quarta-feira, maio 20, 2009

*A Fundação Zoobotânica do RS promove a exposição Cacos da Mata, a partir do dia 27 de maio, na Sala de Exposições de Curta Duração, do Museu de Ciências Naturais.
Combinando Arte e Meio Ambiente, a exposição Cacos da Mata apresenta uma série de pinturas baseadas na fauna e flora brasileira, utilizando elementos, formas, cores e texturas da floresta, expressadas através da arte.
As obras são feitas em lona de caminhão e vidro reciclado que passam por todo um processo de limpeza, aproveitamento e elaboração.
Além da exposição serão realizadas palestras, jogos, histórias, brincadeiras e dinâmicas, visando instigar a reflexão sobre a relação homem e floresta, com o enfoque nos aspectos histórico-culturais do ser humano.
O projeto Cacos da Mata difunde o que a Floresta representa para assegurar a qualidade de vida das presentes e futuras gerações e a compreensão quanto à necessidade da sua preservação, conservação e recuperação de áreas degradadas, já que se caracteriza como a segunda floresta mais ameaçada de extinção do planeta, perdendo apenas para a floresta na Ilha de Madagascar.
A mostra, que tem a autoria de Ana Beatris Pereira Raposo e Paulo Tajes Lindner, e curadoria de Carlos Franzoi, faz parte das comemorações da Semana Estadual do Meio Ambiente, que ocorre de 27 de maio a 5 de junho. A abertura registra o Dia da Mata Atlântica.

O que: Exposição Cacos da Mata
Quando: de 28 de maio a 2 de agosto de 2009, de terça-feira a domingo, das 9h às 17h
Abertura oficial: 27 de maio, às 18h
Onde: Sala de Exposições de Curta Duração do Museu de Ciências Naturais
Rua Dr. Salvador França, 1427 – Jardim Botânico

O que: Palestras e Oficinas Floresta Atlântica e Você
Quando: de 9 a 13 e de 23 a 27 de junho, às 14h30
Onde: Espaço de Educação Ambiental do Museu de Ciências Naturais
Rua Dr. Salvador França, 1427 – Jardim Botânico
Público alvo: de 3ª a 6ª -feiras, escolares e aos sábados público em geral
(de 5 a 12 anos)
Inscrição: R$ 5,00 (isenção pagamento do ingresso)
Informações e inscrição pelo telefone 51.3320.2032 ou pelo email museamb@fzb.rs.gov.br.



CACOS DA MATA - Arte e Educação Ambiental
Perfil dos autores da mostra
Este trabalho é uma parceria entre duas linguagens artísticas: a arte e o turismo ambiental. Os artistas ANA BEATRÍS PEREIRA RAPOSO e PAULO TAJES LINDNER reaproveitam materiais, resultando em peças que a transparência e impressão de leveza do vidro estão harmonizadas com a maleabilidade e a impressão de densidade da lona. O tema central da mostra é a Mata Atlântica.
Ana Beatrís Raposo é formada em Educação Artística, habilitação em Artes Plásticas, Ana atua como arte-educadora em colégios particulares, municipais e estaduais, tendo participado e dirigido teatro, em grupos da Casa da Cultura, Teatro Expressão Universitária, Boca da Noite e Quimeras. Realizou, em 1994, intercâmbio na Alemanha com o "Kultur Projekt Joinville Woche in Deutschland"com a peça "A Porta". Desenvolve trabalhos em fusing de vidro desde 2001, com participação em diversos encontros e exposições.
Paulo Tajes Lindner é Bacharel em Turismo com Ênfase em Meio Ambiente, com formação em Educação Ambiental pela Universidade de Brasília. Desenvolve projetos de preservação, conservação e recuperação da Floresta Atlântica na cidade de Joinville, e atua em projeto de construção de memória.
Em 2003 iniciou os desenhos com lápis de cor, tendo como motivos a fauna da Floresta Atlântica, passado a pintar com tinta acrílica, a partir de 2004.
Parceria: Em 2005 iniciou a parceria entre Ana Beatrís Raposo e Paulo Tajes Lindner, com participações em vários eventos: Fundação Franklin Cascaes/Casarão da Lagoa, Florianópolis; Espaço Cultural Livraria Curitiba, Shopping Mueller, Joinville; Shopping Mueller, Joinville; Expocenter Norte, Florianópolis; Sede Associação Joinvillense dos Orquidófilos/AJAO, Joinville; Associação Paranaense de Pintura Artística ASPAR, Curitiba; América Shopping, Joinville; Museu de Artes de Joinville; Associação Paranaense de Pintura Artística/ASPAR, no Museu Nacional do Mar, São Francisco do Sul; Exposição Craft Design, São Paulo; Livrarias Curitiba, Shopping Mueller, Joinville; Exposição Pré-Estréia Alemanha – Visconde Café- Joinville;
Exposição Cacos da Mata (Exposição Oficial a Data Comemorativa Nacional), Les Creautérs de Glamour – Frankfurt, Alemanha; Exposição Cacos da Mata, Vera Cruz Bar, Genebra, Suíça; Exposição Cacos da Mata, Jardim Botânico de Curitiba; Exposição Cacos da Mata - Café Leduc- Centro- Curitiba Exposição Cacos da Mata - Estação Rodoferroviária (Serra Verde Express), Curitiba; 70a Festa das Flores de Joinville; Van Biene Galeria de Artes, Joinville e Helena Fretta Galeria de Artes, Florianópolis.

Floresta Atlântica
No ano de 1500 quando os primeiros portugueses chegaram ao Brasil, a Floresta Atlântica cobria cerca de 15% do território brasileiro, com uma área de 1.306.421 km².
Após pouco mais de 500 anos esta rica floresta ficou reduzida a 7,84%, ou seja, 102.000km² da sua cobertura florestal original, porém, apesar do seu aniquilamento, continua, até os dias atuais, tendo uma vital importância para manutenção da qualidade de vida de 70% da população brasileira que vive nos seus domínios. A Floresta regula os micro-climas regionais, a temperatura, a pluviosidade e umidade, a contensão das cheias, os processos erosivos, e principalmente, é responsável pelo abastecimento de água potável para aproximadamente 120 milhões de brasileiros (SCHÄFFER & PROCHNOW, 2002).
Segundo KLEIN (1979), as condições ambientais desta peculiar unidade fito- fisionômica favorecem o desenvolvimento de inúmeras subformas de vida com grande força vegetativa e alto volume de biomassa, apresentando estratigraficamente densos componentes florestais. A Floresta Atlântica abriga mais de 20 mil espécies de plantas, das quais 50% são endêmicas, ou seja, espécies que só ocorrem neste bioma, não sendo encontradas em nenhum outro lugar no mundo (SCHÄFFER & PROCHNOW, 2002).
Com relação à diversidade da fauna, esta floresta abriga 1,6 milhões de espécies, incluindo insetos, mamíferos (261 espécies, sendo 73 endêmicas), pássaros (620 espécies, sendo 160 endêmicas) e anfíbios (260 espécies, sendo 128 endêmicas) além de outros grupos importantes (op.cit).
Se for comparada com a Floresta Amazônica, a Floresta Atlântica apresenta proporcionalmente a maior diversidade biológica, mesmo sendo quatro vezes menor do que a área original da primeira. No caso dos mamíferos, estão catalogadas 261 espécies na Floresta Atlântica, com registro de 353 na Floresta Amazônica. (SHÄFFER & PROCHNOW, 2002).

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