muitas reuniões, decidi aceitar mais essa missão. Além de A Crítica, considerado o maior e mais influente do Amazonas, o grupo edita o diário popular Manaus Hoje e detém duas redes de TV no Amazonas: a Record (TV A Crítica) e a Rede TV. No rádio atua com as emissoras A Crítica e Jovem Pan local e algumas emissoras no interior.
Lisboa revelou que o projeto prioritário para este ano é a criação da agência Amazonaspress, que pretende cobrir e produzir textos e fotos da Amazônia em português e inglês para serem distribuídos em todo o mundo. “Já temos uma parceria formal com as agências Estado, Folha e Reuters e devemos estreitar nos próximos dias mais uma parceria, agora com O Globo.”
Há um mês na região, Lisboa diz que está em “um mundo diferente e encantador. Tudo é mais difícil. Para chegar de carro, por exemplo, tem que ir a Belém e viajar oito dias de balsa até Manaus. No final de semana, é mais fácil ir à praia na Venezuela, onde se pode ir de carro, ou pegar um avião e ir a Miami. A passagem em alguns casos é mais barata que vir ao Centro-Sul”. Como exemplo da diferença de operação entre o Amazonas e uma cidade como Porto Alegre, Lisboa cita o caso de uma repórter que foi à sala da diretoria há poucos dias para dizer que houve “um pequeno problema” na matéria que ela havia sido escalada para fazer. Ela foi de barco, à noite, até um hotel de selva, onde estavam os delegados da Fifa, para tentar obter informações sobre a subsede da Copa, da qual Manaus é uma das concorrentes. ”Ela foi disfarçada de técnica de ar condicionado. Até aí tudo bem, mas, no percurso, o laptop dela caiu na água do rio Solimões, que em alguns pontos tem uma profundidade de 85 metros e até 25 quilômetros de largura. Já era o laptop...”. (Coletiva.Net)
*"Porto Alegre Rural" é o tema do Concurso Fotográfico 2009 promovido pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam). Os interessados em participar do concurso poderão retirar o regulamento na sede da Smam (avenida Carlos Gomes, 2.120), das 9h às 11h30 e das 14h às 17h30.
“Porto Alegre é uma cidade com mais de 230 anos de história, que tem evoluído ao mesmo tempo que conserva características de sua atividade rural, com o uso de áreas para plantações, pastagens, lazer, educação ambiental, turismo rural e festas populares. Nossa cidade é considerada a segunda capital brasileira com maior área rural, aproximadamente 30% de seu território que significa 142,8 quilômetros quadrados”, explicou o titular da Smam, Professor Garcia.
As fotos inscritas passarão a pertencer ao acervo da Smam, podendo ser utilizadas em exposições e material gráfico, mediante especificação do crédito do fotógrafo. O edital deverá ser publicado até o final do mês.
Premiação1º lugar - R$1.0002º lugar - R$ 7003º lugar - R$ 6004° lugar - R$ 5005º lugar - R$ 4006º lugar - R$ 3007º lugar - R$ 200Do 8º ao 15º lugar os autores dos trabalho receberão Menção Honrosa.
*Um passeio pela literatura é o destaque do Viva o Centro a Pé no dia 9 de maio, sábado, orientado pelo professor e escritor Luís Augusto Fischer. Quem quiser participar da Caminhada Literária, pode se inscrever pelos telefones 3289-3738 ou 8114-5504 ou ainda pelo e-mail vivaocentroape@gmail.com. O valor é 1 kg de alimento não perecível e haverá caixas para o recolhimento no ponto de saída da caminhada. As doações serão encaminhadas a instituições do município.
O roteiro de aproximadamente duas horas no Centro Histórico da Capital começa às 10h, com saída do totem do Caminho dos Antiquários, na Demétrio Ribeiro, em frente à Praça Daltro Filho (encontro das ruas Coronel Genuíno e Marechal Floriano). Segue pela Viaduto Otávio Rocha, Livraria do Globo (rua da Praia), Chalé da Praça XV, Mercado Público e Praça da Alfândega. Em caso de chuva, o roteiro será transferido.
As caminhadas do Viva o Centro a Pé são realizadas duas vezes por mês, sempre aos sábados, orientadas por professores especialistas em história, arquitetura ou literatura. A iniciativa é das secretarias do Planejamento Municipal (SPM) e da Cultura (SMC), do Programa Viva o Centro e Gabinete da Primeira Dama. Outras informações no site www.portoalegre.rs.gov.br/vivaocentro.
Perfil - Luís Augusto Fischer é professor e escritor formado pela Faculdade de Letras da Ufrgs. Tem mestrado e doutorado (com tese sobre Nelson Rodrigues) também pela Ufrgs, onde leciona Literatura Brasileira desde 1985. Escreve regularmente para vários jornais, como Zero Hora e Folha de São Paulo. Também colabora com as revistas Bravo! e Superinteressante. Tem vários livros publicados nas categorias conto, crônica, ensaio e teoria literária. Seus maiores sucessos de vendas são o “Dicionário de Porto-Alegrês” (1999) e o “Dicionário de Palavras e Expressões Estrangeiras” (2004). Em 2005 publicou seu primeiro texto de ficção, “Quatro Negros”. Em 2008 publicou outra novela com o nome de "Duas águas", e em 2009 o "Dicionário Colorado".
Caminho dos Antiquários - A feira Caminho dos Antiquários é parte integrante de programas do governo municipal. Com o objetivo de revitalizar a área central, o espaço, já repleto de lojas de antiguidades, foi transformado em uma grande feira a céu aberto. A rua Marechal Floriano, entre a Fernando Machado e a Demétrio Ribeiro, é fechada e as lojas colocam seus produtos na rua.
*Três agências de turismo receptivo de Porto Alegre decidiram se unir para oferecer passeios regulares aos Caminhos Rurais da Capital, com saídas em todos os domingos. A iniciativa torna mais fácil aos moradores da Capital conhecer atrativos e pequenas propriedades rurais da Zona Sul da cidade e amplia opções de lazer e entretenimento aos turistas em visita a Porto Alegre.
Para tornar a programação ainda mais atrativa, a cada domingo as agências irão oferecer um roteiro diferente, no total de cinco pacotes. A proposta é possibilitar aos visitantes experiências novas a cada passeio, aproveitando a diversidade dos atrativos naturais, dos produtos coloniais e das mais de 20 propriedades dos Caminhos Rurais de Porto Alegre, roteiro turístico organizado com o apoio da Secretaria Municipal de Turismo.
O custo do pacote é de R$ 99 por pessoa e inclui transporte, serviço de bordo, acompanhamento de guia cadastrado no Ministério de Turismo, o almoço (sem bebida), os ingressos nas propriedades e seguro viagem. O local de encontro dos passageiros será na avenida Borges de Medeiros, entre o Paço Municipal e o Mercado Público, com saída marcada para as 8h30.
As agências são a Pampas Viagens e Turismo, Silsi Tours e Tri Legal Turismo. "Vamos unificar nossos serviços, promovendo uma única saída para melhor organização dos proprietários e conforto aos visitantes, barateando também os custos" diz Ribamar Sant Ana, gerente da Pampas, agência que coordenará o primeiro passeio.
A partir deste mês, as operadoras promoverão também saídas regulares para interessados em participar ou conhecer a Cavalgada da Lua Cheia, promovidas na primeira sexta-feira de cada mês pela Cabanha La Paloma, uma das propriedades dos Caminhos Rurais.
*Encerram-se temporariamente na sexta-feira, 8, em Porto Alegre, as inscrições ao Programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, para quem tem renda de até três salários mínimos. Cerca de 39 mil pessoas já se cadastraram no programa. As inscrições estão sendo feitas na sede do Departamento Municipal de Habitação (Demhab), localizada na avenida Padre Cacique, 708, e nos Centros Administrativos Regionais (CARs).
“A decisão de se interromper o cadastramento do Minha Casa, Minha Vida ocorreu durante reunião do Grupo de Trabalho da Habitação com integrantes dos movimentos sociais e a coordenação do Orçamento Participativo (OP) nesta tarde”, esclareceu o diretor-geral do Demhab e coordenador do grupo, Humberto Goulart.
Nos próximos meses, o Demhab irá compatibilizar as inscrições feitas com os empreendimentos que serão construídos durante 2009 e anos seguintes. A prioridade de atendimento é para famílias que moram em áreas de risco, idosos, portadores de necessidades especiais, demandantes do OP e aquelas que vivem em imóveis emprestados ou pagam aluguel.
Após avaliação do cadastramento pelos fóruns regionais e entidades populares vinculadas ao Orçamento Participativo, poderão ser reestabelecidas as inscrições à segunda fase do programa.
Condições - Podem se inscrever no programa as pessoas residentes em Porto Alegre que não tenham imóvel próprio nem financiamento habitacional da Caixa Econômica Federal e que não tenham sido contempladas com moradia da prefeitura. Os interessados deverão apresentar identidade, CPF, comprovantes de residência e de renda (se houver). Quem não possuir comprovante de rendimentos, ou estiver registrado no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) ou Serasa, também pode se inscrever. As prestações da casa própria corresponderão a 10% da renda.
Postos de inscriçãoIlhas - Praça Salomão Pires Abraão S/N - Ilha da Pintada F: 3289-8300 / 3289-8301
Leste - Nordeste - Rua São Felipe, 144 - Bom JesusF: 3338-7366 / 3381-5440 / 3381-2099 Nordeste (Avançado) - Estrada Martim Félix Berta, 2.355F: 3387-0134 Norte - Eixo-Baltazar - Av. Bernardino Silveira Amorim, 1.358 - Vila Santo AgostinhoF: 3386-1146 / 3367-3220 / 3367-3910
Eixo-Baltazar (Avançado) - Av. Baltazar de Oliveira Garcia, 2.132F: 3344-4076
Partenon - Lomba do Pinheiro - Av. Bento Gonçalves, 6.670F: 3339-7377 / 3336-3860 Lomba do Pinheiro (Avançado) - Estrada João de Oliveira Remião, 5.450 F: 3319-5060
Restinga - Extremo Sul - Rua Antônio Rocha Meireles Leite, 50 / 2ª Un. RestingaF: 3250-1213 / 3250-6477 Fax: 3250-1206
Extremo Sul (Avançado) - Av. Juca Batista, 10.400 (Seção DMLU)F: 3259-1956 Sul - Centro Sul - Av. Cavalhada, 2.886 - CavalhadaF: 3241-9277 / 3242-8504
Centro – Mercado Público - CentroF: 3289-6640

*Mais uma edição da tradicional Feira do Gibi ocorre até sábado, 9, no Mercado Público Central. São oito bancas que funcionam das 9h às 18h, no 2º andar. Os expositores oferecem mais de cinco mil revistas, entre clássicos e novidades. Os preços variam de R$ 1 até R$ 50. A Feira do Gibi é realizada no primeiro sábado de cada mês, numa iniciativa da Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio (Smic). Eventualmente, o evento ocorre durante toda a semana.


*O posto de pré-inscrições ao Programa Nacional de Inclusão de Jovens (ProJovem) instalado ontem, 4, e hoje, 5, em frente ao Centro Administrativo Regional Glória/Cruzeiro/Cristal cadastrou 76 jovens da Zona Sul da Capital. Na próxima semana, o quiosque da Secretaria Municipal da Juventude (SMJ) será levado à Zona Leste. As pré-inscrições também podem ser feitas por telefone.
Gerenciado pela SMJ, o ProJovem Urbano é uma ação do programa Gurizada Cidadã destinado a jovens de 18 a 29 que não concluíram o Ensino Fundamental, mas saibam ler e escrever. Um dos objetivos é reintegrar ao sistema de educação formal jovens que abandonaram os estudos antes de concluir a 8ª série. Os alunos recebem formação profissional, iniciação à informática e bolsa-auxílio de R$ 100.
Pré-inscrições - O ProJovem Urbano recebe pré-inscrições pelos telefones (51) 3289-1724 ou 3289-1728. Dúvidas são esclarecidas pelos fones (51) 3289-1787 e 0800-722-7777. O horário de atendimento é das 8h30 às 12h e das 13h30 às 17h30min, de segunda a sexta-feira. Na SMJ (rua dos Andradas, 680), o atendimento é feito de terça a sexta-feira, no mesmo horário.
*Até sábado, 9, estão abertas as inscrições para os alunos do município interessados em participar do Curso de Desenvolvedores de Software. O edital e a ficha de inscrição estão disponíveis no site da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro-RS).
O curso é uma iniciativa que acontece por meio de parceria entre a Secretaria Municipal de Educação (Smed), Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação de Porto Alegre (Procempa) e Assespro-RS. A formação gratuita prepara alunos da rede municipal de ensino para o mercado de trabalho no segmento da Tecnologia da Informação (TI).
Podem participar jovens de 16 a 24 anos, cursando o último ano do ensino médio, ou que já concluíram o ensino médio na rede municipal. São oitenta vagas, divididas entre as escolas Liberato Salzano Vieira da Cunha e Emílio Meyer.
A seleção acontece mediante prova escrita (sessenta questões objetivas, nas disciplinas de língua portuguesa, matemática e conhecimentos gerais), marcada para o dia 16 de maio, às 14h, em local a ser divulgado a partir do dia 11 no site da Assespro-RS.

segunda-feira, maio 04, 2009

Le Petit Bistrot, ambiente pequeno e intimista

Eduardo e a esposa Rosana: bom gosto e clientela musical


Único bistrô do Jardim Botânico, o Le Petit Bistrot (rua Serafim Terra, 66, próximo da ESEF) está no bairro desde o ano de 2001 - a data, inclusive, está afixada em sua fachada.
Localizado no térreo de um pequeno prédio residencial, funciona sempre a partir das 18h30min e vai até a meia-noite - nessa hora as portas são cerradas. Isso de segunda a sábado (o dia todo), quando é frequentado por uma clientela que gosta de jazz, blues, bossa nova e MPB - o som da casa.
"Muitos músicos gostam daqui", informa o proprietário Eduardo Majewski, um engenheiro mecânico que deixou de lado a profissão para abrir um pequeno bar que lhe desse prazer no que faz, além de lucro, é claro. Ao lado da esposa, Rosana, arquiteta e funcionária pública, ele administra um ambiente pequeno, discreto, aconchegante e intimista, com música baixa. As paredes são decoradas com reproduções de obras de pintores impressionistas franceses - Monet, Van Gogh - que trouxeram de uma viagem a Paris.
Eduardo pertencia à confraria de gourmets União Cook, do Grêmio Náutico União. De posse dessa habilidade, e querendo ter um negócio seu, fez um estudo de mercado e abriu o Le Petit Bistrot no dia 14 de novembro de 2001. Para atrair a clientela do bairro, passou a distribuir panfletos - que não deram o efeito desejado. "Aí comecei a trazer meus amigos de outros bairros, e hoje eles, e os amigos deles, são metade da minha clientela". Clientela cativa, que já se conhece entre si.
Com a modificação do perfil do Jardim Botânico - que está se sofisticando e ganhando mais moradores - surgem novos fregueses, e essa tendência sinaliza favoravelmente.
Morador do bairro desde 1996, quando veio da Santana, Eduardo foi descobrindo seu público aos poucos. "É um pessoal na faixa de 30 a 40 anos, não é gurizada. De início até tentei trazê-los, mas descobri que esse não é meu público", informa.
De início não houve lucro (até porque paga aluguel), o que só aconteceu "passados uns 10 meses, um ano." Sem empregados (já teve um e viu que não havia necessidade), ele controla perfeitamente o local, não cobra a taxa de 10% ("até porque não tem garçon) e oferece uma boa área em frente para estacionamento, além de segurança - há dois vigilantes naquele trecho da rua. A capacidade é para 30 pessoas, sentadas.
Se de início abria durante o dia e aos domingos, logo descobriu que o melhor mesmo é trabalhar sempre à noite, nas atuais características: serve bebidas destiladas (uísques, vodkas, martini, conhaques, steinhager etc), cerveja, absinto, vinhos, petiscos e acompanhamentos: baguettes, quiches, salsinhas, fritas, casquinha de siri e "lanchinhos para o happy hour". Todo o dia 29 tem nhoques, além de sopas. Não há restrições quanto ao cigarro - pode-se fumar à vontade e há marcas de cigarros à venda.
"Também faço muitos eventos, comemorações de pequenas empresas, aniversários, festas de família", afirma. Na calçada em frente há quatro mesas para quem prefere o ar livre.
O dia de maior movimento continua sendo a sexta-feira, e o inverno - a exceção deste agora - o melhor período. Ambiente intimista, seus preços não são populares e tampouco elevados - estão na média dos demais estabelecimentos do mesmo gênero.
Serviço:Le Petit Bistrot* Rua Serafim Terra, 66 (perto da Escola Superior de Educação Física)Tel.: 9977-0217

35 CTG está no bairro desde os anos setenta

Luiz Carlos Maffei, patrão do "pai do tradicionalismo gaúcho".
Pai dos Centros de Tradições Gaúchas, berço do movimento tradicionalista, o 35 CTG está no Jardim Botânico desde 1975, em um terreno próprio ao lado do Bourbon Shopping, na avenida Ipiranga. E, na Semana Farroupilha, ocupa local de honra, no Parque da Harmonia, próximo à Chama Crioula. Nada mais justo para uma instituição que deu origem a tudo o que hoje aí está.Ponto de referência no bairro, com sua churrascaria, seus eventos culturais, sua domingueira, o 35 atrai não só a gauchada costumeira - dos quais a maioria são crianças e jovens - como também turistas dos mais diferentes locais - visitantes e curiosos que desejam conhecer um pouco da vivência, da história e dos costumes e hábitos gauchescos."Somos uma sociedade cultural e recreativa, aberta a todos, com regras próprias", informa Luiz Clóvis Fernandes, durante seis anos patrão da entidade e que hoje é uma espécie de faz-tudo do local. Com cerca de 5 mil sócios, o 35 mantem departamento cultural, artísticos e a culinária típica campeira, do qual a churrascaria Roda de Carreta (que existe há 25 anos) é uma espécie de mostruário, muito embora sirva também buffet normal diariamente. Funcionando diariamente, a Roda de Carreta, com seu espeto corrido (é um dos poucos locais do JB que tem chopp), só não abre aos domingos à noite.
ATIVIDADES - O 35 CTG não pára nunca, com suas atividades diárias, aluguel de espaço (são 2.100 metros quadrados de área construída) a terceiros, além de venda de souvenires gaúchos - camisetas, bottons, etc. Isso garante a renda (a mais expressiva vem das domingueiras) que permite a manutenção da entidade, algo que nem sempre é fácil, como diz Clóvis. Além das atividades internas, há ainda as campeiras, como cavalgadas e rodeios. "Temos cerca de 300 pessoas que participam das mais diferentes atividades, como grupos de dança, e a participação dos jovens é expressiva", afirma Clóvis, para quem "o tradicionalismo é estável, se mantem".O Movimento Tradicionalista Gaúcho foi fundado, oficialmente, em 1948, pelo chamado "grupo dos oito", uma iniciativa que buscava resgatar e valorizar a cultura gaúcha no pós-guerra, quando a influência norte-americana se propagava pelo mundo. O 35 foi fundado em 24 de abril de 1948 - completou 60 anos recentemente. Do "Grupo dos oito", restam dois vivos - dos quais um é o ícone Paixão Cortes, um dos mais destacados folcloristas brasileiros.
TCHÊ MUSIC - Quando se fala em tradições gaúchas, se fala no 35. Não faz muito, a atriz e apresentadora Regina Casé esteve aqui, gravando um programa televisivo que foi para o ar em rede nacional, pela Globo.Guardiã dos hábitos e costumes culturais do Rio Grande do Sul, a entidade, entretanto, não parou no tempo e convive harmonicamente com algumas novidades, como o chamado "Tchê Music", um movimento musical híbrido que mesclou ritmos gaúchos com outras influências.O Tchê Music faz muito sucesso comercial nos Estados do Sul e Centro-Oeste, e gerou algumas irritadas manifestações dos tradicionalistas. Mas Clóvis diz que o 35 não tem nada contra esta novidade, que eles não aceitam como música gaúcha, mas dizem respeitar."É algo válido, até porque eles precisam sobreviver, ganham um bom dinheiro com isso, fazem sucesso comercial, abriram uma nova frente. Não temos nada contra, e vou lhe dizer que a maioria deles nasceu aqui dentro. E, quando tocavam músicas gaúchas, eram excelentes."Conhecido por suas domingueiras, o 35, no próximo sábado, terá o seu "Baile de Candeeiro", evento que acontece há vários anos. "É um baile à moda antiga, sem luz elétrica, com candeeiros iluminando, e tem café campeiro", informa Clóvis Fernandes.Conservador por natureza, o CTG - ao contrário do que muitos pensam - não existe pilcha (o traje gaúcho típico) para quem vai frequentá-lo. "À exceção dos fandangos, quando a pilcha é obrigatório, a pessoa pode se apresentar com traje esportivo discreto", esclarece o tradicionalista. "O tênis também é permitido, até porque é da vestimenta dos jovens", diz Clóvis Fernandes, um empresário natural de Santana do Livramento, sócio do 35 há 44 anos e que reside no bairro Partenon.

SERVIÇO:
35 Centro de Tradições Gaúchas - av. Ipiranga, 5300, Jardim Botânico, Porto Alegre.Tel.: (510 3336.0035 e 3336.0795Endereço eletrônico: http://www.35ctg.com.br/

JB: ilha de paz junto à agitação da Perimetral




Jardim Botânico: a fundação que deu nome ao bairro é uma das maiores do Brasil e conta com um museu de Ciênbcias Naturais.

Entrar e permanecer aqui é uma terapia: árvores e plantas por todos os lados, um laguinho onde se avistam grandes carpas e tartarugas nadando e mergulhando, sem nenhum receio de serem incomodadas. A quietude natural desse espaço verde só é quebrada pelo som dos passarinhos ou quando tartarugas saem do seu banho de sol e jogam-se novamente na água. Em volta, ouve-se o vento sacudir a copa das árvores e zunir entre as taquaras e os bambus. De vez em quando a voz de crianças, de casais de namorados, de colegiais em excursão.
Instituição que deu nome ao bairro, um dos cinco mais importantes do País, o Jardim Botânico é o refúgio perfeito para quem busca uma ilha de tranquilidade em meio à agitação urbana. Localizado junto à Terceira Perimetral (avenida Salvador França), a história desse local confunde-se com a da comunidade à sua volta. Com 41 hectares de área total, perdeu muito da sua extensão original, que já foi de mais de 8O hectares. Parte de suas terras foi repassada à ESEF, outro tanto à PUC e ao Círculo Militar. Mesmo assim, abriga a mais completa coleção da fauna nativa do Rio Grande do Sul – e é esta, justamente, a filosofia da instituição.
“A idéia é representar o máximo possível a flora nativa do Estado”, informa Elisabete Martins da Silva, que dirige o setor de Comunicação Social e trabalha aqui há 30 anos. “Quando iniciei, era um descampado, não tinha quase nada”, recorda ela. “Mas o Jardim Botânico teve um salto de qualidade muito grande nos últimos anos”.
CAIXINHA DE SURPRESAS – No local funciona, além do Jardim, a administração central da Fundação Zoobotânica (que engloba o Zoológico de Sapucaia) e o Museu de Ciências Naturais. “O pessoal não sabe o que é isto aqui, nós somos uma caixinha de surpresa”, afirma Elisabete.
Poucas pessoas sabem, mas, além de local de visitação e lazer, há importantes trabalhos de pesquisa, de educação ambiental e até um serpentário (aberto à visitação pública) com mais de 400 cobras e serpentes, cujos venenos são extraídos e enviados para institutos fisioterápicos a fim de se produzir soros e medicamentos, trabalho executado pelo Núcleo Regional de Ofiologia de Porto Alegre, NOPA. A maior parte desses ofídios é capturada por pesquisadores, embora muitas pessoas disponham-se espontaneamente a trazer exemplares e doá-los à instituição.
São 11 mil metros quadrados de área construída e uma história com muitos altos e baixos. O prédio central, por exemplo, foi construído para servir como instalações da Televisão Educativa do Estado, a TVE, Canal 7 – que, aliás, nunca chegou a funcionar no Botânico. “Fizemos adaptações na estrutura, na qual estamos hoje”, diz a jornalista.
TRISTE MEMÓRIA - Idéias equivocadas por parte dos administradores públicos estaduais quase destruíram a concepção original do Jardim Botânico. Inaugurado em 10 de setembro de 1958, o período que vai de 1964 a 1974, especialmente, é de triste memória para os funcionários da casa. Esta ficou quase sem investimentos, desprestigiada, a área original foi repartida e pensou-se até em construir aqui um grande Centro de Convenções, como estacionamento para mais de mil veículos, o que seria o caos.
A partir de 1974, com a administração do professor Albano Backes, a situação melhorou, organizou-se novas coleções, retomou-se as expedições em busca de novas plantas e houve a definição – que vigora hoje – de se focar os trabalhos na flora nativa. Nos final dos anos 80 implantou-se um núcleo de educação e, em 1997, foram construídas as instalações para o Banco de Sementes e novas casas de vegetação, além de novos prédios, da compra de equipamentos modernos e contratação de mais funcionários (hoje são cerca de 100).
Outra importante atividade são os estudos para licenciamento de empreendimentos de geração de energia eólica (ventos) no Estado, uma fonte de energia limpa em crescente valorização.
Em 2003, através de lei estadual, o Jardim Botânico foi declarado Patrimônio Cultural do Rio Grande do Sul.
ÁREAS TEMÁTICAS - Passear pelo Botânico é conhecer a flora nativa do Estado, embora existam espécies de muitas partes do mundo. A criação de “áreas temáticas” foi muito importante para a sistematização dos trabalhos. Hoje existem muitas delas, como a de plantas perfumadas, a de plantas medicinas, a das ameaçadas de extinção, etc. Biológos – e muitos fazem estágio aqui – partem para o interior, à cata de novas espécies, as chamadas “expedições”. Também merece destaque o trabalho com fósseis nativos.
Não só a flora como a fauna recebe atenção dos pesquisadores. “Nós temos o registro de 105 aves nossas e, inclusive, vamos fazer uma publicação destinada a elas”, conta Elisabete. Os biólogos e outros pesquisadores igualmente desenvolvem um trabalho de educação ambiental, proferindo palestras em colégios, para estudantes de todas as idades.
Outra coisa que pouca gente sabe é que o Museu tem um setor destinado à comercialização de mudas da flora nativa para qualquer pessoa interessada. Há também um anfiteatro, destinado a shows, concertos e apresentações musicais que já chegou a reunir 10 mil pessoas alguns anos atrás, conquanto hoje não esteja sendo muito usado.
Aberto ao público de terça a domingo, integrado à comunidade, tanto o Jardim Botânico quanto o Museu de Ciências Naturais (chamado Museu Padre Balduíno Rambo, em homenagem a um dos fundadores e primeiro diretor da Fundação Zoobotânica) recebem milhares de visitantes a cada mês. Mesmo assim, a segurança não chega a ser um problema (até porque é uma área policiada e cercada) e não se registram invasões de seus limites. A Vila Juliano Moreira, localizada nos seus fundos, com dois hectares, já foi desapropriada pelo Governo do Estado e deverá ser regularizada e entregue aos seus moradores atuais de forma legal. A idéia é urbanizá-la.
COLÔNIA AGRICOLA - Falar em Juliano Moreira é falar no passado do local, quando aqui funcionava a Colônia Agrícola do Hospital Psiquiátrico São Pedro, conhecida como “Casa de Passagem Juliano Moreira”. Destinada a pacientes com problemas mentais (que muitas vezes fugiam e vagavam pelas ruas do bairro), junto a ela foram construídas residências para os funcionários que trabalhavam no local. Com a desativação da estrutura maior, as casas foram passando dos pais para os filhos, originando a pequena vila em direção à avenida Cristiano Fischer.
Serviço:
JARDIM BOTÂNICO – Av. Salvador França, 1427. Tel.:3320.2024 – Email: jbotanico@fzb.rs.gov.br – Serpentário aberto de terça a domingo, das 10 às 16 horas. Ingressos a R$ 2,00 e R$ 4,00

Núcleo de Ofiologia é um mostruário de cobras

As duas pesquisadoras: veteranas, trabalham praticamente sozinhas com cobras e serpentes.
Fundação Zoobotânica, avenida Salvador França. Chegando ao prédio administrativo, o mesmo do Museu de Ciências Naturais do Jardim Botânico, desce-se por várias escadarias, até a parte mais baixa, quase no subsolo.^Lá, em um ambiente mal-cheiroso e úmido, estão Maria Lúcia Machado Alves e Moema Leitão de Araújo, as mais antigas biólogas das instituição, com 38 e 39 anos de casa, respectivamente.Ao lado de três estagiárias e um bolsista, as duas - Maria formada na URGS e Moema na PUC - trabalham em um local nada comum e até mesmo repelente ou assustador para muitos: o Núcleo Regional de Ofiologia de Porto Alegre, o maior do Estado, e que já chegou - tempos atrás - a enviar veneno de cobras para, entre outros, o Instituto Butantã e o Vital Brasil, onde é fabricado o soro antiofídico.




TEMPOS MELHORES - O Núcleo existe oficialmente desde 1987, mas na verdade remonta aos anos cinquenta, no início do Jardim Botânico, no tempo do renomado pesquisador e biólogo Thales de Lema, um "herpentólogo" - especialista em serpentes, ou cobras, como são chamadas mais comumente.O Núcleo de Ofiologia é, hoje, constituido de meia dúzia de salas e tem apenas, como funcionárias efetivas, Maria e Moema. Porém já viveu tempos melhores, especialmente até os anos 80, quando faltou soro anti-ofídico no Brasil, criando-se um problema nacional. "Imagine, faltar o soro no País que inventou esse tipo de soro, descoberto por Vital Brasil!", lembra Maria. "O Brasil obrigou-se a importar o soro da Colômbia, que tinha qualidade inferior".Pressionadas, as autoridades decidiram investir no setor e destinaram verbas aos grandes institutos - com isso o Butantã, entre outros, recuperou-se e modernizou-se, passando a ser auto-suficiente na obtenção dos venenos de cobras, que antes eram enviados por instituições como o Núcleo da Fundação Zoobotânica. Com isso, o Núcleo - que integra o Museu de Ciências Naturais da Fundação - perdeu muito da sua importância e utilidade."O Núcleo já teve seis biólogos, quatro especializados em répteis e dois em amfíbios, e o nosso objetivo principal, que era extrair veneno, deixou de existir. Mudamos os objetivos então", conta Maria Lúcia. Hoje as duas se dedicam mais a auxiliar e assessor pesquisadores e a dar palestras em escolas sobre os ofídios. Trabalham 20 horas por semana em trabalhos científicos - e, também, administram "uma pequena fortuna": como ainda há muito veneno armazenado em freezeres, e como o veneno, segundo Maria Lúcia, "vale mais do que ouro", o Núcleo é quase como uma caixa-forte de um pequeno banco."Para você ter uma idéia, uma grama de veneno é mais cara do que uma grama de ouro. E, no caso da cobra coral, a mais valorizada, se fala em miligramas e não em gramas. Temos aqui uma bela quantia".



MERCADO CLANDESTINO - O veneno extraído das cobras fica cristalizado e permanece assim, sem perder as qualidades, por muitos anos. Poderia-se perguntar: se o veneno de cobra vale mais do que ouro, e se há tanto aqui, porque ele não é vendido para laboratório ou mesmo para outros países, carentes nessa área? Tanto Maria Lúcia como Moema arriscam uma opinião - ou constatação: "Acredito que seja o poder do mercado clandestino, que é muito poderoso. Mas daria para se vender sim, se houvesse interesse", opina Moema.O Núcleo de Ofiologia conta hoje com 438 cobras venenosas e cerca de 30 não venenosas. São espécies as mais variadas - jararaca, cruzeira, jararaca pintada, coral, cascavel, jibóia, etc. Algumas delas já estão aqui há 14 anos, sem contar filhotes - nascidos no local - com 11 anos. Tais serpentes, em sua maioria, são obtidas de apreensões de autoridades (inclusive da Patrulha Ambiental da Brigada Militar) ou doadas pela Fundação Estadual de Pesquisa e Produção em Saúde, FEPPS, da rua Domingos Crescêncio (e não da avenida Ipiranga). Ou então trazidas por pessoas as mais variadas - agricultores, fazendeiros, pequenos proprietários rurais, sitiantes. "Temos também uma pequena criação", informa Moema.Algumas delas, inclusive venenosas, são expostas ao público visitante, na parte alta do prédio do Museu de Ciências Naturais.



CHEIRO DE RATO - O Núcleo de Ofiologia sofre com a fiscalização do IBAMA, que tem regras rígidas a respeito dos animais - talvez rígidas demais. Por exemplo, um dono de sítio que queira fazer a doação de algumas cobras vivas às biólogas precisa de autorização especial para transportá-la, e pode ser preso se não a tiver. "Como são pessoas simples, e o procedimento é complicado, eles geralmente desistem", informa Mária Lúcia.Visitar o local onde estão alojadas tais ofídios é um programa interessante - mal também nada agradável para as narinas. Como os animais se alimentam de ratos - pequenos e brancos, desenvolvidos em laboratório - e há uma criação destes no local, o cheiro é bem peculiar. As cobras ficam confinadas em seus "apartamentos", com ventilação e água. Recebem alimento diariamente e são vistoradas com frequência. Há casais juntos e um "berçário" para as cobrinhas que nascem. Há cobras novas e outras velhas - que, de tão velhas, mal conseguem comer os ratos e precisam de ajuda. Há pequenas, como a cobra coral, e outras imensas, como a jibóia.Mas tanto as biólogas como as estagiárias já se acostumaram com todas. Elas não só adoram os bichos - "vejam como esta é linda, veja as cores!", diz Maria Lúcia ao repórter, segurando uma imensa serpente venenosa, que acaricia como a um cãozinho de estimação. O mesmo faz a estagiária Bárbara Borges, de 20 anos, estudante do quarto semestre de Biologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Bárbara já tem alguma experiência - fez estágio em um setor semelhante da PUC, já desativado, e diz: "Sempre gostei de cobras".



A estagiária nunca sofreu acidentes com os ofídios - pelo menos por enquanto. Mas as duas biólogas já foram picadas e, garantem, a dor não é tão forte assim. "mas depende da picada, das condições, da cobra, de muitas coisas", lembra Moema, que acabou no Hospital de Pronto-Socorro por conta de um desses "carinhos" de seus bichinhos.




Em silêncio, FEPPS da Ipiranga produz remédios

Prédio da Fundação: centenas de funcionários, a maioria com pós-graduação.
Difícil imaginar que aqui trabalhem 420 funcionários, em dois turnos de trabalho, produzindo medicamentos para toda a rede pública de saúde do Estado – analgésicos, anti-hipertensivos, diuréticos e até morfina.Medicamentos estes direcionados ao Sistema Único de Saúde, SUS, das prefeituras municipais e da Secretaria Estadual da Saúde, comercializados sempre a preços mais baratos do que os cobrados pelos laboratórios comerciais.Localizado na avenida Ipiranga, entre o Bourbon e a Terceira Perimetral, o complexo da Fundação Estadual de Pesquisa e Produção em Saúde, FEPPS, é um campus não só de fabricação e de pesquisa nessa área como também presta serviços ao cidadão comum que, por exemplo, precisa realizar exames para detectar doenças como a tuberculose, o mal de Chagas, dengue ou HIV, entre outras, todos mediante prévia requisição das autoridades médicas. Também está apto a fazer exames de paternidade.Instalado no Botânico há muitos anos, com prédios constantemente ampliados e reformados, o campus do FEPPS abriga o Laboratório Farmacêutico e o Laboratório Central do Estado, bem como o Centro de Desenvolvimento Científico e Tecnológico da área da saúde. Apenas três outros setores da Fundação – o Hemocentro, o Sanatório Partenon e o Informação Tecnológica – é que não se localizam aqui. A FEPPS conta com cerca de 600 funcionários.
TUBERCULOSE – O grupo de pesquisadores e cientistas que trabalha na avenida Ipiranga compreende cerca de 35 profissionais com formação superior (a maioria com doutorado). Eles são o que há de melhor nessa área, tendo desenvolvido, por exemplo, um kit para diagnóstico da tuberculose considerado inovador e completo até por colegas de grandes centros como Rio e São Paulo.“Na área de biologia molecular somos líderes nacionais, e felizmente não temos problemas de defasagem tecnológica. Também estamos completamente informatizados”, informa Alberto Nicolella, pesquisador e médico veterinário que trabalha há 12 anos na Fundação.Os medicamentos produzidos pelo Lafergs – Laboratório Farmacêutico do Rio Grande do Sul - saem daqui com a marca Lafergs estampada no invólucro e são distribuídos, potencialmente, para todos os municípios do Estado.

Rogério e Flávia vivem dos serviços no Conjunto

O casal faz toda espécie de serviços e não se queixa da crise.
Ele é eletricista há mais de 30 anos - começou ajudando seu pai, Alfredo, que lhe ensinou quase tudo do que sabe hoje. Tinha apenas 11 anos e morava na rua Guilherme Alves, no tempo em "que se acendia fogueira na rua e era bem diferente do que é hoje".

Aos 50 anos, Rogério Cunha Ribeiro ainda tem os dois pés bem firmes no Jardim Botânico, embora more hoje em Gravataí, perto do Pampa Safári.Todo dia, ele e a esposa Flávia pegam a sua velha Kombi e vêm até o Condomínio Residencial Felizardo Furtado, onde realizam os mais diferentes serviços em eletricidade, hidráulica e consertos em geral. A viagem muitas vezes dura uma hora, dependendo do trânsito. "A Kombi é a nossa casa", diz Flávia."Noventa por cento dos nossos fregueses são do Condomínio", informa ele, figura conhecida dos moradores dos mais de 900 apartamentos do conjunto (cerca de 3.500 pessoas). Tanto Rogério quanto Flávia - que se conheceram em 2004, se casaram e não têm filhos (ela, natural de Taquara, foi doméstica por muitos anos) - não se queixam da falta de negócios. "Não dá prá dizer que tem época ruim, embora o serviço caia mais durante o verão, quando o pessoal vai pra praia", afirma ele.Especializado em trabalhos elétricos e hidráulicos, Rogério chegou ao Condomínio indicado por alguns moradores. Isso há 22 anos, quando o Condomínio sequer contava com guaritas. Desde esse tempo - na verdade, desde quando iniciou a trabalhar, aos 11 anos - o seu ofício mudou muito, reconhece ele. "Hoje tem equipamentos novos, tem mais facilidades", observa. Rogério e Flávia tem empresa registrada e atendem a domicílio, usando o equipamento dos tempos modernos para quem está na rua - o celular. (98345576).

Shopping Bourbon mudou o perfil do Botânico

Bourbon Ipiranga: visão imponente.
Ele foi, e é, o mais importante estabelecimento comercial do Botânico, o empreendimento que modificou as características do bairro e valorizou toda a região à sua volta.Visto da Ipiranga, torna-se ainda mais grandioso – e quem não se lembra dos vários anos da sua construção, em um terreno que faz parte da história do JB, com dois campinhos de futebol varzeano?
Pois ali (avenida Ipiranga, 5200), em 16 de novembro de 1998, implantou-se o Bourbon Ipiranga, empreendimento do grupo Zaffari, empresa que fatura mais de 1,5 bilhão de reais por ano, emprega cerca de 8 mil pessoas e é a quarta maior receita do setor no Brasil e a única entre as quatro grandes redes de supermercados com capital cem por cento nacional.
Fazer compras ou simplesmente passear no shopping Ipiranga é um programa quase obrigatório para todos os moradores do Jardim Botânico e dos seus arredores.
Pudera: de porte médio, acolhedor, com 70 mil metros quadrados de área construída, 52 pontos comerciais, vários quiosques de serviços, uma praça de alimentação com 700 lugares, o local conta ainda com um hipermercado aberto das 8 horas da manhã até à meia-noite e que também funciona aos domingos.
Ali é possível se assistir aos mais recentes lançamentos cinematográficos, para todas as idades, em algum dos oito cinemas da marca Cinemark, inclusive em horários matinais, a preços reduzidos. Nerão se encontra um bom chope, uma comida portuguesa (restaurante Calamares), café e música ao vivo, além de concertos comunitários e cantores e instrumentistas de qualidade que tocam na praça de alimentação, não só música popular brasileira, como pop, rock, baladas, bossa nova.
No interior do Ipiranga estão vários caixas eletrônicos, uma agência da Caixa Econômica Federal, uma casa de jogos e uma banca de revistas extremamente sortida, com centenas de títulos em todas as áreas. Há, ainda, mais de uma dezena de telefones públicos, banheiros em perfeito estado de limpeza e fraldários. Externamento, no subsolo, o estacionamento abriga centenas de veículos.
GIGANTE – O grupo Zaffari é totalmente gaúcho, o único entre os quatro grandes com capital totalmente nacional e gestão familiar (apesar de muito assediado por grupos estrangeiros). Os hipermercados Zaffari são voltados para um público classe A e B, que buscam variedades de produtos, atendimento especial e conforto na hora das compras.
Costuma-se dizer que o Zaffari não briga por preços pois disputa um segmento mais abastado. No ano de 2004 a rede faturou 1,3 bilhão de reais, com receita por metro quadrado de 11,2 mil reais – maior que o líder mundial norte-americano Wal-Mart.A empresa, no entanto, não costuma revelar os valores dos seus investimentos. Além de ter comprado o estádio do tradicional clube de futebol Força e Luz, no vizinho bairro de Santa Cecília (negócio de 9,5 milhões de reais), investiu pesadamente em São Paulo, no bairro de Perdizes, área nobre da cidade.Lá, recentemente, abriu um Bourbon voltado para a classe AA, com 175 mil metros quadrados (quase três vezes maior do que o Ipiranga) de área construída, cerca de 200 lojas e 10 cinemas. A idéia é competir com o grupo Pão de Açúcar e suas lojas especiais – o investimento total não foi revelado.

No Rio Grande do Sul, o Zaffari compete com o grupo Sonae (marcas Nacional, Big e Maxxi), que agora pertence a Wal-Mart. Nada mau para uma empresa que iniciou em 1935, quando o fundador Francisco José Zaffari e sua esposa Santini de Carli montaram uma pequena loja de comércio na Vila Sete de Setembro, no interior de Erechim. Anos mais tarde a empresa expandiu-se para Herval Grande.
Nos anos cinquenta os negócios iam tão bem que a família inaugurou as primeiras filiais nas localidades vizinhas e, em 1960, chegou a Porto Alegre, abrindo um atacado. O Zaffari atua, desde os anos 80, na industrialização e comercialização de alimentos e é dono, hoje, das marcas Café Haiti e biscoitos Plic-Plac.* Zaffari Bourbon Ipiranga – Tel.: 3315.5111
Na inauguração, Arthur Moreira LimaA inauguração do Bourbon foi uma solenidade e tanto: naquele dia 16 de novembro de 1998 mais de 2 mil pessoas se acotovelaram na esquina da Ipiranga com Guilherme Alves para assistir aos festejos e aos discursos.Primeiramente, o consagrado pianista carioca Arthur Moreira Lima executou o hino nacional brasileiro. A orquestra e o coral da PUC também se apresentaram para o público e para uma comitiva de autoridades que incluía o prefeito em exercício de Porto Alegre, José Fortunatti. A matriarca da família Zaffari, dona Santina, viúva do fundador Francisco José, fez o corte da fita inaugural, tendo ao seu lado o diretor-superientende da Cia Zaffari, Marcelo Zaffari. Disse Marcelo: “Este shopping é uma flor com pétalas de concreto e vidro que se abre no bairro Jardim Botânico para tornar Porto Alegre ainda mais bela e agradável”.PRÉDIO INTELIGENTE – Concebido pelos mais modernos padrões arquitetônicos, tendo em vista a satisfação e o bem estar dos clientes e visitantes, o Bourbon ocupou 1350 empregados diretos na sua construção. O terreno tem 39 mil metros quadrados (dos quais o hipermercado ocupa 10,8).
Um sistema de última geração controla toda a infra-estrutura do prédio: climatização, segurança das portas, rede hidráulica e até a refrigeração automática dos alimentos. A energia elétrica é garantida por três subestações que atendem de forma independente os cinemas, o shopping e o hipermercado.
O Borbon faz parte dos chamados “prédio inteligentes”, tanto que, em caso de queda da energia elétrica, ela é automativamente ativada por um sistema automático que garante energia contínua por mais 24 horas, bem como a regulagem da temperatura do ar condicionado central. A obra, que revolucionou a vida do Jardim Botânico, trouxe inúmeros benefícios para a comunidade. A ponte sobre o Dilúvio, na Guilherme, por exemplo, foi construída naquela ocasião, em uma parceria entre a empresa e a Prefeitura. Também foram asfaltadas as ruas em volta do complexo, foi aberta a 18 de Setembro para o tráfego e se investiu em iluminação pública e em obras do esgoto cloacal na Guilherme Alves, na 18 de Setembro e na avenida Ipiranga. Por outro lado, a associação dos moradores (da época) acompanhou de perto todo o processo de instalação. Em reunião com representantes da Cia Zaffari, a AMAJB (conforme a então secretária Laura Ferreira) cadastrou cerca de 500 moradores do bairro e imediações que desejassem trabalhar ali, sujeitos posteriormente ao processo de triagem e seleção.

Muitas Ondas: local de cultura, lazer e café

Livros com café e lazer: único no JB.Livros e revistas para alugar. Brinquedos e jogos para crianças e adultos. Café capuccino, refrigerantes, cerveja, suco, crepes, doces e salgadinhos - além de um karaokê e, na área externa, um mini-golf. E, sobretudo, um ambiente agradável e aconchegante, com segurança, e extremamente bem localizado: está ali, na rua Felizardo, 351, entre a Guilherme Alves e a Barão do Amazonas. É o "Muitas Ondas", uma locadora de livros e revistas (além de jogos) que funciona há três anos no Jardim Botânico e já tem um cartel de mais de 200 clientes - muitos deles fixos e, a maioria, moradores do próprio bairro.
"O pessoal do livro é muito fiel", explica a proprietária, a professora Nilta Mara Severo Freitas (foto) - que, entre outras coisas, também é autora de um livro infantil.Trabalhando a portas fechadas (é preciso apertar a campainha na calçada), o Muitas Ondas é a única locadora de livros e revistas do Jardim Botânico. Pequeno - não mais que 8o metros quadrados, com banheiro - atrai pessoas interessadas em cultura ou que simplesmente vão ali para conversar e trocar idéias - o que pode ser temperado por um bom café. O acervo conta com quase três mil títulos - a maioria de literatura (há também obras espíritas, técnicas, educativas), com destaque para os lançamentos e os best-sellers do momento.
"Tenho a lista dos dez mais vendidos da Veja, e compro todos os lançamentos", informa Mara, uma professora de Artes aposentada do Estado (mas trabalhando pela Prefeitura). "A cultura é minha área, e gosto porque aqui convivo c om gente interessante", diz ela.
LIVROS PRÓPRIOS - Mara iniciou o sue negócio com os próprios livros de sua biblioteca, mais os de sua mãe - e, aos poucos, foi comprando mais e mais, e também ganhando doações. Sem fazer muito alarde do negócio - a coisa funciona mais na propaganda boca-a-boca - ela montou a sua locadora, que, conforme diz, "funciona em horário emocional", muito embora esteja quase sempre aberta - o horário vai das 10 horas às 22 horas, de segunda a sábado.
Gradualmente foi conquistando o seu público - que só não é maior pois tanto ela quanto o marido, o corretor de imóveis Ângelo - fazem questão de manter a segurança em um bairro (assim como todos os demais) de crescente violência."A segurança é fundamental, e muitas mães deixam os filhos aqui, brincando e lendo, enquanto fazem outras coisas", afirma. Se trabalhasse sem grades, de portas abertas, a freguesia certamente iria aumentar.
O "Muitas Ondas" não tem somente livros, café, jogos, ou lanches: há muitas peças de artesanato nas prateleiras, todas à venda, o que dá ao ambiente um toque especial. No verão, muitas pessoas - especialmente mulheres e casais - sentam-se nas mesas do pequeno pátio para saborear algum suco ou uma cervejinha, degustar doces ou salgadinhos e, é claro, jogar uma conversinha fora - se for sobre livros, melhor ainda."Tenho muitos clientes no Conjunto da Felizardo, e isso que não fiz propaganda por lá ainda", garante ela. No inverno, que hoje inicia, o "Muitas Ondas" (que ganhou esse nome em homenagem ao mar de Cidreira) se torna ainda mais agradável e aconchegante, e é uma boa pedida para a época de frio. O público é de todas as idades - há senhoras de mais de 70 anos, em busca de um determinado livro, e crianças de seis ou sete anos divertindo-se com jogos ou procurando obras infantis, inclusive gibis.


SERVIÇO:Muitas Ondas - Rua Felizardo, 351Tel.: 3061.4753 - 9153.6293


Horário: 10 hs às 20 horas, de segunda a sabado.


Preço da locação do livro: R$ 0,40 (diária)


Requisitos para locação: documento de identidade, CPF e comprovante de residência (contas de luz, telefone, água)